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Pacientes impacientes: Paulo Freire Paulo Freire Hustracéo: Ral ‘Apresentacao: Ricardo Burg Ceccim dia 23 de janeiro de 1982, Paulo Freire esteve com a Comunidade Eclesial de Base Catuba, agraps- mento social no bairro Vili Alpina, distrito de Vila Prudent, Cidade de So Paulo, para uma conversa com pe- soas que, direts ou indiretamente, estavam envolvidas com © trabalho de educagio popular, Estiveram presentes repre: sentantes de diversas entidades, como 2 Pastoral da Juventude, a Pastoral Operitia, a a Oposigao Sindieal Metalizgiea e outms grupos das Comunidades Eclestais de Base (CEB), bem. como outros participantes interessados em com- prender sua proposta de mediagdo pedagigica no exarcicio da educagio com as camadas populares, © desenvolvimento de uma metodologia educati va que fowe adequada para trbalhar com as classes populares, com os coletivos sociais ou, dizendo mais simplesmente, com o para. Da gravagio desta conversa foi organizado um documento, que foi e segue sendo usado como mferénda por diversos movimentos da sociedade, com o ob ett vo de orientar as ages de intervencio social nas diferentes formas de luta coletiva por democracia, cidadania, ¢ rinvengio da vida. Paulo Meksenas, 4 época ligado 4 Pastoral, da Juventude, Setor Pastoral de Vila Prudente, hhoje professor da Faculdade de Educagio da ‘Universidade Federal! de Santa Catarina, sistemati- zou a gravacio daquela roda de conversa ¢ em. maio de 1982, organizou, em colaboragio com Nilda Lopes Penteado, um documento a que inti- tularam Como Trabalhar como Pove.O corpo de temo que apresento a seguir nproduz 0 temirio do diilogo ocorride naquela roda de conversa (um circulo de cultura, nos termos que propunha Paulo Freire) c weompde o documento de referén- cia dali extaido.Um cimulo de cultura ndo seria para expor uma prescrigio ou prestar receitas de conduta social, mas pér em rlexdo (em ato de pasamento) os desafios colocados as praticas sociais. Nessa roda em particular estavam em questio os movimentos € as priticas de educapa populas. O corpo textual que, entio, apresento constitul uma composigio sobre o registro orig nal do professor Paulo Meksenas. Sax pequeno Jivrinko, como ea intitulado Como Trabalhar com 0 Povo, em valoriza¢io de seu poder argumer tativo.ao pens a pritica educativacom os-coletivos sociais, pertencente 4 Associagio Paulista de Satde Piblica (APSP) ¢ repasado ao Prof Dr, Eymard 33 Mourio Vasconcelos, docente ¢ perquisador brasileiro da educacio po pular em satide e da edu- cacio no Ambito do Sistema Unico de Sade, para nova divulgigio € disseminagio.Para a recom. posigio, entretanto, abri nova comunicagio com Ikitores de Paulo Freire na contemporaneidade, como Jost Ivo dos Santos Pedrosa,! da area da sade € Nilton Bueno Fischer, da irea da edu: cacio. Meksenas, a0 concerdar © autorizar a “eiruclacio"de seu original, dedara: “E com satis ficio que lia reomanizagio de Ricardo Ceccim sobre 4 comunicagio de Paulo Freire Nao sabia que aquele texto, vinculado aos tempos ureos do movimento social ¢ popular, tivesse trilhado os caminhos na alucagio popular am saide que de ‘me relatou, fico feliz ! Havia falhas no texto origi- na de Como Trabalhar com 0 Povo, desde aqueles decorrentes de problemas de aGdio que se refle- tiram na transcrigio das fitas, até a auséncia de uma revisio gramatical qualificada, A transerigio das fits: ¢ aorganizacio do texto foram de minka reponsibilidade, ¢ Nilda edicio com conteido que fosse também visual. Lance perguntas 20 longo do texto que se vinculavam a uma pritica _rdigiosa politico-popular propria do trabalho que faziamos junto 4s Comunidades Eclesias de Base. O que precisava ser destacada, entretante € agora podemos dispor de uma nova maneira eram as falas do Professor Paulo Freire. Era um texto que expressava um contetide significative do pensa- mento do grande mestre © a atualidade de suas ideas justificam 0 novo texto, tendo ficado étima a recomposigio”. Unio entre teoria ¢ pritica Paulo Freire procurou, inicialmente, maquela roda aeentuar a importincia das posturas, adotadas frente is priticas populares, destacando que no bastava "querer mudar a sociedade seria fundamental “saber mudar’, isto é, “saber mudar nna diregio que busca a igualdade de oportunida dese de liberdade para todos € todas", O eduaador lembrou que ocorrem momentos em que “nossas ages se tornam dificeis de serem desenvolvidas € nos perdemos no meio do caminho" ¢ que na maioria das vezes, nem percebemos, pois “herd mos de nossa histéria a tradigio de nio termos tide, como povo, a chance de pardeipar das deci- se da sociedade", Assim, a0 tentarmos a partici- pagio, “acabamos por utilizar as mesmas ferra- mentas das dasses dominante*. Paulo Freire alertou a todos © a todas do grupo que $6 superaremos a postura “de querer libertar © dominando", quando entendemos que “nicestamos sozinhos no mundo” e que 0 proces- so de libertacio no é obra de uma s6 pessoa ou grupo, mas “de todos nds", Para isso, seria preciso “saber ler a nossa vida", isto é, procurar agir e refle- tir sobre nossas ages individuals € sobre as a3 sociais. A esse ato Paulo Freire chamava de “unir teoria € pritica’, pois somente refletindo sobre essas agdes podemos dar validade a elas, nos teao- nhecer nelas ¢, entio, agirmes nos reconhacendo como “sujeitos da histéria”, asumindo-nos como autores € nio reféns da histéria do mundo. Paulo Freire chamou a atengio para o ato de que “os problemas sempre vitio serio solucio- nados ou nio, dependendo de nosso entendimen- to € de nossas age", mas que o importante seria compreender que, “para lutar pela libertagio ou pela autonomia’, para desenvolver nossa capacida- de autoria © autodeterminagio, & preciso que aprendamos, ent: tantas outras virtudes, a de “vivermos pacientemente impacientes". Noencontm com Paulo Freite, o debate foi em tomo das posigdes apresentadas pelos partici- pantes e de uma discussio reflexiva orientada pelo educador entre estas posigies priticas e suas rda- Ses com a teoria. Paulo Freire: “Em primero lugar, 0 moga ali tem azo, quando afirmou que nio se pode ficar s6 na teoria, isso seria fazer teoricismo. O que ensina a gente a fazer as coisas éa pritica da gente Por isso ‘no faz mal nenhum’, que se leia um livro ou outro, Devemas ler ¢ € importante ler- mos, mas o fundamental € fazer, isto é, langar- mo-nos numa pritica ¢ ir aprndendoreaprenden- do, criandorecriando com 0 povie. Lendo, a0 memo tempo, as teorias adequadas aos temas. Isso é 0 que ensina a gente o necessério movimem. to priticateoriapritica, Agora, se ha possibilidade de se bater um papo com quem tem pritica ow com quem jd teve pritica ou, ainda, com quem tem uma fundamentacio tedrica a propésito da experiéncia, isto é excelente, A pritica refletida &a praxis, ¢ 2 que indica 0 caminho certo a set bus ado”, “Eu me comprometo, porque az acho isso. vilido, a dar.o meu assessoramento a vocés. Agora, © que é preciso é ‘fazer’, Assim, a gente vai tendo a sensagio agradivel de estar descobrindo as coisas com © povo, Entio, hoje, eu tenho a impressio de que nio caberia uma palestra sobre um ‘Método’ de realizar a educacio popular, no é para isso que eu vim aqui. Eu tenho a impressio de que eu poderia colocar a nés~-e no a vocts, porque eu coleco a mim também - alguns elementos, chame mos, até, de principios, que sio vilidos, nio ape. nus para quem esta metide com alfabetizacio, mas para quem estiver participando de qualquer tipo de pastoral [ ou anfrentando as relagées entre movimento € mudanga]. Nio importa se esti fazendo alfibetizacio de adultos ou se esta trabs- Ihando na pastoral operdria, na area da cade ow qualquer outra que seja. Os principios sio vilidos, oe também, por cxemplo, para quem é midico ¢ tra balka com 0 povio”. Paulo Freire enti explanou sobre cinco principios - que considerava fundamentais - aos educadores € ds educadoras: saber ouvir; desmom- tar a visio magica; aprender/estar com o outro; assumir a ingenuidade dos educandos{as) ¢ viver pacientemente impaciente. Primeiro principio: Saber ouvir Paulo Freire: “o primeiro principio que eu acho que seria interessante salientar € 0 de que, como educadores/educadoras, devemos estar muito convencidos de uma coisa que ¢Obvia: nin guém esti sé no mundo. Di até para dizer: ‘Mas, Pauls, como & que woot foi afirmar um negicio ‘tio besta desses?” Clam que todo mundo aqui est’ sabendo que ninguém esta so, mas vamos ver que implicagdes a gente tira dessa constatago, uma vex que ¢ mesino uma constatagla, que ninguém. ‘precisa pesquisar para, entio, revelar isso”, “Agora, o que é fundamental, portanto, nfo é fazer a constatagio. Fazer a constatagio & muito facil, Basta estar aqui, estar vivo. O que é importante ¢ ‘encarnar’ esa constatagio, o que traz um bando de conseqiiéndas, um bando de implicagées", “A piimeira dels, sobretude no campo da Educagio, que € 0 nosso campo, é a de encarar que ninguém esta sb e que os seres ‘humanes est3o ‘no’ mundo ‘com’ ‘outros seres. Estar ‘com’ os outros significa respeitar nos outros @ dire to de “dizer a sua palavea’, Ai ja omega a embananar para quem tem uma posi¢io nada humilde, uma posigio de quem pensa que conhece a verdade toda e, portanto, tem que ameter na cabega de quem ndo a conhece o que considera ou € mesmo verdade ou iéncia” “Isso tem uma implicagio, no campo da ‘Kologia, que cu acho muito importante, mas no vamos discutir isso hoje. Eu gosto de falar dessas coisas, também porque, no fundo, eu sou um teb- ogo, porque sou um sujeito desperto, um homen, am busea da preservagio da sua &, ¢, é invidvel procurar preservar a ®, sem fazer teologia, quer dizer, sem se rdigar, sem ter um papo om Deus [seria como dizer ‘sem se implicar’], A minha van fagem éque au nunca fiz um aurso de teologia sis- temitica, ai, entio, eu posso cometer heresias maravilhosas”. A principal implicagio de reco- nhecer que ninguém esti s6 é a de saber ouvir “A primeira impliaagio profunda e rigoro- sa que surge quando eu encaro que no estou 3, éexatamente o direito ¢ o dever que eu tenho de respeitar em tio direito de vot também ‘dizer a sua palavra’, Isso significa dizer, ento, que eu pre- iso, também, saber ouvir. Na medida, porém, em. que eu parto do reconhecimento do teu direito de ‘dizer a sua palavra’, quando eu te falo porque te ouvi, eu fago mais do que falar “a 1’, eu falo “con- igo’. Eu nio sei se estou complicando, ms, vejam bem, eu nio estou fazendo um jogo de palavras, estou usando palavras, Eu usei a prepo- sigio ‘a, falar ‘a d, mas disse que o falar a ti’ s6 se converte no “falar contigo’ se eu te escuto. Vgam como, no Brasil, esti chdo de gente falando ‘pra’ gente, mas no ‘com’ a gente. Faz mais de 480 anos que © povio brasildro leva yporrete!” “Entio, vam bem, o que ‘isso tem a ver com o trabalho do. educador? Numa posi¢io autoritiria, evidente- mente, a qducadora/o educador, falam “ao” povo/filam ‘ao’ estudante. © que é terrivel ¢ ver um montie de gente que se proclama de esquerda continua falando ‘ao' pov endo “aom’ © pove, numa contradi¢io extraordindria com a propria posicio de esquerda, Porque o correto da direita falar ‘a0 povo, enquanto © correto da esquerda é falar ‘com’ © povo. Pois bem, esse ‘tequinho” eu acho de uma importinda enorme, Entio, essa éa primeira conclusie que eu acho que a gente tira quando percebe que nio est s6 no mundo”, O “Método Paulo Freire’ nio é, na realidade, um método, nio hi um ‘modelo’ a seguir “Quando a gente encarma e vive este nio estar sé no mundo, percebe a necessidade da comunicagio, dai da alfabetizagio de todos & todas ¢ logo se pensa no chamado ‘Método Paulo Freire’, mas eu nio gosto de falar nisso, que é um negécio chato pra burro, Ele, no fundo, nio ¢um mmitodo, no & mada assim como muitos dem, Porque nio deve haver um modelo a seguit, trata- sede uma ‘concepgio de mundo’, é uma ‘pedago- gia’, no é um método cheio de téenicas pautado pdas prescrigies [ou normativas - as receitas] que deveestar ai. Eu acho que a gentesabe muito mais as coisas quando a gente apreende o significado disco que eu abordei e, portanto, pde em pritica. Isso é mais relevante € significative do que quan- do se esti pensando no babebi-bo-bu do método. O babebi-bobu s6 se encarna quando esse prin- cipio de aprender 0 significado das coisas (dai ser possivel aprender verdadeiramente) é respeitado”. “Se o alfabetizador esti, sobretudo, dispos toa viver ‘com’ o alfabetizando uma experiéncia ‘na qual 0 alfabetizando “diz a sua palavra’ a0 al betizador © no apenas escuta a do alfabetizador, a alfabetizagio se autentica, tendo no alfsbetizan- do um criador da sua aprendizagem”, “Pois bem, ase € um out principio que eu acho fundamental: uma conseqiléncia desse falar ‘a’ ou do falar ‘com’: eu sé falo ‘com’ na medida em que eu também escuto, Eu s6 escuto na medida em que eu respeito inclusive aquele que fala me contradizendo. Porque se a gente s6 escur ta aquele ou aquilo que concorda com a gente... Puxa, ¢exatamente o que esti ai no poder! Quer dizer, desde que vocts aceitem as regras do jogo, a abertura brasileira prossegue..” “Quando eu era muito mogo, me conte ram uma historia que se dew, dizem, com Henry Ford. Diz-se que um dia Henry Ford reuniu, pos sivelmente em Detnmit, os técnicos dele, os assecso- res ete. ¢ disse: ‘Ollha, vamos discutir o problema do nove moddo dos carros Ford’, Entio, os técnt- cos disseram: ‘Sr. Henry, vamos dar um jeito de acabar com esses carms 6 pretos, feios, danados, vamos tacar carros marrom, carro verde, carro azul, mudar o estilo, fazer um negécio mais dink mice’. Entio, quando deu Sh, dizem que Henry Ford falou: ‘Olha, cu tenho um negiclo agora, vamos fazer o seguinte: amanhi a gente se redne aqui 4s 5 horas pra resolver sobre as propostas’ No dia seguinte, 4s 15 para as Sh, os assessores estavam todos na sala ¢ 4s 10 para as 5h a secrete ria de Ford entrou ¢ anunciou: ‘Senhores, o Sr. Ford ndo pode vir, mas ele pede que os senhores facam a reunido, Ele disse que concordaré com os senhores, desde que seja pteta a cor dos carros’, Isso é exatamente o que esti ai. Se 0 povo brasile: ro concordar que a abertura deve ser assim, ela existe, sen3o.. E uma anisa extraordiniria isso! Uma coisa fantastical Bo que esti ail!” “Entio, eu falo ‘contigo’ quando eu sou capaz de escutar e, se ndo sou capaz, eu falo ‘a ti”, (O falar ‘a’ é um falar ‘sobre’, falar ‘a’ significa falar ao ‘entorno’. Eu falo ‘a’ ti sobre a situacdo tal ou qual, Se eu, pdo onntritio, escuto também, entio a conseqilénda é outra, E assim para um trabalho de alfabetizacio de adultos, de educagio em satide, de satde, de discussio do evangdho, de religiosidade popular etc... Se eu me convenci desce falar ‘com’, desee escutar, meu trabalho parte sempre das condigdes concretas em que 0 povo ‘esti..O meu trabalho parte sempre dos niveis edas manciras como © outro entende a realidade ‘nunca da maneira como eu a entendo, Esti daro assim?” Segundo principio: Desmontar visio magica Paulo Freite: “um outro principio eu regic traria pra vocgs mfletirem. Vou dar um exemplo bem concrcto, Quando eu tinka 7 anos de idade, cu ji no acreditava que a misézia era punigio de ‘Daus para aqueles ou aquelas que tinham cometi- do peade, Entio, vocés hio de convir comigo que ja faz muito tempo que au nao acredito nisso, ‘mas vamos admitir que cu chegue para trabalhar ‘numa certa area, cujo nivel de repressio € opres io, de espoliacio do pove é tal que, por necessi- dade, indusive de sobrevivéncia coletiva, essa populagio se afpga em toda uma ‘visio alienada’ do mundo, Nessa visio, Deus é 0 responsive por aquela misiria e nao o sistema politicoeconémi- co que ai esti, Nesse nivel de conseiéncia, de per copgio da realidade, € preciso, as vezes, acreditar que é Deus mesmo, porque sendo Deus, 0 proble sma passa a ter uma causa superior. E melhor acre ditar que ¢ Deus porque, se nio, se tem a necessi- dade de brigar, B melhor aceditar que ¢ Deus do que sentir medo de morrer”, “Esta é uma realidade que existe Eu nao sei comp éque os jovens de esquerda niio perceberam ese teen ainda, Entio, no é poscivel chegar a uma segifo como essa onde estamos hoje ¢ fazer um dis- caurso sobre a luta de classes, Nao di, mas nio di mesmo! E absoluta inconsciéncia tebrica ¢ cientife ca Eignorincia da ciéncia fzer um treeo desses, EL ‘pransio de educacio por sua eperinda entre o seu sentir © 0 seu dizer, os que se engajam nas ciéndas do ‘cuidado do tratamento da saiide do povo, politica ecticamente, evorm esta virtude aslocande-a. como uum direito dos pacientes dos servigos pblicos de ‘siide, o de tornaremse impacientes, Orgulhome de que Paulo, como pensador ¢ -aducador politico passa, mesmo com seus pequencs © aparentemente simples batepapos incentivar _quepensares € quefazeres para a politica de sade na qud a sua pedagogia do oprimide ensina aosdouto- ses da saiide ans que fazem a burocracia do campo ‘sinitirio que todos nds homense mulheresdevemos ser Seres MaisOrgulhome que estes ¢ aqueles esto aliandose a Paulo na busca de que os Seres Manos, sem dircito acomey, a estudar,a morar ¢ a tersatide .devam € possum sonhar com a possibilidade de ‘vornareme, consdentemente, pacientes impacientes, ‘Sie Paulo, 14 de julho de 2005. ‘Ana Maiia Araijo Faire (Nit) ‘Onpmnizador: Ricrle Burg Canam maio de 2005. snaniconial: aegis « alivio como dispost tros analiaders. 2008 I8p.Dispenis “herp fpaginasterna be aude/mechy.

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