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ABORTO LEGAL

Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54)

Aborto necessário

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da


gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

NATUREZA JURÍDICA

Constituem causas excludentes de ilicitude.

I - Chamado de aborto necessário ou terapêutico.

É necessário que seja praticado por médico, e a vida da gestante esteja em


perigo devido à gravidez, sendo o aborto o único meio de salvar sua vida. Tal
risco à vida não precisa ser atual, pode ser futuro.

Quem irá averiguar tais circunstâncias é o médico, é desnecessária autorização


judicial. Dispensa-se também o consentimento da gestante, pois a vida é bem
indisponível. As lesões que vierem a ocorrer no procedimento também não são
puníveis.

Se um terceiro, que não seja médico, provocar o aborto quando houver perigo
atual de vida para gestante, ele estará amparado pelo estado de necessidade.
Porém, se o risco à vida não for atual, ele responde pelo aborto (art. 125 ou 126).

II - É o aborto humanitário.

O consentimento deve ser válido (da gestante, ou do responsável legal, quando


aquela for incapaz), resultar de estupro ou de estupro de vulnerável, e ser
realizado por médico.

Se o terceiro que pratica o aborto não é médico, estará amparado pela


inexigibilidade de conduta diversa.

Para provar o estupro, basta que a gestante apresente provas seguras ao médico
(dispensa-se autorização judicial) sobre a ocorrência daquele, como boletim de
ocorrência, inquérito, declaração da mulher, etc.

Porém, se for descoberto que a mulher apresentou um boletim de ocorrência


falso, ela responderá por aborto (art. 124) e comunicação falsa de crime. Já o
médico não responderá por crime algum (art. 20, § 1º).

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