Você está na página 1de 60
Boaventura de Sousa Santos (org.) Democratizar a democracia: os caminhos da democracia participativa ode co rege rach Jodo de Swat Late SoteaTo con Denese DELVROS RY ser The de ce ‘San an 2 le ga “ole ons ead, Pi eli, smseraenso ‘nied ps de Ese gq eo em a wets defo pn Porap eo d ao Poe eMizacko waka ‘ibfstinoxa RECORD DE sERVICDS DE MUPRENSA 5. esa pce, Re ay Bs 300 (Gra 2052 Ree on = 2022970, lege Sumétio snanonugho cea Acauegho 13 sotmusswosto topes 14 2 asmowglo os eens soem 18 2. atenwmglosachuncongoeoca, 22 se conesio 25 rrerhoocovoune 29 wrncouto Para amplia ocioone democritico 29 1. AconcioHubnce DAEEMECHCANASEGINOAMEHEEODSECUO A 43 2 sconces Wo-nnNGWENS DASTIECMCMESLGNOAMEREEDDSECUE 5D 2. oapenicunimemmaronnrostcxaxn $5 rs vonunanioubs AseooosnesoaMETEMNGIO. 58 f-acrovincuctscamamaingio «5 Mowers S008 ASRAGAD DEMECRATA #9 corn t “Micromovimentosnafndia: para uma nova politica de democracia particpaiva #5 rmoougo 67 Lovecono cacinicacio $1 ‘ ooncasa com os moos 9 ‘anouarodrensos owes 102 f mourzanpeiemownewro 103 S-romaataceuccacarcNk 110 2 avoiea roimacica mancednACos MOMENTS 112 sconeiso. 125 curren (O reinvenar da democraiapartcpativa na Africa do Sul 139 sarong 135 fa tngo oA anes OUDCEANEARAAMKA DOS DE 2 cRNA AMA EAS ONCS EAS ACASSEOREA 45 Damion macinas 16 2 wns HabeRANS 19 2.3. eoonbucn uronic carom eoxsONAS 150 2 e omndcxsuoca aenon 152 2.7 wowmnnes uncos hos 152 ae counsocuciclo 159 214 eaennes tons 0 auonnanD co searino 153 die oweooonniisho 154 {i counauciocosnreacraa MMANEiCtNOAPOSNOKAISNOEENECHTEO. 155 “ecu occ aon DURANTE ATO tA A SOCEEAD reanimen 158 ‘tromecionvmartangto orm sancrnen 165 {A politica do reconhecimento e da cdadania no Putumayo ena Baita Bota (Caana:o caso do movimento coclero de 1996 171 ‘covoSes HaKo MO OS MCN OCMC BE I7E {Lasrowgs man oreo conausta 177 PestnesMEND WIE PO RGUNO NA cHGANONO EAS NIE COCALENAS 18D | sss oe cA cinco eat ORANG GMMR AOR run nsrooa uatagio sta 18S ‘:antcocgho Ego aa conro}AN EATEN SAN ACOAMOMEAT 2A unona wou CoRacAgies 19 ‘Annan on RmesHDS BSED LENO MOWED COCAEROE A ‘mswarun no aorae wes 192 >. Amoci 8 cng cA ANS OA CONSTO OE UMA CASRN DD ‘ecco eaorwoencansmetsn 197 conic go subouatccnice 204 [Emancipaio social em um contexto de guerra prolongada 0 caso da ‘Comunidade de Paz de San Joxé de Apart, Colombia 217 socio 219 ‘ocowrowrosonencuenco/Autooenmucsosocnt 220, 2 sant x masta no conte ro Po sah—a TRO HO OE rere serine 25 tana oF anTan6—uMAnTRADE LDA NESHAEACoRCMNENGO SOCAL 230, 5 oman eco oxotcanapcecommcue kar 233 f+ netcanano coun carseouo 242 13 panera cas ox CURA ACOMINDAOL OLR 244 43. congannes eoso0mcro 248 44 aotceser acon voutbnuseriacas 247 45 novannaagho soon rauica oacouvDise 248 “Casas decentes para 0 poro": movimentos urbanoseemancipagio ey Portugal 255, mous 257 {os mtr. of onion EAmneHigh TEA. 259 2. Anouo roman De 2475 CO CONTE GAORTNGO SAM 262 2. acrenbrono aANOHTE AuarAnMergio rw ourERoDD cEACELKSO. 265 2 emayrunacoMomssio0 256 52 umncownatnca ceavonscoroniess 267 2. oucmoss aca oreanns sa 276 2 4 oma muro cts oc mancrigiosorn COLSeDCMCKICRNA 279 25 nomglosomectsosian 282 «Aa 4 F/O 0 ALNOATE UM ELRS BAARENANCAO OA ramemgior 284 InsTMUGDEs E ADORE Los. 295 ‘Tribunal Consituconal eemancpasio socal aa Coldmbia 297 tpi eure een swriopiclo 299 fora rnco 300 2 wsmsicroo mmo nocisstAzO aN 305 9.ewor 310 2 encwerro waco 310 2.2 owouneama sae 31 2.4 oTemuna Cos aon rTEhnos um 7 4 roe nancrmno onnRAcOnTTUCDANL 320 1 Aide 5 e565 SERSSTHS TREN 32D 1123 orators pa otesto wso ak esmatcn Hora 327 sconcstes 200 (0 teritro como expago de ago cole: paradoxos e posbilidades do “jogo estratgico de atores” no planejamento testrial em Portugal 41 rscougo 343 1 onntauenroe Asso uaa arnoot coun roo tsar BEANE 343 11 omern ces ruincaereronas 242 1-2 eascor wommoso: cuousomasoc comme 15 1 Acoumuto paso coud 246 1.4 onto to uma come nao emutoeD Be ATO” 247 1-5: ainosTos 0 roma AL BOK TENA OC AC omENTS" 4B 2. bso msreioa os rensnenccas. 3S 2.1. awomaouauneno ceReWnocag? 251 2. mamas startco uro0e MATOS IROGGEKS 354 224, nesta earner cooeT 35 222. ODS: RAMEAETO AAD MANO ETAT OA NO DELO cotta vob 356 2 osmnovos As roesaAGes DA ENGOSOCML 365 2. unennco vssuswacngho 366 2.2 oc ummoeenca oto atunoReNCA EPO 268 Empress e esponsabildade soil 0s enredamentos da cidadania no Brasil 373 ove 378 2 ASToFOMUGH SAMSON SOL 38S ramsoons mensiners 404 connos Poder politico e protagonismo feminino em Mogambique 419 ‘ence imoougio 21 2. testo 00 FOR: b0 munis CLE EA CONTRO SOCAL eres 404 4 acinar acorn ov conuDHco MAHMNCAO MILO FNC) 437 DEMOCRAOA PATCHAINA AGH 459 comnoe (Orgamento Participativoem Porto Alegre: para uma democracia redistibutva 455 swronuo 457 I avouncaimanocaconeroMDAeN 458 ot xcmceoesomDat 62 2 oxgauetoemeno tromo acne 465 2 ms oF engho 467 2 2 omc mameantno 471 2: nosing 0s ncUSs ce vestueMo-METOOLRIAE CAMEOS IAA 2: Aevum ox EAI SOO ANHENORAGE BASEIBCRICA amc 500 «ong pumeanrno MAA SEUBCREAKDSTREUINA. S12 4.4, mec, wtcocaca ensrcso. 512 {42 enantio nancene CAS PSDs 516 42 aonanaecoctso 526 4.5 famaosoi nso omaueno rsncinno EACIEA OE ERACONS $41 sconce emmrorssazo conan 545 Modelos de Deliberacio Democritica: una anise do oramento Participative no Brasil Sst rougto S63 {1 ADtuociTENOMMLEACAEMCGENGKDANOWGAO AD ve CASCERDAGE S69 2 nowglosocuLeAcHEctcno orGAUATORNMCIHS $72 > Seago mincmaNoritoMOMKEREE RIOHOREOTE 576 dronoauaae 576 24. MERA ORDA OEASNLAS GORA 577 4112 mowoanrewenusince Aas Oca 578 313. couscve es oKaMoe aR. 579 2.2 miovonzone $81 52 canna 4s onanoes S82 2a romsoemontsoe roots S82 4 corgsniao acon EAMUMUCRODASCRRAMAA NILE 583 S.mimcgta connuonee MoNronOW NO 582 6 mow sock £A5 ORS COMA EGEMONEASASTIBCCARNETESRIRA 592 © perfil politico «institucional da Democraca artipativs lgbes de Kerala, India 599 meg 601 2orunmsancewocaci ema nao 605 2 eeocucar unwvemossocae wea 69 {nena rora RUA BCCITPARAGiO DORAN 513 {+ moeane ASU DK RFOMS ALDACOMS 61S 42. onaMaurte cue mute Dewommenciosocm 616 {ensimoccnuzcio 621 s:romwugiocmmetanaco oc RANGA De ATCO. 622 4. musinos ssunanoror pean 625 4 enor oe rane bho se moses 25 4 5 poeumos coos oo RANEAMeNTS 627 $< moctonerosmmancenas 629 5.7 surgloses ins 630 mancunne caCORE SSE 6 2 Aromcho toseues 632 6 a mauris 6H 4 quamuneoxunInn 635 fs comando tnoorane 637 6 s mowngiopacouoase 638 comonrh cinal 647 Para outs democraias 649 2 oamsstnc assess. 655 2. saencanmemmnacseuearens 657 “cette 08 Minos 661 {psc rina arociuangio serouncn sc Fee it IntrdugSo Geral & Coleco reantura de Sousa Santos A globalieasiosekberal éhoje um ftr explicativo importante dos proces 05 econdmicos, sii, pics e culurais das soiedadesnacionai. Con- tudo apes dems importante ehegeménica, esta globakzagio nko € Unis. De par com el can grande met por reago a ea est emergindo una ‘out globaizasis consti plas dese sang ransfroneinga etre ‘morimentos, uss oganizagSes loess ou nacionase que nos diferentes cantor do lobo se mbit pars lute conta exclusio socal precariasio do trabalho, o dedi das politics pblicas, dstuigho do meio ambiente e da biodversiddo desemprego, ax volagdes dos dceitos humanos, at pandemias, os és interétnicos produrides dicta ou indiretamente pela lobalzago moberal 14, asin, an globalizag alterntivs,contachegemnica,orgaizada a base para otap das socedades. Fata globalizagio € apenas emergent, sas mais antgaqe a sua maifestaio mais consistent hoje, aealizz ‘80 do primer Fram Socal Mundialem foto Alegre em janeiro de 2001. © tema desoleio de livros € a globalizago alterativa, Apresets cmtelivososaultadosprinpais de um projeto de penis ntslado “Reinventar a Enncipago Socal: Para Novos Maifesos. Realzado em seis paises — Afra do Sol, Bra Colmbi, fia, Mocambique e Portogal ete projet wou anal inciatwss, onganizagBes movimento pro: gress em cno dominios soci: democraciapariciptva sistemas 2 ternaivs de prog; multiculturalism, justia cidadaniacleras; lata pelabiodversid entre conhecimentos vat; nova internacionalsme ope rio. Alm de eador de centsas soci ede ientirtas sine ita, foram recolidatevss com eres e atvsas de movimento 065, tum subprojeto ae fo dado o nome gerl de Vaer do mundo. Democracia Participativa em Ago ‘vmuor — Orgamento participative em Porto ‘Alegre: para uma democracia redistributiva* Boaventura de Sousa Santos Ger alr too quer me ram ace o tao deen eres pelos qu degre, ur depen in or einen de a oe Perce ae bem pico crn en ec Tao Gee! or ean ne ena m para eee The ‘Be eclcraa cm cen Ure eeldo RGrade do eo ru como Von a san Sns Lamina ee © ane Novara aguante spuea Guo apace ar od ato apc, Ste eis Seis hepa Mars foasen esr eps Ary do Cae ede acrie Eu: av timp, in apa ec Mia ala ‘np sds uci nae near Pole rela cate 19951957, mum dn stan cea ties seroumedndo jn nave lene en pita ‘0 Sey, 20,109 6150 Ne pepo dere gas, Maa ee Ralls tee meu mt ps wrrooucho (sprocesos hegeménicos de glabalizacotém provocado, emtodoo mun- do, sintensificasso da exclsfo social eda marginalinago de andes parce. las da populgio,Esses procesos esto sendo enfentados por resistencias, iniicivas de bas, inovages comunitirase movimentos populires que pro- ‘earam eagir®exclusio social abrindoespags paraa partcpaso democré= ‘ica para a edificago da comunidad, para akernativass formas dominantes dedeseavolvimeno ede conhesimento, em sums, para.inclusie socal Estas iniiatvas so, em gral, mito pouco conhecdss, dado que io fla alin. suagem da globlizacio hegembnica ese apresentam,feqlenteyente,como tos e metodologia para a redistibuigio de recursos. Na trcera parte, analto a evolugio desta inovas3o institucional dee a sua eragto até hoje: Finalmente, na quarta pats, analzoo processo do orgamento part cipativo nos sepuintes verores: a ficicia redistibutiva; a esponsabilida ‘eiramente deficient. Segundo o Banco Mundial, o Brasil € uma das sci dads mais ijustas do mundo: ‘nivel de pobreza no Bese min aia da norma param pis de en- Aimento médio. Por oxo lo, sera pol elimina poeta no Bra (Concedendo aca pobre dine siete pars oles 0 lini «poles or um eto inleioe «1% do produto nero bru do pals Lo] Pleas pablias defn oa esdo peta ual orsente nel de pobre tm sid ho voto (1995; 1) Arise do Estado desenvolvimentit coincidi coma transis democttica no final da década de 1970. Napoca, o debate politic colocou a democr tiragio da vida potca brasileira eftivaconsrag da cidadania no pr prio cento da agenda politica nacional. A este respeito, as preocupayses surgidasnos debates que condsiram 3 Consiga de 1988 puseram at nica nos dtitos de cidadania, na deseetralzagio politica e no reforgo do poder local Este novo context politica crow as condigGes para que 3 or: 6 politicas de exquerda — as que haviam sido da clandesinidade ou a ‘que, entetanto se tnham organzado — iniiassem experiacisinovado- rasde parcipagi poplar em governs municipal oportunidad politica foi faciltada plo fro des fora politics em questo extrem ntimamente relacionadas com 05 movimentos populares que, nos anos 60 € 70, haviam Tutadolocalment, tanto nas clades como no campo — em un contesto Auplamente host de ditadura militar tecnoburoritica de patrimenialsmo elienelita— favor doesbelecimeatoereconhecimento de uctoscolet- vos entre as cases subaleras nite esas forgas polticas hi que destacato Partido dos Trabalhadores (PD, Esse partido foi fandado, no inicio da década de 1980, com base no movimento operitio, movimento que era patcularmente frte no Estado ‘de Sio Palo e uma das mais importants forgas na Ita contra ditadura lta. Os ganhos letras do PT tm sido surpreendentes. Concorrev por ‘dua vezes 3 peesidnca da Replies, com resultados tls que o seu candi> dato, 0 caismdtco Lula, romouse o principal lider da opoxigho. No final da década de 1980, 0 FT, em coligago com ovtrasforgs paltcas de x ‘querda, ganhou aselegbeslocsisem vrias idads importantes —como S50 Paulo, orto Alege, Santos, Belo Horzonte, Campinas, Vitéria, Gina —, tendo intoduzido em todas eas inovadesinsttacionaie que encoraim 3 participa popular no governo municipal” De todas esas experiéncas © Inovages, que foram implementadas em Foro Alegre fm sido, de luge, ssmaisbemscedidas com amploreconhecimento, dento efor do Bras “Aexperiéncia democrsca de Porto Alege uma das mas conhecidas em todo 0 mundo, aclamada porter possibilitado wna gest efi, e extrema” ‘mente democisen, dos recurosusbanos* A“administraio popular” de Poro ‘Alegre fo exclhida plas Nags Unidas como una das quarenta inovagSes trbanas em todo © mundo, para ser apresentada ma Conferingia Mundial das [Niagies Unids sobre Asentamentos Humanos — Habitat que eve lugar em lsambul em jnho de 1996. Duane a década de 1990, Porto Alegre or {znizou diverse conferéncias internacionas sole gestio democitca ey fem conjnto com Montevidéa (onde est sendo desenvovida uma inovagso {de govero local semelsane, der um movimento a favor da introduc de insiigdes de orgamento parative nas “Mercocidades, as eiades que Jnegram oacordoecondmicoregonslconhecdo como Mercosul (abrangen- doo Brasil, a Argentina, 0 Urguai eo Parag. 'No Brasil, osuceso de Porto Alegre tem-se manifestado de vias for~ maya mis significativa das quis v expime nos ganhoselitoras do FT "Rss valine op de Arner male poner pose de pode inet depatio ica compuneesrmess puede Part Agee ae Bo ore ipumene Cab Fir, 200. "encopresis jae ab Thode Mrs (97 Er 999 sperm eta emptor a ee ‘Chueh yn hos pens se na ve ple deo {incpumipr non psapins ustntn stan oe moe ee oon one Nand man pesca cams kad uc sera, ‘Ghosts sase pn cmuntncdfa Age h dociy ae Sporn Conn an uo ans pron nding ee prs roan too apron pt furs ees cn ‘Now rae npn eo de mone ue lon pce {eo yor ut deer es ony 1999) Dos 9 ues anh om {icon ssc tn vag poms olde yan wane os Agee ‘comport o nip tom cnn erin ‘gana denonplo pao pan pe Bese 200 wept ‘Soin rp. a eer 196 sd ra ‘Titan ter ean coon cnn Po i 10 longo dos anos 1990 ena sceitagto pablica do sew governo municipal, [Na primeira eligi, que vnceu em 1988 com ura coligagio de partidos de ‘esquerda —~a Frence Popular —, 0 PT somow 34,304 dos voto. Naseleigoes ‘de 1992, o PT e a Frente Popular reeeberam 40,8%, tend obtido 56% na ‘hima lego, nas elegées de 196, 56%, ena recentes legs de 2000 0 PT cbteve 59,686 dos votos. Outra manfestgio do sucesso do governo do PT de Porco Alegre €0fato de Exame, uma influent revista de negécion tet ‘irias vezes eleito Porto Alegre como a cidade brasileira com melhor quali dade de vida, na base dos seuinesindicadresalfabetinagio, matiulas no ensino bisico esecundirio, qualidade do ensno superior eda por gradva ‘0, consumo per capita, emprego, mortalidae infant eepersnga de vida, mero de leitos por hospital habits, egotos,aeroportos autoestradas taxa de criminalidade,restauranrese cima. Em pesquisa realizadae no final do segundo mandato (1996), o governo municipal foi clasfcado como ‘excelente ou bom por 65 a 70% dos pesqisadores Se considerarmos pos tiva uma avaiagio de “médio mas" o governoterd realmente obtid a apro- vagio de 85% Qual €0 segredo de tamanho sucesso? Quando, em anero de 1989, 0 PT assumi a adminstragio de Porto Alege, esabelecet-e uma nova mo Aalidade de adminstasSo municipal, conhecida como “adminisasso po- polar" Baseava-e em uma inovagSoineiucional que visava gerani a Paricipacio popular na preparagio ena execugio do orgamento municipal, «, portant, na distribuigio dos recuros ena definigi das proridades de investimento. Esta nova medida, qe ficou conhecida como “orgamento participative, a chave do suceso da adminstagio mica do PT. Nes- te capo, comesaret por dscrever como funciona 0 orgamento parti pativo, dando uma énfase especial sua evolu desde que fi criado a agora. Em seguid,tentarelavaliar 0 seu impacto a redisribigso dos re- ‘cursos municipas ena cltrae no sema politicos da cidade, analisindo ‘especialmente as tensbes entre democracia representativa e democraca paticipatva,bem como oalance do orgamentopartiipativocm outa reds ‘és administago urbana Por fm, procuraei defini a contribuigSo do org ‘mento participative como medias inairucional para a reinvengio da to sia da democracia,quesonando opotencial eo imies da sua univeralizagio como principio de organizao de uma administagSo municipal democri- exevedistbatvs,

Você também pode gostar