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Méquina de es hoteroninia Fernando Ressn Fever utiliza po onsid mundo com olhos que. tive, Ha simplesmente que oS ny de escroven o autor em um ¢ 1 apoesia de Fernando Pessoa (or6nima g, O conan com nd re ett: 8.apactnde aio de Pessoa contaram pelo menos Os estudiosos do espolio de omens 72, mos e semi-heterdnimos criados Peto ee ae Yat ett € ldetas que, em muitos casos. nO ched mn? AGT 2 recone Me “Nao ha que buscar em quaisauer cia pois muitos deles exprit as Ter como esta, que € alids com, 18 ous muitos LexLOS A FeSPEIt do I hete oth vsmesino tempo indagarn, interpreta, re co tor sentientoe Po ea evocades, para analise : \ spas questoes de 1.2.6. | » Leia com atengio 0 poema abaixo para responder 85 io ecit to que, ir ende-se com um acontecimento que, No poema, o eu lirico surpreende ct D sem de afetar a rotina da cidade, desencadeia uma reflexao ‘obre sua propria identidade. Cruz na porta da tabacaria! Quem morreu? O proprio Alvest Dou Ao diabo o bem-estar que trazia. Desc ontem a cidade mudou. Quem era? Ora, era quem eu vi. Todos 0s dias 0 via, Estou Agora sem essa monotonia. | Desde ontem a cidade mudou. | Fle era 0 dono da tabacaria. [Um ponto de referéncia de quem sou. Eu passava ali de noite e de dia | Desde ontem a cidade mudou. | 1. © poema de Alvaro de Campos é estruturado | ée modo a crier um efeito de monotonia. Que elementos formais produzem esse efeito? © primeiro verso da primeira estrofe revela a Yeaco causada por um acontecimento ines- erado. Que acontecimento é esse? 8) Qual é a reagio a tal a icontecimento? que modo ela é sugerida = verso? UNIDADE T * 0 Modesnismo Por esse primeiro ») Ao se dar conta do ocorrido, spirito do eu lirico se modifi ‘mente. Explique. © estado de fica imediata- ‘Meu coragdo tem pouca alegri E isto diz que é morte aquilo or Horror fechado da tabacaria! Desde ontem a cidade mudou, Mas ao menos a ele alguém o Ele era fixo, eu, o que vou. Se morrer, nao falto, e ninguém ciria Desde ontem a cidade mudou. PESSOA, Fernando, Poss de les GALHOZ, Mara Aliete Rio de Janeiro: Nova Agu, 3. Por que 0 acontecimento em questio &&* deia uma reagio tio forte? Justifique. 4. Na tiltima estrofe, 0 eu lirico explicit! @ quebra da monotonia gerou uma 1! forte. Transcreva os versos em que iss? * Qual a importancia do refrao, no co". oema, quando consideramos a ref feita pelo eu lirico? - Podemos afirmar que a reflexdo dese ela quebra da monotonia relacion® da identidade. Por qué? Digitalizado com CamiScanner 6. Alvaro de Campos 60 engenheiro, ohomem que vive transformacées trazidas pelo progresso, Por esse vacn os heterénimos pessoanos, 0 mais afetado pel que marca a vida nos centros urbanos no in modo o tema desenvolvido no poe! tensamente as ivo, ele é, entre la crise de identidade No inicio do século XX. De que ma ilustra essa caracteristica? PO texto a seguir refere-se As questies de 7 a9, Bre XXX Neste poema, 0 cu lirico reflete sobre 0 misticismo, Se quisetem que eu tenha um mi Sou mistico, mas $6 com 0 corpo, icismo, esta bem, tenho-o. A minha alma é simples e nao pensa, O meu misticismo 6 nao querer saber. E viver e no pensar nisso. Nao sei o que é a Naturez: Vivo no &lii@ dum BuRetr@ Numa casa Gala e sozinha, E essa 6 a minha definicao. anto-a. PESSOA, Fernando. Poemas completos dle Alberto Caciv. In: GALHOZ, Maria Alete {Org inte notas. Obra podtica, Rio de laneto: Nova Aguilar, 2001p. 220, 7. O eulirico afirma: “sou mistico, mas s6 com o corpo”. Como pode ser entendida essa afirmagio, considerando o contexto do poema? + Transcreva os versos em que o eu litico define o misticismo. . A poesia de Caeiro caracteriza-se, como vocé viu, por uma visio an- timetafisica do mundo, isto é, que nao interpreta o que é visto como simbolo de sentimentos e emogées humanas. Como essa visio pode ser percebida no poema? 8. Qual a relacio entre a visdo de mundo presente na poesia de Alberto Caeiro e aquela desenvolvida por Alvaro de Campos? Responda levando em consideracao os poemas transcritos. G Os anos sombrios da ditadura em Portugal Com a chegada de Salazar ao poder € 0 inicio da ditadura do Estado Novo, a repressao passa a ser praticada em larga escala, com a instituicao da censura e a criagao da policia politica (a PIDE). Em termos administrativos, cria-se uma fachada de tranquilidade, equi- librio e ordem, apoiada pela realizacao de intmeras obras publicas, como a construgao de edifcios, de hidrelétricas que, de certo modo, preparavam 0 pais para a industrializacao que chegaria na década de 1950. Na verdade, 0 medo e a inseguranca, aliados a passividade e 4 fragilidade das instituicoes, formam o verdadero retrato de Portugal sob a ditadura salazarista. E no contexto do inicio do Estado Novo que surge a revista Presen¢a com a proposta de uma literatura mais introspectiva e intimista. ime: topo. Capitule 24 + Vanguardas culturais europeias. Modern Digitalizado com CamScanner Texto para analise — p. 546 1. Asestrofes sempre com o mesmo ntimero de ver- sos (quadras), a recorréncia do esquema rimico (ABAB), 0 fato de todas as rimas serem as mesmas (ia/ou), a presenca de um refrao (“Desde ontem a cidade mudou”). A recorréncia de todos esses elementos formais cria um efeito de monotonia no poema. 2. A morte do Alves, dono da Tabacaria. a) O verso sugere que a morte do Alves causa uma reacao de espanto e surpresa. A pontuaca0 utilizada, uma exclamagao ao final do verso, Sugere tal reacdo. arava vida ver b) Pelo que se pode inferir, 0 eu lirico enc aquele dia como outro qualquer, n@ Totineira. Ao passar na frente da tabacana Digitalizado com CamScanner na porta, constata a morte do a cre tamente, di “ao diabo 0 bem-e: | imedigretseja, abandonao estado ac tai se encontrava (tranquilo, se § Sravel em sua rotina), Alves e, star que espirito UO, con __amorte do Alves representa a perda d eferencia: ele “era quem eu via dey via. [~.] Desde ontem a cidad dias pra da monotonia, nesse sent _gande impacto, porque € como se o eu Tye __perdesse uma referencia necessaria para se ei? __mhecer (Ele era o dono da tabacaria,/ Um peo, ge referencia de quem sou") ‘©um ponto 1 Todos og le mudou”. ido, tem um 4, ‘Heerafixo,eu0 que vou./ Se eu morter nao faltor + orefrdoéuma afirmagao da i vesparatodos aqueles que passavam pelarons databacara:acidade esté diferente poratents morreu. As pessoas reconhecem su aliséncia esentem a sua falta, Importncia de Al. 5. Ao constatar que ele é 0 “que passa’, portanto alguém que nao seria jamais referéncia pore 4 outros (a0 contrario do que acontecia wear dono da tabacaria, que permanecia sempre ng mesmo local e era uma referéncia para ele), gos trio conclui que sua morte nao teria qualquer impacto na vida das pessoas. £ quase como se ele no existisse no contexto da cidade. A mor notonia, a rotina, nesse caso, séo simbolos da constancia, da permanéncia, de uma identidade constitufda e reconhecida pelos out rros,em meio & multidao dos centros urbanos. A auséncia desses elementos equivaleria, portanto, &inde- finigéo da propria identidade O tema desenvolvido no poema ilustra muito bem essa caracteristica ao opor a constanciaea inconstancia como sinais da presenca ou ausén- cia de uma identidade socialmente estabelecida. 7. Esse verso traz a definicao de alguém capaz nio eiyenciéla con de pensar a Natureza, mas de Send cor cretamente, Esa pessoa misc aenss © corpo, pois sua “alma é simples € énii xr saber./ £ viver + "O meu misticismo é nao querer sab e nao pensar nisso. ® fo apresentar define de 2 SS, sabe o que € Natureza, que aPet fica do © poema revela uma visao ont io dessa iin scien Steno ni 8. Percebe-se claramer de Aber guise a visbo de sa Atvaro de Gampes 2 gpjeniaads ta a tranquilidads tico aps de mundo (en : : vivencia (Alvaro ito afetad’ hades cent sobre ela), “PY gendo mulls Sos grand SCipjerividade, rea vi = jade que identidé igitalizado com CamScanner

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