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Enilde Faulstich1
1 Introdução
Em 1996, o Pointer2 divulgou uma figura que põe a Terminologia no centro das
atenções de diversos estudos. A tecnologia de links conduzia a palavra central para ações
práticas de modo que as relações entre ‘logos’ e as diversas formas de funcionamento do ‘logos’
se tornassem evidentes. Poderíamos pensar que se tratava de uma grande rede de dados, que
funcionaria como um protocolo de acesso para redes especializadas por meio de arquivos
gravados, que fariam a imediata ligação entre as partes e que poderiam ser usados como uma
fonte de difusão de conhecimento. Ou, então, muito mais simples, poderíamos pensar que a
Terminologia, posta no centro do círculo, seria o registro de um conhecimento com vínculos
entre áreas afins.
1
Professora Drª. do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (LIP) da Universidade de Brasília
(UnB); coordenadora do Centro de Estudos Lexicais e Terminológicos da UnB; e-mail: enilde@unb.br.
2
POINTER, Proposals for Operational Infrastructure for Terminology in Europe, 1996. Informações gerais no site
http://www.computing.surrey.ac.uk/ai/pointer/ .
29
Figura 1. Proposals for Operational Infrastructure for Terminology in Europe (Pointer).
Son spectre [de la terminologie] s’est étoffé rapidement à partir du milieu des
années 1970 pour aboutir, vers la fin de la décennie suivante, à une science
achevée aux contours aisément identifiables. Au détour des années 1990, la
terminologie devient le lieu d’une activité febrile sur la planète, sauf dans les
milieux anglo-saxons, où elle n’inspire guère les linguistes absorbés par la
vogue générativiste. Tenant bon le cap, elle se hissera au rang des activités
de la linguistique qui acquerront une importante dimension sociale, em raison,
notamment, des besoins des sociétés affairées à donner à leur langue un
statut lui permettant de survivre à la modialisation d’activités s’exportant vers
les pays demandeurs par la seule voie de l’anglais.
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como afins, segundo os objetos relacionados3: nomenclatura, como um sistema de
designação; padrões, como modelos de normalização; R&D, como pesquisa e
desenvolvimento; comunicações de marketing, como processo de comunicação eficaz com
o consumidor; informação ao consumidor, como um direito à informação precisa 4;
aplicações em engenharia da linguagem, como soluções tecnológicas para a comunicação
entre pessoas por meios apropriados, quais sejam, corpora, bases de dados lexicais,
etiquetadores morfológicos, alinhadores de documentos em diferentes idiomas, analisadores
sintáticos, expurgadores de palavras funcionais, conjuntos de frases de teste para gramáticas
computacionais, pares de traduções para sistemas de tradução automática, engenharia de
conhecimento codificado por meio de regras de linguagem de representação do conhecimento;
aprendizado de línguas assistido por computador, como planejamento e
desenvolvimento de sistemas de Processamento de Linguagem Natural (PLN) para auxiliar a
aprendizagem de línguas; aprendizado a distância, como mediação das tecnologias de
comunicação por suportes tecnológicos digitais e de rede, inseridas em sistemas de ensino
presenciais, mistos ou completamente realizada através d a distância física; ensino assistido
por computador, como condição assíncrona de aprendizagem, auxiliada por computador e
combinada com as ferramentas do sistema convencional; sistema de informações
corporativas, como um sistema que abrange pessoas e máquinas, com métodos organizados
para coletar, processar, transmitir e disseminar dados que representam informação para
usuários e clientes; redação técnica, como uma modalidade escrita da linguagem com
precisão vocabular; banco de dados terminológico, como um sistema de gerenciamento de
dados, volumoso e complexo, formado de lista de informações, organizadas em tabelas, que,
por sua vez, são organizadas em linhas e colunas e cada linha é um registro que contém partes
de informações; recuperação da informação, como busca por metadados que descrevem
documentos e busca em banco de dados, relacionais ou isolados, ou interligados em rede de
hipermídia; tradução assistida por computador, como uma forma de tradução em que o
tradutor humano cria meta de texto com ajuda de um programa de computador e a tarefa,
pode ser executada com auxílio de um dicionário padrão informatizado e de software de
gramática; tradução feita por máquina, com software para traduzir textos de uma língua
natural para outra; tradução feita por homem, com vistas à comunicação do significado de
uma fonte de linguagem de texto para uma língua-alvo, feita por pessoa bilíngue.
As implicações da Terminologia prática com esses objetos informatizados parecem
resolver todos os problemas de quem precisa dedicar-se a essa atividade. No entanto, para a
compreensão dos fundamentos teóricos, cabe perguntar: o que é Terminologia?
3
A interpretação de cada objeto é de nossa inteira responsabilidade.
4
Não se trata necessariamente do CDC – Código de Defesa do Consumidor.
31
Figura 2. Um trajeto pela Terminologia.
5
AUGER, Pierre. La terminologie: une discipline linguistique du XXe siècle. In: Langues et Linguistique, nº 33, 2010: 1-
19. Publicação original: Essai de définition de la terminologie. In: Actes du colloque international de terminologie, 5 au 8
octobre 1975, Henriette Dupuis, éd., Manoir du Lac Delage, Québec, Régie de la langue française, 1976, p. 59-71.
32
quoi qu’il en soit, les terminologies sont des systèmes de noms et des
systèmes définitionnels; elles correspondent à la seule réalisation concrète,
sous forme de signes d’une langue, des «systèmes notionnels» (REY, 1979,
p.26).
Em 1993, na França, Gaudin questiona a definição de terminologia e apresenta, de
início, extratos do pensamento de três pioneiros: Robert Dubuc (Canada, 1975) 6, de Alain Rey
(França, 1979)7 e de Guy Rondeau (Canada, 1981) 8; é sabido que, para este último, o objetivo
da terminologia seria fornecer termos próprios para uma atividade, estruturando-os e
classificando-os com vistas ao pertencimento a um domínio. Gaudin (1993, p. 83) apresenta
seu ponto de vista pessoal e situa a terminologia «num quadro de funcionamento de uma
atividade». Para isso, elucida:
[...] il devient alors possible d’envisager le continuum qui existe entre science
et technique [...]. C’est pourquoi nous pensons que s’il existe um point de
départ à chercher dans la production des conceptes, il est à rechercher non
dans des idées dégages de la matérialité confuse des langues, mais au sein
des rapports multiples et complexes que le langage et le travail entretiennent
tou au long de l’action de l’homme. [...] il nous faut maintenant examiner les
difficultés que presente la démarche onomasiologique et le problème, central,
du primat du concept. [...] ce primat de l’activité conceptuelle, liée à l’activité
cognitive, qui semble bien fonder la terminologie et qui pose les problèmes le
plus épineux si l’on envisage la discipline d’um point de vue de la linguistique.
(GAUDIN, 1993, p. 73)
6
DUBUC, Robert. Formation des terminologues: théoriciens ou praticiens? In: La banques de mots nº 9, éd. PUF. 1975.
7
REY, Alain. La terminologie, noms et notions. France, Presses Uiniversitaires de France, Que sais-je? nº 1780, 1979.
8
RONDEAU, Guy. Problèmes et méthodes de la néologie terminologique 9néonymie). In: Infoterm Séries 6. Ed.
Infoterm, Vienne, p. 161-176.
33
Cet exposé nous permet de dire que les principes délimitant le lexème et le
terme proviennent davantage des recours méthodologiques de la lexicologie
et de la terminologie que des fondements conceptuels du lexème et du terme.
La méthode de travail de la lexicologie tient compte des hypothèses
théoriques qui réfutent ou acceptent les productions des usagers au moyen
d’échantillonnages; la terminologie ancienne n’expliquait pas le comportement
linguistique des usagers; cependant la «nouvelle terminologie» - la
socioterminologie – a por but d’étudier le terme dans une perspective
linguistique, vers l’interaction sociale.
Ainsi, les méthodes de la lexicologie théorique et celles de la lexicologie
descriptive servent de point de départ pour systématiser de diverses manières
les vocabulaires, tout comme elles servent de base au travail lexicografique
dans l’élaboration de dictionnaires de la langue générale. Voilà pour les
résultats pratiques! Par contre, les méthodes de la terminologie servent de
point de départ pour la terminographie, laquelle a pour but la constitution de
dictionnaires spécialisés. (FAULSTICH, 1996a, p. 240)
34
De Zinglé9, no Avant-propos du Travaux du LILLA nº 2, de 1997, extraímos a seguinte
citação:
A terminologia, como sistema, está situada entre a linguística e a filosofia, uma vez
que, no verbete, termos servem para dar nome a coisas que tenham propriedades e
características de classe e conceito. Relaciona, ainda, a terminologia à lexicografia e,
fortemente, à lexicologia.
O foco de nossa exposição, a partir de agora, converge para a Terminologia, a
Socioterminologia e a Dialetologia, no Brasil. Para fins de ilustração, a figura 4 apresenta o
Brasil no centro, porque o ponto de partida do conteúdo deste texto é nosso trabalho no país.
9
Fica aqui nossa homenagem.
35
Figura 4. Relação entre disciplinas.
C’est que la terminologie, pour peu qu’elle veuille dépasser les limites d’une
terminologie “greffière”, doit replacer la genèse des termes, leur réception,
leur acceptation mais aussi les causes de leur échec et les raisons de leur
succès, au sein des pratiques langagières et sociales concrètes des hommes
qui les emploient. Ces pratiques sont essentiellement celles qui s’exercent
dans des sphères d’activité. C’est pourquoi la socioterminologie devait
rencontrer les réflexions sur les liens qui se nouent entre travail et langage.
(GAUDIN, 1993, p. 216)
36
termos no conjunto como entidades linguísticas que variam segundo categorias de variantes e
tipologia de variantes.
No livreto publicado em 1995, atribuímos à socioterminologia o papel de disciplina que
vai da concepção teórica para uma aplicação prática e, para isso, definimos como segue:
10
Ver Terminology, Principes formels et fonctionnels de la variation em terminologie e TradTerm, 2001.
11
Ver Formação de termos: do constructo e das regras às evidências empíricas, 2003.
37
Principalmente com base nos postulados a, b, e c, reelaboramos o esquema básico da
variação em terminologia12. Assim, num plano superior aparecem três categorias, com
subcategorias. A subcategoria de variantes terminológicas linguísticas abarca, ainda, uma
tipologia de variantes.
As categorias são três: concorrentes, coocorrentes, competitivas. As
subcategorias das variantes concorrentes são duas: variantes terminológicas linguísticas e
variantes terminológicas de registro, como demonstramos a seguir.
12
A primeira versão é de 1995, que passou por reformulações; a última versão é de 2001, na TradTerm.
38
A aplicação de um método que contemple um trabalho interativo entre áreas afins,
aparece na dissertação de Mestrado de Borges (2011)13, da qual transcrevemos o verbete
seguinte.
QSL 062
NEVOEIRO
cerração – com frequência 218, resultante do percentual do uso no PR, em SC
e no RS;
neblina/nebrina – com frequência 28 pelo uso no PR, em SC e RS;
leblina/lebrina/librina – com frequência 11, nos três estados do Sul;
nevoeiro – com frequência 03 e uso no PR e RS.
Esses resultados, aqui uma amostra muito pequena do grande trabalho desenvolvido
pela equipe do ALERS, servem para explicitar que as cartas lexicais, objetos de ocupação da
geografia linguística, são um demonstrativo de como a socialização dos bens de cultura pode
ser feita por esses documentos. Ao informar como se deu a ‘opção teórica do Projeto’ (p. 26),
os autores esclarecem que: «O Projeto ALERS foi concebido [...] tendo por ênfase a dimensão
diatópica e privilegiando desta forma a delimitação de áreas linguísticas que apontassem
tendências de variação do português falado na área de estudo». Mais adiante acrescentam:
«Temas como a ‘popularização’ de inovações tecnológicas, incluindo terminologias científicas,
são um exemplo da multiplicidade de interesses que o Atlas pode despertar e fomentar» e nos
convidam a comparar as diversas realizações para satélite, carta 050:
13
Os termos da meliponicultura: uma abordagem socioterminológica, UFPA, 2011, p. 133. No verbete, s.m. quer dizer
substantivo masculino; LV-08 significa Referência do corpus; Var é o mesmo que variante; asterisco no termo identifica
a variante de maior frequência no corpus e é, no glossário, o termo-entrada principal com a definição. (p.69, com
adaptação).
14
No item 4.8 – A estrutura do glossário, a autora declara que “A microestrutura dos dados contidos nos verbetes do
glossário é apresentada de acordo com o que propõe Faulstich (1990), com adaptações.” ( pág. 68)
39
QSL 081
SATÉLITE
satélite – com frequência 104 pelo uso no PR, em SC e no RS;
chatélite – com frequência 02, em variação nos três estados;
satéli(s) – com frequência 29 nos três estados, ao lado de sotéli, com
frequência 01;
satel – com frequência 05, em variação com saté e saltel, cada um com
frequência 01, nos três estados;
aparelho – com frequência 21 e uso no PR;
satélico – com frequência 05 e em variação com satélik e satélique, cada um
com frequência 02, sutélico e via satélik, cada um com frequência 01, com
uso em Sc e RS;
disco voador - com frequência 06 e uso no PR15
15
Os autores ainda listam Sputinik, avião(zinho), foguete (estraviado), planeta, sinal (do céu) mãe de ouro, estalélite,
eclipse voador, estrela que caminha e sateco sem que estes termos estejam distribuídos na carta 50.
40
4 Conclusão
Para finalizar, apresentamos um novo constructo com vistas a relacionar, de modo
sistemático, as pesquisas desenvolvidas nas disciplinas Terminologia, Socioterminologia,
Dialetologia e Geografia linguística. Da construção mental que sugerimos pode resultar um
MÉTODO que contemple um trabalho interativo entre áreas afins; apresentamos, então, a
síntese de um Constructo de um MÉTODO interativo, na figura seguinte:
Referências
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