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Por lucianohenrique
Conforme a review da Amazon, já notamos a paulada que será dada nos esquerdistas:
Liberal Mind traz o primeiro exame profundo da loucura política mais relevante em nosso
tempo: os esforços da esquerda radical para regular as pessoas desde o berço até o túmulo.
Para salvar-nos de nossas vidas turbulentas, a agenda esquerdista recomenda a negação da
responsabilidade pessoal, incentiva a auto-piedade e outro-comiseração, promove a
dependência do governo, assim como a indulgência sexual, racionaliza a violência, pede
desculpas pela obrigação financeira, justifica o roubo, ignora a grosseria, prescreve reclamação
e imputação de culpa, denigre o matrimônio e a família, legaliza todos os abortos, desafia a
tradição social e religiosa, declara a injustiça da desigualdade, e se rebela contra os deveres da
cidadania. Através de direitos múltiplos para bens, serviços e status social não adquiridos, o
político de esquerda promete garantir o bem-estar material de todos, fornecendo saúde para
todos, protegendo a auto-estima de todos, corrigindo todas as desvantagens sociais e políticas,
educando cada cidadão, assim como eliminando todas as distinções de classe. O esquerdismo
radical, assim, ataca os fundamentos da liberdade civilizada. Dadas as suas metas irracionais,
métodos coercitivos e fracassos históricos, juntamente aos seus efeitos perv ersos sobre o
desenvolvimento do caráter, não pode haver dúvida da loucura contida na agenda radical. Só
uma agenda irracional defenderia uma destruição sistemática dos fundamentos que garantem
a liberdade organizada. Apenas um homem irracional iria desejar o Estado decidindo sua vida
por ele, ao invés e criar condições de segurança para ele poder executar sua própria vida. Só
uma agenda irracional tentaria deliberadamente prejudicar o crescimento do cidadão em
direção à competência, através da adoção dele pelo Estado. Apenas o pensamento irracional
trocaria a liberdade individual pela coerção do governo, sacrificando o orgulho da auto-
suficiência para a dependência do bem-estar. Só um louco iria visualizar uma comunidade de
pessoas livres cooperando e ver nela uma sociedade de vítimas exploradas pelos vilões.
O que temos aqui, na obra de Rossiter, é o tratamento do esquerdismo de forma clínica, por
um psiquiatra forense. (Um pouco mais no site do autor do livro, e um pouco mais sobre sua
prática profissional)
O livro é bastante analítico, e, por vezes, até chato de se ler. Quem está acostumado a livros de
fácil leitura de autores conservadores de direita, como Glenn Beck e Ann Coulter, pode até se
incomodar. Outro livro que fala do mesmo tema é Liberalism Is a Mental Disorder: Savage
Solution, de Michael Savage. Mas o livro de Savage é também uma leitura informal, embora
séria. O livro de Rossiter é acadêmico, de leitura até difícil, sem muitas concessões comerciais,
de um rigor analítico simplesmente impressionante. Se não é sua leitura típica para curar
insônia, ao menos o conteúdo poderoso compensa o tratamento seco e acadêmico dado ao
tema.
Segundo Rossiter, a mente esquerdista tem um padrão, que se reflete tanto em um padrão
comportamental, quanto um padrão de crenças e alegações. Portanto, é possível “modelar” a
mente do esquerdista a partir de uma série de padrões. A partir daí, Rossiter investiga uma
larga base de conhecimento de desordens de personalidade, e usa-as para modelar os padrões
de comportamento dos esquerdistas. Segundo Rossiter, basta observar o comportamento de
um esquerdista, mapear suas crenças e ações, e compará-los com os dados científicos a
respeito de algumas patologias da mente. A mente esquerdista pode ser classificada como um
distúrbio de personalidade por que as crenças e ações resultantes deste tipo de mentalidade
se encaixam com exatidão no modelo psiquiátrico do distúrbio de personalidade. As análises
de Rossiter são feitas tanto nos contextos individuais (a crença do cidadão esquerdista em
relação ao mundo), como nos contextos corporativos (ação de grupo, endosso a políticos
profissionais, etc.).
Rossiter nos lembra que a personalidade é socializada pelos pais e pela família, como uma
parte do desenvolvimento infantil. Mesmo com a influência do ambiente escolar, são os pais
que preparam a criança para o futuro. A partir disso, ele avalia o que é um desenvolvimento
sadio, para desenvolver uma personalidade apta a viver em um mundo orientado a valorização
da competência, dentro do qual essa personalidade deverá reagir. Uma personalidade sadia
reagiria bem a esse mundo já sem a presença dos pais, enquanto uma personalidade com
distúrbio não conseguiria o mesmo sucesso. Em cima disso, Rossiter avalia a pe rsonalidade
desenvolvida com os itens da agenda esquerdista, demonstrando que muitos itens dessa
agenda estão em oposição ao desenvolvimento sadio da personalidade.
Para o seu trabalho, Rossiter classifica os esquerdistas em dois tipos: benignos e radicais . Os
radicais são aqueles cujas ações (agenda) causam dano a outros indivíduos. De qualquer
forma, os esquerdistas benignos (seriam os moderados) dão sustentação aos esquerdistas
radicais.
Rossiter define o homem como uma fonte autônoma de ação, ao mesmo tempo em que está
envolvido em relações, como as econômicas, sociais e políticas. Isto é definido por Rossiter
como a Natureza Bipolar do Homem, pois mesmo que ele seja capaz de ação independente,
também é restrito pelo contexto social, na cooperação com os outros. A partir dessa
constatação, tudo o mais flui. Para permitir que o homem seja capaz de operar com sucesso
em seu ambiente natural, deve existir um desenvolvimento adequado da personalidade. Este
desenvolvimento da personalidade surge a partir dos outros, idealmente a mãe e a família.
Outro ponto central: toda a análise de Rossiter é feita no contexto de uma sociedade livre, não
de uma sociedade totalitária. Portanto, ele avalia o quão alguém é sadio em termos de
personalidade para viver em uma sociedade democrática, e não em uma sociedade
formalmente totalitária, como Coréia do Norte, Cuba ou China, por exemplo.
Competência em uma sociedade livre
Fica claro que não devemos esperar de Rossiter avaliação sobre um modelo de personalidade
para toda e qualquer sociedade, pois ele é bem claro em seu intuito: desenvolver e estudar
personalidades competentes para a vida em uma sociedade livre. A manutenção de tal
sociedade requer regras para existir, que devem ser codificadas em leis, hipóteses, assim como
regras do senso comum.
Rossiter define os direitos naturais do homem, para uma pessoa adulta vivendo em uma
sociedade de liberdade organizada. Estes compreendem o exercício, conforme qualquer um
escolher, das habilidades selecionadas acima, todas elas sujeitas às restrições necessárias para
uma sociedade com paz e ordem. Assim, direitos naturais resultam da combinação de natureza
humana e liberdade humana. Natureza humana significa viver como alguém quiser, sujeito as
restrições necessárias para paz e ordem.
Considerando estes atributos humanos, Rossiter define como uma ordem social adequada,
aquela que possui os seguintes aspectos:
Requer limites constitucionais, para evitar que o governo viole os direitos naturais.
Direito de primeira posse (para controlar propriedade que não tenha sido de posse de
ninguém antes)
Eis que surge o problema da mente esquerdista, que quer atacar basicamente todos os pilares
acima. Em cima disso, Rossiter levanta as crenças da mente esquerdista, que, juntas, dão um
fundamento do modelo da mente deles:
Direitos a vida, liberdade e propriedade são submetidos aos direitos coletivos determinados
pelo estado.
O indivíduo deve ter direito a apenas uma parte do resultado de seu trabalho, e esta porção
deve ser especificada pelo governo.
O julgamento das ações não deve ser baseado em padrões éticos ou morais.
O mesmo vale para julgar o que ocorre entre nações, grupos éticos e grupos religiosos.
Como tudo na vida, o aceite de crenças tem consequências. No caso do aceite das crenças
esquerdistas, consequências incluem:
Falta de conexão entre premiações por mérito e justificativa para estas premiações.
Aliás, eu acho que Rossiter esqueceu de consequências adicionais como: (15) Aumento do
crime, devido a tolerância ao crime, e (16) Incapacidade de uma base lógica para que a
sociedade sequer tenha condição de julgar o status em que se encontra.
Para Rossiter, a melhor forma de avaliar a mente do esquerdista é a através dos valores que
ele tem, e os que ele rejeita. Mais:
Como todos os outros seres humanos, o esquerdista moderno revela seu verdadeiro caráter,
incluindo sua loucura, nos valores que possui e que descarta. De especial interesse, no
entanto, são os muitos valores sobre os quais a mente esquerdista não é apaixonada: sua
agenda não insiste em que o invidívuo é a principal unidade econômica, social e política, ele
não idealiza a liberdade individual em uma estrutura de lei e ordem, não defende os direitos
básicos de propriedade e contrato, não aspira a ideais de autonomia e reciprocidade
autênticas. Ele não defende a retidão moral ou sequer compreende o papel crítico da
moralidade no relacionamento humano. A agenda esquerdista não compreende uma
identidade de competência, nem aprecia sua importância, e muito menos avalia as condições e
instituições sociais que permitam seu desenvolvimento ou que promovam sua realização. A
agenda esquerdista não compreende nem reconhece a soberania, portanto não se importa em
impor limites estritos de coerção pelo estado. Ele não celebra o altruísmo genuíno da caridade
privada. Ele não aprende as lições da história sobre os males do coletivismo.
Rossiter diz que as crianças não nascem com este “programa”, que é adquirido especialmente
durante o aprendizado escolar. Em resumo: um adulto, competente para operar em uma
sociedade de liberdade organizada, na maior parte das vezes adquire estes valores dos pais e
da família, mas um esquerdista radical não.
Basicamente, o esquerdismo pode ser caracterizado como uma neurose, baseada nos traumas
do relacionamento com a família durante o desenvolvimento da personalidade. Sendo uma
neurose de transferência, ela compreende as projeções inconscientes das psicodinâmicas da
infância nas arenas políticas da vida adulta. É o resultado de uma falha no treino da criança nos
elementos psicodinâmicos básicos de um adulto, competente para viver em uma sociedade de
liberdade organizada. (Obviamente, um esquerdista jamais irá reconhecer as “fendas” em seu
desenvolvimento de criança até um adulto)
Rossiter nos diz mais:
Agora fica mais fácil entender por que os esquerdistas são tão frustrados e raivosinhos em
suas interações, não?
Um esquerdista apresenta, segundo Rossiter, cinco principais déficits, cada um mais evidente
nas diversas fases do desenvolvimento, desde os primeiros meses após o nascimento, até a
entrada da fase adulta.
Confiança básica: O primeiro déficit relaciona-se a confiança básica. Isto é, a falta de confiança
nos relacionamentos entre pessoas por consentimento mútuo. Por isso, o esquerdista age
como se as pessoas não conseguissem criar boas vidas por si próprios através da cooperação
voluntária e iniciativa individual. Por isso, colocam toda essa coordenação nas mãos do estado,
que funciona como um substituto para os pais. Se a criança não consegue conviver com os
irmãos, precisa de pais como árbitros. Este déficit inicia-se no primeiro ano de vida. As
interações positivas de uma criança com a mãe o introduzem a um mundo de relacionamento
seguro, agradável, mutuamente satisfatório e a partir do “consentimento” entre ambas as
partes. Mas caso exista um relacionamento anormal e abusivo na infância, algo de errado
ocorre, e essa aquisição de confiança básica é profundamente comprometida. Lembremos que
a ingenuidade é problemática, mas o esquerdista é ingênuo perante o governo, que tem mais
poder de coerção, enquanto suspeita dos relacionamentos humanos não abitrados pelo
governo.
Diligência: Assim como a iniciativa é a habilidade de iniciar atos com boas metas, diligência é a
habilidade para completá-los. A criança, no seu desenvolvimento escolar, se torna apta a
completar suas ações de forma cada vez mais competente. Na fase da diligência, a criança
aprende a fazer e realizar coisas e se relacionar de formas mais complexas com pessoas fora de
seu núcleo familiar. A meta desta fase é o desenvolvimento da competência adulta. É a era da
aquisição da competência econômica e da socialização. Nessa fase, se aprende a convivência
de acordo com códigos aceitos de conduta, de acordo com as possibilidades culturais de seu
tempo, de forma a canalizar seus interesses na direção da cooperação mútua. Quando as
coisas não vão muito bem, surgem desordens comportamentai s, uso de drogas, ou
delinquência, assim como o surgimento de ações que sabotam a cooperação. A tendência é a
geração de um senso de inferioridade, assim como déficits nas habilidades sociais, de
aprendizado e identificações construtivas, que deveriam ser a porta de entrada para a
aquisição da competência adulta. Atitudes que surgem destas emoções patológicas podem
promover uma dependência passiva comportamental como uma defesa contra o medo diante
das relações humanas, vergonha, ou ódio.
Identidade: O senso de identidade do adolescente é alterado assim que ele explora várias
personas, múltiplas e as vezes contraditórias, na construção de seu self. Ele deve se confrontar
com novos desafios em relação ao balanço já estabelecido entre confiança e desconfiança,
autonomia e vergonha, iniciativa e culpa, diligência e inferioridade. Esta fase testa a
estabilidade emocional que foi desenvolvida pela criança, assim como sua racionalidade,
sendo de adequação e aceitabilidade, superação de obstáculos, e o aprofundamento das
habilidades relacionais. O desenvolvimento desta identidade adulta envolve o risco percebido
de acreditar nas instituições sociais. O adulto quer uma visão do mundo na qual possa
acreditar. Isto é especialmente importante se ele sofreu formas de abuso anteriormente. Sua
consciência ampliada de quem ele é facilita uma integração entre suas identidades do passado
e do presente com sua identidade do futuro. Nesta fase do desenvolvimento o jovem pode ser
vítima das ofertas ilusórias do esquerdismo. É a fase “final” da escolha.
Com uma identidade mantida por uma série de neuroses, o esquerdista não consegue mais
assumir responsabilidades pelos seus atos, e muito menos pelas consequências de suas ações.
Tende a se fazer de vítima para conseguir o que quer, e não se furta em mentir para conseguir
seus objetivos. É quando podemos questionar: há uma cura para isso tudo? Possivelmente,
mas a questão é que o esquerdista deve buscar ajuda por si próprio, mas quanto mais ele
estiver recebendo reforço de seus grupos, menos vontade ele terá para fazê -lo. Ao contrário,
mesmo com tantos déficits e tamanhos delírios, ele sempre julgará estar com a razão.
Diante disso, quem pode fazer algo pelos esquerdistas são os direitistas, mas isso só p ode
acontecer pela via da refutação e do desmascaramento de suas ações. Incapazes de julgarem
seus próprios atos, jamais se deve confiar no auto-julgamento de um esquerdista. Todas as
auto-rotulagens e outro-rotulagens tendem a ser mentirosas, assim como seus argumentos. A
refutação de uma parte externa, não contaminada pela ideologia esquerdista, é a única
alternativa que pode dar um fio de esperança ao esquerdista.
Entretanto, mesmo que ainda exista esperança para o esquerdista, os maiores afetados são os
não-esquerdistas, que possuem suas vidas impactadas por suas crenças. Por isso, as nossas
ações não devem ser realizadas primeiramente em prol de salvar os esquerdistas de suas
patologias (envergonhando-o, por suas mentiras, assim como denunciando suas chantagens
emocionais) , mas sim por salvar-nos das consequências de suas neuroses e psicoses.
Nesse intento, entender por que eles achem assim, como eles se sentem, e o que os tornou
assim, passa a ser essencial. Neste ponto, a obra de Lyle Rossiter é simplesmente um achado.