Você está na página 1de 4

AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.

AUSÊNCIA DE INTEIRO TEOR


DE PEÇA OBRIGATÓRIA. FISCALIZAÇÃO.
RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DO
AGRAVANTE.
1. É pacífica a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça de
que compete à parte agravante zelar pela correta formação
do agravo,
cabendo-lhe averiguar se todas as peças necessárias foram
juntadas
aos autos, requisitos esses que deverão estar preenchidos
no momento
da interposição do recurso.
2. "(...) na hipótese, o agravante não indicou as peças a
serem
trasladadas pela Secretaria do Tribunal a quo, conforme
previsto no
art. 28, § 1.º, da Lei n.º 8.038/90, optando por apresentar
aquelas
que entendeu suficientes à instrução do agravo." (AG n.º
1.423.565/SP, sob a relatoria da Srª. Ministra Laurita Vaz).
3. Não trazendo o agravante tese jurídica capaz de
modificar o
posicionamento anteriormente firmado, é de se manter a
decisão
agravada na íntegra, por seus próprios fundamentos.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes
as acima
indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do
Superior Tribunal
de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo
regimental,
nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs.
Ministros
Sebastião Reis Júnior, Vasco Della Giustina
(Desembargador convocado
do TJ/RS) e Maria Thereza de Assis Moura votaram com o
Sr. Ministro
Relator.
Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de
Assis Moura.
Referência Legislativa
GRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. JULGAMENTO POR
DECISÃO MONOCRÁTICA
DO RELATOR. OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE.
INOCORRÊNCIA.
ADOÇÃO DE PARECER MINISTERIAL OU ALUSÃO AOS
FUNDAMENTOS DA SENTENÇA
COMO RAZÕES DE DECIDIR. POSSIBILIDADE.
1. De registrar, inicialmente, que o julgamento
monocrático, com
fundamento em precedentes de uma das Turmas
integrantes da Terceira
Seção desta Corte, não viola o disposto no art. 557, § 1º,
do Código
de Processo Civil, ou o art. 38 da Lei nº 8.038/90.
2. Ademais, o cabimento do recurso de agravo regimental
das decisões
singulares proferidas pelo relator, afasta a alegada ofensa
ao
princípio da colegialidade.
3. A jurisprudência desta Casa de Justiça e também do
Supremo
Tribunal já sedimentou o entendimento segundo o qual não
há nulidade
na adoção, como razões de decidir, do parecer ministerial
ou da
decisão proferida pela instância ordinária.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
Acórdão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes
as acima
indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do
Superior Tribunal
de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo
regimental,
nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs.
Ministros
Sebastião Reis Júnior, Vasco Della Giustina (Dese
SPECIAL. OMISSÃO. NÃO OCORRÊNCIA. SERVIDOR
PÚBLICO DO DISTRITO
FEDERAL. LEI FEDERAL N.º 8.112/90. DIREITO LOCAL.
EXAME.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N.º 280/STF. DISSÍDIO
JURISPRUDENCIAL
NOTÓRIO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. SIMILITUDE
FÁTICA. INEXISTÊNCIA.
PARADIGMAS. RECURSO ORDINÁRIO. IMPROPRIEDADE.
1. Não ocorre contrariedade ao art. 535 do Código de
Processo Civil
quando o Tribunal de origem decide, fundamentadamente,
todas as
questões postas ao seu exame, assim como não há que se
confundir
entre decisão contrária aos interesses da parte e
inexistência de
prestação jurisdicional. Ademais, o magistrado não está
obrigado a
responder a todas as questões suscitadas em Juízo, quando
já tenha
encontrado motivo suficiente para proferir a decisão.
2. Este Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento
no sentido
de que a Lei n.º 8.112/90, quando aplicada aos servidores
públicos
do Distrito Federal, assume caráter de lei local, o que
inviabiliza
o exame de eventual ofensa a qualquer de seus dispositivos
em sede
de recurso especial, a teor do disposto no enunciado da
Súmula n.º
280 do Supremo Tribunal Federal.
3. A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça admite
a
modalidade de dissídio notório; todavia, exige o
cumprimento de
certas formalidades, sem as quais fica prejudicado o
conhecimento da
divergência pretoriana. Ademais, se os acórdãos
apresentados como
paradigmas não guardam identidade fática com o julgado
recorrido, o
dissídio não é notório.
4. Nessa esteira, tem-se que a não comprovação do
dissenso
pretoriano, pela ausência de demonstração de similitude
fática entre
os casos confrontados, impede o conhecimento do recurso
pela alínea
"c" do permissivo constitucional.
5. Nos termos da jurisprudência desta Corte Superior de
Justiça, os
acórdãos proferidos em mandado de segurança e em
recurso ordinário
em mandado de segurança são servem como paradigmas,
tendo em vista
que, nessas vias processuais, é possível apreciar normas de
direito
local e constitucional, bem como adentrar no exame do
acervo
fático-probatório dos autos.

Você também pode gostar