De uma forma geral, refere-se a um conjunto de mudanças extensas e
diversificadas relacionadas com o mercado de trabalho, as condições de trabalho, as qualificações dos trabalhadores e os direitos laborais no contexto da quebra do modelo de desenvolvimento fordista e do surgimento de novas mudanças. Produção padrão (Mattoso, 1995). No final da década de 1960, as empresas aumentaram os preços, provocando inflação, questionando os compromissos estabelecidos pelo Estado de bem- estar e adotando políticas que prejudicaram as conquistas dos trabalhadores. Neste processo, com o surgimento do modelo em rede, forte colaboração entre empresas e departamentos, surgiram mudanças marcadas pela inovação tecnológica, o outsourcing cresceu, as relações de trabalho tornaram-se mais flexíveis e a estrutura vertical da organização mudou. A flexibilidade e estrutura da rede interempresarial permite aos trabalhadores do processo produtivo aceitar diferentes formas de trabalho, recebendo salários diferenciados para empregos semelhantes, mas não gozam dos mesmos benefícios que os trabalhadores da empresa. A fabricação dos produtos pode ser feita das seguintes formas: oferta de emprego, trabalho a tempo limitado, meio período, funcionários de empresas terceirizadas, cooperados, etc. A literatura também registra que a ‘precarização do trabalho’, com múltiplas relações contratuais, tem contribuído para aumentar as dificuldades de representação e atuação sindical deixando os trabalhadores desprotegidos e mais vulneráveis às exigências gerenciais e patronais (Mattoso, 1995; Pires, 1998). No campo do trabalho em saúde no Brasil, uma das mudanças mais recentes é o aumento do número de trabalhadores que não contam com a seguridade trabalhista de outros assalariados da agência. Você é: contrato temporário; trabalhadores contratados para atividades especiais (por exemplo, plantão em hospitais); o governo brasileiro tem flexibilidade na contratação de agentes comunitários de saúde e equipes de saúde domiciliar; e trabalho temporário conforme estipulado no “Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde”. Como outros setores de produção, a terceirização também promoveu um desenvolvimento saudável. Os empregadores nos setores público e privado estão usando a terceirização para reduzir o custo da remuneração dos trabalhadores e evitar salários e direitos trabalhistas de longo prazo. O Ministério da Saúde do Brasil reconhece a existência de múltiplas formas de trabalho precário em saúde e elabora, através da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, um “Programa Nacional de Desprecarização do Trabalho no SUS” com estratégias definidas para a reversão do quadro. Para o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), o trabalho precário está relacionado aos vínculos de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) que não garantem os direitos trabalhistas e previdenciários consagrados em lei. Para o sindicato que representam os trabalhadores do SUS, trabalho precário está caracterizado não só com a ausência de direitos trabalhistas e previdenciários consagrados em lei, e sim a ausência de concurso público ou processo seletivo público para cargo permanente ou emprego público no SUS.