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Gérard Genette nomeia propriamente imitagao, € o narrativo, que Anstote s_de- Esta | ane pode prender-se ao fato de que oe Fiennes mais estritamente do que Platao, o modo imitativo pel is condigoes ‘cénicas da representacao dramatica. Ela pode justificar-se igual- mente pelo fato de que a obra épica, qualquer que seja a parte mate- rial dos didlogos ou discursos em estilo direto, e mesmo se esta par- te sobrepuja a da narrativa, permanece essencialmente narrativa, visto que os didlogos sdo ai necessariamente enquadrados e condu- zidos pelas partes narrativas que constituem, no sentido proprio, 0 fundo, ou, caso s¢ queira, a trama de seu discurso. De resto, Arist teles Feconhece em. Homero esta superiorida caracter sivel®, Desse sé modo, ele ° carater imitati misto da diccao épica, nari sua maior extensao. x A diferenga entre as classificagGes de Platao e Aristételes re- duz-se assim a uma simples variante de terms: essas duas classifi- cagoes concordam bem sobre o essencial, querdizer, a oposicao do dramatico e do narrativo, o primeiro sendo considerado pelos dois filésofos como mais plenamente imitativo que o segundo: acordo sobre o fato, de qualquer modo sublinhado pelo desacordo sobre os valores, pois Platao condena os poetas enquanto imitadores, a co- megar pelos dramaturgos, e sem excecdo de Homero, julgado ainda demasiado mimético para um poeta narrativo, s6 admitindo na ci- 5. 14604. 268

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