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CURSO AUTOCAD 2016:

Projeto Arquitetônico de Acordo


com a ABNT NBR 6492:1994

Aula 6.9: Como cotar desenhos


arquitetônicos?

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1. Introdução

• A ABNT NBR 10126:1987 estabelece os princípios gerais de


cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos.

• A ABNT NBR 6492:1994, por sua vez, apresenta orientações


específicas para a cotagem do desenho arquitetônico no que
tange às cotas gerais, cotas de nível e cotas de vãos de portas e
janelas.

• Assim, devemos considerar as duas normas para a cotagem do


desenho arquitetônico, consultando a ABNT NBR 10126:1987
quando determinado item não for tratado de forma específica
pela ABNT NBR 6492:1994.
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2. Cotas desenho técnico

• A ABNT NBR 10126:1987 apresenta as regras para cotagem


do desenho técnico com ênfase na linha auxiliar, linha de cota,
limite da linha de cota e a cota.

• Quando necessário, devem ser consultadas outras normas


técnicas de áreas específicas, como é o caso do desenho
arquitetônico (ABNT NBR 6492:1994).

• Segundo a ABNT (1987), “cotagem é a representação gráfica


no desenho da característica do elemento, através de linhas,
símbolos, nota e valor numérico numa unidade de medida”.
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2. Cotas desenho técnico

• As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres


com tamanho suficiente para garantir completa legibilidade,
tanto no original como nas reproduções efetuadas nos
microfilmes (NBR 8402/1994).

• As cotas devem ser localizadas de tal modo que elas não


sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha.

• Os elementos de cotagem são: a linha auxiliar, a linha de cota,


limite da cota e cota, conforme Figura 1.

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2. Cotas desenho técnico

• As linhas auxiliares e de cotas são desenhadas como linhas


estreitas contínuas. A linha auxiliar deve ser prolongada
ligeiramente além da respectiva linha de cota. As linhas
auxiliares e de cota, sempre que possível, não devem cruzar
com outras linhas.

Figura 1: Elementos da cotagem de acordo com a ABNT NBR 10126: 1987


Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1987)

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2. Cotas desenho técnico

• A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas


ou traços oblíquos. As setas são mais usadas para o desenho
técnico em geral e, os traços oblíquos, são usados no desenho
arquitetônico como determina a ABNT NBR 6492:1994.

Figura 2: Limites da linha de cota – setas e traço oblíquo


Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1987)

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2. Cotas desenho técnico

• Como o foco desse curso é o desenho arquitetônico, não


explanaremos os pormenores das regras de cotagem
estabelecidas pela ABNT NBR 10126:1987 para o desenho
técnico em geral.

• E, como existe uma NBR específica para a representação


gráfica do projeto de arquitetura, veremos, no próximo
capítulo, os princípios gerais para cotagem do desenho
arquitetônico.

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3. Cotas desenho arquitetônico

• As regras gerais de cotagem fixadas pela ABNT NBR


6492:1994 para o desenho arquitetônico são:

a) as cotas devem ser indicadas:


- em metro (m) para as dimensões iguais e superiores a 1 m;
- em centímetro (cm) para as dimensões inferiores a 1 m;
- e os milímetros (mm) devem ser indicados como se fossem
expoentes;

b) as linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo


em casos de impossibilidade;
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3. Cotas desenho arquitetônico

c) as linhas auxiliares devem parar de 2 mm a 3mm do ponto


dimensionado;
d) os números devem ter 3 mm de altura, e o espaço entre eles e
a linha de cota deve ser de 1,5 mm;
e) quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua
espessura, colocar a cota ao lado, indicando seu local exato com
uma linha;
f) nos cortes, somente marcar cotas verticais e cotas de nível;
h) nas fachadas, inserir apenas cotas de nível do piso acabado;
g) evitar a duplicação de cotas.

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3. Cotas desenho arquitetônico

Figura 3: Resumo das regras de cotagem para desenho arquitetônico


Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994)

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3. Cotas desenho arquitetônico

Figura 4: NÃO inserir cotas horizontais nos cortes!! Cotar apenas as alturas (cotas verticais)!
Fonte: Arquivo pessoal

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3. Cotas desenho arquitetônico

Figura 5: NÃO cotar fachadas!!! Marcar apenas as cotas de nível do piso acabado.
Fonte: Arquivo pessoal
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3. Cotas desenho arquitetônico

Figura 6: Exemplo de sistema de cotas em planta baixa


Fonte: Arquivo pessoal

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4. Cotas de nível

• As cotas de nível são sempre em metro. Indicar o N.A. (Nível


acabado) e também o N.O. (Nível em osso):

Figura 7: Exemplos de cotas de nível em corte e planta


Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994)

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5. Dimensões de portas e janelas

• A cota é indicada no vão acabado pronto para receber as


esquadrias:

Figura 8: Exemplos de cotagem de portas e janelas


Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994)

OBS.: No desenho original da ABNT NBR 6492:1994, a cota 1,00 foi indicada em
centímetros (100). Inserimos a vírgula porque a própria norma salienta que dimensões
maiores ou iguais a 1 devem ser cotadas em metros.

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5. Dimensões de portas e janelas

• Na planta, é cotada a largura do vão na alvenaria para receber


a porta ou janela:

Figura 9: Exemplo de cota de janela em planta baixa


Fonte: Arquivo pessoal

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5. Dimensões de portas e janelas

• Nos cortes, são cotados o peitoril e a altura:

Figura 10: Exemplo de cotas de janela em corte


Fonte: Arquivo pessoal

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5. Dimensões de portas e janelas

• Também no desenho da planta, são inseridos os símbolos da ABNT NBR


6492:1994 com as nomenclaturas e dimensões de portas e janelas. A
largura e a altura são indicadas em metros e, o peitoril, em metros para
dimensões > ou = 1 e em centímetros para dimensões < 1:

Figura 11: Símbolos da ABNT NBR 6492:1994 indicação de portas e janelas


Fonte: Arquivo pessoal
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5. Dimensões de portas e janelas

• Portas: utilizar P1, P2, P3 e Pn.


• Janelas: utilizar J1, J2, J3 e Jn.

Figura 12: Exemplos de designação de portas e janelas no desenho com grafite


Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994)

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5. Dimensões de portas e janelas

• Atenção para a posição da dimensão do peitoril em relação às


dimensões da largura e da altura da janela!!

Figura 13: Exemplos de designação de portas e janelas no desenho com tinta


Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994)

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6. Considerações finais

• Atualmente, existem controvérsias em relação à cotagem do


desenho arquitetônico, desde a altura do número até a unidade das
cotas. Há uma corrente de profissionais que defendem a variação
da altura dos números de acordo com a escala do desenho, porém,
a ABNT NBR 6492: 1994 afirma que as alturas dos textos e cotas
devem ser as mesmas independentemente da escala empregada.

• No entanto, observamos, na prática, que é quase impossível


usarmos o padrão estabelecido pela ABNT em desenhos com
escalas pequenas como 1:100 ou 1:125. Por isso, os profissionais
acabaram por personalizar seus desenhos e, com a popularização
do AutoCAD, surgiu um “padrão de mercado”, que admite desde o
uso de linhas de cotas vermelhas até a cotagem em centímetros.
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Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6492


Representação de Projetos de Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10126


Cotagem em Desenho Técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1987

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS. Normas técnicas para o


desenho arquitetônico. Departamento de Artes e Arquitetura, Curso de
Arquitetura e Urbanismo, Escola Edgar Albuquerque Graeff, Desenho
Projetivo I –DP-I. Goiânia, 2010. Disponível em:
<http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17730
/material/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20Normas%20ABNT%20Desenho%2
0T%C3%A9cnico.pdf >. Acesso em: 25 fev. 2015

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