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Culturas Anuais
Prof.ª Maria Flávia de Figueiredo Tavares
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof.ª Maria Flávia de Figueiredo Tavares
630
T231c Tavares, Maria Flávia de Figueiredo
Cadeia produtiva de culturas anuais / Tavares, Maria Flávia de
Figueiredo. Indaial: UNIASSELVI, 2018.
186 p. : il.
ISBN 978-85-515-0146-7
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, estamos iniciando o estudo da disciplina Cadeia
Produtiva de Culturas Anuais.
Esperamos que você utilize este material para conhecer com mais
detalhes as cadeias produtivas do agronegócio, e ao terminar, consiga
discutir sobre o tema com seus colegas. É importante que você analise de
maneira crítica estas cadeias produtivas, observando os seus pontos fortes e
propondo melhorias para que elas se tornem cada vez mais eficientes.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO.................................................1
VII
3.1 SEQUESTRO DE CARBONO ......................................................................................................66
3.1.1 Mudanças Climáticas............................................................................................................67
3.2 SISTEMA DE PLANTIO DIRETO (SPD).....................................................................................69
3.2.1 Definição do Sistema Plantio Direto (SPD)........................................................................69
3.2.2 Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)....................................................................70
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................75
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................76
VIII
3 URBAN FARM......................................................................................................................................134
4 TECNOLOGIA BLOCKCHAIN.........................................................................................................138
4.1 ACOMPANHAMENTO E RASTREAMENTO EM CADEIAS DE VALOR...........................139
5 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO.......................................................................................140
6 BIOENERGIA.......................................................................................................................................143
6.1 ETANOL E AÇÚCAR DE BETERRABA.....................................................................................144
6.2 ETANOL DE MILHO.....................................................................................................................146
7 SUSTENTABILIDADE E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS....................................................148
7.1 TRIPLE BOTTOM LINE (TBL).......................................................................................................148
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................149
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................150
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................151
IX
X
UNIDADE 1
CADEIAS PRODUTIVAS DO
AGRONEGÓCIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
RELEVÂNCIA DO AGRONEGÓCIO
1 INTRODUÇÃO
O conteúdo abordado será sobre a relevância do agronegócio brasileiro,
pois o país é um grande produtor e exportador de commodities agrícolas, como
soja, suco de laranja, milho etc. O agronegócio gera empregos diretos e indiretos,
gera renda para muitas famílias, melhorando a sua qualidade de vida.
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TÓPICO 1 | RELEVÂNCIA DO AGRONEGÓCIO
Número de Uso da
Região Culturas Perfil
produtores tecnologia
Centro- Algodão, Grandes
Alta
Oeste e 25.000 soja e cana- produtores e
tecnologia
MATOPIBA de-açúcar tradings
Pequenos e mêdios
Cana, cafe, produtores, grandes
milho, usinas de açúcar e Tradicional e
Sudeste 250.000
horticulturas álcool e indústria empresarial
e vegetais processadora de
suco de larania
Tradicionais
Soja, milho,
Sul 600.000 Pequenos e mêdios e
arroz e trigo
profissionais
FONTE: Disponível em: <http://www2.espm.br/sites/default/files/marini.pdf>. Acesso em: 21 fev. 2018.
5
UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
3 DEFINIÇÕES DE AGRONEGÓCIO
Entre as escolas e filiações teóricas que tratam do estudo do agronegócio
destacam-se as duas mais difundidas: a escola francesa das Cadeias de Produção
Agroindustrial (CPA) e a escola norte-americana dos Sistemas Agroindustriais
(SAG). O conceito das duas escolas teve origem no final dos anos 1950, início dos
anos 1960, e entre os principais teóricos estão Davis e Goldberg, Montigaud e
Labonne (ZYLBERSZTAJN; NEVES, 2000; BATALHA, 1997).
6
TÓPICO 1 | RELEVÂNCIA DO AGRONEGÓCIO
7
UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
8
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O Brasil tem uma grande extensão de terras, logo, o perfil de produção muda
de uma região para outra.
• De acordo com a FAO (2015), até 2050 a população crescerá de 7 bilhões para 9
bilhões de habitantes e o volume produzido de alimentos, ração e fibras deverá
dobrar.
• O conceito das duas escolas teve origem no final dos anos 1950 e início dos
anos 1960.
9
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Em uma cadeia produtiva, cada elo não deve se preocupar com o outro,
só deve se preocupar com que acontece na sua cultura produzida e
esquecer as demais.
b) ( ) A demanda do consumidor não interfere em nada no produto que for
produzido da cadeia produtiva.
c) ( ) Os sistemas agroindustriais não precisam ter redes de relacionamento,
cada agente é independente em suas decisões, não influenciam em
nada o mercado.
d) ( ) Uma visão sistêmica é a somatória de ações desempenhadas pelos
agentes, monitorados pelo governo e sob a pressão exercida pelos
consumidores, que vai garantir o pleno atendimento das suas
necessidades.
e) ( ) A indústria produtora de insumos agrícolas não precisa se preocupar
com que o produtor rural necessita, as suas decisões são independentes.
10
3 Com relação às escolas e filiações teóricas que tratam do estudo do
agronegócio destacam-se as duas mais difundidas: a escola francesa das
Cadeias de Produção Agroindustrial (CPA) e a escola norte-americana dos
Sistemas Agroindustriais (SAG). É correto afirmar que:
11
12
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, o agronegócio será analisado com um aprofundamento
maior. Aprenderemos sobre as principais cadeias produtivas brasileiras e suas
perspectivas futuras. Será apresentado um panorama geral do agronegócio no
Brasil com base nas principais cadeias produtivas de algodão, de arroz, de café,
de milho e de soja, bem como o diagnóstico, as perspectivas futuras e a agregação
de valor.
Para que seja feita essa análise, definiremos alguns pontos, como a
delimitação geográfica, buscando identificar a existência de diferenças regionais
ou nacionais; a importância nacional e mundial; e a agregação de valor.
13
UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
Segundo a ABRAPA (2017), nas últimas três safras, com volume médio
próximo de 1,7 milhão de toneladas de pluma, o país se coloca entre os cinco
maiores produtores mundiais, ao lado de países como China, Índia, EUA e
Paquistão. Na tentativa de melhor explicar, observe a representação que segue:
14
TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
Muitos países começam o dia com um café da manhã de arroz, como congee,
na China, e mingau de arroz, no Japão. Uma das formas mais populares de arroz
é consumida como cereais matinais, que combinados com leite proporcionam
um início nutritivo no dia – proteína, fibra e carboidratos são enriquecidos com
vitaminas e minerais (THE RICE ASSOCIATION, 2017).
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
16
TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
NOTA
VARIEDADES DE ARROZ
Existem mais de 40 mil variedades de arroz cultivado, mas o número exato é incerto.
Cerca de 90.000 amostras de arroz cultivado e espécies selvagens são armazenadas
no International Rice Gene Bank e são usadas por pesquisadores de todo o mundo. As
variedades de arroz podem ser divididas em 2 grupos básicos: grãos longos e especialidades.
Grãos longos: os grãos longos de uso geral são importados principalmente dos EUA,
Itália, Espanha, Suriname, Guiana e Tailândia, e podem ser usados para
todos os estilos de
culinária. O arroz de grão longo é um grão fino que é 4-5 vezes maior que o largo. Quando
é colhido, é conhecido como arroz "áspero" e sofre diferentes técnicas de moagem para
dar diferentes tipos de arroz.
Grão de arroz longo e marrom (grão inteiro): o arroz integral sofre apenas uma moagem
mínima que remove a casca, mas mantém a camada de farelo. Devido a isso, o arroz retém
mais teor de vitaminas, minerais e fibra do que o arroz branco regular ou fácil. Os grãos
permanecem separados quando cozidos, como o branco de grão longo, mas demoram
mais para suavizar.
ESPECIALIDADE
Estes incluem o arroz aromático, risoto, glutinoso e pudim, que são particularmente
adequados para cozinhas étnicas. São geralmente cultivados, cozidos e comidos no
mesmo local. Muitas variedades de arroz têm sido fundamentais para a sobrevivência da
região geográfica.
17
UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
quando cozidos. Nas receitas indianas, muitas vezes é cozido com especiarias para
melhorar as propriedades aromáticas do grão. O arroz basmati castanho tem um teor de
fibras mais elevado e um aroma ainda mais forte que o branco basmati.
Arroz jasmine: é outro arroz aromático, embora seu sabor seja um pouco menos
pronunciado do que o basmati. Ele é originário da Tailândia e difere de outros grãos de
grãos longos, na medida em que tem uma textura macia e ligeiramente pegajosa quando
cozida. É usado em receitas da cozinha asiática.
Arroz japônica: grão curto e médio, cultivado principalmente na Califórnia. Ele possui
uma variedade de cores, incluindo vermelho, marrom e preto, sendo usado em cozinhas
japonesas e caribenhas devido a sua característica úmida e firme quando cozida.
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TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
O café robusta conilon tem a sua origem na África Central e pode ser
produzido em altitudes que variam entre o nível do mar e 600 metros, sendo
utilizado na fabricação de café solúvel. Esta variedade tem uma grande aceitação
na Europa e nos Estados Unidos, pois é utilizado para fazer o blend (mistura) com
a variedade arábica.
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
20
TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
A projeção feita pelo MAPA (2013) para o café (Figura 15), nos revela que
deverá ocorrer um aumento da produção em 2023, que elevará 10,9% em relação
ao ano 2013. Estima-se que serão exportadas em 2023, cerca de 27 milhões de
sacas de 60 kg. Sendo esse um acréscimo de 28,6% em relação às exportações
de 2013. A previsão do MAPA é que o país continue como o maior produtor
mundial e principal exportador, e também mantenha os compradores habituais e
os parceiros, estimados em mais de 100 mercados (MAPA, 2013).
21
UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
O consumo está estimado para crescer 28,6% até 2023, mas de acordo com
a ABIC (2017), este cenário começou a mudar, tendo uma pequena diminuição
de 1,2% em 2013, em comparação com 2012, pois a bebida passou a disputar a
preferência com os produtos prontos, como sucos e achocolatados.
22
TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
25
UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
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TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
28
TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
Um exemplo de como é possível agregar valor foi dado por Henry Ford,
em 1933, ao desenvolver nos Estados Unidos o primeiro produto construído à base
de soja: um painel de carro feito de plástico. Desde essa época, novas tecnologias
que incluem o grão foram descobertas.
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TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
NOTA
O sucesso para os agricultores de soja no mercado de hoje leva mais do que apenas
uma boa colheita. O aumento da demanda por soja é uma parte essencial da equação.
O check-out da soja ajuda a facilitar o crescimento e a criação do mercado mediante o
financiamento e a direção de programas de marketing, pesquisa e comercialização. Ao
conquistar demanda em casa e no exterior, o checkoff da soja ajuda a garantir um futuro
forte e lucrativo para os produtores de soja dos EUA.
O Conselho de Soja Unido (USB) é exigido pela legislação federal para fornecer aos
produtores de soja um relatório de retorno sobre investimento (ROI) a cada cinco anos. O
relatório avalia o ROI para os produtores de soja que contribuem para promoção, pesquisa
e informação através do programa de seleção de soja.
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
• Plásticos
• Indústria de alimentos
Outro uso da soja vem sendo testado nos Estados Unidos: High oleic (uma
solução inovadora para padeiros e fritadeiras de grande volume).
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
O alto oleico nunca pode entrar nas cozinhas domésticas, ele está presente
na indústria de panificação, restaurantes e empresas de alimentos, que estão
descobrindo que é a solução que eles precisavam.
Antes que muitos façam a mudança, no entanto, eles querem ter certeza
de que haverá um suprimento para satisfazer a sua demanda. A indústria da soja
precisa provar seu compromisso com seus usuários finais e continuar aumentando
a produção de soja com alto teor de oleicos.
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
34
TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
2 CONSUMO
3 COMERCIALIZAÇÃO
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
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TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
A compra por impulso era quase inevitável, sendo assim, Alexandre começou
a criar seus primeiros canais de distribuição. Para a manutenção e expansão de sua
clientela na venda direta, ele buscou alternativas como amostras deixadas nas casas,
acompanhadas de catálogos e uma cartinha apresentando seu produto.
7 ANÁLISE DA EMPRESA
Público-alvo
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
Porém, o lançamento de novas linhas com produtos mais sofisticados pode vir a
gerar apelos mais direcionados para a classe A e B. Nesta concepção de público-
alvo, temos hoje o consumo distribuído por hábitos de compra nas seguintes
categorias:
• Dia a Dia: sendo este o consumo mais frequente dos produtos Cacau Show,
diários ou, ao menos, rotineiros.
• Presentes: são as compras realizadas com o propósito de presentear alguém
ou a si mesmo, em função de situações especiais quando comparadas ao
cotidiano.
8 IDENTIDADE DA MARCA
9 POSICIONAMENTO DE MARCA
Pontos de Paridade:
Pontos de Diferença:
10 IMAGEM
Pode-se dizer que o público recebe a Cacau Show como ofertas acessíveis
de chocolates que conservam qualidade e ainda assim apresentam novidades de
produtos. Esta percepção pode ser confirmada pela grande expansão que a rede
teve de suas lojas franqueadas nos últimos anos.
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TÓPICO 2 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É notório o processo evolutivo da Cacau Show, uma empresa que teve sua
origem com uma fábrica familiar no bairro da Casa Verde, em São Paulo, e hoje é
distribuída intensamente pelo Brasil inteiro.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A agregação de valor pode ser feita em todas as commodities, como milho, soja,
carnes e algodão, mas para isso são necessárias pesquisas, recursos financeiros
e parcerias público-privadas focadas nesse objetivo.
40
AUTOATIVIDADE
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42
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, o agronegócio será analisado com um aprofundamento
maior na área de produtos animais. Analisaremos as principais cadeias produtivas
brasileiras e suas perspectivas futuras. Será apresentado um panorama geral do
agronegócio no Brasil com base nas principais cadeias produtivas de bovino,
suíno e frango, bem como o diagnóstico, as perspectivas futuras e a agregação
de valor.
Para que seja feita essa análise, definiremos alguns pontos, como a
delimitação geográfica, buscando identificar a existência de diferenças regionais
ou nacionais; a importância nacional e mundial; e a agregação de valor.
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
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TÓPICO 3 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
NOTA
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
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TÓPICO 3 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
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TÓPICO 3 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
Em 2016, o consumo per capita de carne suína no Brasil foi de 14,4 kg/
ano, que é um valor ainda baixo em relação aos outros países, como Hong Kong,
que tem um consumo de 66,50 por pessoa. A figura a seguir mostra o consumo
brasileiro per capita de carne suína, no período de 2007 a 2016:
50
TÓPICO 3 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
51
UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
NOTA
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TÓPICO 3 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
53
UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
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TÓPICO 3 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
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UNIDADE 1 | CADEIAS PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO
O Brasil tem exportado carnes para vários países, em 2012 a carne bovina
foi destinada a 142 mercados, sendo a Rússia o principal. De acordo com a ABPA
(2017), a carne de frango foi destinada a 152 países, sendo a Arábia Saudita o
principal comprador, e a carne suína teve 75 países de destino, tendo como
principal a Rússia.
56
TÓPICO 3 | CENÁRIO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
NOTA
Você sabia?
CONSUMO DE CARNE
Arábia Saudita: as carnes resfriadas são o único tipo de alimento resfriado na Arábia
Saudita, e o consumo de carne vermelha faz parte da dieta diária da população. A
mortadela é o tipo de carne processada oferecida no país e tem vários tipos de sabores e
temperos. Empresas nacionais lideram as vendas no mercado doméstico de carnes, pois
há poucas empresas estrangeiras que abatem os animais dentro das práticas islâmicas.
China: diversas empresas chinesas têm se esforçado para posicionar os seus produtos
como sendo saudáveis; são consumidos os produtos tradicionais derivados de carne
para enlatados e conservas, salsichas em estilo ocidental também são consumidas;
e novos produtos, como salsicha de abóbora. Entre as carnes vermelhas estão as de
carneiro, bifes e almôndegas, e o tipo de carne mais consumida na China é a de aves,
que também responde pela maior parte das carnes orgânicas comercializadas. A carne
de porco também é bastante consumida, mas teve retração das vendas em 2008, devido
ao alto preço.
Estados Unidos: desde a crise econômica, os americanos têm preferido comer em casa
ao invés de jantar fora e optam por alimentos em conserva ou enlatados por serem fontes
de proteínas mais baratas, entre as carnes resfriadas as mais vendidas são as salsichas.
Produtos de carne vermelha mais consumidos: hambúrgueres, steaks e as almôndegas.
Aves: há um aumento da demanda por carnes mais magras, como a de frango, peru ou
opções mais magras de carne bovina. Tendência de crescimento da linha de produtos
saudáveis e orgânicos.
57
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A agregação de valor pode ser feita em todas as commodities, como carnes, mas
para isso são necessárias pesquisas, recursos financeiros e parcerias público-
privadas focadas nesse objetivo.
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AUTOATIVIDADE
59
60
UNIDADE 2
SUSTENTABILIDADE NO
AGRONEGÓCIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
61
62
UNIDADE 2
TÓPICO 1
MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
1 INTRODUÇÃO
Nesta unidade, estudaremos o conceito de sustentabilidade, que é
baseado no conceito de preservação do meio ambiente para as gerações futuras,
considerando também o aspecto social e econômico do local em que vivem. Após
esta contextualização, será abordado o tema da agricultura sustentável, trazendo
a discussão para o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta e plantio
direto. Abordaremos o conceito de orgânicos, comércio justo e o comportamento
dos consumidores de produtos saudáveis, ou seja, aspectos ligados ao mercado e
o que acontece depois que o produto sai da propriedade rural.
Desejamos que você utilize este material para conhecer com mais detalhes
a agricultura sustentável, assim como o mercado de produtos éticos e os produtos
que possuem certificação fair trade.
64
TÓPICO 1 | MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
3 AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
Estamos vivendo em uma época em que os recursos naturais estão
escassos, e esses recursos não renováveis (como água e solo) são cada vez mais
demandados, não podem ser repostos. No caso da água potável, ela se tornará
65
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
escassa a médio prazo. Dentre os motivos que estão causando esta escassez está
o desmatamento, o assoreamento dos rios e a poluição das águas causada pelo
ser humano.
ATENCAO
Uma questão sobre a qual precisamos refletir é a manutenção dos seres vivos
na Terra. Como faremos para viver, produzir alimentos e energia, se não tivermos mais água
e solo fértil?
66
TÓPICO 1 | MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
responsáveis por cerca de 55% do total das emissões mundiais. Estima-se que este
gás permanece na atmosfera por um período longo, de 50 a 200 anos.
As análises apontam que nos próximos 20-30 anos, sistemas como o mar
do Ártico estarão ameaçados pelo aumento da temperatura em 2 graus Celsius,
prejudicando o ecossistema dos corais deste mar e dos outros existentes na
Terra. Um ponto muito debatido na reunião refere-se à insegurança alimentar, e
67
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
algumas previsões indicam perdas que chegam a 25% em diversas culturas, como
milho, arroz e trigo, até 2050 (IPCC, 2015).
FONTE: BBC (2014). Disponível em: <https://goo.gl/3RvnWZ>. Acesso em: 6 mar. 2018.
NOTA
68
TÓPICO 1 | MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
As avaliações do IPCC fornecem uma base científica para que os governos de todos os
níveis desenvolvam políticas climáticas e compreendam as negociações na Conferência
das Nações Unidas sobre o Clima (UNFCCC). As avaliações são relevantes para as políticas,
mas não são normativas:
UNI
69
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
Diz ainda que, nesse sistema, o solo é coberto por plantas em desenvolvimento e
restos vegetais, com o objetivo de proteger o solo do impacto direto da água da
chuva, evitando o escorrimento superficial da água e a erosão.
71
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
ATENCAO
A partir do que você estudou até agora sobre o tema, você deve estar se
questionando: Qual seria o melhor sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta?
O melhor sistema seria o que melhor se adaptar à realidade da sua propriedade rural e
aquele que tivesse uma maior viabilidade econômica, sem se esquecer dos indicadores
sociais e do meio ambiente.
72
TÓPICO 1 | MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
UNI
Este projeto foi realizado em conjunto com a Universitat Jaume I de Castellon, Universidade
Autônoma de Barcelona e Instituto de Pesquisa e Tecnologia Agroalimentar (IRTA) do
Governo da Catalunha. O objetivo é economizar cerca de 800 milhões de litros de água
73
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
nos próximos dois anos, com aplicação em aproximadamente 750 hectares na Região de
Valência e na Província de Tarragona, com mais de 50 produtores envolvidos.
Além disso, de acordo com o Guia Fanta, o uso correto de fertilizantes reduz as emissões
de pegada de carbono em 23%, e ao reduzir o consumo de água para irrigação também
serão reduzidos os custos de produção em 8,8 euros por tonelada de cítricos. De acordo
com a Coca-Cola, "até agora, durante os primeiros quatro meses, o projeto permitiu
economizar mais de 58 milhões de litros de água, e de acordo com as previsões, um
total de 344 milhões de litros poderiam ser economizados em todo o ano, o que é uma
economia de cerca de 11%”.
Este projeto faz parte do compromisso da Coca-Cola de tratar 100% da água contida
em suas bebidas e devolvê-las para a natureza. Desse modo, em 2015, cinco anos antes
do cronograma, a empresa alcançou esse objetivo globalmente, tornando-se a primeira
empresa na lista da Fortune a alcançar um objetivo de reabastecimento de água tão
relevante. Na Espanha, a Coca-Cola conseguiu devolver mais de 3.000 milhões de litros
à natureza em 2016, e este valor representa 95% da água contida em seus produtos na
Espanha e em Portugal.
74
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
75
AUTOATIVIDADE
76
UNIDADE 2 TÓPICO 2
AGRONEGÓCIO SUSTENTÁVEL
1 INTRODUÇÃO
O conteúdo apresentado neste tópico abordará a questão da agregação
de valor por meio das certificações, como os orgânicos, que estão sendo cada vez
mais cultivados pelos agricultores familiares e cooperativas e fazendo parte do
nosso dia a dia. Também será mostrado o perfil dos consumidores de produtos
orgânicos, que geralmente são pessoas mais jovens, e buscam consumir produtos
aliados à sustentabilidade e ao sabor, gerando renda para comunidades de
agricultores familiares.
DICAS
• Bolsa de Londres – Liffe: produtos negociados, por exemplo, café robusta, cacau,
açúcar e trigo. Disponível em: <https://www.euronext.com/en>.
• Bolsa de Chicago – CBOT: hoje pertence ao CME Group, principal fonte de preço de
soja, milho e trigo para o mundo. Disponível em: <http://www.cmegroup.com/>.
77
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
Será que o Brasil não deveria investir mais na agregação de valor, buscar
nichos de mercado, com produtos certificados como orgânicos e fair trade?
NOTA
consumo de produtos verdes não é apenas uma ‘onda’ passageira, esse tipo de
consumo representa uma mistura de orientação de compra com valores sociais”
(TAVARES, 2009, p. 14).
79
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
80
TÓPICO 2 | AGRONEGÓCIO SUSTENTÁVEL
81
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
AUTOATIVIDADE
83
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
84
TÓPICO 2 | AGRONEGÓCIO SUSTENTÁVEL
O que mais se destaca nesse grupo é a busca por alimentos que podem
trazer algum benefício à saúde, desse modo buscam selos de qualidade e outras
informações sobre a origem dos alimentos. Esse tipo de consumidor procura a
qualidade de vida e pensa de uma maneira sistêmica, que inclui a sociedade e o
meio ambiente, mas o desejo de prevenir doenças é um dos principais motivos
para que os consumidores valorizem uma alimentação mais saudável.
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
Ecocitrus
História da Cooperativa
87
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
88
TÓPICO 2 | AGRONEGÓCIO SUSTENTÁVEL
outra empresa no Brasil com informações sobre como proceder para montar
um depósito para compostagem. Então, com a orientação do órgão ambiental,
fizeram todo o registro como aterro sanitário.
89
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
Óleos essenciais
Mais uma vez um produto entra na linha da Ecocitrus para agregar valor
e evitar a perda de rentabilidade, pois o óleo essencial de mandarina é extraído
da fruta verde. Essa frutinha sai do pomar durante o raleio, que é a prática
utilizada na citricultura para melhorar a produtividade e que consiste na retirada
de até 60% dos frutos de um pé, para que as frutas que ficarem sejam maiores e
mais saudáveis. Essa grande carga de frutas verdes que saía dos pomares dos
associados era vendida para empresas da região por um valor bem baixo. Afinal,
o descarte das bergamotinhas era um problema.
• sensorialidade e prazer;
• saudabilidade e bem-estar;
• conveniência e praticidade;
• confiabilidade e qualidade;
• sustentabilidade e ética.
90
TÓPICO 2 | AGRONEGÓCIO SUSTENTÁVEL
91
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
92
AUTOATIVIDADE
93
94
UNIDADE 2
TÓPICO 3
CERTIFICAÇÃO COMO
AGREGAÇÃO DE VALOR
1 INTRODUÇÃO
Está ocorrendo um aumento do número de produtos agrícolas e florestais
certificados, e isto se dá devido à importância atual dada aos critérios de
sustentabilidade pelos consumidores. Desse modo, as empresas brasileiras estão
cada vez mais preocupadas em atender a essa nova “necessidade” do consumidor,
e muitas já percebem que a responsabilidade socioambiental pode diferenciá-las
da concorrência, agregando valor aos seus produtos.
NOTA
A área florestal global certificada com os Princípios e Critérios do FSC está crescendo
em todo o mundo, acompanhado por um forte crescimento na cadeia de produtos
certificados.
96
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÃO COMO AGREGAÇÃO DE VALOR
97
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
• O mel é, muitas vezes, apenas uma fonte de renda para os apicultores fair trade.
Cultivam também outros produtos agrícolas, cujas culturas são polinizadas
pelas abelhas.
• Em 2013-2014, os apicultores fair trade conseguiram vender cerca de 3.000
toneladas de mel.
• Os apicultores fair trade receberam cerca de € 354,400 em pagamentos do Fair
Trade Premium.
• Os países da América Latina fornecem a maior parte do mel certificado pela
fair trade.
• O mel certificado pela fair trade pode ser distinguido de acordo com o método
de cultivo (orgânico ou convencional) e qualidade (A e B). O último depende
da água do mel e do conteúdo hidroximetilfural (HMF). Quanto mais baixas
as duas, maior a qualidade do mel é considerada.
100
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÃO COMO AGREGAÇÃO DE VALOR
Dentre os produtos fair trade da marca, está o sorvete Chunky Monkey, que
utiliza bananas fornecidas pela El Guabo, cooperativa de cerca de 300 produtores
rurais localizada no Equador.
101
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
NOTA
Sorvetes Ben & Jerry’s utilizam ingredientes com certificação fair trade
A empresa utiliza cinco ingredientes com certificação Fairtrade, sendo que em 2015
pagou US$ 1.895.778 em bônus sociais para nossos pequenos agricultores e cooperativas
agrícolas espalhadas pelo mundo:
AÇÚCAR
US$ 1.221.687 em bônus Fair trade
O açúcar Fairtrade é originário de pequenos agricultores, incluindo os que fazem parte da
Associação de Produtores de Açúcar de Belize.
CACAU
US$ 510.153 em bônus Fair trade
A empresa compra cacau de produtores de cacau da Costa do Marfim, que produz cerca
de 40% de todo o cacau do mundo (apesar da maior parte do cultivo não seguir os
princípios do comércio justo).
BAUNILHA
US$ 98.235 em bônus Fair trade
Uma grande parte da baunilha produzida no mundo vem de Madagascar, mas os
agricultores possuem uma renda muito baixa os preços Fairtrade contribuem para gerar
renda para estes pequenos agricultores de Madagascar e também de Uganda.
102
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÃO COMO AGREGAÇÃO DE VALOR
CAFÉ
US$ 51.124 em bônus Fair trade
A Huatusco Coffee Cooperative, do México, fornece boa parte do café Fairtrade da Ben
& Jerry’s e desde 2010 a empresa compra mais de 130 toneladas do café da cooperativa,
formada por 1.465 agricultores.
Bananas
US$ 14.580 em bônus Fair trade
Em 2014, a empresa adquiriu mais de cinquenta toneladas de bananas fair trade da El
Guabo Cooperative, localizada na província de El Oro, no Equador, e formada por 154
agricultores.
103
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
LEITURA COMPLEMENTAR 1
Este trabalho foi escrito em 2009 com dados coletados na visita à Comunidade
São Francisco do Iratapuru.
Resumo
Introdução
104
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÃO COMO AGREGAÇÃO DE VALOR
105
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
Comaru
106
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÃO COMO AGREGAÇÃO DE VALOR
Rio Iratapuru e do Rio Jari, onde buscam comercializar seus produtos extraídos
da floresta.
107
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
LEITURA COMPLEMENTAR 2
A Pós-Coco é uma empresa que atua na reciclagem de coco verde e que busca agregar
valor desenvolvendo produtos sustentáveis, e ao atuar no reaproveitamento de
resíduos sólidos, pretende contribuir na questão do problema do lixo na cidade
de São Paulo. O reaproveitamento de resíduos sólidos originados dos diferentes
processos industriais vem recebendo mais atenção nos últimos anos, sendo que
estes resíduos envolvem significativas quantidades de materiais, que são fontes
de matéria-prima orgânica e que podem ser reaproveitadas e utilizadas na
fabricação de outros produtos. A seguir será mostrado um panorama da cadeia
produtiva do coco verde e depois o histórico da empresa Pós-Coco, objeto de
estudo deste trabalho.
108
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÃO COMO AGREGAÇÃO DE VALOR
Introdução
Visão sistêmica
O SAG do coco verde é apresentado abaixo, sendo que se inicia com o setor
dos fornecedores de insumos, em que fazem parte os fornecedores de sementes
de coco, de calcário, de adubos, defensivos agrícolas, fertilizantes, máquinas
agrícolas etc. Os agricultores representados no elo seguinte são os responsáveis
pela produção agrícola e são muito importantes no sistema como um todo.
109
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
110
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÃO COMO AGREGAÇÃO DE VALOR
Reutilização de Resíduos
Problemas e Benefícios
O coco verde, por ser um material ecológico e reciclável, pode ser utilizado
na fabricação de vários produtos, sendo que possui como principais componentes
a celulose e o lenho, que proporcionam altos índices de dureza e rigidez. Estas
suas propriedades contribuem para que ele seja utilizado como revestimento
térmico e acústico, como combustível para caldeiras, na confecção de tapetes,
capachos etc. A seguir, são apresentados outros usos para o resíduo de coco verde
(vide Figura 3) e que resultam em produtos com um maior valor agregado.
111
UNIDADE 2 | SUSTENTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO
Automotivo Fibra, Pó e
13% Substrato
37%
Jardinagem
37% Agricultura
6%
A empresa Pós-Coco
Produtos
112
TÓPICO 3 | CERTIFICAÇÃO COMO AGREGAÇÃO DE VALOR
113
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você estudou que:
• A certificação fair trade assegura aos seus consumidores que foi pago um
preço justo e um prêmio social que contribui para aumentar o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) da região que produz a mercadoria.
114
AUTOATIVIDADE
2 Com relação à certificação fair trade e comércio solidário, é correto afirmar que:
115
116
UNIDADE 3
DESAFIOS DO
AGRONEGÓCIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
117
118
UNIDADE 3
TÓPICO 1
DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO:
FATORES SOCIAIS E ECONÔMICOS
1 INTRODUÇÃO
O agronegócio está em constante transformação, por isso muitas
tecnologias vêm surgindo e outras vão ficando para trás. Os pesquisadores se
dedicam a estudar quais serão as tendências no futuro, qual será o cenário daqui
a 10 ou 30 anos.
• crescimento da população;
• crescimento da urbanização;
• crescimento e melhoria da distribuição da renda;
• mudanças no padrão de consumo;
• volatilidade dos preços;
• bioenergia;
• sustentabilidade e segurança dos alimentos;
• biotecnologia.
2 CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
A Organização das Nações Unidas divulgou no documento 2014
Revision of World Urbanization Prospects (Revisão das Perspectivas de
Urbanização Mundial de 2014), que até o ano de 2050 a população crescerá de 7
bilhões para 9 bilhões de habitantes. Para atender a este aumento da população,
a ONU fez uma previsão de aumento de 70% na produção de alimentos e ração
para animais, mas também será necessário aumentar a produção de fibras para a
produção de roupas (ONU, 2014).
DICAS
120
TÓPICO 1 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO: FATORES SOCIAIS E ECONÔMICOS
Chile (3,08%), Japão (2,86%), Argentina (2,7%), Indonésia (2,62%), Estados Unidos
(1,93%) e México (1,46%) (EUROCHOICE, 2017).
121
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
8%
7%
6%
5%
4%
3% Brazil
2% China
India
1%
Russia
0%
2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050
NOTA
Você sabia?
BRICs
Origem do nome
Buscava apresentar a ideia de novos fundamentos-bricks (tijolos) da futura economia
mundial em meados do século XXI.
123
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
4 URBANIZAÇÃO ACELERADA
De acordo com a ONU, metade da população mundial (3,5 bilhões de
pessoas) vive nas cidades, e estima-se que ocorra um aumento para 66% em
2050. Cerca de 828 milhões de pessoas vivem em favelas e o número continua
aumentando. Segundo as estimativas, a urbanização associada ao crescimento
124
TÓPICO 1 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO: FATORES SOCIAIS E ECONÔMICOS
NOTA
As cidades podem melhorar a distribuição de energia ou de otimizar sua eficiência por meio
da redução do consumo e adoção de sistemas energéticos verdes. Por exemplo, a cidade
de Rizhao, na China, transformou-se em uma cidade abastecida por energia solar. Em seus
distritos centrais, 99% das famílias já usam aquecedores de água com energia solar.
125
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
126
TÓPICO 1 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO: FATORES SOCIAIS E ECONÔMICOS
127
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
128
RESUMO DO TÓPICO 1
129
AUTOATIVIDADE
130
3 Com relação à volatilidade dos preços agrícolas, assinale a alternativa
CORRETA:
131
132
UNIDADE 3
TÓPICO 2
DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO
MUNDIAL: FATORES RELACIONADOS À
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Segundo Nolan (2016), para alimentar uma população mundial de 8,3
milhões de pessoas, serão necessários 50% mais energia, 40% mais água e 35%
mais alimentos. Para resolver este dilema causado pela escassez de recursos, é
necessário muito investimento em tecnologias agrícolas, que deverão produzir
mais com menos recursos.
2 BIOTECNOLOGIA
Quando se fala em tecnologia, não podemos deixar de abordar a questão
da inovação, pois inovação e conhecimento são fatores fundamentais para que
ocorra uma agricultura competitiva e sustentável.
133
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
3 URBAN FARM
A urbanização vai acelerar o crescimento da agricultura nas cidades (urban
farm), mas também precisa melhorar os sistemas de distribuição de alimentos. Este
novo sistema de produção necessitará de um número menor de trabalhadores, e
estas fazendas verticais utilizarão 95% menos água e produzirá 75 vezes mais que
o modelo tradicional de produção.
A seguir é mostrado um projeto em New Jersey que terá uma área de 6500
m², 9 metros de altura e produzirá, por ano, 900 toneladas de alface, rúcula, couve
e outras verduras:
DICAS
134
TÓPICO 2 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL: FATORES RELACIONADOS À INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
135
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
136
TÓPICO 2 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL: FATORES RELACIONADOS À INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
137
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
4 TECNOLOGIA BLOCKCHAIN
A inovação tecnológica trouxe mais uma tecnologia que está sendo
utilizada nos agronegócios, denominada blockchain.
Em cada transação que for validada por meio de uma rede de cadeias de
blocos ocorre a verificação, feita por um grande número de participantes que
realizam a validação. Se a transação estiver incorreta, de acordo com a maioria
dos participantes da rede de validação, ela é descartada da rede e desaparece
(WAGENINGEN ENVIRONMENTAL & RESEARCH, 2018, s.p.).
138
TÓPICO 2 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL: FATORES RELACIONADOS À INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Esta tecnologia também pode ser utilizada pelos consumidores para que
eles realmente possam ver e verificar de onde é e como foi produzido o produto
(WAGENINGEN ENVIRONMENTAL & RESEARCH, 2018, s.p.).
139
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
5 EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
A seguir, veremos uma definição de empreendedorismo e inovação, pois
as empresas que estão entrando no agronegócio possuem um produto altamente
inovador e conseguiram criar posições competitivas que trarão lucros. A empresa
que investiu, e saiu na frente no mercado, conseguiu ter espaço em um segmento
que as empresas ignoravam ou não conseguiam explorar.
140
TÓPICO 2 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL: FATORES RELACIONADOS À INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
2,5%
Innovators
Early
Adopters Early Majority Late Majority Laggards
13,5% 34% 34% 16%
142
TÓPICO 2 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL: FATORES RELACIONADOS À INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
6 BIOENERGIA
O tema biocombustível tornou-se mais relevante no século XXI, e se
considerarmos um contexto de desenvolvimento sustentável, ele está relacionado
à produção de biocombustíveis que não causam danos ao meio ambiente, à
geração de postos de trabalho e ao desenvolvimento tecnológico.
143
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
144
TÓPICO 2 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL: FATORES RELACIONADOS À INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
BETERRABA
Polpas Difusão
Espumas Depuração
Evaporação Água
Vinhaça
Vinhaça
Biogás Metanação
Cristalização Centrifugação
Açúcar Secagem
Branco
Álcool Álcoois
absoluto tradicionais BioEthanol
FONTE: Tereos (s.d.). Disponível em: <https://goo.gl/vUTjrE>. Acesso em: 12 mar. 2018.
145
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
DICAS
146
TÓPICO 2 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL: FATORES RELACIONADOS À INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
147
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
Tradução:
Atuação econômica
Sustentabilidade
Atuação no Meio Ambiente
Atuação Social
FONTE: Adaptado de Elkington (1997)
148
TÓPICO 2 | DIRECIONADORES DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL: FATORES RELACIONADOS À INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
LEITURA COMPLEMENTAR
149
RESUMO DO TÓPICO 2
150
AUTOATIVIDADE
151
152
UNIDADE 3
TÓPICO 3
PERDAS E DESPERDÍCIO NO
SISTEMA AGROINDUSTRIAL
1 INTRODUÇÃO
A biotecnologia e a inovação tecnológica podem aumentar a produtividade
das culturas, mas apesar de todo este esforço para aumentar a produção de
alimentos, observamos que milhões de pessoas ainda passam fome no planeta.
153
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
154
TÓPICO 3 | PERDAS E DESPERDÍCIO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
155
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
156
TÓPICO 3 | PERDAS E DESPERDÍCIO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
157
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos:
14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos
para o desenvolvimento sustentável:
158
TÓPICO 3 | PERDAS E DESPERDÍCIO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
DICAS
Assista ao vídeo: Como você pode lutar contra a mudança climática? Acesse <https://www.
youtube.com/watch?v=WMKGh1tepeU&t=0s&list=PLUZOt6bFc2fghKopTJcswi3GSYn-
tbRsY3&index=6>.
Assista ao vídeo da ONU: Sem ações pela igualdade de gênero, o mundo não alcançará
objetivos globais. Acesse <https://www.youtube.com/watch?v=5LROLH70IVA&list=PLUZO-
t6bFc2fghKopTJcswi3GSYntbRsY3>.
159
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
De acordo com Silva (2016), cerca de dois bilhões de pessoas estão com
excesso de peso e cada dia observamos que este número vem aumentando.
Sendo assim, é preciso considerar as perdas e desperdícios de alimentos que
ocorrem durante a sua produção, desde a fase da colheita até quando o produto
é distribuído no varejo.
Uma das metas dos ODS estabelece que em 2030 deve haver uma redução
das perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento. As
perdas e os desperdícios de alimentos ocorrem desde o início, passando por todas
as fases de produção do alimento até chegar à mesa.
160
TÓPICO 3 | PERDAS E DESPERDÍCIO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
161
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
De acordo com Silva (2016), os dados mostram que cerca de 1,3 bilhão de
toneladas de alimentos são perdidos e desperdiçados anualmente no planeta, e
isto equivale a 24% de todos os alimentos produzidos para o consumo humano.
LEITURA COMPLEMENTAR 1
162
TÓPICO 3 | PERDAS E DESPERDÍCIO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
163
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
que trabalhariam com estas máquinas, sendo também necessário considerar que
havia uma grande variedade de máquinas, modelos e procedências que eram
inadequadas para serem utilizadas em solo brasileiro.
164
TÓPICO 3 | PERDAS E DESPERDÍCIO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
Radiografia do Setor
165
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
Empresa Marini
166
TÓPICO 3 | PERDAS E DESPERDÍCIO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
LEITURA COMPLEMENTAR 2
RESUMO
Por meio deste estudo, será possível conhecer o mercado internacional e nacional
de fertilizantes e seus competidores. Serão apresentadas as características
competitivas deste setor e também informações da origem e do processamento
das matérias-primas para a produção de produtos nitrogenados, fosfatados e
potássicos. Nosso objetivo é apresentar um panorama do setor que permitirá que
o leitor interprete e processe alguns dados, que servirão para esclarecer detalhes
estratégicos sobre a indústria de fertilizantes.
INTRODUÇÃO
Até 2030, o mundo (em relação ao que produz hoje) demandará cerca de
34% de carne bovina, 47% de carne suína, 55% de carne de frango, 59% de açúcar,
19% de arroz, 29% de milho e 49% de soja.
167
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
a) Empresas que possuem grande controle sobre a cadeia produtiva são empresas
líderes de mercado com elevado grau de integração vertical para trás na cadeia
produtiva do fertilizante e para frente na produção de margarinas, óleos,
maionese, sucos e outros produtos. Trabalham com alta escala de produção
e com forte atuação no mercado interno e externo de matérias-primas para
fertilizantes. Possuem ampla atuação no sistema agroindustrial da soja e outros
grãos, com o objetivo de agregar valor cada vez maior para seus produtos,
procurando transformar o que é commodity em produtos com valor agregado.
O controle na cadeia produtiva de fertilizantes viabiliza as operações de troca
de insumos agrícolas por grãos. Exemplos: Bunge (Serrana, Manah, Ouro
Verde e Iap) e Cargill (Mosaic).
b) Empresas com alto controle sobre a cadeia produtiva de fertilizantes com
elevado grau de integração vertical para trás, e com nenhuma integração para
frente na produção de produtos para uso de alimentação humana. Exemplo:
Yara (Trevo e Fertibrás) e Galvani.
c) Empresas com controle médio sobre a cadeia produtiva de fertilizantes são
empresas que atuam como misturadoras de fertilizantes com baixa ou média
capacidade de esmagamento de grãos e com atuação regional. É um segmento
de fertilizantes misto caracterizado pela baixa barreira de entrada que exige
poucos investimentos e baixa escala de produção. Exemplo: Archer Daniels
Midland Company (ADM).
d) Empresas que não possuem controle sobre a cadeia produtiva de fertilizantes
são empresas misturadoras de matérias-primas acabadas, com atuação
nacional e regionalizada, com capacidade de atendimento personalizado aos
seus clientes. Exemplos: Heringer e Fertipar.
168
TÓPICO 3 | PERDAS E DESPERDÍCIO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
Arroz
Outras Algodão
Trigo 3% Batata
9% 5%
Reflorestamento 3% 2% Café
2% 6%
Cana de
Açúcar
15%
Citrus
2%
Feijão
1%
Soja Milho
35% 15%
Fumo
2%
169
UNIDADE 3 | DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
Fonte: Os autores
170
TÓPICO 3 | PERDAS E DESPERDÍCIO NO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
171
RESUMO DO TÓPICO 3
172
AUTOATIVIDADE
173
174
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