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Em termos gerais, a Bioconstrução é conhecida como a concepção de

ambientes sustentáveis a partir do emprego de materiais e técnicas


construtivas de baixo impacto ambiental, levando em conta parâmetros como a
adequação ás condições locais e o tratamento de resíduos.
A bioconstrução é normalmente entendida como uma das formas de pôr
em prática os princípios da permacultura, termo cunhado nos anos 70 pelos
ambientalistas australianos Bill Mollison e Davis Holmgren, para designar um
método de agricultura permanente, que após uma expansão conceitual, passou
a ser conhecida como “ cultura permanente”. Neste sentido, os princípios da
bioconstrução reverberam as premissas da permacultura na medida em que
buscam métodos construtivos naturais em favor de uma maior integração e
harmonia entre o homem e a natureza. Por meio de práticas como a análise do
ciclo de vida, origem e destino dos materiais utilizados e a preferência pela
utilização de materiais locais, atóxicos e duráveis, a bioconstrução tem como
base o respeito pelo meio ambiente durante as fases de projeto, construção e
vida útil do edifício.
Um dos conhecidos modelos de bioconstrução é a Ecovila Santa Branca,
idealizada pelo permacultor e especialista em construções e assentamentos
humanos sustentáveis, Antônio Zayek, e pelo bioconstrutor André Soares, a
Ecovila Santa Branca está localizada no município de Terezópolis de Goiás, a
aproximadamente 25km de Anápolis. O condomínio foi concebido através dos
princípios da permacultura, priorizando sempre o que é melhor para o meio
ambiente (OLIVEIRA & PASQUALETTO, s.d.). O condomínio conta com plantio
de árvores, fauna e flora preservadas, proteção da biodiversidade existente aos
arredores, assim como o uso de energia solar, proteção do solo, visando desde
o início do projeto a revitalização da área a ser construída, seguindo os
parâmetros que regem a bioconstrução.
Por meio da bioconstrução consegue-se cooperar para a redução de
impactos ambientais, otimização de recursos financeiros e contribuição da
conservação ambiental, da qualidade de vida dos usuários destas construções.
Logo, percebe-se que simples tecnologias promovem sustentabilidade, a
utilização do bambu que é visto como um grande potencial de funcionalidade e
aplicação mercadológica, unido a bioconstrução apresenta grande dimensão
em relação a preservação ecológica.
Segundo a LIMA, L.C de; LIMA, M.Z.T.de.Análise e prospecção de
construções sustentáveis com enfoque em moradias de baixa renda. Revista
dos Trabalhos de Iniciação Científica da UNICAMP, Campinas, SP, n.26,
2019, a construção civil encontra-se entre as indústrias mais poluentes do
mundo, consumindo entre 40 a 75% dos recursos naturais e contribuindo
expressivamente na emissão de material particulado e gás carbônico. Dentro
deste contexto, surge como possível solução, a bioconstrução. Ressaltando
que embora grande parte da população consiga entender a importância da
bioconstrução, muitos não estão dispostos a pagar a mais por essa.
Construções com a utilização do bambu como material estrutural visa
justamente a minimização tanto ambiental, quanto econômica dos recursos e
métodos a serem utilizados. Procurar construir em harmonia com a natureza é
uma solução eficaz, que vem sendo cada dia mais pesquisada, abordada e
utilizada em grandes projetos.
O bambu tem ganhado espaço cada vez mais destacado em projetos
modernos e sustentáveis em todo o mundo. Segundo o Professor titular do
Departamento de Engenharia Civil da PUC-RJ, Khosrow Ghavani, que é antigo
estudioso do tema, o material é resistente o suficiente para substituir o aço em
algumas estruturas, além de não poluir, ser renovável, forte e flexível. Seguindo
essas afirmações já estudadas, verifica-se a viabilidade desse material, o quão
significativo pode ser a sua utilização em processos construtivos, sendo
estudado, verificado de maneira eficaz, para posteriormente apresentar
resultados positivos nos processos construtivos, unidos aos parâmetros
vigentes à preservação ambiental.

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