Você está na página 1de 8
wh L834 Dados Internacionais de Catalogacao na Publicagao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Vasconcelos, Celso dos Santos, 1956 - cconcepeao dialética-libertadora do processo de 8" ed /Celso dos S. Vasconcellos. — So Paulo: ~ (Cadernos Pedagégicos do Libertad; v. 3) Bibliografia. 1, Avaliagdo educacional 2. Avaliagdo educacional — Filosofia 3. Educagdo — Filosofia 1. Titulo. II. Série. ISBN 85-85819-02-2 92-0174 DD 370.783, Indices para catélogo sistemético: 1. Avaliagdo educacional Educagéo 370.783 2. Aprendizagem escolar : Avaliacao : Educagdo 370.783 3, Avaliacao da aprendizagem: Educagio 371.102 Celso dos S. Vasconcellos AVALIACAO CONCEPCAO DIALETICA-LIBERTADORA DO PROCESSO DE AVALIACAO ESCOLAR Libertad ~ Contra de Pesguiss, Parasia ¢ uscssoa Pedagigica "IN| BUNS vu ‘eUTBY y ‘sopo) ered vonE:DOWIEp 9 [289] steur ejo2sa ewn a eIsn{ sfeur apepapos pun ap eSuezadso eu ‘sopuianb soupy ‘eseW 2 ourug ‘OBL oy ‘opSeaoudas ep ruse 198 Opa og) 30d ‘sarejnonred ssnppxo & wrareiuaustiadxe poo 1nd sejoasa sep seSueUD sy -uey 0 woo sepesoarde sejoDs0 sep seSueUD sy ox} sod ‘sexraqseiq st>q = ‘8002 “eisiaar “opSIp We 266 ‘ome op @ aq wos jongsoypouossesosja> 3q o> jonpsoqAs> ‘sosjugna}a sodarepU {qi wo>'SOq]SUO>SEACSTaO ARAMA “OS SIS5-2905 — $159-2905 1 B 8 — o1meg OFS — oF0- 9p ees Wo eaNEsDTUT 9 awuapsuED UNSSC ep orSnNsIOD ~euNAIDSIC 1wjoas OFSeITeAy ap Ossa001g Op IOPENOGNT-xoH9TeICI OBSdaDUCD “oRSEITEAY EIny ap Leg Wo o1taWIDaqLOD Op OBSnAIsED jea1 2 orSesoqeye exed sootBojoporous sowousaja — oni ng o1sloag 9 wo8ezipuaidy-oulsug ap orolorg sowwaweloue|d -08epo.r punagyzy op soi8oBupe4 sousspe3 Ov39109 Para que serve a nota na escola? Obvio— responderdio mutes — a nota serve para indicar 0 quanto 0 aluno aprendeu! Desta forma, promoverd aqueles que estiverem preparades para exercer sua profissao e retend os que nao estiverem aptes. (...) Esta obviedade, porém, é contestada dia- riamenie pela pritica escolar em que os alunos aprovades demonstram, 4 seguir, que no aprenderam o que sua nota faz pressupor4 34 RM. FLEURI, Bducar para qué?, p. 8. WV Finalidade da Avaliagio A grande questio que se coloca, depois da analise do problema, é AVALIAR PARA QUE? ‘Ja que a avaliagdo estd tio comprometida com o sistema, no sen- tido da marginalizagio € inculcacdo ideolégica, nao seria elimind-la da escola? Seria isto possivel ¢ desejével? A questio basica €a avaliacZo enquanto tal ou 0 tipo de avaliago que se vem f 1 — Sentido da Avaliagio a) Avaliag3o x Nota Ha que se distinguir, inicialmente, ‘Avaliagdo' e ‘Nota’. Avaliagao € um processo abrangente da existéncia humana, que implica uma reflexio critica sobre a prética, no sentido de captar seus avangos, suas resistencias, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de de- cisio sobre o que fazer para superar os obstéculos. A nota, seja na forma de ntimero (ex: 0-10), concei A, B, C, D) ou mengio (ex: Excelente, Bom, Satisfat6rio, w6rio), € uma exigéncia soureyey anb op orSuaiaz ap nes8 o seayuaa ‘sopedino so seye ‘edn ap as-mumxe ‘optaaidar no opeaoide 19s apod wanb 12a ‘sayossajoxd sonno sop vongid ep soy se0y ou ‘sted sox ogSeysnes Jep ‘opessinbuoo awuaWU[ENPIAIPUT O1UZUI O IeAOSduIOD ‘awaraduiooU! 9 won seNsoUE ‘seenew8nse/seimo1 ‘eonsowop ‘ieZTEUBIeW ‘seURULDSIp ‘So:oypou! so reuorapes ‘vine ap Fes wa ODUas sMBosuoD ‘apepHome eM “Sow EDYISSEP ‘ApAUT ‘seTeIsUOD ‘TEDYEIOA ‘ossaoId ap Ose WO sop -uajep 98 ved ovSeuawmnsop 401 ‘taj & sudumo “eyeIasDas v red wow © sepurus ‘sensiBar ‘vou sngine -wied seyeay “sewsodsos ap ow0va eure eum zenuo2ua sowopod ‘,conb ered serfeae, enunBsod v weg oxSeonpg ap ovSda0u03-onSeqvay ovsepou (2 ~eotinfepog opetey ep oeSevery 9p se} ou> eon euenbe3 acégos}oaud 9 oniond), c29210u 9}2 o3sEnd, oonty sdezipuaidy-ousug 9p ogS0]oy Sseepud \/ Tae \/ < VION ~ | My ete! _/ ‘waeztp -uaide v woo anb mou e loo sopednooard stew sway v wessed 308 -sejoud 0 owioo ounje o o1uel anb wa epipaw Bu ‘vatsoSypad ov5yjas » opupuayyo ‘o8pse9 ap no onuaid ap jaded o awawersn! requaduwas ap & vssed ‘omuausl2ayu09 ap OESNASUOD ap OY[eqen Op POUDIa}I1 9p oquowe)9 win Ja8 ap spaut OF ‘eIOU VW ‘(“~a8e ofu OMalns o eSeaLE eumn8[e san opt as) viouapuadap waquin > eijoaar ISB opunBas 0 9 (-98e opu owalns o esuadusooas etn soan opu as) eiougpuadap 23 opSejshes 2398 omauid o anb zaa eum ‘soanonpasap ops ofnse) 0 ‘oud opuigid 0 omuey, ‘oBtsea-onuigid ou “esuaduiovo4-0510459 OU up ~zaseq “vistpeiuoweuodwios wBoSepad eumn ap eSuasoid v 1aqaoied as -spod ‘vjoose eu epryjeqrn 9 EIOW ¥ OUIOD eArOUEM ep SEIROP 10g ss ‘nV wp OPPROLE~ AL Opdereae eu soppauoIne souous uefas sa10ssayoud 50 ‘nb spad # afoy eBaup opeisa oudaad 0 ‘opSeznessourap ap ossanoud 0 woD '9E ‘oupAUOD © axoud anb wre Opedino 9 oUNIE O “SE aopuaide ap zedeo 9 ourumy 48 opor anb ap no odnuB op oraun ou ,satuestey, ey anb ap ssoumred oisodnssard anb aq ~orSeaosdax 2 exTeq ¥10U WOD so-oputund ‘sourezt|eax SoU ‘sopeZI|e>0] “spepomos v zeue8ua, e wreEisa anb ‘,sazedeo, ogs ogu anb sajanbe sounye so anua aiuaureptae emooid anb aanaiap op jaded o ‘iaranb was anb ep ure ‘soureyuadwosop ‘sozaa sein y OpeIsq Op saioredsurt sop aued sod yjne ap ves ap ouleqes op 2jonuo> ap apepissosoU steur py Wau anb ‘steosy ap ‘ajonuoo ap jaded assa our uremuinsse sa1opeonpa so ‘anawremy ‘o1waunseyuoD op oySnastoD ap ossaoord ou sepnle we anb op _ wud, un nalwOI wanb se2yueA we opednooasd stews se1sa ‘elas no ‘asnarap op roI80], rjad svaal sextop as apod BU Jopeonpa © soluauTAjoatiasap ap SaQStpuo> saxoyjau! se aqL-Tep. optemsoxd ‘opuronpa op oiwawiosars o eyuedusooe anb ofo8epad op 0 no ‘ozsped op e105 0 ‘opessa 0 ‘opedino o opuemooid ey anb TepHod op ‘oxSerfear ep arueip ‘sossajord 0 x01 anap omstdsa and 2anarp op vorsigy e sesadng (q ou aoaed eIp asa) tiON, — bind x BON x opSeyeny seworbsg — sod sas was semTEAY sowlapod ouiod uioq “eAorg sod 198 Ws ION sIngmne sourapod JENPAY 98 Op SeULIO] Sep Ewin seuade 9 ‘zaa ens sod ‘onb ‘eION se1—8 as ap seu} eran sep wun seuade 9 ra seu ‘eaog ep ornur as-eped ‘sapep|noygp stemuaaa sens We So] epnfe 2 sopuronpa sop oruaustajoauasap 0 reyuedwone as txed ‘oeser, “AE OPUNSIXo seNUUOD ap opepyssa99u YIDARY STUDIED SEL — orSeaoidar ap odn sanbjenb no — xjoosa eu ej0u steur efey ott anb wo ep wn seueuN sowopod ‘TeuoKroNpa ewiaIsIs op yewOy Senesuosen 19 Sop oaRayHOPSURAT-eeTeG RESID — OeHEAY ca 56 Avalagio ~ Concepyo Daca LibetadorCelo dos S. Vasconcelos (0 professor ou 0 livro didético), incentivar a competicio, preparar aluno para a vida, detectar “avancos e dificuldades", ver quem assi- milou 0 conteédo, saber quem atingiu os objetivos, ver como o aluno estd se desenvolvendo, diagnosticar, investigar, tomar decisées, acom- panhar 0 processo de construgio do conhecimento do aluno, estabe- lecer um diélogo educador-educando-contexto de aprendizagem, F para que aluno aprenda mais € melhor...” A Avaliag3o Es- antes de tudo, uma questao politica, esté relacionada 20 poder, 208 obj 4s finalidades, aos interesses que estio em jogo no trabalho educativo, Numa sociedade de classes, nao ha espaco para @ neutralidade: posicionar-s neutro, diante dos interesses conflitantes, € estar a favor da classe dominante, que ndo quer que outros interesses prevalegam sobre os seus. Afinal de contas, a favor de quem, contra quem se coloca nossa escola, 0 trabalho de cada educador? Se nao sabemos para onde queremos it, como podemos r se estamos indo bem ou ndo? Um posicionamento fundamental quando se fala de avaliagao € relativamente aos objetivos da educacio escolar, pois deles ¢ que derivarao os critérios de anélise do aproveitamento. A avaliacao esco- lar esté relacionada a uma concepcao de homem, de sociedade (que tipo de homem e de sociedade queremos formar), 20 Projeto Peda- ico da instituigao. £ justamente aqui que encontramos uma istorgdo: de modo geral, no se percebe a discrepdncia entre a pro posta de educacao e a pratica efetiva. Em parte, isto ocorre em funca0 de uma pratica de planejamento meramente formal, levando a que os professores simplesmente “esquecam” quais foram os objetivos pro- ostos.* Temos que superar esta contradigao através da reflexdo cri- tica e coletiva sobre a pritica Evidentemente, 0 sentido dado pelo professor 4 avaliaglo esta intimamente relacionado & sua concepgio de educagio: 37. Cf. apresentagzo na Mesa Redonda; “Avaliar para qué", em 12 de agosto de 1992, no Il Congresso Municipal de Educacao, promovido pela SME de Sa0 Paulo, 38. CE. Carlza SOUSA, Avaliagdo do Rendimento Escolar, p. 85. 1v = Flite da Avago 2 Concep¢ao Yarefa J J Transmissor «> Transmitrefscalizar a absorgio do tansmitido J Avaliago = Controle/Coergio ne ‘Educador => Ensinar e fazer tudo para que aluno aprenda ‘Avaliagdo = Acompanhamento/Ajuda ~Esquema: Posture do Professor frente 20 Ensino © & A\ Esta pedagogia tem como meta a construcdo da autonomia ¢ da solidariedade, e a avaliacdo passa a ser uma referéncia para o proprio aluno, no sentido de superacdo das dificuldades que venha encon trando. Na pedagogia do esforco-recompensa, a nota é algo fora do proceso educativo, enquanto que na pedagogia da autonomia, a avaliagdo remete a0 interior do proprio processo de ensino-apren- dizagem. Enquanto instituigao, o papel que se espera da escola € que possa colaborar na formagio do cidadao (obje- tivo de que participam outras instancias sociais) pela mediacao do conhecimento Cientifico, estético, filos6fico (especific dade). © conhecimento nao tem sentido em si mesmo: deve ajudar a compreen- der 0 mundo, € a nele intervir. Assim sendo, entendemos que a principal fina lidade da avaliacao no processo escolar € judar a garantir a formagio integral do sujeito pela mediagdo da efetiva constru- 20 do conhecimento, a aprendizagem por parte de todos os alunos. Entendemos, pois, que 0 sentido m da avaliagao €: Avaliar para que os alunos aprendam mais e melhor. TV EIB90 1D Zh ‘sepemay2 seSuepnur sep owaueyuedwooe ap oyfeqen ou ‘Z661 2p oNoBe ap 12 wo ‘AE ‘2puasay ap ovSeonpa ap Tediounpy eueI19096 ep SaIOSsoJoUd SOP OWA ID “Th opuepnly ‘sanrv1 \8¢ 1 'njo083 ossronty 0 seoysTU sowiogrs counre op tafez—puasde ¥ woo sou-omsayaut0sda0> (Cor-ypnie exed eougiadwos souMesfoauasap vuieisas) csalossajord sop 2 r]00s9 Up »,.WaeUySUT 2p SeUBD|GOId, ‘2Pepi9a eu ‘no sounpe sop ua ine OU eA oyfeqen nas wo ov’ Ingmuod ‘ayuauaUap -ezipuaide © woo us sossajoad 0 ap omy ofad ‘sopuarde op sazedeo ogs anb weuaunad d sazray weay eioBe ,wa8ezipuaide ap apepiromp, wequn jonbe owsaut ‘sounye 90 ‘ore ounuE 9 ,sarossayosd sop oyu -nuiaisai © “auuioua eSuarapp euin zy eongrd eu seu ‘oonod aoared worSoSepad ogSejar eu eSuepnur esq "sepepinowgp sens seu of-gpnle ‘9 anb jayuooar e essed ap eqaoiad o ounye o anb woo ze} ois} Pon 9p epevayesag eabobepay oFsey ‘euanbsg- ndejibo woo ansap onde» nO), ud S2POPISSIONN Sons SENG), omy upSirzpuandy-oursug 9p opSeiau \/ = uy Vos « ‘oRDETEAY EP SPRUE — AL a 68° tationdusy 0 omuounsuag ‘AISLODKA S "119 0 2661 2p ‘ouquroias two ‘ouauef ap onj op oEdeanpa ap jediqunyy etrraID0g wad opiaoword ‘owSronpa ap oursuaury-oune] onuosuy 11 OU epuoyosd eiualamIGD |) ‘Ge voiSoBepad orSejar eu ono ste 4189 ‘ossa20ud op Jopeuaps0a> 0 otto> ‘sossajoud 0 anb vpipaut 8 ‘oxdeuaye miso ‘aued wa anb epure ‘wodns 9 eiquinysta a8 anb O aiazey ossod anb o ;opuspuasde piso oyu onnye naw onb 10d 9 Jaze] as v essed tossayoud 0 anb wunfizod v ‘opSetfea et Sepentas -aide sapepinoyip sep aiueiq “yorauaaoauasep op vdizejun as wo8 ~wzipuaude 009 B ‘(HE61-9681) AYNOBKA PULIYE OWOD ‘onb ZA euIN ‘ogSesonm vjad of ypnie apod seur‘,so20mpeure, opueonpa 0 meadsa ap opiisod eu roy opu stod ‘jelueisqns Jaded nos opzresar 9) Jossojord 0 ‘mby ‘oapesaiuy oypo{ns oF oxSomp wa ‘vaou ovseonpo ep oane on{ns 0 omen’ ‘evorIpen oedeonpa vp oaissed oxpalns 0 ome as-eiodns ‘ogSvonpe ap vongerp oddsouco ewin ap mied y vjoose eu epure somes seur ov seSuasaid ap ‘eatssed viBojopoiau & ESTUNSUOD & Ep as '98-890]09 ‘opuronpa ~rou2 sens snsaaut ‘vas jenb ‘(ogse ap atuueauepuny seus ‘oEd ~ednooaid 9s opu apepiaa tu) sossayord op orSednooasd ap oxta op Oruaures0js9p 0 9 o1st zed sagSeipaut sep wun anb ,souopuaIey sossajoad op aued sod eanasod ap eSuepnus ewn sBIxa 1a oESeleae ap opSdaou09 eAOU TISq Jossajosd op eIMsod ap vSuepnyy (e vooSepad vonesa v vsed oyssnosaday — z Porpowosea '§ sop exaayeapeURGrT- Foe aNloomD ~ eRe o -AvaliagSo ~ Concepso Dats LiberforyCelso dos S, Vasconcelos que, na pritica, o cumpric 0 programa acaba tendo um peso enorme, mas ndo podemos perder de.vista o essencial da escola. Entendemos que a efetiv daa uma mudanga de pritica; através de sua prat deslocar 0 eixo do trabalho: Fiscalizar / medirjulgar > Propiciar a Aprendizagem ou sej quanto 0 lidade vem articula- 0 professor deve © maior do professor ndo deve ser o de saber 0 sim 0 de garantir a aprendizagem de todos, ‘Compromisso do professor com a Aprendizagem de Todos os Alunos Dessa forma, acreditamos ser possive eracao do fracasso escolar, que como caminhar no sentido da 1a Carraher: -». 0 fracasso escolar aparece como um fracasso da escola, fracasso este ‘ocalizado: a) na incapacidadle de aferir a real capacidade da crianga; ©) no desconhectmento dos processas naturais que lewam a crianga a ‘adguirir 0 conhecimento; ¢) na incapacidade de estabelecer uma ponte entre 0 conkecimento formal que deseja transmitir e © conbecimento ‘britico do qual a crianga, pelo menos em parte, ja aispie® b) Desafio da Mudana Uma questo que nao deixa de se apresentar quando pensamos na problemética da avaliacio é a seguinte: por que é tio dificil mudar a avaliagao? £ muito dificil porque exige, como vimos, antes de mais nada, uma mudanga de postura do educador tanto em rela- 4o a avaliagdo propriamente dita, quanto a educacdo e a sociedade (no limite). Queremos, no entanto, resgatar 2 dialeticidade entre 0 geral € 0 particular 43. T, CARRAHER ¢ outros, Na Vida, Des; na Escola, Zero, p. 42. Tr di AV = Finale da Avago ot Incontestavelmente, uma escola traz as marcas da cultura e das condi- 06s sécfo-ecomémicas pelas quais passa o pais num determinado mo- mento de sua bistiria. Estudos de cunbo etnogréfico, que penetram na vida cotidiana escolar, tém claramente identificado estas marcas: a ‘alia de recursos fisicos ¢ materiais na escola, os tragos da desmotivagao de alguns professores e do sacrficio a que muitos sao submetidos devido os parcos saldrios que recebem. (...) Mas estes estudas mostram, tam- bom, que as marcas da bisi6ria geral do pais podem tomar di ‘matizes conforme a hist6ria particular de cada escola. Amibos os tipas de histéria — a geral e a particular — determinam 0 que temos cha- mado de condigoes objetioas na consirugdo, seja do fracasso, seja do sucesso da escola substrato de uma nova concepeao da avaliagZo esté na tomada de posi¢ao: estar a servigo da reprodugao ou da transformacao! Nao €, portanto, simplesmente uma questo ‘técnica’, como por exemplo no fazer semana de prova, fazer avaliagao de cunho refle- xivo, etc. E claro que a avaliac4o tem problemas especificamente pedagégicos (‘técnicos"), que néo se colocam no ambito estritamente politico. Mas estes problemas sé podem ser enfrentados depois de uma tomada de consciéncia do problema politico, que é determinante, ¢ de uma opcao por uma outra pritica em ter- mos de avaliagio. Caso contrario, corre-se 0 risco de se ter peque passa por uma nova post processo de alienagio, a ideologi que tem uma légica em andamento. A pritica tem demonstrado 0 seguinte: com as mesmas condigoes “macro”, tem havido mudancas muito positivas no “micro”, na medi- da em que seus agentes assumem uma postura diferente na pratica do trabalho escolar. as centenas de experléncias pedagdgicas feitas pelos mais diferenies grupos (¢ com as mais diferentes metodologias) sempre conseguem melborar substancialmente 0 rendimento escolar das criancas de bata “44S, PENIN, Educasio Basica: a construcdo do sucesso escolar, p. 6 SVALLVNYALTV SVWNOTV dd vosnd W4 AVIOOSY OVSVITVAY Aa OssHORg Oa VaOUVINUET-VOLLATVIC] OVSdTONOD, aud of ‘img 01 opSoonpy vp swsuades 0 “D¥ABNACTOD ‘6p ‘aua}>suo> oWsuREUAXUD noe wed soreus oSedsa as-opunge ‘_se1jn20, 198 ap Wexiap seS10} ssa ‘“onuD asiigue vag “oufeqen nos INDO se5s0}, otwOD ‘reuO!DIP “too e oviso anb stesmunnse souetmuiatap so spusazdwoo ap saosip *Uo9 wa], “seBafO9 so WOD a 9I2 WOD 315090 onb o JoUjaur 1apuaIHD ® vssed zossajoud 0 ‘o1ews, opsuaaidwos wssa sod wgquie, e Sopra34n9 so exdepo wapod sopessas -e1us ‘Soppundaid saxessafoig “sopmmuayio 2 soppundasd ‘Soponiiou sa10s ~s9faud 10d sompf ops anb 9 sorouatiadsa sesso vayioizvive anb 0 -opuoa SoIR=WOSFRA "5 8p onROMOpRNEGr TE OES — EEA @

Você também pode gostar