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0s teztos que, escritos por clentistas socials, integram este volume, foram especialmente preparados para o semindrio “Igreja e questéo apréria", patrocinado pelo Torades/Centro Jodo XXIII no Rio de Janeiro entre 23, @ 25 de novembro de 1983. A eles se somam os de. poinventos de um bispo € de dots padres atuantes em reas rurais altamente con{itivas ¢ situadas em partes muito distintas do pats (Rio Grande do Sul, Sergipe € ard), bem como aqueles que nos foram oferecidos pelos representantes das mals importantes organiza: (96s catdticas dedlcadas ao campo, Contamos assim, com exposigées relations ds caracteristicas e linhas de ‘ago da Comissdo Pastoral da Terra (CPT), da Anima. ‘¢80 Crist no melo Rural (ACR) ¢ do Movimento de Evangeliengdo Rural (MER). O conjunto se completa com dois textos escritos depois de terminado 0 semi. nnério: 0 posfécio escrito por Plerre Sanchie e uma in trodugdo, escrita por Vanilda Paiva, que tem como linha central a recuperagdo (mesmo que parcial e por pezes fragmentada), das discussbes que se travaram ao longo do semindri. LENTRO JMO. NWI VANILDA PAIVA {arcanizacho € INTRODUCAO) ABDIAS VILAR DE CARVALHO, CANDIDO GRZYBOWSKI, GERSON FLAVIO DA SILVA, 1VO POLETTO, D. JOSE BRANDAO, JOSE CARLOS S. DE ASSUNGAO, JOSE DE SOUZA MARTINS, JOAO BOSCO SCHIO, MOACIR PALMEIRA, PIERRE SANGHIZ, REGINA WOVAES, RICARDO RESENDE FIGUEIRA lgreja Questao Agraria “Edicoes Loyola SEMINARIOS ESPECIAIS Centro Toho XXIIT de Ineestgagdo @ Agéo Soci —tyrete — Movimentos Populares — Potion no Brast = foreja Questdo Agrria Vanitda\Paiva (organizacao e introducdo) Abdias Vilar de Coraho, Cindido Grstowst. CGeron Févio da Sie, Ivo Peto, D. Foe Brando, Toné Caros 8. de Assit, Jor de Sowa Marin, Todo Bosco Scio, Moar Palmer, Pere Sanchiz Regina Novas, Ricardo Resende Figure ‘0085888. IGREJA E QUESTAO AGRARIA SUMARIO Precio aca ° Introdugio aan 1 Vande Paiva ‘A IGREJA E © CAMPO NO BRASIL. 1, A diversdade de Tut no campo: Iuta camponess dife- renciagdo do eampsinato 6 Moacit Palmira 2. A Igreja Moderna no 32 Vanilla Paiva 5. A Tgreja Catslica e » questio agrvia cy Abdias: Vier de Carvalho Aneto: Cronologia dos fatos da lea Catlica no melo url, z 108 Abdias Vilar de Carvatho 4. A Inreja face & pottica agrtia do Estado 110 José de Sousa Martins [AS ORGANIZACOES CATOLICAS NO CAMPO 5. As contradigées sociais © » pastoral da terra 129 ho Poleto ‘Anexo: A Comissio Pastoral da Terra ea questi agrivia 157 Emest Bloch tetsu tm Chrstentom vo Polewo 6. Animagéo Crist no meio Rural (ACR) 149 Gerson Flavio daSilva ‘Anezo: Um grita no Nordeste 155 Pe, Servat e Pe. Ajrinio 7. © Movimento de Evanglizagso Roral (MER) 160 José Carlo Sigueira de Assungao [A PARTICIPACAO DA IGREJA NAS LUTAS NO CAMPO: (© PONTO DE VISTA DOS ATORES 8. Depoimento de D, José Brando, bispo de Proprié .... 174 9, Depoimento do Pe. Ricardo Resende Figuci cerigho do. Aragua 46 Con- v9 10. Depoimento do Pe. Joie Bosco Schio, do Rio Grande do" sul 192 ‘A PARTICIPACKO DA IGREIA NAS LUTAS NO CAMPO: 0 PONTO DE VISTA DOS CIENTISTAS SOCIAIS 11. A questi apriria € © papel da Tgreja na Paratbe .... 209 Regina Nowes 12. A Camisio Pasion da Terra © of colonos do sul do rast 8 Clndido.Gresbowski Piore Sanchi Lista de Pantcipantes do Seminéio 280 PREFACIO Os textos que, eseritos por ciemtstas social, integram este v0- lune foram especimentepreparados para 0. seminario “Ipeja ‘questao agriria' paircinado plo Ibrades/Centro odo XXIII no ‘Rio de janeiro entre 25 ¢ 25 de novembro de 1983, A let 50. ‘manese os depoimentos de im bispo e de dole padres aantes em drees rata altatonte conflivas e stuadas ene partes mato distin tas do pais (Rio Grande do Sul, Sergipe e Pard). bem como aquees ‘que nos foram oferecidos pelos representantes das mals importantes Organcapdes caidlicas dedtcadas ao campo. Contamos, asim, com exposiodes relarvas as caracteisease linkas de apdo da Comtssd0 Putioral da Terra (CPT, da Avimagao Cris no meio Rural (ACR) do Movimento de Evingelizacio Rural (MER), que foram com Dlomentadas — nos eases da CPT ¢ da ACR — com textos mais fantgos ej axteriormente. publicados, cuja anexapdo nos pareceu ‘coniribuir ‘pura a compreensio. das organizagdes em questo. O ‘onjuno se complete com dove textos ecrtos depois de terminado { seminrios 0 posfdcio excrito por Plerre Sanchis ¢ 0 minha intro. ‘lucao. que tem" como linha central a recuperagao (mesma ie Par tial @ por vez: fragmeniada) das discustes que se Ivaram ao Tonge do seminésio. Nesta inroducio procure! Idenilicar 0s par tiipantes que em suas intervenes. levontaram quests importa fes.@ fzeram comentarios veliosos em relapao ao tema, tarefa que Jot focltada pela exitoneis de falas longas © muito. bem ese luradas. Por to mesmo, a inuroducdo deve ‘ser vista como tm Iraballo cone de todes es participants. 20 qual conbul ad ionalmente com a organizayio dos argumentos @ adequacio 2 Tn ‘auagem eset No que conceme ao texto de minha autora, devo assnaler que conte, em sua elaboracie, com 0 apoio de Conselho Naclonal de ° 3 AIGREJA CATOLICA E A QUESTAO AGRARIA ‘Alguns elementos para a anélise dos pronunciamentos ‘do episcopado brasileiro no period de 1945-1964. ABDIAS VILAR DE CARVALHO * 1, INTRODUGAO Durante 0 period populista, a partcipacSo da Igrea cattico fa vida nacional Tot de grande destaque e se fez sentir sob diversas formas e através de diferentes frents de atuagio. Nao se traava de uma simples decorréneia de sua tradicional influtncia, herdada 4a Coldnia, Os lagos histris que configuraram uma alianca en lie a Iarej, a clase dominante © o Estado, apesar de cerios mo rmentos de agoda crise, no podem tudo explicar, nem resumem ‘Nod infinitum’ 2 natereea politica dessa alana ‘Analisar 8 presenga da ako da Treja Catia signifi, jenorando o passado, apreender @ dinimica que a faz presene como forga social em diversas conjnluras nacionas e o seu sentido sin ‘ela. + 0 Autor 6 socilogo, doutorando, om linc polliess & p-- esse Ge socolopi 0 Departamento do Beobomla & Socoiela 6a Sataitse, oa BEES [Nessa perspctva, a nossa hipétese central reside em compre- ender 8 Ieeja Catolica como elemento ativo e privlgiado da 30- Cedade civil, que buses participar do bloco histrico populist, em Gonstrugso. "E iso se fara pelo sev divcurso geral e-genérco em {gue define o que seja uma sociedade, pois portadora de valores Thumanisticos guardia da verdade erst, instrumentos da socedade Jumana; por um dkeurs0 especifieo em que se define diane de tim modelo concreto de sotedade, pois garanidora da iradiao. (Ou scj, ela fala como insituigo universal, por iso stuase acima dos repimes polieos e esondmicos, inserida na sociedade humans: Ina que € também especifiea, no sentido de que vivencia sua men ‘hgtm em cada formagio social, como Iereja Catsliea no Bras Sun partisinagio ao bloco populist & marcada por uma els co contraditiia, Contraditria, de um lado, pela propria natureza {Ee pacto populsa ey de outro fado, pela sua natuteza de Teeia, gue congrepne fala para e por diversas classes sons, reunidas na fategoria de “ilhos de Dew Coma integrate do pacto populist, sua prdtica vai ser 0 refle- xo doses dois elementos aeima referidos, como de fato, se carac- Tcrizrem em tomo de duss quetoes espeificas: a da educacSo © fda questio agra [No primero caso, a sua prétia edveacional 6 conrontada com ‘um projeto de reforma do. sistema educacional, cujo controle the ‘reaps, de inicio, No que dit respeito a questio agrévia, a sua ‘SGutoridade moral e influénia inoontestivel no. meio rural” vio ‘ter o impacto da transformagies ocorridas no campo, ¢ também {in is perspectiva que 2 clases solas tinham sobre a questio Sgeira nun projelo de estrtoragso de uma sociedade industrial ‘Assim cla se ¥8impelida a se modificar para nfo perder o controle Ge masa rural, também a eriar um discurso que the sina de Clemento de rsiagio. de forga junto aos demais componentes do ‘loco dominant, ‘A nossa segunda hipétese 6 de que ela vai ser indurida a reformular a sun atuagao no melo rural, passando por varias etapa, Exprimindo asin ae stuaebeslimite de redefinigéo © de awsta- ‘Sxlmio de wma préica tradicional em que. entra em questio fo oe valores uaiversis, mas espeinimente os compromissos asso- tides historicamente-e que The serviam de base para o seu poder ho meio rural Fla busca sua Tesitimagéo no. meio rural para rere st fain no pacto dominante 0 E, finment, 4 nossa tereira hipstese busca situar & queso 1 proposta de relorma agréria, como. vin dor is do rompimento do pacto populisa, yerando ume Tedetinigho de aliancas potas. O papel de Ita Cate fst sss ts hips sto stuadas © explore nun estado do populismo brasileiro, em fase de elabor s em fase de elaboragia. “O.presente tet batio € uma sistematizasdo nicl, em busca ema aor Crea € aprofendamento metadogee 2. APRESENTAGAO E CARACTERIZACAO DO MATERIAL A cronlope de act dria non permite veifcar quo di vera mua manfeagio oe Furl rates de pa tons, decaragdes, manifesom eters de isos ede pees de programas de agio. nett Bree ‘Nem todo o material indicado na cronologa, em apéndice, seré aqui apresentade.”Selecionamos” apenas alguns. pronvaciamcntn. Para uma melhor caracterzagio da atuaci cterizagio da atuagio da Ipreja Cation € necessirio destacar 0 contexte econdmico e politi Jo pais, Este imac eal ¢imporinie, porque permite também peceer te leeds ponananenin com at anormafcr qe sto Nesse sonido, para melhor apreende . reender 0 signieado_conjun- tural dos: pronunclamentos do epscopadonacion prefers tuslos en tes periodos He © primero period cortesponde 20. ds consiigdo do pacto opal, que tem ino com 8 redemacratzagto, do pai,” Resse Inomento scum eptcopal sabre a questo apna € dis, no rmereendo. da hieraguin cata, maine preceupayies. riodo' de transigéo, onde haverd ma madiicagaosubstenial oo E,finaimente, 0 tercsro periodo limit-se aos quatro anos da écade'de 60. Ea crise do populime ede cupira Je um i ‘e-atvagio da Iyreja no mew fa ceaieeeaeeee 0 essa forma, a documentacho a ser analisada esti assim clas sificada 1 Period 1945: Pastoral © momento. politico, social ¢ exondimico da Nagao, assinada por D, Jaime de Barros Cimara, em nome do eps- coped. 1946: Manifesto do episcopad nacional, Diretrizes pora a ‘Aco Catdica,Assinado por delegacio, pela comissio episcopal, Se meaias desis géneros competem a0 Poder Pubico © a0s part- Silas com a coluboragio. da Teej, dever, igualmente, os cat6- ficos “influeneiar os proptetrios e fazenderos para que também, cles, se incorporem a esta ex¥zada de Tenovagao™.> Esti mesino disposa, segundo 0 exemplo do episcopado ame~ rieano, 8 cooperar com o govern, as pardguissruris, nos planos {be servigo Public, Estes devem ao homem da lvoura: "A dees Pinstrocio, @ asstincia cil, a difsto do cooperativismo, 0 Exédio. 0 cmpreyo da mecanizigao agricola ea implantacio. do fsing profisonal agecola. Por sua vez, 0 Ministrio © as Seere- tavias de Agricultura facilitem a¢ atidades cates neste terreno, pelos meioy a0 ceu aleance, robretudo destacando teenies de valor froral protisional para sitar e encaminhar as inciatvas que forem sugcrindo, gradatvamente™.* INio deve haver, contudo, neste plano qualquer divida que permits um campo de acio para'a Ita de clases. Reforcar a ‘nino das classe sociie signifies ow implica claramente dizer as Cases conservadoras."em vez da supresdo.ttal-da Privada, apontamos outra modatidade mais humana, gar Fipendade eda independencia: "mas propriedade, propiedade. par todow". Pata atingr cistimente este desejo de unio de clases, BE BE Tbs pe Be Ie. Bi BB! pl ” € necesério que os “homens, diigidos e dirigentes, emprogsdos « fempregadores, se tratem dentro do evtrio de respeito, dignidad, justia e fratermidade™>> AA criagio do SAR nio vai ser fruo desta ago social? Um periodo de transigio A dtcada de 50 seré particularmente ativa em fanglo da agi lzagio das crises soins e politicas no pais. Bo momento do gra e debate sobre o subdesenvolvimento, © nacionalismo, « da pita populist [A prohlemition rural se faz potent, ea polo dobute cm toro de sua caracteristca © de seu stats (feudal ou mio) dentro de lum modelo de desenvolvimento, seja também pelartransormagoes intermas que comegam a carter no campo, especialmente no sul 60 Pais, como bem atestam as revolts camponesas e as tentativas de ‘organizagao de classe. Segundo José de Soura Matting, nest dé ada existiram ou se intensificaram as seguntes manifeagbes: & Revolta de Porecatu (1950-51), Revola de Trombas Formoso (1946-1964), 2: Revotta do Sudoeste do. Parané (1957), o Demo tio do Catulé (1955), a tentative de eragio do Sindicato em Go- vernador Valadares, e'a Revolt de Dona Noce, no. Maranhio, ‘Segundo Lygia Sigaud, houve os seguintes congresios camponescs: 1 Conferéncia nacional de trabalhadores agricolas, em Setembro Ge 53: 1 Congresso nordesino de trabalhadores rarat, promovido pees Ligas © sindcats ainda nao. reconbecidos, em 1994; Il Conferén ia nacional de lavradorer¢ trabathadores agrcoles, em Sao Paulo, tno ano de 1984, onde fol deciida a eriagto. dt ULTAB: em 1955, fa cidade de Recife tem lugar o 1 Contresso de camponeser de Pernambuco; ¢, em 1959, a'l Conferéncia nacional da ULTAB.™= Ao lado de tudo isto, a crise de absstecimentoalimentar nas arandes cidades © 2 apresentagio de vice projetos de reforma fgriria ou de outras alterativas para a agecultra na Cima Federal engrossam ainda mais 0 debate em torno de wna reforma agin a 35. Sanu Cyeln “Congretoe canponeses. Reforma agri", Bolin oe ABA TY, $n, ae bs 7” As pastorais deste period conta deste cima, sem contuda 4 ele se felsic explic Isto se far pola introdu- {eo nos pronuncismentos episcopas da palavea: rlorma grana. [A pastoral de Dom Inocéncio & 2 mais sintomitica pelo seu prépri titulo; porém, as demais que the seguem tevelam também Ete novo penstr da ireia Catslics © — Conosso, sem nés ou conta nés se far a reforms rural ‘Com um titulo bem preciso ¢ revelador de uma angisti, eta Carta Pastoral de Dom Inocincio Engetke € 6 coroamento da 1 Se- ‘mana Reraisia da diocese de Campanha, MG, onde esiveram rev rigor "00 parocor rursby 250 fascndesos, mals. de, 270 profesores Tuas, slém de religosas ¢ religioror representando os estabeleci- mentor de entino secundirio, cuja absoluta maria de alunos pro- ‘van da-zona agricola Duss caracteristicas estencials vo. marcar esta pastoral: 0 temor e uma proposta preventive de acio. ‘Temor de que # lerja Catslicn perce, por fa de iniciaiva 4 un infugnia no meio rural, 0 éxodo rural, a abertora de Sscadas,jornis, Cinemas, radio sho meas gue pemitem a divl- ideas arojadas « revoluonarat, contiuindo, desta indole Conformista ¢ratincr. dor taba: ‘stes fate mais 2 peeérn stuaglo econbmice sci tar el cman een cl pra eo fe tgitadones, que naz palves do bapo “se giem com iteligen- SaNom sao fer necesadade de inverter cosa alguna, Bastard {fue Comentem a realiede, que ponhon nu sluagio em que ‘hve ow vegeom oe tabhadores rus" Diante de tal estado, » exclamagiovadverténcia, que ecoaré por toda tIgreja Catlin brasileira "Nao. cometamos a Tovcura de perder, também, 0 operaiado rural". Completa assim a célebre frase de" PIO XI: “O maior escindalo do séeulo XIX foi ter a Terje perdido massa operiria”. 28. “conosco, sem née contre ne fark a reforme rua! pastoral fe'B, Yosctnely Eepeltey ia CRB, Poston ta tras BS Sislines todos Ga Cee, So Palo, thy Be Tbsp ae Part ue ito nio acoies, a Iria necesita apt, 08 como detie a pra, “atesipame ns 4 fevbuis® Anepets aes Sinn fomar comsiace © Gr excmlo ection Oe alee necro pear aprovages aT comes qv esas endo discutida no Congreso Federal sabe legislogao soca agri pra pratcar av dirties da Tere sane Ext antecipagdo deve-se rogram. minim de acto socal", que deveri ser "iomado como ‘panto de pertida «© io como meta de chegada de uma camintada longa a se fazet nese dif! © complicado mundo — 9 formada por rlaghes, entre roprietirios e fazendeiros, de uma parte, ¢ clones, camatadss, fagregados © mervs trabalhadotes assalariados do campo, de outta pare," oa) Prope sings Cara Par ma “refora desta de basen fates eh forgo de rs suse Coes cmbros rou 6 trl a resupracin de ines prolate Shs campo aim spado mato ey pln lene thas dene as Geos fda Cnfac Renn as campo per Steers ona iar sce dee She ene neem sldo ara came parte bc is ‘tice da ech nl ep ut ps ge asco uma he ventas ccs olde Se cae {es com a8. demais classes dos atores urbanos™ ae E por fim, denunciando a auséacia de leis que amiparem o tra- bathador rural’ como fazem com os da cidade, define 0 que seja tama “séria efor social agrérin”: "humanizar o trabalho, promover *ditusio do ensino escolar adaptad is necessidades do howcm Jo mRRE Eee ee eee eee eee teeter bee eee ee eee eee D — Carts pastoral dos bispos do Kio Grande do None sobre & problema rural Ovatro meses apis a 1 Semana Ruralis de Campanha ¢ da Cart pastoral-de Dom Inocéncio Enguke, ox bspos das dioceses Ge Nataly Mocord e Cai sealizam do 22 4 27 de janeeo de 1931 fa cidade de Jundiah, 4 1 Semana oral, Participam dela: “repre- Sentagdes de scerdotes, profesores, aendeiros ¢teabalhadores tris das Irés dioceses do estado, c a presenga de todos ox chees, Se Serigos Publicar atuantes no meio ‘mira bem como "equpes tde téencos de. Servigo de Informacio. Agricola (SIA), chefiado pelo Dr. Joio Goncalves, e una equipe da Aes Catsica Brasileira, heliada polo monsenhor Helder Cimara™. ‘A pastoral sobre 0 Problema rural 6, de imediato, um dos fruton desta semana, mas 6 também consegiéncia de um processo de lvidades desenvolvidas pelo SAR, sob a lideranca do Padre Buginio Sales [Na sun parte introdutiia, 8 soiedade € comparada com wm corganisino, no-qual 4 populacia rural 6-0 seu coragao: "Somos ‘um organismo, Imaginese no corpo humano 0 coraclo desprote- ido dos rias. do Tigado, do estomago e dos pulmoes, desajudado fis atria das cigs © dos capilares,e poderse-t ver qui inflie Bs, "Carta portoral dot bispos do, Blo Grande do worte sobre 0 problema surat it GNBB, Pastoral da torr, Ea Paulnar (Estados er, Feirary Aloe, A Jorja ¢ @ desenvotsmente, 0 movimento te Mata Pandagso Jase Auguste, Natl, 10H, D7 om seré um povo evja populagdo rural, representando seu coraeto, jaz isoladae‘cobera de mil necessdades, desestimulada de mil formas, sangrando pela cidade que nio a ve sendo. para explorar e ani ilar" Aliés, a pastoral ser norteada pela polarzagio cidade-campo. Aquela represeatando os valores negatives; 0 campo, os valores do bbem, “A Superioridade do campo sobre a cidade se manifest, se igondo os bispos, pela constiuigio. da familia, enquanto unidade ‘eonémica, ‘No plano politico, porque “as idfias revolucionéias no Ambiente citadino sio ‘no somente mals abundantes como mais faeeitas, a0 passo que rfelam no campo, onde 0 povo 6 mais con Servador e desconfiado com as novidades ousadas”™ E comple- {ando este ciclo poerizador, apontam a unidade familar rural como fxemplo: "Coma suceae ne’ vida economics e na vida polite, ta ‘bem na vida doméstca rural 0 pais € verdadeiro centro de grav dade de inimeras existacias, tendo que se movimeatar muito mais fm fungdo da harmbaica marcha progressive todor, Deste mo- 46, os homens do’ campo vencem naturaimente o perio dat espe- lalzagSes que, se por um lado adiantam a moe em certs artes ramos clenficos, com evidentes vantagens para a. comunidad, e outro atrasam nimero avantajado, enquanto impedem 0 deen: volvimento da. pessonabidade™™ dsl «od ales ate deem ar «sli o ‘robiemas do campo devem ser orients pelos princpce esl dariedade ¢ da subsidiariedade. * pciauecas Assim, a primeira coisa € agir ne “unidade pela variedade”, ito comegat “proviando afore extenies tm noo mei ‘stimulando-s_ a iniciarem conosco 0 apostolado mais urgente™, * ‘Apostolado que. se manifesta na conscncia dor problemas € nis “aspiragBes das medidas a serem adotadas pelos podees publios” [A consciéncia das condigSes da vida dos “inmios da lavoura « da eri” foi dada também pelo inguésito realizado em quatro municipios do Rio Grande do. Norte, em preparagau 4 T'Semana Rural.” Atavés deste inguérto consiatou-se “0 atraso quanto 40 ttabalho © trato de tera e dos animals." E segundo ot pelados sean at 1B ly. j FF ppere, anaes, assess PRRP. signtiios da pastoral, ene strato “nko & simples questio de fata ot carta de"bragos, tas inci também. "Tavera inteodurto a nique thes sourgusseo dnimo e scendese nas at a chara do edinmo"." "E ease siagio se ralflete na propria condugio © tfaamento pessoa, como demonsiram a inadequagao simenta © 5 prectriascondigoes de habitagao ‘Trés “males” que cortoem a vida rural do Estado slo ainda spontador: 2 limitagdo de fthes,o jogo e a policagem. A pastoral sobre o Probleme rural conclu, contrapondo 3s me- didas Ue beneficiamenta de cardter individual, “o fnanciamento por Iterméio de cooperatives”. — Pastoral eoletva do epitcopado: “Ante os problemas atuais” [A Pastoral coletiva, de 1951 — assinada por 113 bispos —. buseandose ea mesmo. citando inimeras vezes as encilicas Rerum Novarum e Quadragesimo Anno, dedica um capitulo espe- cial reform agra Segundo of bispos braileros, “a Igreja nlo tem 0 direito de see indiferente A florma agivia." Considerando-a necesira, sabe, fo entant, de que complesidade ela se reveste em pats extenso € diversifeado coma o noso".*" E em consoninsia, ¢ lgiimando- Sse, ita 0 papa io XIU a0 afirmar “que o homem deve ter sob feu dominio nfo. tomente 0s produtos da terra, como também a propria terra" Eainds, "sta propredade particular & de modo {odo especial o frato natural do trabalho, 0 produto de uma inte 2 atividede do homem, que a adguire gragas A enérgica vontade Ge assegurar e desenvolver, com 0 prOprio forgo, a sun existéncia, pestoal ea de sua fami, e clar para sl e para of seus un ‘Sominio‘de justa liberdade, nfo. somente em matéria econdmica, ‘como em materia palien, cultural e religiosa™."" Os bispos rear firmam ainda a Rerum Novarum, quando esta explicita que “vis de regra, somente a establlidade proporcionada pela posse de bens ‘de rar (az da fama. cflula ‘mals perfeta e mals fecunda da ao: Ante os problemas stunts” 'sg0" Paul, Ano'V" 258 0970/1061 Co Jornal oo pubic ate ‘parte reference h reform agri Sociedade, pois que tal posse reine, em coesfo progessiva, as gc ‘aghes atuais © as faturas” =" Se 0 aceso 8 terra 6 um dieto« tem wma fungi soca, con- todo qualquer "eforma. ds. condigdes de propria ow das re Jspoescontatuais"™" "deve serantecedida "de certo cuidados © Preparce, para que ao “dsgenere em pura Jemagopia" ou em "pro™ custo de agitadres™. ens ™ esse conjunto de ctagdes, podemos destacar rts idlas bé ‘cas. “Prins, 2 tera como” um dicta. que tem ven “etriter individual e soca". Segundo, ela € a0 mesmo tempo o elemento ‘eabilizador da sociedade ¢ da familia,” E tereciro, que antes de ‘qualquer reforma agrira, € necesirio uma preparagio dos: nose Droptieiroe para ee entravar a ag80 subversive, interesante observar que estas tts idéias constiuem 0 corolrio doutingrio das corrents reigiosas © polices que aivo- fgam ‘uma. reforma. agra sem. alteragso. do sistema. capitalist, ‘A propriedade particular sob a explorapio familiar toma-se'0 obje- tivo mator de transformacio da estruura fundiieia. Com isso se busca impedir outras formas de exploragio da terra (a coletiva especialmente) ea extensio da prolearzagho. da forga de_t Teforma agriiaassentade ‘seria, segundo essas cor- Conclui esta pastoral com tims tie de indiagdes “para a splieagdo dos prncipios de poltica ral”: 8) “fazer da utilangso. de tera parte integrante do plans: mento © pensamento econémico © soci; 1) insist em que, nas zonas agritas, 0 casino da adminis- tragio da terra e-da produgio, tanto na escola como no Tar, tha aspecos proeminentes da educagdo rural: ©) ar lugar de destague um programa especial referente 1 escolas secundrias,profisionais, tenieas e de artes iberais des tinadas a tender is necessidades” das comunidades roras; 4) reformar © sistema de taragio da terra © de seus me- thoramentos, 4 fim de facitar @ aceso as riquezss natura. & Br "Radler cotta... op lt, pe 8 Be thidem, p3, sere They conservagio segura e 0 adequedo wo da terra. “Uma condigio Indispensivel pura que todat esas vantagens se torem reaidades € qu a proptiedade particular no desaparega por excesso de exi= péncias € de Impostos” (Ledo XII, Rerun Novarum); ). respeitados os direitos de propredade, estimular @ repar- siglo de ters abandonadas; 1) incentvar © emprego de métodos cooperatives, junto 3 proprietirios « administradores locals, onde se tomnar necessiria © Ecomseihavel & produgao em larga exala; instr em que os silétios c condigdes de moradia dos trabsthadores dos campos sejam dacentes justos; fh) estender, com prodéncia, a previdEneia socal, espciica- renin a que te rofere a0 seguro de vida © contra doengas e velhi= ‘eos trabalhadores das populagbes rusis; i). desenvolver, nas comunidades agrvis, © comércio © a indistin Je propriedade de pessoas fesidentes no local © por elas Pessoalmente dngidos™ Pode-se observa que estes nove prinipios nfo chegam a cons tts, em verdade, elementos essecias © profundos para uin pro- jeto de teforma agri, F — A igre ¢ 0 Vale de Sio Francisco |A declarasio dos arecbispos ¢ bispos e prelados do Vale de Sto Francisea © des ctcunserigoes eclesistcassituadas no raio de ‘eto da hireltica de Paulo Afonso, renidos em Aroceju, € mar Ccklamente uma tomida de posiggo em busca de influenciar 2 Co Inissio Nacional de Poliica Agraria, alravés de consideracées em toro des Diretrites para uma reforma aprdria no Bras Assim, relembrando a pastoral de D. Inovéncio © resguardando 9 divelio de outros promunciamentos por parte de outros membros tbo episcopado, oferoce as sepuines contibuiges: 2) “Impoese, como tae objeva a qualquer projet de r= forma apd an evntamento ston srs de eat {Side Tee evans em considera: teas deltas S'S eves ocapades por paniclrr 9 quads ts C0 fprevicmen ue etvamente von to, posi Tints wcles cade popedadeflconsss Com 0 re Thy ps pesto Spe de ear,» som 1 wg snain do enon Sr tse sees tn acs Eas Poms St compe poh lg dee Stay lee peters ery 9 le ae Sr eer fan, Pete dies 4 Smee iastnm nit yam ela Sens a fee meee me ane, ect am Sot eT apame omens mse co nec, Naa rma, Bo « pecans do essai time neat et a tn ie cena ac arae he Es ig setae eee eis en Eis fob oes Gu nk ta ie, ep ye ed Peat ays Sel eins eas ose: aes eee oat se a eee ae eg leah a emparione 4 Ca dl tes oun ede rr sree mas onl ot fantanenal Ire ot con ue 3 nttader ve sso fhe nga oot com saan a ate ces gpl de or te pvc ‘tudo, faltando-lhe um minimo de formagao.” E he pie re ad en pape acer ecto ala en Peel sai SDE ogy tt Comune a in a tudes tatace't ates Sh wees, Sco Seecahaee Setena Helo ene ae ce aoc rae iitise orou eaters sagalar on eaalisee a a Saget ttl Sten pe 0 mm soe ae Sea ee eae ace an eS cian Sede 0 8 lis Saber fee pe al a ae an age Sree sansa rn ca condo prévn,geralmentenecesria, um ambiente de justicn s0- Siac de bomen econdmica” “Denaniand a8 codiges em gue vivem os parce, rend ros waquaey io &denoncando as formas de senda, {St grande pu sem conto eel, sleriam es bipes signe noe necessidade de se “descobrit uma formula de dar expresso Eat c egal ost rolagGes ele propitriog e arrests, im nnccessnafavantia de diets ¢ deveres reciproco. Podem se destacados, nesta Declarago, 3 aspects impor lames“ necesidade dem levantamento.etaiticn das tera, ‘Sbreino, Guano se dexonbea cam preclo goal te 8 vt. ‘dcr sung: segundo, €'0 prinevo Socumento a se ree te de desoepina, ament ee he te tui inconporade por vice onganismos, governamenas ¢ Teo pela SUDENE, Tatra do oerecmento aos grandes propre: tire de tocarem teres por fenaogia. G =A Iara « reform agitin 'A-CNBB tem ts documentos sobre 2 questo arin. O pr incr Ips € a relonma aria, foto em 1954, o segundo ee pre te vuagdodo met rural brslero, de 196Iy © & ‘ee A mensage da Comisido Cental, de 1963 ‘ois aspecos resin a inportacia deses documentos: primero, por sefem ofundoe copula. do_epscopado nacional prfagunder por siguficarem uma sntre €© pensamento © da 3580 da ip Por otra parte, tas documentos efetem igualmente as in gg Go cnet pc da eps Atco primus dec (nib Scam tanspareet as mars dt crs pois tstiucional for gue passa © brasil (o suki do presidente Varat © 41 inca ee Tino Quadro) e a tere, polaizasio do. dbste {idan posits polteas em torno os projets de reform agra "A primeira decaragio € feta gla IL Assembla Geral da ‘cnB6, falda de'9 0°11 de setebro de 1954. Neste texto, 0 Suscopade“ecoahece ser, em ete, oporuna © necesita, unk “n areia © Vale do Sho Prancisco, in CNEB, Pestoral do tera, vat PELli® Gondor tu CNBB 11, Sio Paulo, i916, PTL. Sh TRMGEAR Th retorme agri (Coplusen gee, a1 psstrbid, Srandsia Ga NDB) ip CNBB, Pastoral do terra, a ‘pies fusfudoe da CNDD 11), So Paulo, 176 a fcforma,nas_atusis condigdes em que se processa a vida ral 0 Brasil, partcularmente no que respeta & pose © uso da erty € ot meios de vide das populagies russ". No entano, adverts 4a Inconvenincia neste momento, préckitoral da reeaehe ds wma reforma agriria. Segundo 0" documento, {altam cnigses ferenas ue permitam omy debate soe assunto'de tio Portncis. Tal attude no siguica nora a problems onto, deve ser feito todo. um trabalho de “prepaacao. pice. logic © pritca do meio rurat™.® Neste sentido, © refeido' Teta onecitua@ que sea una eforma agriia, define ses sbjetve ¢ (46 as carcteritins de una feforma apriia wo pais Pra a CNBB, “reforma agrivla 6 0 conjunto de medidas que rmoaiicem © atual stato jurgio-socal da propedade rua, no 4). vineular 0 homem 8 tr como seu proprcro: 5) _possbliar em Targa escla-e acesto £ tere hqules que xj apn tra propitit 6) J iar condigbes para que 0 homem obleaha, pela posse 9g, adequado da tera, ob melon de proporsion uma exsenel igna sie & amis, sem ferir as lgitimas exigencias do bem coe Seis so 0s objetives da reform agra Juma eto da propredae; 2 valoiagSo ‘do semen humane 2 Tracto do homen te 4 stablidade fa 4 remogio dos obclor que impedem ou difeutan a sisi de tease 0" set t80 dead ue (a metres condigbes a No Bras, @ reforma agrivia deve respeiar © comsagrar a “prom nal” com lemenio hat = Nem" da ve se “uradtivs, comporiar medidar 2 cuto ea longo. pase, Ser ponder etme, lela nos ses efeitos", enaltanes vad 2 sequins considerate 3B. thidom, p78, &. ibep i 0° 182 Bp. too. op oo 2) “O sitio da dea — pequena, média e grande proprie~ dade ~ no deve constiir preoeupacso maior na reforma. agri, Dadas a grande estensto tertril do Brasil, a s0a populagio, 2 poreentagem minima de seu terrio culwado e anda’ hetero= encidnde Gas condies locas, o problems da fea assume aspecto fqvase secunditio.” b) “A reforma agrévia devese processar sezundo norms ou direrzes bisleas, estabelecidas pata © terstrio. nacional.” ©) "A divisio © subdivisio das propriedades privadas nao vem ser comsideradas como posto bisio para uma feforma ag fia. AS propnedades devem ser respetadns, em pinepio. e evta- Go 0 seu desmembranento, salvo os casos de ileresc’ do bem 4). “As desapropriagdes, quando se torarem indicadas ov in ispensiveis,devero ser fellas segundo ert justo e seguro. Apis tum determinada pravo, alo tendo a divisto da propriedade surido fo efeto desejdo, devo set possibiltada a sua reintepragio.” ©) “Quanto & indenizagio justa nos casos do desaproprigio| por interes social, € um direito do proprietiti. Assim, como nd Bato de reinteragio da rea desipropriads, 6 um dever a restuit ‘correspondiente. Por indenizagio justa se eve entender io ape- has 0 pagamento’ a0 propietsrio do prego da. aguisigto da err, ‘as beneltorias jus Tegais, como também razoivel acréscimo para slender &desvalorzagao da moeda.”"" Hi — Declaragio dos bispos do Nordeste © 1 Encontro dos bispos do Nordeste, eaizado em Campina Grande, de 21'¢.26 de maio de 1986, € tide como wm dos mareos ‘ais importantes da atuagdo da Igreja Catlin, Com efeito, ete encontso foi decivo no Movimento Nordes- te, isto €, "0 conjanto do comportamento politico que configurow {2 alianga regional enteo as classes subaltemas, setres médios & ertas fragies da classe dominante. O elemento totaizador deste ‘movimento € 0 discurso tobre o Nowdeste explorado, subdesenvol> Sido, ea proposta de um projeto de industilizapao, va aleracio (la estrtura agratia". 6s. pp. asia, S: Ghivuo, Abdiae var de, "A questho, Nordeste no estudo acienas in Teimas de citnclas Rimangd, 1,108, 108 89 ‘Além desta caracterizagio sciolégica do. pepel_ da area, convénnressanr que conertamene,safam deste eneonto diet Ses que foram incorporadas pelo soverno JK em sua politica para Tredlo. "Segundo A Hlschaman, “os prlados receberam a San io da Preidenca da Repiblica para a execucto de vérios pro. Jet para comunidades por meio, de grupos de trabalho ad hoc, Template: de repreventames_ de diferentes agncias, tas como. 6 DNOCS. C¥SF.'e BND. Eses grupos de trabalho ocupavam-se Com proetos que iam do sbastecimento e puriicagao da deus na Stade de ‘Canipina Grande, n0 serio, até a melhor uilizagso de eros agudes'€ projets dé povoamento. agricola” ‘No hé divide que a Operacto Nordeste, embrido da SUDENE, © oatrn acontecmentos econtmicos e politics tveram mo T Encontro dor bupos do Nordeite um dos seus plac, Repercutiu de forma deca sobre a propria lets, origina do realses‘celedstens, Incentivando os "movimenton “Ge egos, Princpalmente t Agio. Calslea. OI Encontro dos bispos do Nordlvesenizado em Natal, em 1959, complete de manera de Siva 0-1 Enconto. ‘No que diz resto & problemétca agréia, a delaracio doe Uispos noldestinos comidera grave a siuapdo rural, decoréncia do tao ico eda comes 3 erat © de dtc de ce No decorrer de sua anise, $80 incorporadas as seguintes su- estes! 1. Flxagio do homem com sua fain 40 meio através do tote erica Tete, "© proprio texto diz “antes, pois, Je pensar fv resolver 0 problema ea fetmos de deslocar para outres feioes & pais 9 excedene humane nio-ilizado, anualmeate em cfc tmewte, ¢ jf scosado pelo fendmeno do. desemprego. ou. do 0b rare urge iia, no pea tea do Plone as teas fe Te eetiscctnet de aprovetamento.econbmico pela agecultera pela colonizagio, mela radando boa pare deste excedente, cujo Sewino, mo momento, € 2 nigrasto forcada”. 2. E se drigem espscisnente para 2 Zona da Mats, reco nhecendo Soa inpordsea € 6 sanificado de uma tansformagio ie cemido sett Sugerido 0s Usiniros que” 2 ee ct, Se, Sigg ao Notaoss", Im CNBR, Pastoral da tery, BE BRS “ate 68 CNED 11), So Paulo, 196, . 8. 1) “permitam que parte de Sreas de terras desas sings, 1o- ‘alznda perio Jas casts. dos texbalhadores © porventuranlo-co- arta de canavins, seja por eee utiliza na produto de gineros imentago béien pura eles © para suas famfias™; ‘D) "ch sinas, tendo em vista 0. aproveiamento. raconal econdmico as reas nfo-trabalhadas com a cultura da cana, rex fem, diretaments, exploragdes de outras ultras, especialmente tos de simentagio, possibiltando, assim, melhorar 0. st Tia de absstecimento da Zona da Mata e a fixagho de trabalhado- 2) “haja eaforgo ainda bem maior por parte de determin os usinetos no renido. de humanizar as condighes de vida dese {grande grupo dos menos sforunades da populagdo trabalhadore Kinet da'cconomia da ngroindstia do agéear, em certos cas, 8 ‘iverem em condigGes fervelmente dices". “Neste assum da vida rural, alls, o ideal € favoreser que terra soja possuida por agusle que a civa ea trabalha, com a sua pole, se bem que difl, nas auais crcunstancias, que esse principio Be justia social ja apllcado, no caso espeifico da economia ‘avieira do. Nordeste" ‘As conclusSes apresentadas ndo alteram as. proposigies ante riores, generalizam-nat € ncorporam uma condenacéo 20, éxodo Tara'e © desejo de que "o éxodo de nordestins seja resolvido um in em profundidede pelas-medidas grais de desenvolvimento eco- fhémico ‘regional: os que ficrem ters0 vida humana e cris, 08 (qe partirem serio. migrantes normals, come of sul-siograndenses (que tober part o Parand.e Santa Catarina”. [Em relagdo a reforma tudor ds \Comissio ‘Nacion Para of bigpos nordestinos “ado & possivel, igualmente, que sivendo em contato com as populagaes rials do. Nordeste, poss thos esquezer uma palavea a respeto do grave problem que re- presenta, em nontarepito, mi distribuicdo. di propridade da ferra e conseqlentemente © 20 uso, ainda no em condioes de fatlefazer os interesses da coleividade ria, defendem, em principio, 08 es- ‘Ge Politica Ageia “Urge sejam encaminhados a0 Congresso, Nacional os ante projetot de Lel que tatam do acesso 4 exploragio grits, da Focagao rural ¢ di desspropragio das Areas das teres, aprovel= 2. Thidem, pp. 9/04 ie pioh 1 tiveis dos agudes piblicos, construdos ou a constr, todos ees Inserindo medidas Jo mais ato aleance em Beneficio das popula goes rurais do Nordeste. Confiamot em que se tore possi, em breve espago de tempo, 0 inicio de uma nova politica de wtzagho ‘da terra, com a preocupapio elevada do tornar-se propriedade tum insrumeato em favor do ben-estar, no" de poucos, mat de tum grupo bem maior. “Por reforma agrria compreendemos no apenas s dsibul Ho pura © simples da tera a ser fet com 0 crtério. que ao delicuda exige, ¢ slvaguardadss a jostica © 2 eqhidade va Simla costae asset nc fan Social ¢ religiosa 20s agrcullores © suas familias, fm favor de quem els devers ser promovida.” “No Ii pois, na reforma agrtin preconizada um problema cexclusivamente tcondmico: revestese, antes de tudo, de signif ‘edo eminentemente socal; por iss0 gue, torando pessivel a um rnimero maior de trabalhadores a. propriedade des terras que cles trabatham, por vezes através de gerapoes, se teri um insrumento ‘adequado para consepui-e um ambiente de estbiidade socal de fixagio do’ homem e, sobretudo, de resiténcia a perurbagies ds paz de que dovem desirutar todos os homens." 4. A GRANDE RUPTURA, ‘As onpanzagies camponesas inciadas em meados dos anos ‘50, especialmente 0 surimento das Ligas Camponesss, iio modi: ficar contexto das Toreas polices nacional, sobremodo, a qi ‘sompuseram 0 pesto populist ‘At 0 aparecimenta das Ligas © da criagéo dos sindicatos ro- ris, forelt, 0 possi ¢ 0 asalriado rural nfo" paticipavam de forma orpaniaada e propria de vida politics nacional. -O movi mento social rual assume a caractristica de lta pela cidadanis {49 rabalhador ruta © pacto populisa taka até entéo conseguido sobrevive, mes ‘mo que’ defendendo uma reforma agriia, em que esla latte 40. tial pantisipasse do processo polien da nagio. Ow talver tenka Sobrevivido por caush isto? (© movimento social rural vai repeeutr fortemente dentro do pacto popuista, Congust-lo & uma necemidade, pois 0 proprio 1, th, p12 ” ulismo_presumia 0 enquadamento _de_qualqyer_movimento BORA de exqucrdn dentro das regras do poto do poder. [Nesta perspective, a Iprja Catélica mio ests isenta: entra ruta para conquistar espago pollico © ideobiico © nio perder a UGnase camponesa, A siniclizagS0 rural ser sua arma de cru ada, Fm nome dos Direiior humanos e dos valores crstios eleva i Liga A categoria de. inimigo maior, por serem consieradas ‘omimistas, pecado. de que padecerdo os outros grupos de esquerda ‘stuante ao campo. ‘Mas, como uma eruzada, © movimento foi volento © a Tareja ‘se viv abslads interament, surgindo espagos para agudizagio de Stas contadigbes fnternas. Conttadigbes que manifetar-se-S0 tam- tm om tlagio ao proprio modelo popula, na sua vertente fn © ppacto poputista tomava-se incapaz de resolver internamente x suas contradigoes, Redefiniam-se a6 alansas. A Tprea, na sua ‘maior pare, "marchou com a familia pela patia”, a0 dia 31° de marge. A fevolugdo “crit” acelerou a modernizaeio agricola que Teperetin de mance significaiva sobre a compeosiio dos peduenos Drodutores; prendew, toruroy e sssasinou trabalhadores, padres © Feligiows, Novas contradighes: surge uma nova Tgeja, A Tyre, ollade para os oprimidor. E € no posseiro que ela encontr Tamim ‘campo. para germingr. A” reforma agriria volta a ser tama de suas bandeias, |A.— Desaragio. dos arccbispos_ bispos presenes & reunito das provincaseclestniens de Sdo Paulo Sequindo a mesma Una de intengio no sentido de orientar fs fei ¢ de sjudar 0 governo nas reflexses sobre a. problemstica Stzcivia, 0 episcopado paisa, ob a Hderange de D. Carlos C. de Vasconcelos Motta, e convacado pela CNBB com 0 apoio do ni So apuntolice, se reine no dia 5 de dezembro de 1960 para discuti © proto de Revisdo agrria do Governo de Sto Paulo [A eclaragio desta reunifo inicia reafirmando os pronunciae ments anteriores da Birarguia eatlica a respeito da problemi Ch aptvia,demonstrando, asim, uma unidade e coeréncia ‘1, “Declaragio dos srebiepor ¢ lepos presentes & reuniso das proviocia tlesions do So Paulo" fm CNBB. Pustorel a ferra Ba"Balnas stasor do CNB 1), Sho Paulo, Ze 98 1A segunda parte desta decaragio consta de apt, tendo vista a pa social, dirigidos 90s propretroe,trabalhadres, gener tos stadual fedcral© 20 propo cero. numer BNE Cech do port rn te» rs Si eit yen cg we Sao phe Sere eee Safe See te eis nba 4o projeto de revisio agrvia. Seria ero grave imapinar que toda porta eee oer rola: Agréria € condenads pela Igreja, Scie an tn Gate lemagsgico, ou viré a revolucéo agréria, para a qual bes SEE eee a E incita-os a pensarem também nas familias que nio possvem ee oa ob te ita ay ee egos, leon et ros Ca ic ay ay Seo on ime oc ene ee oe en sn et Renn te ru 3 pl poss de um nt, mas pia aisenc ich, fneta, social ¢ espiritual que a lei facilita, dependendo apenas da corres. sa ed ee aes a fas phn ee Ie te ane es ce et ree eo acs Se e fovemo democratic eval se tealuada sob au banglo'e con pat teipapto da Iprej. Quando o comunitmo vos conver pats groper eliza de defsa dos vosos interests & devets ear rgutstsor fm inleos democrtioo consutnos que decjencr ajuda ‘criar, independentes de qualquer exigtncia religiosa”, ‘A mensagem a0 governo do Estado, apoio excita & Rev sto apna, consiSerndon “consruiva, © onde Ws Tomo ie BR. Molde, , 108 TB. Ihe p ib. iapesivel a revolugo € evitou 0 cae. Alera também o govemo SSPetaido de evar partidaramo politic, burocracs, na fase de Sricagso. da Ie ‘Aos plrocos expita 0 apoio dado a revsio apévia soli tandothes!“Procuray, um & sm, 08 propriearios ras queen opeedades em vows paroqu, Transmit Theo espe sen Tae vere apa, Mant GvidesRemovel poses pecon- Sion" Coneni Bou vontade No Yacles em altar due re Sino api € inert a excol € ene wa reform euirada Timtodtel (ea vevlado agra pasta tal como se cha D0 Subs Siu do prea de ith, 154/60, 08) fevousio wal gue 0 “oman ear, exlorando a stanlo prectia ey por vets, ef piesa no meio ra ‘Na mensagem dirigide 20 governo da Repiblic tempo qe lembra 0 exemplo de So Paulo, reafrma que "aualer IEPRucat de venice aprana deverd prover, coldadosamene, toe 1S indispenivels revise region, para gue, cetamente, pen Gontrencia Nacional dos Bispos do Bras procraré mobiizar — Sa y"revinca da mata e seu profundo sentido, humane — fotos or tone enendedores do problema da tera em 000 0 1 ‘tio nao” Mais uma ver se pode cons o temor existent no sin dt Iuzeia sobre perigo de agian» da fevlucdo no campo, idem: {eando-os, Sempre, com © comusisme, & teforma agrrt enbora decent deve ter, antes de fo, conduida por governos do con. fangs. O epovo explicit e x mobiizagho que a grea busca fazer {Scmonstam o eonpenho em coniderar 4 experincia pals como tremplo para fodo © pal. Essa manitenagio de Tprej & inclusive, expt pelo go- seeno pauls, coma finaidade de destacero lina de divin © de Ueonftanga surgdo em tomo da redo agra, Divas em con SScecia "uma feforma agrara” ou por the aribuir "objetivos SSS" Gue mio" postu e desconlngs por achila extremist, [As declarages de D. Hélder Cimara ¢ de D. Carlos Carmelo cstéo por exemplo, na capa e contrac, da publicagio ofcial da SoMa como teleias pea Secretaria Je Aina na #08 ine rodeo Me sDetaaco "09 et, Be 4s Bocretcle Ge Agricultura no Estado de So Paul, "Revisto serlta'"Bojto de C4'S0 1sye0), Soo Poss, 8, p. imeresante observar que, enguanto nesta introduc © pr prio secretitio da Agricultura, a thulo de concetuagio, die que "a Fevisdo.agriria objetiva dé sentido. socil oo imposto terioria tural”, "4 mensagem de D. Helder Camara acentua 9 concito de feforma agrria: "A reforma agrina de Sto Pavlov ao cavontro 4x politica sociat econdmica da lgreja em sua Tua conta 0 desenvolvimento”. tes a B— A Ipreja a siagio do meio rural brasiting Exe ¢ 0 titulo de Declaragio da Comissio Central da CNBB, reunida extraordinariamente de’ 3a 5 de outubro de 1961, soba Dresidncia de D. Jaime de Barros Cimara com a prescnea do hincin apostlce, B. Armand Lombard Nesta Declaragdo & estrnha a auséncia de qualquer reteréncia a0 sistema de posse e uso da terrae a reform agriria,Inspirada na Maier ef Magia, ela est dividida em “rowiro de atividades",“re- comendaes speci” ¢ "em face da expono comunia no rural”. ie © ‘roto de atividades inci elementos de qualquer projto de moderizacio do seior princi de melhoramento das’ cond. es individuals do homem do campo e sao apreseatados objetivando interar a agricutura brasileira ao ritmo do. desenvolvimento, na onal", "Sao salienados 0s soguintes sspectos: 2) _netlormeno da conde. de ines (td, anopothcomanzeiy has goa pe! see By anomagsn na ete poi, otha day ulus, nears dt empress en pl Si etme, omer ead, © motos yor ram piel wg el es Slel oda tse indai ee Sener S)"tyoveaneno i modeohr Hada pla moder en) 4 “pomogio 4 8 crromeio de una polis cnn, srangndo © seine zal et, eps mca 0 enol do pags idem, ih MDecaraséo da comiato central do CNBB. A tgrja © studio do. melo rural Srashigre ir GDB, Fusovt data, ‘ba Frain, ston de CNBD 1), So Pao, 1. mp is 96 ‘0 desenvolvimento das indisris de trensformagio, a modernizar lo dos estabelecimentes agrcol ) _reafirmagio do estabelecimento familiar como ideal de cestubelecimento agricola; 1). 0 apoio a organizacio profissional dos agricaltores 2). eliminagio das dispaidades regionals. © (Mas, sem dGvida, 0 elemento inovador desta Declaracto reside no apoio. explicit, feito em forma de recomendardes especiais, Paste da reja no meio tual, destacadamente: 1) a Aglo Catlin Rural — através da Suventude Catslca fn GAC) e a Liga Eleitoral Catdiea, (LEC); b) sinigalizagéo' rural, “iniciada 0 Nordsste © que deve ser ‘nents 4 tadoy or vention fais sobretad quando aitados por Feivindicagdes justas, mat conduzidas com. segundasintengbes" ). Frentes agin, Manifesta 0 desejo de haver uma arcu lagio necional desas Frentes; “d) 0 MEB ¢ ingicado como “instrumento providencial ps 4 dinulgacio do rotero de atviades, para a expansio da JAC, da findicalizazao rural e dss Jentes agrivas™ Agr Para os cristios engsiados nestes movimentos este apoio do cpisopado tern chepado em boa hora e-serido” de refreo, Se a condenasSo 8 ago dos comunits no mo rural sempre steve presente de forma explsta 0 na0 nos pronunclamentos epi ‘Shas sod, nexn Dsarocke cla ane un erty tla cil inclusive. pela props forma de subulo em que & ine {ida Segundo a CNDB: "Or commits, go campo como na ease, ‘ho se iterssam realmente pols solu Ao cntério: ara eles, Guento pion, melhor. Mas 6 fet mais rave que denonlamos € que ‘x aetaones vermihon, cn veo frentn,preparamse pare 2 tie de uerehan de acordo com o8 methore exemploncubanos eu Sineser Asi como, nto podemos pacar no mero antcomnsmo Simplista © contaprodscene, nio-podemor St tginuos__pomo {Ge eneparaoe a gandiowe plant de Tecuperag.econdmicaso- ‘al dos mien cidos da retaguarda ¢ dos fancor Inv Sos pelos guerinezon, Em cad diocese, cabers A perpicicia €o ator deccbir os meios prétcoe de defender 0 reno" RE EEE ssaece a © — Declaragdo do “I Encontro dos vigriosrumis”, do Estado de Sto Paulo." Trintae dois vigéros ruras, apés 8s dis de extudos (16, 17 « 18 de jancito de 1962) no Colggo Arquidiocesano de Sio Paulo, Givulgaram uma declaragso, dividida em tree pate, AA primeira, intivlada Reforma agri, insere uma constaracio 4a situagdo. do. meio rural brasileiro, "que esté. imposibilitado de realizar 0 seu desenvolvimento devido a0 sistema fund fm nosso pais"."" E ainda que "a promocdo do uabalhador a nlo-exstncia de “um nivel de vida mals digno para os campo- eset” decorrem de “um sistema arcaio ¢ injusta de grande. pate das riquezas agricolas do pais" © também da auséacia de serigos Por esas ranies, concluem “pela necessidade urgente de me- ides juriicosociais © econdmicefinanceiras que possibilter is Populagées rurais realizar a sua promocio e integrase nas com: Fidedes regionals © nacionat™ "Para tan es vighios rurale Fulgam necessiio 2) Gi eon ee pt se acs at, Seas ie ea 2 ee alee anna tna st sions Secs Seah Bement ts Sa es tice Siete a a ais SEG SpE Lae aang Soto pe J Res « mio nt dens en, vpigund Se t ae e riearesen Sas tt we SSI Ther ente tins Pes d «anh « Yon ie in eS SRST Eis» iran om ldo em cont orks wea tet 20 cd 40 regime fiscal, gran de press, 2 orpniagb dox an, ~Decaragbo do I enconteo dos vigrigg rursis do Estado de ‘sigiPaulg tn 6860" Poioy Ano Vil, 38, 28/01/03 ‘Told, p. 8 ©: Dep me 2 Bb ‘A segunda parte trata do singicalsmo rural, coneebido dm Indo ta perpectia dade pela Moter et Magia de que “promo {So don Gurllons Gove Ser relnada ants de tudo pels propios Sfrctors:e de outro, como “insrumento legal de-que dspoe 0 ‘Eosttador ernpesin. paras. promogso, dos sus legimoe ine= "A jotictva para a crag de sindiatos rus €, no entato, cateada‘em cats cutosclementor: um dado pelo carer econdi se euro, pela agao de agitadores, conforme pode-se observa fo pripio tento: “Dado, pois 0 abandono « o subdesenvolvimento em que eto % eon merglhadas & populagser Tura, de noso pats, dade 2 a0 ees gee presurtnaprvekar ee ohatria © manobrat ae rose aa com fin subverins, anos Wat neces & agho. de singer urns om bass 1a nspiradon 108 cipion¢ieas democrtcos © promovidos aiid peor pro Pros tabsinadores ras. parte refere-se a javentade rural, de onde sairto remot de odo mei rl” * inte disto, propoemse # nicer "o movimento (em nosas pet gues) da JAC, que dent de sua doutrina © sua pedagogia © mé- ‘Rao de teabno © capaz de realizar a promopio integral di juven- tude url do nosso pais" "= = Mensagem da Comissio Central da CNB © ano de 1963 ¢ o¢ prmetos meses de 1964 sero partcuat- mente apitados com s creseente mobilizagdo pelasreformas de base, fxpocilmente a eforma agri 'A acio da Igrsia, ow melhor, da sua chamada ala progresssa & motivo de muita entices tanto pot parte das clases Gonservadc~ Fass como por setores da. propria Tgeeja,liderados por D. Sigaud A questo da aeragto do antigo 147 de Contigo federal referente & desapropriagao por interes socal, constiuise mum ele fnento polariador da conjuntura, acrrando a dsputa politica entre so met Brat Bet BES a commie rin a orp Ome sot gg PE SM SO So a » visioe setores socsis, © apoio da Tera Catéica parecia funds mental Com efeito, no da 30 de abit de 1963, a Comissio Cental {da CNBB promulga, através de mensagens, seu apoio, & relorma ‘onsttucionsl.Apoio este que. € primeiramente devvineulado, de ‘qualquer press: “Agimos com absoluta independéncia apostles & fossas afirmagdes aio. se. inspira em nenhwm opornismo, ‘nas exclusivamiente om aguda conselenci’ de oss. responsabiide. de pastoral, no momento que atravesamos",* e depos de qualquer respaldo a’ "grupos ol movimentos polieos ow ideolices™. Este posicionamento deve ser interpretado, levando-e em con- sideragao © conteto politic, sobretude porque quinze dis antes © Seputado Bocayuva Cunha spresentara a emcnda constitcional a 1, sobre: desapropriasio por imeresse socal. 'A posigio da CNBB esti expressa nog seguntes termos: “Se- tbemos que o simples acesso a tera nfo & soluelo cabal para’ o problema. Mos o julgamor inadigvel para a reslizagio do dieito Aatural do homicm & propriedade (Pacem in Terns), medida a set Concomitantemente tomada, Segundo as condicdes peculares das di- Yetsasropides do. pas, com outrae de oxdem educecional, t6eica, sistencal e creiicia Para a realizacho deste imperatvo, a de- apropracio por interes social do 36 ndo contraria em nada a dlouvina social da Teja, mas € uma das formas vivels de rea- lizar, na tual conjuntura brasileira, a fangao socal da propriedade ral, Evidentemente, esta desapropriagio, que visa garani 0 fxerccio do direto de propriedade™ 30. maior dinero, no. pode Gestespeitar e- desir este mesmo dieito. Dal a aecesidade. da junta Indenizacio, que devera scr eit dentro dos criterion da jue tiga, atendendo. Ss possibiiades do pals cas exiginclas do\bem remos consituir um atentado contra © dieito de pro= Priedade uma indeaizagio total ou parcial em dinhsico ou em ‘los 4a divida poblica, dando-se_a exes tiulos as paranias de revalo- Fizagio, de vencimentos e de poder liberatirio pelos quais cons tituam ‘uma adequada compensacdo pelos bens desapropriados™. anda SENG, ses, vine ce, "Uo ecko do oso arte 8 atensagern "op. ells Be HS sin, old 1 102) 1h; Bpaasino. “No eabe, entretant, a ndk definie que férmla poderé: me thor responder 3s condigderstuais da realidade brasileira, Lem- famos gue, na consccugio do objlivo vsado, & responsabiidade rave da Unto e dos Estados dar 0 exemplo © estimulo, come Enno, desde ja, com a dstrbuicdo eqiitatva de suns terra, quan So nig consitulrem reserva. patrimonias,.." “Nem menos r= dene € a vilizagho imediata de Iatifandios improdutivos,seja atra- es de uma pesada trbutagso,seja através de sta reparigho opor- 5, INDICAGOES PARA ALGUMAS CONCLUSOES ‘Uma idkie-forga dominate nos pronunclamentos eligisos € a concepeto do meio Tal come comunidade, sentido ante poligico tradicional Para a Iara, as iéas © os movimentos que Boseam compreender a ealidade rural por outs parmettos que fio os da cultura dominante so considerados por ela como estra- fahes, gue vem. do. vrbano. Sedimentase, aq, uma perspectiva ‘alist ¢ polrizadera ‘aalista porque desintepra seor rural da extrtra socal da socitnde Isto ct enlist a0 analiza 4 situa rural sem spre Eker composgao smal diferencia e ot ierewcs divergent, ‘Siitados que soda fora como se esraurou hioramene © {eos tea ¢ son mon de produrie. Por S30, a0 condenar © Sedo demi e devatso"cxieme no campo, no fi un ‘Snclo coer estatra funda © em com 0 modelo econinco Sst aaa de man reg orem, 20 nse tino. favendcrose moradores,sslariados, parsfos ara encom tran solagbes comuns, € uma demonstracio politica de negacio Gut de clases ‘A perspectiva polarizadora esti em opor a cidade 20 campo como elementos ieolados. Nos pronunciamentos religioss, partic olnrmente as cartas pastoral do primeiro petiodo e a. dos bispos flo Rio Grande do Nore, a cidade € focus Go mal, da contestaio, fla desapregagio, a turbuléacia; © campo, 0 espago do bem, do So. do conservador, da pacater, do “coragio do organism” Fata visio cria na Igeja a necessidade de “protege” o homem do campo, eabendo-the resgusréar a comunidad rural de transfor. mmacies ‘virulentas, ito 6, fora de seu controle 101 Esse Jular do Urea encontra aqui um de seus elementos inscasto 'e de lepimasio, que a capaci dante ere foc impos um nv a ana aldo a ses deta du modanca, especialmente a da Neste mex mento, sua asfo entra no campo da dispute com ove teas fora soi ¢ num hrione de teres rgete hor tra pa, lrse ouivso esi no Gul td ue dpa egemoni"“Daputn ques oven end eto Un to, itmamene ei oF rosettes mene ta poe pria Igreja. E um segundo, externamente com Ss Pri om mp Outasfrgas tots inde deo de Ui (D. Si ‘que b hirergua compete anes se om mess a, através do discurso de justiga social cristd, razio de sua pritica, | As caras pastoris sio a vor de coman contole © de posconamenta, “"* “* “omandos = dade, de Tytja deve pronunciar-s sobre 0 véros probe- dis sluses, como ‘exemplarmenteafma 2 It ‘Asembléa Geral-daCNBB, reun emetebro de 1984: “A Tee els augue ioral itn Icptestie ek idaho meio rural abe umn papel relevant ma realzaeh efor tna aria. Aras da paler, do stimu di ertetach Gag Sos fs, os Exmos. Ss. Bispon em sian ocses« on Revios, Sr, Vigdvios em suas pardquias rural ati Yiatios aro tao decsvamente em vérios ~ a aceiagdo de ua reform. scons ae . f hada desejada pela — de infuirjumo aos grandes proprictérios para que a cl riros, peaunss capes: Ge refoma agai om Sst feo na Toda evra China” "™"SR*SO liom, vem senda = ds indcagio dos elementos mais aptos & se nine! po & se fomnarem pro- it patrocinar experéncias de colonzagso nas rs r onizagso nas dioceses © — de obter dow grandes propietivioe paroquianos cesséo de teres para organtagéo de ndleos de Colonsay de colaborar na preparasio de lideresrurais ete.” 102 Em linhas geras, estas indicagbes estio presentes em todas af mais eartas pastorais Pols of pontos comuns sio: 0 meio rural Como. “eomunidade", a negagio da lute de classe eo papel da Treia no processo de transformagao social ‘BIRLIOGRAPIA ARQUIDIOCESE DE, SAO PAULO, Boletim ecesisticn de Arguaior eve de 389 Pouo, 16 spgUIDIOCESE DE KO PAULO, © So Feo, 99., ‘ABEL Risando. "A igre ston Brasil 0 perlodo de 130 & Tots Miaache clapton de fgtos,epsoaion © decinrnades re Ieveates” it Religto © aocledade, 2, nov. 107, Sho Philo, PP [BRUREAU, Thomas, © catoisisme bretllre em epoca de transgto, Toyotm, Sho Paso. at CAMARGO, Canto Promapio Pde, foreia ¢ desersteiment, “EEitio, Sto Paul. it CCALAZANS, Dla, Leapndicat comme tgatrument iaittiont de sea pulons Las ci du. NE dy Brest Memolve presente 8 Elbtoerratique des Hates tates, Pars, ee ‘CARVALHO, Abaioe Vinx‘, Teele e problemas dx terra” $n Re- orme grave, 2 Camping, 880, Pp. 23, "Unidos eiako do poco agrasigindustriat” In Bras, Tap court, rb ote esprit raster fs 6 EN EaStota Wott no, ado aoa” tn Temas de Conn, Pastoral da terra, 2ted, Ed. Peulims (Colegio Estudos da "Chant iy ho Paulo, 8h. eee pastoral terra. ad, Pauinas (Color Betudon da ‘qi ii) San Pau, Conva, Datzyt de Sil, A redeneéo necessaria — loreja Cotton « tra rutile a ano te niga Su OPP PEL Ae at cate Sore catia stare, 181198 if Bluloe ceanar 1, sorbmstosunbo, 198 PERARI alse A. forele ¢ desengoinmenio — O movimento de ala’ Pundacko Jot august, Nai, 168 MIRSCHDIAN, Alber! 0. Pollen econdmica na América Latina, Pun “do de estara, Rio’ de nelo, 16, MAREN, Jot de Satna, OF camponenes € 6 poslica no Brat, Bi "Voss! fetrpot at. ROMANO, Rover, Brod Joreia contra Bstedo, Crit ao pope Mio cela.” Kat, Sho Pato, 98 SECHETARIA. DA, AGHICOLTURA DO FSTADO DE SHO PAULO, ‘avs aghtrs" (Pojeo lel ne TB, Sto Paul, 160 SIOAUD, Lygin “Congreaoe eamponens” 05984) in Reforma tortie’ € Bow cose 8 103 Anexo CRONOLOGIA DOS FATOS DA IGREJA CATOLICA NO MEIO RURAL ABDIAS VILAR DE CARVALHO Pontos: ab letras entre paréntares inca: ZH, Ricoto. 4 Ieee Cles no Bran no serio de 180 .1b7s (eagle Sronleea de tates epuotion © fovantes) “in Raipzo ¢ Souidade 2 nor. 10, bp. TOES ‘BE — Boletim eceslistio da arguitiocot de Sto Pasla, até 1 ‘Gomes mesma raion, chums os Talos poisson °Sao" Pau, pars os anos 19608 © CALAZANS, Julieta, Le sydicat comme testrument tnxttationet s-paricipation Le cae tu WE du Breall emote preset tole Pratigue des Hautes tudes, Pars, 00, com Pestorah da terre (Estudos da CNEB 11), BA Pais, F — FERRARI, Alou. tprfa ¢ desenvotvimento, 0 Bfovimanto de ‘ate Pundagto José August, Nota 188. 1965, aio 20 — Patra claten do, ptcopad brs so (ie agao HE) Nolte de Nossa Senhora, Manifestaeto do po Pcie ego ln Pubes So ‘21 — ntrovista coleiva do carat Motta &imonen pulse vanpeito de Pastoral clean O feed retina agri ¢ os soso. sano 108 1946 1989 1950 stembro 1951 saneico 1952 suo 1955 gosto 1954 an wn Manifesto do episopado nacional: Direrizes re cig, Stone tn Dino “ius fen’ aed dare em relat 8 gr opera € hos problemas rer (0 padre Bugdnlo Sales eit, om Natal, 0 Ser- igo de Assstnela sal SAB (®) astra de B, tnoctni Engh | Gonzi Sa (CXBB) Pastoral claire do episcopado nacional: An ‘eon problomae ‘tacts’ A retorma, agrtia tem dentage especta BE) Is ts dioceses do BN (ata, Mogar6 Ca 25, rennam ar Somat Raa Tara, (CNBB) Reanifo dos arebisps, blspes ¢ preados da ymazdeia-” Deeiragio final” "Tyre © 2 eunito doe arcbispo, bpos e prelados do nid Se Hania” Dalles oa ore Aims aneaartreap a ome Sreiie nena ely Sat aobemetar Bink ia) SS mene ‘A Campanha, Nacional de Eaueagio Rural rea. 1h myunda tenia do exbcufores (A) ‘NaI Assembldia Orciniria da CNB. em Armed vant 8 suc Rejora 105, 1955 ube 1956 1959 1960 Janeteo mao sora malo 2 Junho ae 108 {Com apolo do cep, o Ministerio da Aerial {fe selln em Teg Pasoes Semana Ture Iisa de dlocee do Santa Mari. (A 16 agceblepos » Mspos participa de vétas reunion tlniese 00" Ministerio sage {tara Envicn roesager no prosidote Ca: fem nko apenas da prodcko,” TA 1 Encontro dot Bigpoa do Nordaste, em Cam ‘ite Granda, Declerapdo don Blapée do Nor deste (ENB) 1 Bagontro dos Bapos do Nord, em Ne Ig nino tint mo uct pac ioe Be eee Tess 1h no nn tet Sn tac Siac aerate RSE ine ate Qe mast oe a ak 9 al ee ah eee eens ha eu ao 2 Dns ee to 2S ae Tioesale eese d oat crane ce Eee ean gull Sr a2 oman {ormes de stuacto do comunlsmo", cite tam ios See eae Desf cen aE Pasnew genet ROTEL. 1961 Jasatro co o paula tex, importante pronaneamen {[erho Gorvlho Pinto, (BE® NBD) ‘"orietagdo dos Cirelos Opersion (©) 840 Paulo anscreve, por considera atl, a Pastoral coletiva ante probiemes tuts, ‘de Io, s porte quo trata a Telorma egrira “Artigo em 0 $49 Paulo, dp Pret Ceiso:“Lide ros Bars revaho grate ‘Teascrgio pelo O Séo Pound suns to. EETEEOARS 2 Bestia, “So pcopets {icho’ queso solldarca com 9 presunciane EENEce ipoe paultar sobre n reforma ages fia‘ ideutoro 1860) © Sto Paulo noticia & audteciaconcodida pe 2 nas — 23 Pu ap ccs ni ope atte “nares protiente eitver tore SEED aaah BARGE Spt “Se co ‘Pacbat ‘tema esse reunido tera SoS re Forma aprara 1 Congresto dos Teabatpadores Rurais do RN, ‘com apoio de Tete Cconyooudos pela CNBB, reinem-se os bispos ‘Se'Bacls "Rta Dose” No final do encore nngada ‘tr ecaragao. (CRI { ridloone de Olina 8 ecte cla Ser (Gretpo fam dos ers do SORPE. agosto ‘outro 1962 Janeiro 108 Bo ‘Mose seheercondeon a Lisns Campo. 1 fundoda 9 Frente Agrote Gadchs, pelos bis pot do norte do Parana: (A) © do Paulo informa que 0 spo do Presiden ‘raores, para ipedit a Teaiang to isn PRES EE tilrs Saah moe pe 1a doriarapho A toreja ¢ a stuapéo do meio {url orascro “a Comiassn Genital da CHD ‘omnia 9 trabalo de amdestaato rarah © soon fs aqho communists no melo Tur), (CNBB) ‘ese eat om Sto Pal ie, do ap Stine Se Porrancacs Jo, nko restr passe In’ perdade de quo @'pertador eu mirimen ezine Polo em od ops um Seah neee Bada Bante ee mea Sere crete ae = Reo ita ante E Sosor pn Tae © eet evga Mu Sou aloe cen ul ae Sm a seen leh, reat mats, {feu m tors Over de sho dpe at Sve coer ste Babe ti aa Tee at ht ier ome aE 1 Bncontro do Vigisle Rurals do Estado de ‘o'Fasloy oom a parca do St paseo 2 Sectarapio fa! tan da ator aati, ip rural eda tressidoge Ge pate ‘esis ‘uerarem na cmnigade em as 3h bat Aline Bieta) pels aia © aso (BS dadiotnicas WE) 2 A simnca mito pla Fri, SP) nea sou =D, Helder dectara "inovadoro corajso, eau Pile’ tos oitande uniatoraizme: ten HOSS Serene reionas « iaspirandose Sea" egn cison 0 antprosero do Be PO'B' at do Estria da torre. GE! 1 — Bin wiring losses niches so crndes 8 iim pariranto Ge, pips, soc rat ase ts ete St a Sn ai meats ps a ws tet pan _ ‘ns pmgne ae mma do rth rt 7 core Pea eae eee Se Hees meanest nas Sees etal rane St SERA i ent too Se ei feat opette fovereiro 1965 ast 50 — A Comissio Contral da CNB, através do men - {age aeia’e dsaproprigio por ioteresse Sa Cpe) sunho ‘Rom tre ata,» rita sen, dx Slog Contra Bug sos eum Nas elelgdes para 9 cratoria da CONTAG, os Svs opin gan Maren wana Shah. Nowerelaigoes io convocadas, (@) ahogese de Nata Mowimgnie de Natl en fam, SB ote Squadra pum Deoseo {i bestoral do agho comuniart” (A) Telizamae so oleigSes para a diretorin a ROMIAG'S Ge Gfeiaon grupos do Tgreie — Sin Soon 08 et 6 part as setembro exemoro 109

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