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TUDO QUE VOCÊ

P R
Sobre a
E C I S A S A B E R
R e a b i l i ta ç ã o
para
Dependentes
Químicos
índicE
Introdução ....................................................................................................................................................................................................... 4

O que é a dependência química? .......................................................................................................................................................... 5

Quais as características da doença? .................................................................................................................................................. 6

Quais os sintomas e sinais da dependência química? ............................................................................................................... 9

A família também fica doente? ............................................................................................................................................................. 10

O que a dependência química faz no cérebro e no sistema nervoso? ............................................................................. 11

Por que ele não quer parar de usar? .................................................................................................................................................. 12

Posso internar meu familiar contra sua vontade?..................................................................................................................... 12

Mas eu não estaria castigando meu filho/marido/parente? ............................................................................................... 13

Problemáticas e transtorno do alcoolismo .................................................................................................................................. 14


A síndrome de abstinência e suas características ...................................................................................................... 16
Por que é necessário tratar da Síndrome de Abstinência Alcoólica (SSA)? .................................................. 17
Características do dependente de Álcool ...................................................................................................................... 18
O que reflete na postura do paciente este longo tempo de convívio com a substância? ......................... 19
A Aceitação ao Tratamento .................................................................................................................................................. 20

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Problemáticas e transtornos da drogadição ................................................................................................................................. 21
Crack ................................................................................................................................................................................................ 23
Cocaína ........................................................................................................................................................................................... 25
Síndrome de abstinência ........................................................................................................................................................ 27
Primeira fase: “Crash” ......................................................................................................................................................... 27
Segunda fase: “Abstinência” ............................................................................................................................................ 27
Terceira fase: “extinção” .................................................................................................................................................... 28

Quando internado, a síndrome de abstinência é mais branda? ..................................................................... 28

A Maconha ....................................................................................................................................................................................................... 29

Efeitos psíquicos agudos e crônicos ............................................................................................................................... 29

Efeitos físicos agudos e crônicos ...................................................................................................................................... 30

A personalidade do dependente ......................................................................................................................................................... 32

Como é o dependente de drogas? .................................................................................................................................... 32

Plano de trabalho ......................................................................................................................................................................................... 33

Conclusão .......................................................................................................................................................................................................... 34

O Grupo Recanto ........................................................................................................................................................................................... 35

Nossa filosofia ............................................................................................................................................................................. 38

Nossa história ............................................................................................................................................................................. 39

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Introdução
Sabe aquelas perguntas que você sempre quis fazer sobre a reabilitação da dependência
química e ninguém nunca te respondeu? Pensando nisso, elaboramos esse ebook que conta
com informações primordiais para que você entenda o que é a doença, suas características,
sintomas e principais formas de tratamento.

Cuidados e informações relevantes:

Lembre-se, este é um momento de uma tomada de decisão que envolve uma vida, por isso,
recomendamos que você pare um pouco e leia mais sobre o assunto. É preferível que você não
se interne caso não esteja preparado, portanto, busque entender o que está acontecendo na sua vida
e do seu ente querido. Você está diante de problema complexo, e não há soluções simples. Vamos
juntos perceber a importância de informações e precauções básicas para te munir em uma hora
tão importante.

Esperamos que você tenha uma excelente leitura.

4
É uma doença Biológica, Psicológica, Social, cultural e espiritual e por este motivo afeta todas
as áreas de nossa vida. Isso mesmo, o Alcoolismo e a Dependência Química são doenças crônicas
biopsicossociais. Neles, existe um componente herdado biologicamente, associado a fatores
psicológicos, sociológicos, culturais e espirituais. Tais fatores desempenham um grande papel
na causa, no curso e nas conseqüências dos transtornos. Neste caso, aquela velha pergunta
do porquê meu filho é dependente não é fácil de ser respondida, pois a resposta passa por todos
os fatores acima descritos.

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QUAIS AS
CARACTERÍSTICAS
DA DOENÇA?

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Incurável
O componente biologicamente herdado, a tolerância e a predisposição orgânica são incuráveis. Por
isso, não adianta mudar de cidade (o que chamamos de fuga geográfica), parar por tempos sem
tratamento, porque quando retoma-se o uso, o desespero parece aumentar. Esse fenômeno se explica
pelo nome de reinstalação da síndrome de dependência – após um período sem fazer uso da substância,
ao retornar o contato com a droga, rapidamente se instala o padrão de uso anterior. Contudo, assim
como a diabetes, a Dependência pode ser tratada com a abstinência da droga.

Fatalidade
Infelizmente não há pessoa forte para as drogas, pois existe uma característica no uso compulsivo e
dependente: a substância de abuso se torna o mais importante na vida do adicto, levando-o a um
abandono de todas as demais atividades de uma vida regular (estudo, trabalho, lazer com amigos, papel
familiar, etc. ), ficando o dependente condicionado a buscar a droga, estar sob efeito ou se recuperar dos
efeitos da droga para reiniciar o ciclo. O estado terminal deste indivíduo passa sempre pela loucura,
prisão ou morte. Porém, a boa notícia é que essa doença pode ser tratada.

A recuperação é totalmente possível contanto que este tratamento propicie:


O manejo da crise de abstinência.
A conscientização sobre a doença.
O autoconhecimento do indivíduo, aumentando assim a motivação para mudança.

Este tratamento pode ter como resultado um ser humano liberto das drogas, útil, reinserido
socialmente, íntegro e feliz.
8
QUAIS OS SINTOMAS E SINAIS
da Dependência Química ?
A dependência química costuma dar sinais quando está começando a se instalar. Por ser uma
constatação muito triste e dolorosa, muitas famílias e amigos dos dependentes preferem não dar
importância às evidências. Se você já se pegou fazendo isso, não precisa se culpar. O amor tende a fechar
os nossos olhos para nos proteger do sofrimento.

Os parâmetros da síndrome de dependência alcoólica hoje, servem para diagnosticar a dependência


de outras drogas. Deve-se ressaltar que nem todos os sintomas estão presentes em todos os casos,
bastam 3 ou mais sintomas para ser possível considerar uma dependência. Os parâmetros consistem nos
sintomas iniciais:
E os mais críticos, quando há a dependência:
• Estreitamento do repertório (uso de gírias).
• Sintomas de abstinência: manifestação de sintomas
• Tudo passa a girar em torno do consumo.
decorrentes da diminuição ou cessação do uso.
• Necessidade de maiores doses. • Insucesso nas tentativas de diminuir o uso ou cessá-lo.
• Reduzir ou abandonar atividades sociais diversas. • Percepção subjetiva da compulsão para o uso: perda do
• Irritabilidade controle sobre o uso; o indivíduo sabe que é ruim, mas
não consegue se controlar.
• Não gostar de dar satisfações, principalmente se
• Uso contínuo da substância a despeito de problemas
perguntam onde e com quem o indivíduo está.
físicos ou psicológicos.
• Estar sempre apressado, mas nunca deixar claro o • Reinstalação após a abstinência: a dependência pode
motivo da pressa. ter levado anos para se desenvolver, mas pode se
• Dificuldade de concentração e atenção. reinstalar dentro de 72 horas de ingestão.

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A FAMÍLIA TAMBÉM
FICA DOENTE ?
Existe também o fenômeno da co-dependência, doença de toda a
família que, por desprender muita energia na esperança de ajudar e
entender a situação, acaba adoecendo também. Por esse motivo, todos
devem procurar tratamento e orientação com profissionais competentes.
Cerca de 90% dos dependentes possuem uma família desestruturada ou
doente, os pais se portam de maneiras distintas e antagônicas; um sempre
como facilitador e o outro como o limitado, então, quando um impõe o
limite, o outro em seguida facilita as vontades e retira os limites impostos.
Isso dá margem para a manipulação do dependente, que através de choros,
caprichos, ou violência, sempre consegue o que quer.

Lembre-se: Não é recomendado o adicto se submeter ao tratamento para


retornar a um lar doentio. É difícil a família admitir essa consequência, mas
todos da família também necessitam de suporte.

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O QUE A DEPENDÊNCIA
QUÍMICA FAZ NO CÉREBRO
E NO SISTEMA NERVOSO?
A dependência química é um fenômeno que possui implicações profundas na forma de
funcionamento do sistema nervoso central. Nós possuímos um sistema de recompensa cerebral, que
é responsável pelas sensações normais de prazer da vida. A droga atua diretamente no equilíbrio
químico desse sistema, levando a uma intensidade do prazer e em seguida, ao terminar seus efeitos,
um intenso desprazer com uma procura por novas doses da substância. Quanto mais bruscas essas
oscilações, maior o poder de causar dependência. Em nosso meio, o Crack e o Oxi possuem a maior
afinidade pelo sistema de recompensa, fazendo com que o dependente químico adquira
rapidamente uma modificação de comportamento, que resulta na busca constante da substância – a
compulsão.

É fundamental que o cérebro exposto ao desgaste intenso do uso de drogas seja restabelecido
pela desintoxicação. Durante a desintoxicação, podemos oferecer a chance de uma regulação do
sistema de recompensa com apoio de medicações, que ajudam o dependente a superar seu desejo
de usar drogas. O processo de desintoxicação leva, inicialmente, de 4 a 6 semanas, após isso, os
sintomas vão gradativamente diminuindo e a capacidade de mudança do residente aumenta.
11
PARAR DE USAR ?
POR QUE ELE NÃO QUER
A doença da adicção tem como característica a negação, negar não é mentir, é não reconhecer
a realidade. O usuário nega devido à necessidade de sentir o prazer que a droga causa no sistema de
reforço cerebral. É difícil encarar sua realidade e os prejuízos que o uso compulsivo vem causando.
Negar é não admitir um problema e, consequentemente, não o resolver. Os dependentes não
assumem o uso e assim, não o solucionam; a negação impede mudanças. Não aceitar certos fatos,
num primeiro momento, é natural; é uma defesa de cada um, mas prolongá-la passa a ser um
problema grave que pode levar a prejuízos muitas vezes irreversíveis.

POSSO INTERNAR
MEU FAMILIAR
CONTRA SUA VONTADE?
Há uma lei (10.216 Art 06) que regula esta internação, e nela consta que é necessário que um
parente de primeiro grau, procure um médico psiquiatra para atestar que o dependente está
colocando em risco a própria vida e/ou a vida de terceiros e com o uso abusivo de álcool e outras
drogas. Desta forma, o profissional atesta o risco de vida e faz um laudo para a internação involuntária,
onde o parente assina, juntamente com o médico.
Em qualquer instituição, o procedimento legal deverá ser este, caso isto não ocorra, procure mais
detalhes sobre o procedimento. Após o laudo e a internação, a instituição tem 72h para informar ao
Ministério Público a involuntariedade. Seu parente ou amigo não terá problemas com a polícia, a
informação vai para a Vara de de Saúde Mental do MP, e serve para garantir que os órgãos
competentes possam fiscalizar de uma forma sistêmica as instituições.
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MAS EU NÃO
ESTARIA CASTIGANDO
MEU FILHO/MARIDO/PARENTE?
ELE NÃO FICARIA
COM ÓDIO DE MIM?
A droga provoca um transtorno mental, pois o uso contínuo de
substâncias psicoativas provocam mudanças na estrutura e no
funcionamento do cérebro. Tais alterações originam ou exacerbam
comportamentos de natureza impulsiva e alteram também o juízo de
valor, deixando o dependente incapaz de recorrer a medidas de
contenção do uso.
É exatamente por isso que ele é capaz de trocar um computador
de R$ 2.000,00 por três ou quatro pedras de Crack que valem R$ 40,00,
ou ainda mais, fazer pessoas que ele ama sofrerem e depois ficar muito
arrependido pelas consequências dos atos que ele mesmo rejeita, mas
que acaba fazendo contra sua própria vontade.

Importante: Contenção médica não é castigo, é preservação


a vida, regulamentada por lei e que salva vidas!

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PROBLEMÁTICAS E
TRANSTORNO DO ALCOOLISMO
O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo destrutivo, excessivo e
prolongado do álcool. O dependente de álcool torna-se compulsivo pela bebida, abandonando o
interesse por todas as áreas da vida. É compreendido como doença mental desde 1967 pela OMS,
necessitando de tratamento adequado. O álcool é a substância cujo início do consumo é mais
precoce. Pesquisas demonstram que seu uso se inicia aos 12 anos. Na última década, o consumo dos
brasileiros aumentou em 11% (consumidores regulares) e em 7% (uso intenso)
Conhecer os padrões de consumo é necessário para, justamente, saber como e onde agir. Sabe-se
que o alcoolismo conta com fatores genéticos e hereditários, mas não são suficientes para
fundamentar a existência da doença. Os valores culturais, psicológicos, a influência do ambiente e da
mídia também são relevantes para sua instalação. O alcoolismo tem caráter biopsicossocial,
desenvolvendo-se com seu uso contínuo. Além dos efeitos cerebrais, o álcool também afeta o lado
físico do indivíduo, ocasionando-lhe muitos danos, os mais comuns são:
Transtornos gastroenterológicos.
Transtornos músculo esqueléticos.
Transtornos endócrinos.
Câncer.
Doenças cardiovasculares.
Doenças respiratórias.
Transtornos metabólicos.
Transtornos hematológicos.
Transtornos nos sistema nervoso central e periférico.
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O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo destrutivo, excessivo e
proloAlém das doenças citadas, não se deve esquecer da síndrome fetal alcoólica, doenças de pele,
supressão do sistema imunológico, alteração do funcionamento sexual e intoxicação alcoólica aguda.
O uso prolongado também gera consequências de ordem psicológica, caracterizadas por transtornos
psiquiátricos, os mais comuns são:

Não menos importantes, existem,


Alucinose alcoólica. ainda, as complicações sociais,
Transtorno psicótico delirante. caracterizadas pela:
Intoxicação patológica.
Episódios de amnésia. Interferência no funcionamento familiar.

Depressão. Violência doméstica.


Suicídio. Problemas no trabalho.
Hipomania.
Dificuldades financeiras.
Ansiedade.
Transgressões e crimes.
Danos ao tecido cerebral.
Ciúme patológico. Dirigir alcoolizado.

Transtornos alimentares. Valer-se da vitimização.

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A síndrome de abstinência
e suas características
A síndrome de abstinência pode variar em níveis de gravidade. Os
critérios da Classificação Internacional das Doenças - décima revisão
(F 10.3, CID - 10), apontam que o diagnóstico da Síndrome de Abstinência
Alcoólica (SSA), são caracterizados por um conjunto de sinais e sintomas
de gravidade variáveis. Algumas das características de uma crise podem ser
identificadas quando:

• Conjunto de sinais e sintomas observados em pacientes que interrompem


ou diminuem o uso de álcool após longo e intenso uso.
• Iniciam entre 6 a 48 horas após a última ingestão de álcool.
• Pico de sintomatologia: 24 a 48 horas.
• Duração em casos não complicados: 5 a 7 dias.
• Tremores de extremidades, irritabilidade, ansiedade, sudorese,
taquicardia insônia, náuseas e vômitos, aumento da pressão arterial, febre,
cefaléia, agitação.

Cuidado: A abstinência Alcoólica pode matar


caso não haja tratamento médico.

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O início e curso do estado de abstinência, são limitados no tempo e relacionados à dose
de álcool consumida imediatamente antes da parada, e da redução do consumo. A síndrome de
abstinência pode ser complicada com o aparecimento de convulsões. Os sintomas iniciam com
tremores, ansiedade, insônia, náuseas e inquietação. Sintomas mais sérios ocorrem em
aproximadamente 10% dos pacientes, e incluem febre baixa, taquipnéia, tremores e sudorese
profusa. Convulsões podem ocorrer em cerca de 5% dos pacientes não tratados. Outra
complicação grave é o delirium tremens (DT), caracterizada por alucinações, alteração do nível
da consciência e desorientação. A mortalidade nos pacientes que apresentam DT é de 5 a 25%
e por este motivo, um alcoólatra precisa ser acompanhado por um médico para o processo de

Por que é necessário tratar da


Síndrome de Abstinência
Alcoólica (SSA)?
• Evitar o surgimento de uma SAA grave ou
complicada (DT e convulsões)
• A SAA torna-se mais grave à medida que se
repetem.
• Na 5ª ou 6ª SAA os sintomas têm maior
intensidade, até que surja um quadro convulsivo
ou de DT.
• Minimizar ou evitar o desconforto gerado
pelos sinais e sintomas da abstinência, pois este
pode ser um fator importante para recaída.

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Características do
dependente de Álcool
• Tempo de uso maior que de outras drogas para aparecerem problemas
• Problemas surgem freqüentemente na idade adulta.
• Hábito de consumo de álcool inicia na adolescência e permanece por toda a idade adulta
• A crise da sua relação com a bebida aparece gradativamente durante a vida adulta
• Familiares e próprios usuários só se dão conta da gravidade, quando sua capacidade no
trabalho/estudo é afetada.
• Episódios isolados de agressividade e relações interpessoais conturbadas
• Grau mais avançado de dependência, devido ao longo tempo de consumo.
• desenvolvimento de patologias físicas causada pelo uso excessivo de álcool.

No caso da dependência do álcool, há um tempo maior para que a relação com a substância fique
mais problemática. Para ser mais claro, isto só acontece a partir de rupturas concretas do indivíduo
com o seu meio, por exemplo: perder o emprego, crises, e às vezes, término do casamento e problemas
físicos.

18
?
Em primeiro lugar, poderíamos dizer que o fato da crise só aparecer na idade adulta - onde já
existe uma personalidade constituída - é portanto, uma característica que contribui para que um
paciente dependente de álcool tenha um discurso mais rígido e seja mais defensivo (auto defesa)
para tentar se perceber criticamente. Diante do hábito de beber, existe pouca abertura por parte do
paciente para compreender a intensidade e a gravidade do seu problema, justamente porque há uma
cronicidade instalada.
Outro ponto que poderíamos considerar, como sendo problemático para a conscientização do
seu limite diante da substância, refere-se o fato da droga ser legitimada pela sociedade. Além da
maior exposição ao estímulo de beber, através de festas e propagandas, há também fato de observar
que muitas pessoas bebem sem ter nenhum ônus com esse ato, isso contribui, entre outros fatores,
para que o desejo de beber volte a ter uma relação equilibrada e se torne uma meta secreta. Esse
ponto também reflete a dificuldade para lidar com as diferenças, pois o usuário acredita que a sua
crise com o consumo da bebida pode ser superada, quando ele se espelha em outros usuários. O que
encontramos a partir disso, é a famosa repetição que começa com o primeiro gole. Com esta
tentativa fracassada de ter um uso controlado da substância, de ser “um igual” é que nota-se a sua
diferença e a sua dependência.

19
A Aceitação ao
Tratamento
Um dependente de álcool, num primeiro momento é mais resistente para
aceitar o tratamento e para manter alguma mudança mais regular. Essas
dificuldades podem tanto sinalizar o reflexo do longo período de consumo da
bebida, até o surgimento de uma crise, bem como, por já ser um adulto com a
personalidade constituída, ter falsos julgamentos a respeito de si e do mundo.
Com isso, é muito mais trabalhosa a oportunidade da auto-crítica, e o paciente
fica menos receptivo aos apontamentos que denunciam a crise presente no seu
hábito de beber. Sendo assim, é preciso se precaver e fazer algumas perguntas
sobre um possível tratamento:

• A avaliação e diagnóstico do cliente são


apurados?
• Como os serviços estão organizados?
• Como é realizada a desintoxicação?
• As comorbidades são avaliadas e tratadas?
• Os profissionais realizam de fato as terapias
psicológicas como elas são preconizadas?
• Qual a abordagem psicológica indicada no
tratamento de usuários e dependentes de álcool?
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PROBLEMÁTICAS E
TRANSTORNOS
DA DROGADIÇÃO
Um dependente de álcool, num primeiro momento é mais resistente para aceitar o tratamento
e para manter alguma mudança mais regular. Essas dificuldades podem tanto sinalizar o reflexo
do longo período de consumo da bebida, até o surgimento de uma crise, bem como, por já ser um
adulto com a personalidade constituída, ter falsos julgamentos a respeito de si e do mundo. Com isso,
é muito mais trabalhosa a oportunidade da auto-crítica, e o paciente fica menos receptivo aos
apontamentos que denunciam a crise presente no seu hábito de beber. Sendo assim, é preciso
se precaver e fazer algumas perguntas sobre um possível tratamento:

• Dificuldade de concentração. O uso da droga também leva


• Falta de interesse por assuntos acadêmicos e da vida cotidiana. a complicações
• Alterações de memória, como lapsos e dificuldade em assimilar psiquiátricas, como:
novas informações.
• Dificuldade de expressão oral. • Prejuízos da capacidade de
• Problemas de comportamento que variam da extrema apatia à julgamento.
violência física e agressividade. • Memória e controle do
• Oscilações do humor. pensamento, além de
• Comportamentos estereotipados, principalmente quando sob manifestações psicóticas,
efeito da substância ou em sua abstinência. como alucinações e delírio.
• Idéias paranóides e de perseguição. • Também entram nesse
• Alucinações visuais e auditivas, principalmente no uso prolongado quadro o estado de insônia,
ansiedade e depressão.
e intenso. 21
Tudo isso afeta, inclusive, a vida social do indivíduo, que deixa de participar da vida em sociedade,
adquire comportamento violento, tendências criminosas, entre outros aspectos. Quando cessado o
uso, o dependente evolui para quadros de síndrome de abstinência que está dividida em:

Crash: Redução do humor e energia, com momentos de fadiga, depressão, ansiedade e paranóia,
além de hipersonolência.

Abstinência: Recaídas são comuns nessa fase, que dura de 2 até 12 semanas, com forte quadro
de craving (desejo, urgência de uso), como também alterações psicomotoras.

Extinção: Resolução completa dos sinais e sintomas físicos; o craving, porém, pode aparecer
eventualmente.

Dentre as principais doenças


secundárias que vem à tona com o uso, estão:
• Os transtornos afetivos.
• Transtornos de ansiedade.
• Transtornos de personalidade.
• Esquizofrenia.
• Transtornos do déficit de atenção.
• Hiperatividade.
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A Drogadição é diagnosticada como doença mental pela CID10/ OMS, sendo chamada de
Síndrome de Dependência, sendo necessário tratamento adequado. A nossa experiência com o
tratamento da adicção é que, quando aceitamos que há uma doença sobre a qual somos impotentes,
tal aceitação fornece uma base para a recuperação através dos Doze Passos das Irmandades
Anônimas. A quantidade de membros de AA/NA vivendo livres da adicção ativa, mostra que essa
filosofia tem funcionado para milhões de pessoas ao redor do mundo.
Então, embora não queiramos entrar em controvérsia sobre aquilo que é ou não doença, no
estrito sentido médico, temos plena certeza de que é apropriada a utilização da palavra "doença" para
descrever a nossa condição, já que a Organização Mundial de Saúde a reconhece dessa forma.
Reconhecer a adicção como doença traz consciências sobre nossa realidade e nos encoraja a procurar

CRACK
O crack é obtido a partir da uma mistura de cloridrato de cocaína com algum solvente. No
momento que o solvente é evaporado, sobram apenas os cristais (pedras). O crack é incolor, inodoro,
cristalino e estala quando aquecido (cracking), particularidade que lhe deu o nome. Pode ser fumado
em cachimbos improvisados ou misturado ao tabaco ou a maconha. Seus efeitos euforizantes são
rápidos, intensos e de curta duração, o que induzem à dependência ou o uso contínuo com mais
facilidade.

23
• Os vapores do crack são absorvidos pelos pulmões O s i n d i v í d u o s q u e o u t i l i z a m d e s e n v o lv e m
e na circulação sangüínea são transportados ao dependência severa em poucas semanas de
cérebro, tudo isso dentro de 10-15 segundos. uso. Com doses maiores, são observados
outros efeitos, tais como:
• Uma inalação produz um grau de intoxicação que
normalmente dura 10-15 minutos. • Irritabilidade.
• Agressividade.
• A utilização produz uma euforia de grande • Delírios e alucinações, que caracterizam um
magnitude e de curta duração, seguida de intenso verdadeiro estado psicótico (a psicose cocaínica).
desejo de repetir a dose. • Também podem ser observado aumento da
temperatura e convulsões.
• Por via endovenosa o risco de overdose cresce • Dilatação pupilar.
significativamente e propicia disseminação de • Elevação da pressão arterial e taquicardia que
infecções, tais como hepatite B e C e AIDS e a pode levar a uma parada cardíaca por fibrilação
rabdomiólise, uma degeneração dos músculos ventricular, sendo uma das possíveis causas de
esqueléticos. morte por superdosagem.

Mais recentemente e de modo cada vez mais frequente, têm-se verificado alterações
persistentes na circulação cerebral em indivíduos dependentes da droga. Existem evidências de
que o crack seja um fator de risco para o desenvolvimento de infartos do miocárdio e acidentes
vasculares cerebrais- AVCs - em indivíduos relativamente jovens.

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COCAÍNA
A cocaína, também conhecida por coca, é um alcalóide estimulante, com efeitos anestésicos,
utilizada fundamentalmente como uma droga recreativa. Pode ser aspirada, fumada ou injetada. É
uma droga muito viciante, graças aos efeitos provocados sobre a via mesolímbica (via de
recompensa) do cérebro. Existe um sério risco de dependência, mesmo se consumida por um curto
período de tempo.

Mecanismo de ação da droga:


Aumenta a liberação e prolonga o tempo de atuação de alguns neurotransmissores utilizados
pelo cérebro, como a dopamina, serotonina e a noradrenalina.

Efeitos
O efeito inicial é rápido e de duração breve, porém intensos e fugazes quando a via de utilização
é a intravenosa. Pode haver uma sensação intensa de euforia e poder, além de uma estado de
excitação, hiperatividade, insônia, falta de apetite e perda da sensação de cansaço.

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INSUFIÊNCIA RENAL
Danos AGUDA Acidente
Cerebrais vascular
Rabdomiólise
cerebral
Convulsões Hipertemia
Hipertensão
Arterial

MORTE Arritmias
COCAÍNA Necrose ou Fibrose
INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA
SÚBITA
Falência focais do miocárdio
Respiratoria intoxicação
aguda CRÔNICA
Espasmo Aumento do trabalho cardíaco
coronariano
Ativação
palquetária
Trombose

Isquemia e infarto
do miocárdio

Consequências físico-crônicas

• Dor no peito e dificuldade respiratória.


• Dores abdominais e náuseas.
• Se aspirada, pode comprometer o septo nasal e diminuir do olfato.
• Os distúrbios cardiovasculares aparecem em todas as vias de administração.
26
SÍNDROME DE
ABSTINÊNCIA
Substâncias psicoativas diferentes, tais como o álcool, morfina, nicotina e cocaína, compartilham
sintomas de abstinência, com graus variados de intensidade e gravidade. Elas estão divididas em três
fases:

Primeira fase: “ C r a sh ”
Referindo-se ao estado de humor do usuário, o crash instala-se logo após a interrupção do uso e
pode se prolongar por cerca de 4 dias. O humor é caracterizado por disforia (mudança repentina do
estado de ânimo) e/ou depressão, associado à ansiedade importante. Há diminuição global da energia,
na forma de lentificação e fadiga. O craving é intenso e diminui ao longo de 4 horas. Uma necessidade de
sono (hipersonia), dura vários dias e acaba por se normalizar o estado de humor.

Segunda fase: “ A b sti n ência ”


A fase de abstinência propriamente dita, pode durar até 10 semanas. A anedonia (perda de
capacidade de sentir prazer) é um sintoma marcante durante esse período, em contraste com memórias
da euforia provocada pelo uso da cocaína. A presença de fatores e situações desencadeadoras de craving
normalmente suplantam o desejo da abstinência e recaídas são comuns nessa fase. A ansiedade
também está presente nesse período, tais como outros sintomas: hiper/hiposonia, hiperfagia, alterações
psicomotoras, tremores, dores musculares e movimentos involuntários.

27
Terceira fase: “ e x t i n ç ã o”
Há resolução completa dos sinais e sintomas físicos. O craving é o sintoma residual, que aparece
eventualmente, condicionado a lembranças do uso e seus efeitos psíquicos. Seu desaparecimento é
gradual, pode durar meses e até anos. Reforçar a capacidade do paciente experimentar o fenômeno
sem recair é fundamental.

QUANDO INTERNADO,
A SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
É MAIS BRANDA?
Os estudos apontam que os usuários em cronicidade
mostraram quadro clínico diferentes dos usuários não
internados. Em ambientes reclusos, os sintomas físicos e
psíquicos são mais brandos e caminham de maneira linear para a
resolução. O craving é leve e não altera a evolução dos outros
sintomas. A ausência de estímulos ambientais cotidianos é o
fator mais valorizado para explicar a alteração do modelo de
abstinência.

28
A M A CO N H A
A maconha é uma das drogas mais consumidas no mundo. Ela provém da planta de cânhamo,
e a parte que contém a “droga” encontra-se principalmente nas flores (que normalmente se chamam
“botões”) A maconha pode ser fumada como um cigarro, mas também pode ser fumada em um
cachimbo ou com uma tubulação que possui um reservatório para colocar água, conhecido como
“bong”.

E FEITOS PSÍ QUI C OS


AGU DOS E C R ÔN I C OS
Podem ser descritos em alguns casos como uma sensação de bem-estar, acompanhada
de calma e relaxamento e hilaridade, enquanto que outras pessoas experimentam angústia, ficam
aturdidas, temerosas de perder o autocontrole, com tremores e sudorese. Há uma perturbação
na capacidade de calcular o tempo e o espaço, além de um prejuízo de memória e de atenção.
Com doses maiores ou dependendo da sensibilidade individual, podem ocorrer perturbações
mais evidentes do psiquismo, com predominância de delírios e alucinações. O uso continuo interfere
com a capacidade de aprendizado e memorização, podendo induzir um estado de síndrome
amotivacional que é caracterizada pela passividade, apatia, conformismo, isolamento, introversão,
entre outros.

29
E FEITO S F ÍS I C OS
AG UDOS E C R ÔN I C OS
Hiperemia conjuntival.
Diminuição da produção da saliva (sensação de secura na boca).
Taquicardia, podendo-se chegar a freqüências de 140 batimentos por minuto ou mais.

Sistema Respiratório
asma, tosse, catarro, roncos e sibilos (bronquite). Problemas respiratórios são comuns, uma vez
que a fumaça produzida pela maconha é muito irritante, além de conter alto teor de alcatrão, muito
maior que no cigarro/tabaco.

Cé l u l a s e S i s t e ma I munol ógic o
De 50% a 70% mais agentes carcinogênicos que o tabaco sem filtro, ocasionando diretamente
problemas relacionados à imunidade das células, como cânceres.

Si ste ma R e p r o du t o r
Vasodilatação dos genitais, retarda ejaculação, libido e impotência, alteração do número de
espermatozóides - ocorre uma diminuição (de até 50-60%) na produção de testosterona dos
homens, podendo haver infertilidade.
30
P si q u iá t r i c o / P s i c o se
alucinações e delírios, labilidade emocional, desorientação,
despersonalização. Vulnerabilidade preexistente – podendo precipitar, aliviar
e exacerbar os sintomas da esquizofrenia.

Co m p li c a ç õ e s S o c i ais
"Porta de entrada" – combinação de fatores – exposição a outras
drogas. Queda no desempenho escolar e rendimento profissional. Déficits
leves nas funções cognitivas – reversíveis ou não.
Síndrome amotivacional – produtividade e motivação apatia e desinteresse
em metas cronicamente intoxicados.

I n q u i et a ç ã o
horas após o término, irritabilidade, calores, frio, insônia, suores,
inquietude, coriza, soluços, apetite, náuseas, dores musculares, ansiedade,
diarréia, fotofobia.

31
A P E RS ON ALI D A D E
D O DE PEN D E NT E
Além das grandes variáveis e diversidades de fatores que favorecem o aparecimento da
dependência, ainda não há como caracterizar a personalidade padrão do dependente de maconha.

Como é o dependente de drogas?


Compreendemos o dependente de drogas (não estamos falando do usuário e sim da pessoa que
já está dependente) como um indivíduo que se encontra diante de uma realidade objetiva ou
subjetiva insuportável, realidade essa que não consegue modificar e da qual não pode esquivar-se,
restando-lhe como única alternativa a alteração da percepção dessa realidade. Isso é conseguido
através de sua relação com a droga.
Importante: Se tivermos em mente que a relação de dependência com a droga é a
única alternativa que restou para o dependente, torna-se compreensível (não quer dizer
aceitável) que o comportamento de se drogar efetiva-se através de um ato impulsivo.
Não se trata, portanto, do desejo de consumir drogas, mas da impossibilidade de não as
consumir.

Estabelece-se assim uma relação de dualidade entre o indivíduo-droga, na qual tudo o que não é
pertinente a esta relação, passa para um segundo plano na existência do dependente.
Esse duo permanece indissociável enquanto a droga for capaz de propiciar essa alteração
de percepção de uma realidade, respondendo assim pela manutenção de uma situação de equilíbrio,
ainda que instável, desse indivíduo.

32
P L ANO DE T R A B A L HO
O que se contrapõe à dependência não é a abstinência, mas sim, a liberdade. A perda da
liberdade do indivíduo constitui a doença, em um sentido amplo, o tratamento do dependente
não é obtido ao conseguirmos mantê-lo abstinente, mas sim quando ele for capaz de adquirir
a liberdade de escolher o padrão de relação que passará a ter com a abstinência da droga.
Desta forma, você precisa se precaver e fazer algumas perguntas sobre o tratamento:

A avaliação e diagnóstico do cliente são apurados?

Como os serviços estão organizados? Como é realizada a desintoxicação?

E as comorbidades são avaliadas e tratadas?

Os profissionais realizam de fato as terapias psicológicas como elas são


preconizadas?

Qual a abordagem psicológica indicada no tratamento de usuários e


dependentes de álcool?

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CONCLUSÃO
Esperamos que esta leitura tenha te ajudado na orientação sobre as
dificuldades da dependência química, vale destacar, que além de todas as
informações aqui apresentadas, o auxílio profissional não deve ser deixado em
segundo plano. O tratamento existe, e se necessário deve ser feito de maneira
profissional e cuidadosa, para que o problema com drogas esteja à caminho da
superação. Com foco e força de vontade, a vitória estará a um passo de ser
conquistada.

34
O G RU P O
RECANTO
O Grupo Recanto é uma entidade que tem como objetivo
propiciar a recuperação de indivíduos com dependência do álcool e
outras drogas. Caminhamos neste propósito há mais de três anos na
Região Metropolitana de Recife, em Igarassu e Camaragibe (Aldeia),
sempre participando da construção de uma nova maneira de viver de
homens portadores desta doença.
Nosso lema é: Quando ninguém mais acredita, a vida recomeça,
porque quando recebemos um novo residente, nem ele, nem sua
família e muito menos a sociedade, em sua grande maioria,
acreditam que exista a possibilidade de que ele mude suas atitudes e
comportamentos, e transforme radicalmente sua qualidade de vida.
Nós acreditamos que existe vida após a dependência do álcool e de
outras drogas. Nossa experiência tem demonstrado que, se o
dependente adere à filosofia proposta e segue as orientações
práticas oferecidas, ele volta a tornar-se um membro produtivo e
participante da sociedade.
35
N OSSA
FILOSOFI A
Nossa filosofia de trabalho é fundamentada no programa de Doze Passos, que é
reconhecida como uma das mais eficazes; buscando não apenas tratar a droga, mas descobrir a
causa do uso e os comportamentos a ele associados. Esta filosofia de doze passos de Narcóticos
Anônimos e de Alcoólicos Anônimos, tem base na experiência de recuperação de milhares de
alcoolistas e dependentes de outras drogas e demonstra a eficácia através da abordagem de
abstinência completa, ajuda-mútua e mudança radical do comportamento e modo de vida. O
objetivo é realizar a experiência de voltar a ser um membro produtivo, aceito e respeitável da
sociedade.

Nossa equipe multidisciplinar tem como base a aplicação de técnicas e procedimentos


trazidos, entre outros da psiquiatria, psicologia cognitivo-comportamental, acompanhamento
psicológico de orientação humanista. Esta visão é aplicada pela equipe composta de médico
psiquiatra, médico clínico, psicólogo, educador físico, nutricionista, equipe de enfermagem,
técnicos de referência (conselheiros) especializados em dependências e coordenadores. Os
conselheiros em dependência, são especializados na metodologia utilizada e possuem toda a
vivência pessoal e intensa do programa de recuperação, atuando nas atividades do grupo de
residentes e na abordagem, orientação e comunicação com os familiares dos residentes. A equipe
de coordenadores, assim como a equipe de enfermagem, acompanha os residentes em turnos
que cobrem as 24 horas do dia.
38
NOSSa
HISTÓRIA
Fundado em abril de 2008, o Grupo Recanto já ajudou centenas de homens a acreditar que é
possível começar de novo. Hoje, a instituição conta com 2 unidades: uma em Igarassu e outra em
Aldeia, ambas na Região Metropolitana de Recife. O grupo começou de um sonho e um senso de
missão e teve sua fundamentação em estudos de modelos terapêuticos em vários estados, através
de visitas e análise de centros de recuperação por todo país.
Esse estudo resultou num método de tratamento diferenciado, baseado nas melhores práticas e em
constante atualização, levando em consideração todos os aspectos sociais, epidemiológicos,
organizacionais, de gestão, financeiro e operacional, visando a excelência na prestação de serviços
com o melhor custo x benefício.

Hoje o Grupo Recanto já é a maior instituição de tratamento de dependentes em Pernambuco


e referência no Brasil. Possuímos convênios técnicos firmados, os nossos profissionais são
convidados para palestras, participamos e investimos em congressos e temos contato com
instituições reconhecidas em todo o Brasil. Nosso compromisso é com a qualidade de vida do
residente e de seus familiares. Através da união de quem vive a recuperação e a alta qualificação
técnico-profissional. A equipe Grupo Recanto vem provando que há vida após as drogas, porque
quando ninguém mais acredita, a vida recomeça.

39
g r u p o_ reca n to /g r u p o reca n to

w w w. g r u p o r e c a n t o . c o m . b r
Ru a D a v i n o Po n t u a l , 1 0 6 - to r re.

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