Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

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Coordenação de Preços Novos

2º PARECER TÉCNICO FINAL Nº 04/2020 - DPN/CGCIT /DPP/DNIT

Manifestação da Divisão de Preços Novos (DPN) referente à entrega

- Assunto:
pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) da 4ª Campanha de Aferição.
- Tipo de Obra: Obras de Duplicação da Rodovia.
- Rodovia/UF: BR-116/RS
- Trecho: Entre Guaíba/RS e Pelotas/RS
- Período: 19 a 23 de agosto de 2019
- Contrato: FGV DNIT nº 559/2018
Programa DNIT - Objetivo I – 2º Relatório Técnico nº 61-04/2020 -
- Referência: FGV/IBRE/SIMG/068/2020
Relatório de Aferição: 4ª Campanha de Aferição - Junho de 2020.
- Processo: 50600.017312/2018-07

1. INTRODUÇÃO

1.1. Versa o presente expediente sobre a manifestação ao "Relatório Técnico nº 61-

04/2020 - 4ª Campanha de Aferição - BR-116/RS" desenvolvido pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV) e entregue na CGCIT em 04 de junho de 2020.

1.2. Considerando o Contrato nº 559/2018 (SEI 1356644), firmado entre o Departamento

Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV),
cujos objetos incluem a execução de serviços técnicos especializados e de natureza
continuada referentes à manutenção e criação de composições de custos unitários
do Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO).

1.3. Considerando o escopo das atividades do objeto contratual ''Manutenção e Criação

de Composições de Custos Unitários do Sistema de Custos Referenciais de Obras -
SICRO" a realização de aferições em campo referentes aos tempos de ciclo, dos
consumos, das produções e das especificações de equipamentos dos serviços mais
relevantes do SICRO.

1.4. Considerando o despacho da Coordenação de Preços Novos (CPN) (SEI 2588088),

referente ao aceite do relatório relativo à Metodologia de Aferição de Serviços.

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1.5. Considerando a Nota Técnica nº 02/2019 - CPN/CGCIT/DIREX/DNIT (SEI 3134506),

referente a manifestação da Coordenação de Preços Novos (CPN) quanto ao 4º
Relatório de Desenvolvimento de Metodologia para Aferição de Serviços, sob o
Contrato nº 559/2018.

1.6. Isto posto, segue a análise do "2ºRT 61-04/2020 - 4ª Campanha de Aferição - BR-
116/RS”; apresentado pela FGV.

2. FUNDAMENTAÇÃO:

2.1. Quanto aos aspectos de formatação/revisão de texto, cabem algumas ponderações:

a. Na página 11, item 1.1, no trecho “A figura 02 ilustra detalhadamente o trecho

total percorrido pela equipe de aferição e a identifica de o local de instalação
da usina de concreto asfáltico” corrigir a palavra em negrito para identificação;

b. Na página 14, item 1.3, no trecho “com destino ao Aeroporto Internacional de

Viracopos em São Paulo, onde realizou conexão com destino ao Aeroporto
Internacional de Porto Alegre/RS” corrigir a localização do Aeroporto de
Viracopos para Campinas-SP

c. Na página 49, no último parágrafo, no trecho “Por fim, vale registrar que a 4º
campanha de aferição teve êxito em seu objetivo devido ao apoio da equipe da
Superintendência do DNIT de Pelotas/RS” corrigir a nomenclatura em negrito
para Unidade Local do DNIT em Pelotas.

2º PARECER TÉCNICO

a. Foi atendida a letra “a” do item 2.1 com a correção do termo identificação;

b. Foi atendida a letra “b” do item 2.1 com a correção da localização do Aeroporto
de Viracopos;

c. Foi atendida a letra “b” do item 2.1 com a correção da nomenclatura citada
para Unidade Local do DNIT em Pelotas;

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2.2. Quanto aos aspectos da aplicação da Metodologia de Aferição de Serviços proposto
pela FGV, cabem algumas ponderações com intuito de colaborar e aprimorar o
desenvolvimento dos trabalhos aferidos:

a. Na página 19, no quadro 03, foi apresentado o fluxograma do serviço “Reforço

de subleito com material de jazida” conforme figura abaixo:

O fluxograma mostra uma sequência incorreta das atividades, pois segundo a norma
DNIT 138/2010 - Pavimentação - Reforço do subleito - Especificação de serviço o
aeramento do solo se dá antes da compactação, e não depois desta;

b. O próprio Relatório de Aferição cita na página 16 a sequência correta de atividades

“Após o espalhamento e correção da umidade do trecho da via, iniciava-se o processo
de compactação da camada utilizando o rolo compactador pé de carneiro, conforme
apresenta a Figura 07 abaixo”;

c. Na página 23, na tabela 3, apresentada abaixo, são listados os valores do 1º quartil e

do 3º quartil:

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Porém, ao selecionarmos os dados da tabela 01 e aplicarmos a mesma função

do EXCEL indicada na página 21 (QUARTIL.EXC) encontramos os quartis com
valores diferentes dos apresentados na tabela 03 acima, ao usarmos a função
QUARTIL.INC os resultados bateram com os do relatório. Corrigir a
nomenclatura da função utilizada no EXCEL;

d. Na página 36, item “3.2.3.2. Taxa de carregamento dos Caminhões

Basculante”, ao fazer a “Determinação do Número de Ciclos a Serem Aferidos”
foi encontrada uma amplitude da amostra igual a 0,039, utilizada na fórmula
abaixo:

Ao olharmos o quadro com os dados da amostra, conforme figura abaixo,

notamos que a amplitude foi calculada utilizando os 3 ciclos da tabela, porém
um deles, o número 2, foi excluído por ser outlier

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Perguntamos se a amplitude não deveria ter sido calculada com base apenas
nos ciclos 1 e 3, já que o ciclo 2 foi retirado da amostra;

e. Na página 37, no item “3.2.4.2. Cálculo do Tempo Normal (TN)”, foram

utilizadas as medianas dos tempos cronometrados em campo para se chegar
ao tempo normalizado, porém o valor utilizado no tempo de carregamento está
equivocado, conforme podemos ver nas figuras abaixo:

Corrigir a mediana dos tempos para o valor correto obtido na tabela;

f. A metodologia de aferição prevê a utilização do método de linhas de balanço, porém

seria necessário ter um número maior de medições de cada serviço, no mínimo 10
amostras, para que se possa utilizar com proveito tal método, conforme podemos
ver na figura abaixo:

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g. A metodologia de aferição prevê em seu capítulo 5 o estudo da produção e de seus

indicadores, tais como a produção de referência, a Razão Unitária de Produção (RUP)
e outros índices mais, conforme as fórmulas abaixo:

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Porém, não foi calculado nenhum indicador de produtividade que possa ser usado
pelo DNIT para aferir as CCU’s do SICRO, já que a produção da equipe é um dos
principais valores de uma composição de custo unitário e deve ser checado para que
se possa atingir o objetivo maior das campanhas de aferição que é aprimorar o SICRO.
Além disso existem indicadores de consumo unitário de mão-de-obra e de materiais
que seriam de grande valor para aprimorar as composições do SICRO já que são
largamente utilizados nas CCU’s, conforme vemos na figura abaixo:

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a. Foi atendida a letra “a” do item 2.2 com a correção do fluxograma do serviço “Reforço
de subleito com material de jazida” conforme figura abaixo:

b. Foram modificados os valores na tabela abaixo:

Para a versão adequada ao se utilizar a função (QUARTIL.EXC) do EXCEL:

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Portanto podemos dizer que foi atendido a letra “c” do item 2.2

c. Na letra “d” do item 2.2 foi corrigido o valor da amplitude da amostra que estava
segundo a fórmula abaixo:

Para a seguinte fórmula, com a amplitude da amostra utilizando apenas os ciclos 1 e

3, desprezando o valor do 2:

d. Na letra “e” do item 2.2 foi corrigido o valor da mediana para cálculo do tempo normal
de carregamento conforme a fórmula abaixo:

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e. Na letra “g” do item 2.2. foi questionada a não utilização de nenhum indicador de
produtividade que possa ser usado pelo DNIT para aferir as CCU’s do SICRO, porém, foi
respondido pela FGV que não haveria uma quantidade maior de dados para
determinação de tais parâmetros, visto que uma única amostra é insuficiente para
representar uma produção horária do serviço no âmbito das CCU’s do SICRO;

3. CONCLUSÃO:

Diante do exposto, esta Divisão de Preços Novos (DPN/CGCIT) reconhece o trabalho e

esforço em conjunto entre DNIT e FGV pela 4ª campanha de aferição e o relatório
apresentado. Sugerimos ainda que nas próximas campanhas de aferição sejam feitas várias
amostragens do mesmo serviço, e que se tenha claro, já na fase de planejamento da viagem,
qual CCU do SICRO será aferida e qual seu consumo de horas de máquina e mão-de-obra assim
como a produtividade da equipe. Assim poderemos realmente calcular, através de vários
ciclos filmados, uma razão unitária de produção e poderemos montar futuramente um banco
de dados de várias viagens para que se possa aferir os consumos das CCU´s citadas acima

À consideração superior.

Em 28/08/2020.

Eng. Rodrigo Lima

Analista em Infraestrutura de Transportes
Matrícula DNIT 4710-4

De acordo,

Eng. Gleydson Viégas de Oliveira

Chefe da Divisão de Preços Novos
Matrícula DNIT 4169-6

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