Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nos dias que correm, a volatilidade é a única coisa que permanece alta nos mercados.
Enquanto isso, a rotação de ativos acontece em grande escala. As apostas estão abertas
para quem acha que diante da terceira onda da pandemia alguns ativos e setores estão
caros e outros baratos. Jerome Powell, do FED, disse hoje que preço dos ativos estão
altos. Há quem aposte que vacinas chegarão em grandes quantidades, enquanto outros
discutem que isso não deve acontecer e que bolsonaristas não irão se vacinar.
A verdade, nesse momento, é que não existe certeza para quase nada e os mercados de
risco assumem tendência mais para vendas. A busca por proteção, principalmente para
aplicações em emergentes ocorre, e o Brasil como tem bastante liquidez acaba sofrendo
mais. Além disso, por aqui ainda temos todas as complicações políticas, discursos mal
colocados e negacionismo. Portanto, sofremos bem mais.
Hoje foi um dia típico disso. No Japão, a economia mostra nova fraqueza e o governo
reduziu projeções de exportações. O PIB da Alemanha também está sendo projetado
ainda mais para baixo, em alta de 3,5%, quando se falava em 4,5%. Nos EUA, as
vendas de casas novas encolheram em fevereiro na comparação anual em 18,2%,
quando o esperado era -5,7%.
Aqui, o ministro Marco Aurélio, do STF, negou pedido de Bolsonaro para derrubar o
toque de recolher dos governadores e Nunes Marques liberou para votação, da segunda
turma, o processo de parcialidade de Sérgio Moro no caso de Lula. Ele votou contra,
mas disse que conversas hackeadas não podem ser usadas como provas. Bolsonaro faz
pronunciamento hoje em cadeia nacional sobre vacinas, e Pazuello parece ser indicado
para assumir o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), com a área econômica
contra.
A agência de classificação de risco S&P falou que a perspectiva do Brasil pode ficar
negativa com piora sensível do PIB e estimou crescimento de 2,0/2,5% em 2021,
acrescentando ser essencial o equilíbrio das contas públicas. Já a Ata do Copom,
divulgada logo cedo, veio mais dura do que prevíamos e intuiu a perspectiva de nova
alta da Selic de 0,75% na reunião de maio ou até mais dependendo da situação até lá.
Há nítida preocupação em manter inflação controlada em 2022 e sem fugir da meta,
considerando a contaminação de 2021.
No mercado, dia de dólar oscilando bastante entre alta e baixa, para terminara o dia em
-0,04% e cotado a R$ 5,516. No mercado acionário, dia de queda de 0,40% para a Bolsa
de Londres, Paris com -0,39% e Frankfurt com +0,03%. Madri com alta de 0,56% e
Milão com queda de 0,61%. No mercado americano, dia de Dow Jones com -0,94% e
Nasdaq com -1,12%. Na Bovespa, mercado em nova queda de 1,49% e índice
em 113.261 pontos.
Boa noite.
Alvaro Bandeira