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Governança Corporativa

Existem muitas definições para o termo Governança Corporativa, mas nada melhor do
que buscar a definição de um órgão especializado no assunto, Assim, o Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) define a Governança Corporativa
como:“Um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os
acionistas e os cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e
Conselho Fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de
aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua
perenidade”.Em sua essência, a Governança Corporativa tem como principal objetivo
recuperar e garantir a confiabilidade em uma determinada empresa para os seus
acionistas. Criando um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de
monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre
alinhado com o interesse dos acionistas.
As principais características para se ter uma boa governança são:
1. Participação
2. Estado de direito
3. Transparência
4. Responsabilidade
5. Orientação por consenso
6. Igualdade e inclusividade
7. Efetividade e eficiência
8. Prestação de conta (accountability)

É importante destacar, também, as principais ferramentas utilizadas na Governança


Corporativa, que asseguram o controle da propriedade sobre a gestão, são elas: o
conselho de administração, a auditoria independente e o conselho fiscal. A boa
Governança Corporativa contribui para um desenvolvimento econômico sustentável,
proporcionando melhorias no desempenho das empresas, além de maior acesso a fontes
externas de capital. Por estes motivos, torna-se tão importante ter conselheiros
qualificados e sistemas de Governança Corporativa de qualidade. Evitando-se assim
diversos fracassos empresariais decorrentes de:
Abusos de poder – Do acionista controlador sobre minoritários, da diretoria sobre o
acionista e dos administradores sobre terceiros;
Erros estratégicos – Resultado de muito poder concentrado no executivo principal;
Fraudes – Uso de informação privilegiada em benefício próprio, atuação em conflito de
interesses.
Desta forma, se tornou notável que, nos últimos anos, a adoção das melhores práticas de
Governança Corporativa tem se expandido tanto nos mercados desenvolvidos quanto
em desenvolvimento. Disseminando as práticas e atraindo investimentos aos negócios e
aos países.
Gestão de Pessoas e governança coorporativa
Os motivos pelos quais os atuais modelos de governança corporativa não
contemplam as estratégias de gestão de pessoas estão tão relacionados ao profissional de
RH quanto à própria empresa. Não se trata de culpa deste ou daquele, mas sim dos anos
em que RH teve uma atuação mais humanística e menos voltada ao negócio, os
profissionais de RH têm de estar sempre atentos para que haja uma coerência entre a
orientação, a política e a filosofia dos grupos controladores e aquilo que é adotado
dentro da empresa. O Rh precisa olhar para o acionista também como seu público; tem
o papel de se aproximar do grupo de controladores e influenciá-lo no que se refere às
políticas de gestão de pessoas. No Brasil, a aproximação estratégica de RH com os
conselhos de administração ainda é incipiente porque os movimentos de governança
corporativa evoluíram muito mais rapidamente do que os processos de mudança, tanto
no mundo acadêmico, como nas estruturas organizacionais.
A governança corporativa se aplica a todos os tipos de empresas, mas é necessário
que o Rh a olhe sob a perspectiva da origem de cada uma seja ela estatal; multinacional
ou de perfil acionário; e familiar. No caso das estatais, a cada quatro anos o governo
pode mudar e haver alteração na orientação do controlador. Acabamos de passar por
uma mudança radical nesse sentido, quando o PT assumiu o poder no país. Por isso,
precisa se antecipar aos novos controladores, conhecer o que já é feito por eles e
compreender suas linhas filosóficas e estratégicas. Outros exemplos são as
multinacionais, cujas orientações vêm, em geral da matriz, e cabe ao RH saber quais são
elas e, se necessário, adaptá-las à realidade brasileira. Uma regra é aplicável a todas: os
controladores sempre querem retorno de investimento, e nem sempre por meio de
dividendos. Pode ser, por exemplo, por meio da imagem que se constrói junto à
comunidade e à sociedade. É necessário ter a compreensão dos interesses dos
acionistas, a preocupação com o bem-estar dos funcionários existe historicamente.
Novas questões surgem e são voltadas à responsabilidade social mais ampla, mas é
preciso também compreender as expectativas do acionista. Empresas não são entidades
filantrópicas nem ONGs, são organizações lucrativas, que têm de manter o alto grau de
capitalização e produtividade. Não estamos falando de um modelo de capitalismo
agressivo, mas sabemos que o socialismo, da forma como foi estabelecido, também não
trouxe resultados. Vale lembrar que, para colaborar nesse resultado, o rh tem que ter, no
mínimo, proximidade com a principal figura executiva da organização, pois é por meio
desse canal que conseguirá ter acesso a informações sobre o que pensam os acionistas.
Nesse sentido, as empresas familiares levam uma vantagem: a proximidade com a
estrutura de poder. Com isso, o Rh tem mais condições, de se aproximar dos
controladores e influenciá-los no que se refere às suas políticas estratégicas.

http://www.aberje.com.br/novo/acoes_artigos_mais.asp?id=166

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