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— Tinha a velha Senhora Snapperly — disse. Ah, sim.

Morava totalmente sozinha, num


casebre estranho, de fato...
— Bom nome. Mas não posso dizer que já ouvi antes. Onde ela está?
— Ela morreu na neve, no último inverno — disse Tiffany devagar.
— Agora me conte o que não está querendo me contar — pediu Miss Tick, afiada
como uma faca.
— Er... estava pedindo esmola, é o que as pessoas acham, mas ninguém abriu a porta
para ela e... bem... era uma noite fria, e... ela morreu.
— E ela era bruxa, era?
— Todo mundo dizia que era — respondeu Tiffany. Ela realmente não queria falar
sobre isso. Ninguém nas aldeias por ali queria. Ninguém chegava perto das ruínas do
casebre no bosque também.
— Você não acha que era?
— Hum... — Tiffany se encolheu. — Sabe... O Barão tinha um filho chamado Roland.
Ele só tinha 12 anos, acho, e foi andar a cavalo no bosque, sozinho, no verão passado.
Seus cães voltaram sem ele.
— A Senhora Snapperly morava nesse bosque? — perguntou Miss Tick.
— Sim.
— E as pessoas acharam que ela matou ele? Digo, que ela o matou? — perguntou Miss
Tick, com um suspiro. — Devem ter achado que ela o pôs para assar no forno ou algo do
tipo.
— Nunca chegaram a dizer isso. Mas acho que foi mesmo algo por aí.
— E o cavalo dele apareceu?
— Não — respondeu Tiffany. — E isso foi estranho porque, se ele tivesse ido parar em
algum lugar perto das colinas, as pessoas teriam notado...
Miss Tick cruzou os dedos, respirou fundo e deu um sorriso nem um pouco bem-
humorado.
— Fácil de explicar. A Senhora Snapperly devia ter um forno bem grande, não?
— Não, na verdade era bem pequeno. Apenas vinte e cinco centímetros de
profundidade.
— Aposto que a Senhora Snapperly não tinha nenhum dente e falava sozinha, certo? —
perguntou Miss Tick.
— Sim. E tinha um gato. Além de ser vesga — disse Tiffany. Em seguida, saiu tudo de
uma vez: — Aí, depois que ele desapareceu, foram até a casinha dela e olharam no forno,

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