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Geógrafo (Luwi 

Stone – Interpretado por Yule)

 Há 3 anos atrás, a Alemanha Nazista que havia invadido e anexado a Polônia um ano
antes, transformou uma parte da capital de Varsóvia em uma prisão confinando mais de meio
milhão de judeus no “Seuchensperrgebiet”, uma área criada em 1939, devido à uma epidemia
anterior, para contenção de doenças. Foi nesse contexto de superlotação e fome que eclodiu
uma grande epidemia de tifo que devastaria a polução presa no gueto. Mas pouco antes do
inverno chegar, em outubro de 41, após cerca de 100 mil pessoas contraírem a doença e mais
de 25 mil terem morrido, ocorreu algo que muitos viram como “milagre”. Quando todos
esperavam que o pico de infecções aumentasse com o frio, ocorreu o contrário: elas
começaram a diminuir exponencialmente e a epidemia foi interrompida.  Para tanto, nossos
pesquisadores usando modelos matemáticos e documentos da época puderam constatar que
o principal fator que impediu o avanço da epidemia foram as medidas de saúde pública
implementadas pelos médicos do gueto como distanciamento social, a melhora na nutrição
com a organização de um “programa de alimentação” consistindo em uma rede de cozinhas
públicas, desenvolvimento de novos programas de saneamento entre outros métodos. Essa
história de como os judeus do Gueto de Varsóvia é até comovente se considerarmos que os
nazistas os prendiam usando uma justificativa antissemita de que os judeus seriam os
portadores da doença e que o resto da população devia ser protegido por exemplo a infame
acusação de Jost Walbaum, diretor de saúde do governo geral, alegando de os judeus serem os
portadores e a disseminadores da infecção por tifo. Por isso que quando as condições
aberrantes no gueto causaram a propagação da patologia, os nazistas usaram isso como prova
de que suas acusações contra os judeus eram verdadeiras. Além disso, os alemães sabiam que
a fome alimentaria a epidemia e usaram a tifo como arma genocida usando a mesma
justificativa para a aniquilação em massa dos judeus. No entanto, nossos pesquisadores se
concentram no incrível trabalho feito pelos médicos do gueto para conter a tifo e afirmamos
que sem as intervenções da saúde pública, as infecções podiam ter dobradas ou triplicadas
causando uma grande catástrofe. 

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