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Fichamento do texto:
Através de uma análise sobre pesquisas e práticas pedagógicas que fazem uso
das TIC’s no ensino da música, Krüger (2006) espera que possa ser gerada uma reflexão
sobre questões que fazem o uso das ferramentas tecnológicas, assim como o ensino a
distância, não serem tão difundidas em práticas pedagógicas musicais.
Uma questão discutida no texto faz referência ao receio que alguns docentes
possuem em utilizar as ferramentas tecnológicas em suas práticas pedagógicas. Krüger
(2006) chama esse receio de “Tecnofobia”. Como motivo para esse medo, a autora
acredita que as TIC implicariam em “[…] mudanças na própria natureza e no foco das
atividades musicais, como a composição, execução e apreciação […]”. (KRÜGER,
2006, p. 76).
[…] os entusiastas das TIC precisam entender que aqueles que são
relutantes em utilizar a tecnologia musical talvez não sejam
tecnófobos; eles podem ter preocupações genuínas e fundamentadas,
talvez relacionadas a alguns aspectos menos musicais da tecnologia.
(CAIN, 2004, pg. 220 apud KRÜGER, 2006, p. 76).
Outra questão interessante levantada no texto fala sobre a importância do
aumento da participação de educadores musicais nas pesquisas sobre a produção de
softwares para a educação musical.
Vincent e Merrion, citados por Krüger (2006), ainda falam sobre a importância
do preparo dos docentes para o uso das TIC’s, e que esse preparo “[…] considere
aspectos relacionados aos estudantes, à música, ao professor e à tecnologia […]”.
(KRÜGER, 2006, p. 84 apud VINCENT E MERRION, 1996, pg. 40).
Krüger (2006) ainda afirma que “Para que isso aconteça, é necessário que a
formação seja direta, continuada e profunda.” (KRÜGER, 2006, p. 84).
Para a autora é muito importante que as TIC sejam recursos cada vez mais
conhecidos e que os docentes possam estar cada vez mais preparados para lidar com
essas ferramentas, para assim […] diminuirmos o desconhecimento desses recursos,
bem como a insuficiência (ou inexistência) na formação e atualização dos educadores
musicais para o uso das TIC em aulas de música.” (KRÜGER, 2006, p. 85).
O principal método utilizado foi uma pesquisa bibliográfica que visava fazer um
levantamento das pesquisas brasileiras sobre o uso das TIC (Tecnologias de Informação
e Comunicação) na educação musical.
[…] nós mesmos(as) temos que passar pelo processo, discutindo com
nossos pares as vantagens e desvantagens das TIC, buscando um novo
horizonte de pesquisas e práticas educativo musicais. Ao mesmo
tempo em que somos desafiados a buscar o conhecimento teórico-
prático produzido por educadores de outras áreas, como os
profissionais que trabalham com softwares educacionais e educação a
distância, sabemos que eventuais receios não serão apenas
minimizados por meio de leituras ou conhecimento de práticas de
terceiros: somente ao utilizarmos essas ferramentas e refletirmos sobre
suas implicações na educação musical é que poderemos criar nossos
próprios sistemas educativo-musicais apoiados pelas TIC. (KRÜGER,
2006, p. 85).
A pesquisa feita por Krüger (2006) demonstrou “[…] que ainda há poucas
universidades brasileiras que efetiva e continuamente desenvolvem trabalhos nessas
duas áreas, e reafirma a necessidade de maior capacitação tecnológica para os
educadores musicais.” (KRÜGER, 2006, p. 75).
Krüger (2006) também mostra que a vivência aliada a pesquisas e estudos feitos
sobre o assunto poderá fornecer a experiência e a base necessária para os educadores
musicais trabalharem mais a música com apoio nas Tecnologias de Informação e
Comunicação.
Como pontos fortes, acredito que a discussão sobre uma maior utilização das
TIC’s na educação musical de maneira que o professor de música esteja preparado para
esse processo. Além do texto também falar sobre a importância da inserção das TIC’s
em disciplinas e cursos de ensino superior, inclusive utilizando o formato EaD.
Acredito que seja necessário um novo levantamento mais atualizado para que
haja uma visão mais recente do cenário da utilização dessas ferramentas tecnológicas na
educação musical.