com uma ponta, de qualquer modo. Nada tão empolgante. E isso custou um ovo, por favor. — Onde exatamente posso encontrar a escola? — perguntou Tiffany, segurando o ovo. — A-há! Uma pergunta valendo raízes leguminosas, acho. Duas cenouras, por favor. Tiffany entregou o pagamento. — Obrigada. Pronta? Para encontrar a escola de bruxas, vá a um lugar alto, perto daqui, suba até o topo, abra os olhos... — Miss Tick hesitou. — Sim? — ...e então abra os olhos mais uma vez. — Mas... — começou Tiffany. — Tem mais ovos? — Não, mas... — Acabou a educação, então. Mas eu tenho uma pergunta para você. — Tem algum ovo? — perguntou Tiffany, de imediato. — Há! Você viu mais alguma coisa perto do rio, Tiffany? O silêncio preencheu a tenda de repente. O som de erros de ortografia e geografia esquisita começou a vir do lado de fora, enquanto Tiffany e Miss Tick se encaravam. — Não — mentiu a garota. — Tem certeza? — insistiu a bruxa. — Sim. Continuaram o duelo de olhares. Mas Tiffany era capaz de vencer até um gato no olhar. — Entendo. — Miss Tick desviou os olhos. — Muito bem. Neste caso, por favor, diga- me... quando parou em frente à minha tenda, agora há pouco, você disse “A-há!” num tom de voz que considerei presunçoso. Você pensou “Uma cabaninha preta estranha com uma plaquinha na porta”, ou pensou “Deve ser a tenda de alguma bruxa má, como pensavam que a Senhora Snapperly fosse, que lançará um feitiço terrível sobre mim assim que eu entrar”? E tudo bem, já pode parar de me encarar. Seus olhos estão lacrimejando. — Pensei as duas coisas — respondeu Tiffany, piscando. — Mas entrou mesmo assim. Por quê? — Para descobrir. — Boa resposta. Bruxas são naturalmente intrometidas — disse Miss Tick, satisfeita, e levantou-se. — Bom, tenho que ir. Espero que nos encontremos novamente. Mas darei