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Resumo Trocadores de Calor e suas Aplicações

Disciplina: Fenômenos de Transporte Valor: 25,0 pts


Data: 18/10/2020
Professor: Rodrigo Costa
Aluno: Emanuel Elias Ferreira
RA: 0022115

O processo de troca de calor entre dois fluidos que estão em diferentes


temperaturas e separados por uma parede sólida ocorre em muitas aplicações
da engenharia. Os equipamentos usados para implementar esta troca são
denominados trocadores de calor, e aplicações específicas podem ser
encontradas em aquecimento e condicionamento de ambiente, recuperação de
calor, processos químicos, etc. Como aplicações mais comuns deste tipo de
equipamento temos: Aquecedores, resfriadores, condensadores, evaporadores,
torres de refrigeração, caldeiras, dentre outros.

Os meios podem ser separados por uma parede sólida, tanto que eles nunca misturam-se,
ou podem estar em contato direto. Um permutador de calor é normalmente inserido num
processo com a finalidade de arrefecer (resfriar) ou aquecer um determinado fluido. São
amplamente usados em aquecedores, refrigeração, condicionamento de ar, usinas de
geração de energia, plantas químicas, plantas petroquímicas, refinaria de
petróleo, processamento de gás natural, e tratamento de águas residuais. Em muitos textos
em inglês é abreviado para HX (heat exchanger).

Um exemplo comum de trocador de calor é o radiador em um carro, no qual a fonte de calor,


a água, sendo um fluido quente de refrigeração do motor, transfere calor para o ar fluindo
através do radiador (i.e. o meio de transferência de calor). Em outras aplicações são usados
para refrigeração de fluidos, sendo os mais comuns, óleo e água e são construídos em
tubos, onde, normalmente circula o fluido refrigerante (no caso de um trocador para
refrigeração). O fluido a ser refrigerado circula ao redor da área do tubo, isolado por outro
sistema de tubos (similar a uma Serpentina (duto)) que possui uma ampla área
geometricamente favorecida para troca de calor.
O material usado na fabricação de trocadores de calor, geralmente possui um coeficiente de
condutibilidade térmica elevado. Sendo assim, são amplamente utilizados o cobre e
o alumínio e suas ligas.

Dentro da teoria em engenharia, é um volume de controle, sendo que este equipamento


normalmente opera em regime permanente, onde as propriedades da seção de um fluido não
se altera com o tempo.

A eficiência de um trocador de calor depende principalmente:

• Do material utilizado para construção;


• Da característica geométrica e
• Do fluxo, temperatura e coeficiente de condutibilidade térmica dos fluidos em evidência.

Genericamente, para melhorar a troca de calor, são colocados aletas em toda a área da
tubulação. Estas aletas fazem com que o fluido se disperse em áreas menores, assim,
facilitando a troca de calor. Aletas, consistem em células interligadas entre si, onde circula
fluido. São construídas em materiais de excelente condutibilidade térmica. Seu uso, acarreta
uma grande desvantagem em um sistema termodinâmico, pois reduzem drasticamente a
pressão com relação a entrada e saída. A maioria dos trocadores de calor, utilizam tubos
com geometrias que favorecem a troca de calor, onde internamente, há em sua área aletas.

O projeto de trocadores de calor pode ser subdividido em três etapas


principais:

➔ Análise térmica;
➔ Projeto mecânico preliminar;
➔ Projeto de fabricação.

A análise térmica, consiste-se na determinação da


área de troca de calor requerida, dadas as condições de escoamento e
temperaturas dos fluidos. O projeto mecânico envolve considerações sobre
pressões e temperaturas de operação, características de corrosão, etc.
Finalmente, o projeto de fabricação requer a tradução das características e
dimensões físicas em uma unidade que possa ser construída a um baixo custo.

TIPO DE TROCADORES

Existem trocadores de calor que empregam a mistura direta dos fluidos, como
por exemplo torres de refrigeração e aquecedores de água de alimentação,
porém são mais comuns os trocadores nos quais os fluidos são separados por
uma parede ou partição através da qual passa o calor. Alguns dos tipos mais
importantes destes trocadores são vistos a seguir:

1. Duplo Tubo

São formados por dois tubos concêntricos. Pelo interior


do tubo do primeiro (mais interno) passa um fluido e, no espaço entre as
superfícies externa do primeiro e interna do segundo, passa o outro fluido. A área
de troca de calor é a área do primeiro tubo. Como pode ser observado na figura abaixo.
Casco tubo

Tal modelo conta com um conjunto de pequenos tubos no interior de um tubo maior – o
casco cilíndrico.
Neste tipo de trocador uma corrente passa entre os tubos pequenos e outra por dentro deles.
Uma das vantagens é a ampla faixa operacional para condições como temperatura e
pressão.
Devido a maior área de contato entre os tipos de corrente, proporcionada pela quantidade
alta de pequenos tubos internos, a capacidade de operação deste trocador é maior que o
duplo tubo.

Serpentina

Já o modelo tubular em serpentina é constituído por um casco cilíndrico que envolve um tubo
em espiral que percorre todo seu comprimento. De forma a seguir a lógica de aumento da
área de contato.
Uma observação pertinente sobre este modelo é que mais de uma serpentina pode ser
disposta no interior do casco, o que a torna muito versátil. Porém, sua limpeza é dificultada.

Trocadores de Calor em placas:

Quanto a esses modelos, a maior distinção para os tipos tubulares é sua economia em
espaço, sendo um tipo compacto de trocador. Correspondendo a sua maior vantagem.
Sua estrutura é formada por um conjunto de placas, normalmente lisas – mas em alguns
casos dispõe de ondulações – dispostas ordenadamente em sequência.
Tal conjunto de placas é sustentado por uma armação metálica (trocador placas e armação)
e os fluidos escoam por entre as placas. A vedação é feita com borrachas, evitando
vazamento do sistema.

Trocador de Placas:

Radiador:
Um exemplo clássico e cotidiano de um trocador compacto é o radiador automobilístico.

Aletado:

Dentre os trocadores de calor usuais, por fim, temos o tipo aletado, que envolve tanto
trocadores do tipo tubular quanto em placas e são considerados, também, como compactos.
Em suma, os trocadores aletados não são passíveis de desmonte e são verificados de duas
formas básicas: placa-aleta e tubo-aleta.
O trocador do tipo placa-aleta é constituído por um conjunto de placas paralelas ligadas entre
si por seções de aletas. Visualmente, correspondem à analogia de um sanduíche.
Um dos exemplos de aplicação deste modelo de trocador é em offshore, em plantas
petroquímicas marítimas. Nesses casos, o trocador de calor comporta fluidos gasosos.

Tubo-Aleta

Já sobre os trocadores de calor do tipo tubo-aleta são formados por um conjunto de tubos –
cilíndricos ou chatos – ao qual é adicionada uma quantidade significativa de aletas, que
acaba por envolver os tubos.
A aplicação deste tipo de trocador se baseia em correntes gás-líquido, sendo que o lado
externo dos tubos comporta a fase gás. Sistema muito presente no setor automotivo e de ar
condicionado.
Visto as diversas formas de trocadores de calor e suas particularidades, a dúvida final
é: quando utilizar cada uma delas?
Como escolher o trocador de calor ideal?

Para responder a essa questão, deve-se nomear as variáveis de projeto e, com base no
objetivo processual, analisar a viabilidade de cada um dos tipos de trocadores de calor.
Dentre os principais pontos de atenção nesta análise, diz-se em primeiro lugar do objetivo do
trocador de calor, ou seja, qual a função a que ele estará destinado a desempenhar.
Em seguida, listam-se todas as demais variáveis que estarão sujeitas à operação: quais os
fluidos envolvidos e suas respectivas propriedades, as condições de pressão, temperatura e
vazão das correntes.
E esta análise só se torna mais complexa, pois além de especificar os termos de operação
nas melhores condições, deve incluir uma análise a longo prazo acerca de corrosão,
incrustação e sujidade.
Em virtude das informações apresentadas, é possível concluir que existem diversas variaveis
e pontos a serem analisados, portanto, o ideal é fazer toda essa análise com um time bem
preparado.

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