Você está na página 1de 51

Universidade Federal de Sergipe - Departamento de Fı́sica

Fı́sica Matemática 3 - perı́odo 2020/2


Prof. Dr. Andrei Smirnov

1 aula 1

Espaço Linear (Espaço vetorial)


Espaço Linear V sobre um corpo F é um conjunto de elementos que satisfazem um número de
certos axiomas.
Corpo F é um conjunto de elementos para os quais são definidos as operações de adição, subtração,
multiplicação e divisão (exceto a divisão por zero). Conjuntos de numeros reais e numeros complexos
são corpos. Elementos do corpo F denotamos por letras gregas α, β, ω, etc. e chamaremos de
números ou escalares.
Elementos do conjunto V denotamos por letras latinas x, y, f, g, h, etc. e chamaremos de funções
ou vetores.
Para os elementos do conjunto V (vetores) é definida a operação de adição de vetores e a operação
de multiplicação por números.
Multiplicação por números: se x ∈ V e α ∈ F introduzimos um elemento αx.
Adição: se x, y ∈ V introduzimos um elemento x + y.
Os axiomas que satisfazem os elementos do conjunto V são seguintes:
A. axiomas de fechamento

∀x, y ∈ V, x + y ∈ V

∀x ∈ V, ∀α ∈ F, αx ∈ V

Exemplo. R - numeros reais, (a,b) intervalo finito do R; (a,b) não é espaço linear! (0, ∞) não é
espaço linear !
B. axiomas de vetores
1. Comutatividade da adição

∀x, y ∈ V : x + y = y + x

2. Associatividade da adição

∀x, y, z ∈ V : x + (y + z) = (x + y) + z

1
3. Existência do elemento nulo (ou vetor nulo)

∃0 ∈ V, ∀x ∈ V : x + 0 = x ⇒ 0 + x = x do axioma 1

C. axiomas de escalares
4. Compatibilidade da multiplicação por escalar

∀x ∈ V, ∀α, β ∈ F : α (βx) = (αβ) x

5. Existência do escalar identidade

∃1 ∈ F, ∀x ∈ V : 1x = x

6. Existência do escalar nulo


∃0 ∈ F, ∀x ∈ V : 0x = 0

7. Distributividade em relação à adição de vetores

∀x, y ∈ V, ∀α ∈ F : α (x + y) = αx + αy

8. Distributividade em relação à adição de escalares

∀x ∈ V, ∀α, β ∈ F : (α + β) x = αx + βx

As propriedades do espaço linear.


Existência do vetor oposto (ou inverso por adição)

∀x ∈ V, ∃xop ∈ V : x + xop = 0

x + xop + (−1) x = 0 + (−1) x

(1 − 1) x + xop = (−1) x

0x + xop = (−1) x

0 + xop = (−1) x

xop = (−1) x = −x

Multiplicação pelo vetor nulo


∀α ∈ F : α0 = 0

∀x ∈ V : α0 = α (x + (−1) x) = α (1 + (−1)) x = α0x = 0x = 0

2
Exemplos de espaços lineares: conjunto de números reais, conjunto de números complexos, con-
junto de matrizes da dimensão n×m com elementos de numeros reais ou complexos com as operações
de adição e multiplicação por números são definidas como componente por componente, espaço de
polinômios de ordem n definidos em um intervalo (a, b), espaço C(a, b) de funções continuas em um
intervalo (a, b) .
Referências:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espaço vetorial
M. A. Naimark, Linear Differential Operators, part I, Frederic Ungar Publ. Co., NY, 1967.
Chap. 1, Sec. 1, p. 1

Espaço de Hilbert
Nivaldo A. Lemos, Convite à Fı́sica Matemática, LF Editorial, São Paulo, 2013.
cap. 10, sec. 10.1, p. 311

notação de produto escalar h, i ; em outros livros é usado (, )

Exercı́cio 10.1.1 - para resolver!

1.1 Bibliografia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Espaço vetorial
M. A. Naimark, Linear Differential Operators, part I, Frederic Ungar Publ. Co., NY, 1967.
Chap. 1, Sec. 1, p. 1
;
Nivaldo A. Lemos, Convite à Fı́sica Matemática, LF Editorial, São Paulo, 2013.
;

3
Notações de espaços usadas no livro

notações que são usadas


R, Rn

números reais, espaço de dimensão n (conjunto de n números reais (x1 , x2 , ..., xn ))

C, Cn

números complexos, espaço complexo de dimensão n (conjunto de n números complexos (z1 , z2 , ..., zn ))
;
C (a, b)

espaço de funções continuas em um intervalo (a, b) de R

∀x ∈ (a, b) , lim f (x) = f (x0 )


x→x0

;
L2cont (R)

espaço de funções continuas sobre R de quandrado integráveis


Z ∞ Z ∞
2
∀f ∈ Lcont (R) , f (x)f (x) dx = |f (x)|2 dx < ∞
−∞ −∞

;
L2cont (a, b)

espaço de funções continuas em um intervalo (a, b) de R de quadrado integraveis


Z b Z b
2
∀f ∈ Lcont (a, b) , f (x)f (x) dx = |f (x)|2 dx < ∞
a a

;
Lp (a, b)

espaço de funções definidas em intervalo (a, b) de R que são integraveis de seguinte modo
Z b
p
∀f ∈ L (a, b) , |f (x)|p dx < ∞
a

;
L2 (a, b)

espaço de funções definidas em intervalo (a, b) de R que são de quandrado integráveis


Z b
2
∀f ∈ L (a, b) , |f (x)|2 dx < ∞
a

4
L2 (a, b) é o caso particular de Lp (a, b)
;
l∞

espaço de sequências limitadas

x ∈ l∞ , x = (ξ1 , ξ2 , ξ3 , ...) , |ξi | ≤ cx para todos i

;
l2

espaço de sequências de números complexos com a propriedade



X
∀x = (ξ1 , ξ2 , ξ3 , ...) ∈ l2 , |ξi |2 < ∞
i=1

;
lp , p ≥ 1

espaço de sequências de números complexos com a propriedade



X
p
∀x = (ξ1 , ξ2 , ξ3 , ...) ∈ l , |ξi |p < ∞
i=1

l2 é o caso particular de lp

5
2 aula 2

produto escalar (produto interno) - Def. 10.1, p. 311


Demonstrar que
(x, 0) = (0, x) = 0

Teorema 10.2 desigualdade de Schwartz (desigualdade de Cauchy-Bunyakovsky, desigualdade de


Cauchy-Schwartz-Bunyakovsky)

(x − λy, x − λy) = (x, x − λy) + (−λy, x − λy)

= (x, x) + (x, −λy) + (−λy, x) + (−λy, −λy)



= (x, x) − λ (x, y) − λ (y, x) − −λ λ (y, y)

= (x, x) − λ (x, y) − λ (y, x) + λλ (y, y)

= (x, x) − λ (x, y) − λ (y, x) + |λ|2 (y, y)


!
(x, y) (x, y) (x, y)
λ= , λ= =
(y, y) (y, y) (y, y)

(y, x) = (x, y)

(x, y) (x, y) = |(x, y)|2


(x, y) (x, y) |(x, y)|2
= (x, x) − (x, y) − (x, y) + (y, y)
(y, y) (y, y) (y, y)2
|(x, y)|2 |(x, y)|2
= (x, x) − 2 +
(y, y) (y, y)
|(x, y)|2
= (x, x) −
(y, y)
|(x, y)|2
0 ≤ (x, x) −
(y, y)
0 ≤ (x, x) (y, y) − |(x, y)|2

|(x, y)|2 ≤ (x, x) (y, y)

;
espaço eucliniano - Def. 10.3, p. 312
elementos ortogonais - Def. 10.4, p. 312

x, y ∈ V, x⊥y se (x, y) = 0

6
Exemplo 10.1.1 - verificar!

x = (a1 , a2 , ..., an ) , y = (b1 , b2 , ..., bn )

(x, y) = a1 b1 + a2 b2 + ... + an bn

ou
x = (x1 , x2 , ..., xn ) , y = (y1 , y2 , ..., yn )

(x, y) = x1 y1 + x2 y2 + ... + xn yn

Exemplo 10.1.2- verificar!

0 ≤ (|f | − |g|)2 = |f |2 − 2 |f | |g| + |g|2

2 |f | |g| ≤ |f |2 + |g|2
1
|f |2 + |g|2

|f | |g| ≤
2
1
|f |2 + |g|2

f (x)g (x) = |f (x)| |g (x)| ≤

2
Z ∞
(f, g) = f (x)g (x) dx;
−∞

Z Z ∞ Z ∞
1
|f |2 + |g|2 dx

f (x)g (x) dx ≤ f (x)g (x) dx ≤


−∞ −∞ 2 −∞
Z ∞ Z ∞
1 1
= |f |2 dx + |g|2 dx < ∞
2 −∞ 2 −∞
pois
Z ∞ Z ∞
2
|f | dx < ∞, |g|2 dx < ∞
−∞ −∞

;
Teorema 10.5, p. 313
Produto escalar induz a norma
p
||x|| = (x, x)

norma - Definição 8.53 (axiomas), sec. 8.8, p. 247


axioma 2
||λx|| = |λ| ||x||
p
||x|| = (x, x)
q q q
||λx|| = (λx, λx) = λλ (x, x) = |λ| (x, x) = |λ|2 (x, x) = |λ| ||x||
2
p p

7
2.1 Exercicios

1. Demonstrar que
(x, 0) = (0, x) = 0

;
2. Exemplo 10.1.1 - verificar!
;
3. Exemplo 10.1.2 - verificar!

8
3 aula 3

espaço de Hilbert - Def. 10.6, p. 315


;
espaço normado - Def. 8.54, p. 248
métrica induzida pela norma
;
sec. 8.3 Espaços Métricos, p. 220
métrica - Def. 8.12, p. 220
d (x, y) = ||x − y||

y = 0, d (x, 0) = ||x − 0|| = ||x||

;
espaço métrico - Def. 8.13, p. 220
exemplos de espaços métricos: p. 221-224
Exemplo 8.3.2 - R
Exemplo 8.3.3 - Rn , d
Exercicio 8.3.2 - Rn , d1 , d2
Exemplo 8.3.4 - C (a, b)
Exercicio 8.3.3 - C (a, b) , d˜
Exemplo 8.3.5 - L2cont (a, b)
Exemplo 8.3.6 - l∞

sec. 8.7 Espaços Métricos Completos, p. 241


sequência de Cauchy (sequência fundamental) - Def. 8.45, p. 241
espaço completo - Def. 8.46, p. 241
;
Exemplos de espaços métricos completos: p. 241-244
Exemplo 8.7.1 - R e C
sec. 4.4, p. 105 - sequências de Cauchy
sequência de Cauchy (de números reais) - Def. 4.14, p. 105
Teorema 4.15, p. 105
Uma sequência de números reais é convergente se e somente se é sequência de Cauchy.
a prova utiliza o teorema de Bolzano-Weierstrass

9
Teorema 4.13, p. 103 - Teorema de Bolzano-Weierstrass
Toda sequência limitada de números reais tem uma subsequência convergente.
;
Corolário 4.16, p. 106
Uma sequência de números complexos é convergente se e somente se é sequência de Cauchy.
;
R → C → (x, y)

R → Rn → (x1 , x2 , ..., xn )

Exemlo: Rn é completo.
C → Cn → (z1 , z2 , ..., zn ) , zk = (xk , yk )

Exemlo: Cn é completo.

10
4 aula 4

Teorema 8.47 - espaço l∞ é completo

sequências limitadas l∞ : x ∈ l∞ , x = (ξ1 , ξ2 , ξ3 , ...) , |ξi | ≤ cx para todos i

Teorema 8.48 - espaço lp é completo, p = 2



X
l2 : x = (ξ1 , ξ2 , ξ3 , ...) ∈ l2 , |ξi |2 < ∞
i=1

∞ ∞
!1/2
X X
||x||2 = |ξi |2 < ∞, ||x|| = |ξi |2 <∞
i=1 i=1

x(n) ∈ l2

para cada componente i



(n)
ε ε
ξi − ξi < √ ; √ → 0 se k → ∞

k k
k - arbitrário (arbitrariamente grande)

para n > N : ||x|| = x − x(n) + x(n) ≤ x − x(n) + x(n) ≤ ε + x(n) < ∞


;
Teorema 8.49 - espaço C (a, b) é completo
usa Teorema 7.4, p. 184
precisa recordar de convergência pontual e uniforme para funções
;
Exemplos de espaços métricos incompletos: p. 244-246
conjunto de números racionais Q
Exemplo 8.7.2 - espaço de polinônios é incompleto
Teorema 8.51 - espaço L2cont (a, b) é incompleto
;
Completamento de espaços métricos, p. 246-247
conjunto de números racionais Q para conjunto de números reais R
conjunto denso
;
Exemplo 8.7.3
integral de Lebesgue, conjunto de medida nula

11
;
espaço de Hilbert - Def. 10.6, p. 315
Exemplos:
Exemplo 10.1.3 - espaço l2 é espaço de Hilbert
Exemplo 10.1.4 - espaço L2cont (R) não é espaço de Hilbert

12
5 aula 5

;
Def. 10.7, p. 317
Um espaço de Hilbert é separável se possui um subconjunto enumerável denso.
usa: conjunto enumerável, conjunto denso
;
conjunto enumerável:
sec. 2.3, p. 51
Conjuntos Infinitos e Numeros Transfinitos
Def. 2.27, p. 52 -conjuntos enumeraveis
Conjunto infinito é enumeravel se todos os elementos do conjunto podem ser numerados por
números naturais.
Conjunto é enumeravel se é possı́vel indicar uma correspondência (um a um) entre todos os
elementos do conjunto e numeros naturais.
Teorema 2.30, p. 53
Todo conjunto infinito contém um subconjunto enumerável.
Teorema 2.31, p.
O produto cartesiano de dois (de número finito de) conjuntos enumeráveis é enumerável.
Def. 2.10, p. 41 produto cartesiano de conjuntos (de espaços).
..par ordenado: A × B = {a, b} , a ∈ A, b ∈ B.
Teorema 2.32
A união de uma coleção enumerável de conjuntos enumeráveis é enumerável.
;
Exemplos de conjuntos enumeráveis:
números naturais N; números inteiros Z; números racionais Q;
Exemplos de conjuntos não enumeráveis:
um intervalo de R (todo R);
conjunto M={(m1 ,m2 ,..)} de todas sequencias com componentes iguais a 0 ou 1;

conjunto denso:
um lembrete, p. 316 último parágrafo
;

13
Def. 8.34, p. 236
Um conjunto D é denso em espaço X se o fecho de D coincide com o espaço inteiro X: D = X.
D denota o fecho de D
fecho:
Def. 8.3, p. 215
Seja X um espaço métrico. Um ponto p ∈ X é ponto de acululação de A ⊂ X se todo conjunto
aberto em X que contém p também contém um ponto de A distinto de p.
O conjunto dos pontos de acumulação de A é denotado por A′ . O fecho A de A é o conjunto
obtido por adição a A todos os seus pontos de acumulação: A = A ∪ A′ .
Um conjunto é fechado se contém todos os seus pontos de acumulação. A é fechado.
Def. de Conjunto aberto.
Vizinhança de um ponto x do espaço métrico X é o conjunto de pontos y que para um valor de
ε > 0 obedecem a relação kx − yk < ε. (métrica induzaida pela norma)
Conjunto aberto é tal conjunto em que cada seu ponto entra junto com uma sua vizinhança.

(a, b) ⊂ R, a, b ∈
/ (a, b) ,

A = (a, b) , X = R

a,b - pontos de acululação de (a, b)


A = [a, b]

;
Teorema 8.35, p. 236
O conjunto D no espaço métrico (X, d) é denso se e somente se para cada x ∈ X existe uma
sequência de elementos de D que converge para x.
;
Def. 8.36, p. 237 (repetido)
Um espaço X é separável se contém um subconjunto enumerável denso.
;
um lembrete, p. 316 último parágrafo (repetido)
;

conjunto de números racionais A = Q no espaço R, A = R , R - espaço separável


;

14
Teorema 10.8, p. 317
Espaço de Hilbert l2 é separável.
;
convergência forte, convergência fraca
Def 10.9, p. 318 - convergência fraca
Exemplo 10.1.7
usa: Teorema 4.26 (critério de Cauchy para séries), p. 113
;
produto escalar é uma função contı́nua de seu argumentos, p. 319
;

sec. 10.2 Bases ortonormais, p. 319


Def. 10.11 - sistema ortogonal de vetores, sistema ortonormal

(ei , ej ) = δij , δij é o sı́mbolo de Kronecker

sistema ortonormal constitui uma base no espaço X da dimensão finita:


n
X
∀x ∈ X, x = ci ei , ci = (ei , x) , n = dim X
i=1

Num espaço de H separável todo sistema ortonormal é finito ou infinito emunerável, p. 319
;
Def. 10.12, p. 320 - espaço gerado por um conjunto de vetores S, span S
envelope linear de conjunto de vetores S, todas as combinações lineares de vetores de S
Teorema 10.13, p. 320 - span T=span S
método de ortonormalização de Gram-Schmidt
;
Teorema 10.14, p. 321 (Desigualdade de Bessel)
Corolário 10.15, p. 322
;

5.1 Exercı́cios

;
5 problemas do Cap. 10 da escolha arbitrária

15
a5-q1. Considerar o espaço de polinômios definidos no intervalo (−1, 1) .
Os monômios {1, x, x2 , ..., xn , ...} são elementos linearmente independentes no espaço de polinômios.
Aplicando o método de ortonormalização de Gram-Schmidt para o conjunto do monômios construir
o sistema ortonormal. Determinar os primeiros 5 elementos do sistema ortonormal e identificar o
sistema ortonormal obtida com os polinômios conhecidos.

16
6 aula 6

;
Def. - sistema ortonormal completo
; (usamos outro caminho da definição)
p. 326, parágrafo 2, 3 (2 últimos parágrafos)
usado: sistema ortonormal completo = base ortonormal
Sistema ortonormal S em espaço X é o sistema ortonormal completo se (span S) é denso em X:
(span S) = X.
{introduzido através do termo de sistema total de vetores. um sistema de vetores M é total em
X se (span M ) é denso em X. um sistema ortonormal S é completo em X se ele é o sistema total.}
ou
Sistema ortonormal S em espaço X é o sistema ortonormal completo se S é o sistema ortonormal
maximal em X, isto é, não é um subconjunto de outro sistema ortonormal em X.
Para o sistema ortonormal completo {ei } em H a desigualdade de Bessel

X
2
∀x ∈ H : kxk ≤ |(ei , x)|2
i=1

torna-se a igualdade de Parseval:



X
2
∀x ∈ H : kxk = |(ei , x)|2
i=1

Se {ei } é o sistema ortonormal completo:



X
∀x ∈ H, x = ci ei , ci = (ei , x) são coeficientes de Fourier
i=1

Mais geral se a igualdade de Parseval é satisfeita, podemos obter uma relação para quaisquer dois
elementos de H, a relação de Parseval (no livro):

X
∀x, y ∈ H : (x, y) = (x, ei ) (ei , y)
i=1


X ∞
X
x= (ei , x) ei , y = (ej , y) ej
i=1 j=1

∞ ∞
! ∞ X
∞ ∞ X

X X X X
(x, y) = (ei , x) ei , (ej , y) ej = ((ei , x) ei , (ej , y) ej ) = (ei , x) (ej , y) (ei , ej )
i=1 j=1 i=1 j=1 i=1 j=1
∞ X
X ∞ ∞
X
= (x, ei ) (ej , y) δij = (x, ei ) (ei , y)
i=1 j=1 i=1

17
;
Para sistemas (ortonormais) completos temos vários teoremas e afirmações importantes.
Um sistema (ortonormal) S é completo em H se não existe um vetor em H, exceto o vetor nulo,
que é ortogonal a todos os vetores de S. Teorema 10.17, p. 324.
;
Se um espaço de Hilbert é separável qualquer sistema ortonormal nele é un conjunto finito ou
enumerável. (AG)
;
Um espaço de Hilbert possui um sistema ortonormal completo se e somente se ele é separável.
(AG)
;
Um espaço de Hilbert é separável se e somente se possui um sistema ortonormal completo S
enumerável. Teorema 10.18, p. 325
;
Exemplo 10.2.1, p. 322
base canônica de l2

e1 = (1, 0, 0, 0, ...)

e2 = (0, 1, 0, 0, ...)

e3 = (0, 0, 1, 0, ...)

...

kei k = 1, i = 1, 2, 3, ...; (ei , ej ) = 0, i 6= j

sistema {ei } é conjunto enumerável

x = (ξ1 , ξ2 , ξ3 , ...) ∈ l2

(ei , x) = 0 + 0 + ... + ξi + 0 + 0 + ... = ξi


X∞
x= (ei , x) ei = ξi ei
i=1
;
Exemplo 10.2.2, p. 323
Exemplos de sistemas ortonormais completos
;
Dimensionalidade de espaços de Hilbert.

18
A cardinalidade de um sistema ortonormal completo num espaço de Hilbert determina a dimen-
sionalidade desse espaço de Hilbert. p. 327 (AG)
cardinalidade ou número cardinal (caracterı́stica de conjuntos infinitos), p. 51:
um conjunto enumerável tem número cardinal ”alef zero” Card(N) =Card(Z) =Card(Q) = A0 ;
número cardinal do contı́nuo, p. 58; Card(R) = c.
números transfinitos.
;

sec. 10.3 Isomorfismo de espaços de Hilbert, p. 327


Def. 10.19 - espaços euclidianos isomorfos, transformação unitaria
isomorfismo - um mapeamento [transformação, aplicação] entre dois espaços (conjuntos) que con-
serva estrutura dos espaços: linearidade, propriededes de produto escalar, completeza, separabilidade,
etc.
Teorema 10.20, p. 328
Todos os espaços de Hilbert separáveis são isomorfos ao espaço l2 .
p. 328 - último parágrafo
;
Teorema 10.21, p. 329
Um isomorfismo entre dois espaços de Hilbert separáveis H e H′ mapeia bases ortonormais em
bases ortonormais.
lembramos (no livro): base ortonormal = sistema ortonormal completo
;

cap. 11, Operadores Lineares, p. 333


aplicação = mapeamento - uma regra que define uma correspondência entre elementos de um
espaço;
por exempolo: função real y = f (x) ; função complexa w = f (z)
;
sec. 11.1, Operadores Lineares. Definição Geral
Def. 11.1 - operador linear
Um operador A no espaço de Hilbert H é um mapeamento

x 7→ y = Ax, x ∈ D (A) ⊆ H, y ∈ R (A) ⊆ H

19
D (A) é domı́nio de A, R (A) é imagem de A. O operador A é linear se D (A) é um espaço linear e

∀x, y ∈ D (A) , ∀α, β ∈ C, A (αx + βy) = αAx + βAy

;
Def. 11.2 - operadores iguais

D (A) = D (B) , Ax = Bx

;
Def. 11.3, p 334
O operador B é uma extensão de operador A se D (A) ⊂ D (B) e Ax = Bx, ∀x ∈ D (A) .
forma compacta: A ⊂ B
restrição de operador - analogamente
;
sec. 11.2, Operadores Limitados, p 334
Def. 11.4 - operadores contı́nuos
Um operador A é contı́nuo em x0 ∈ D (A) se

para x ∈ D (A) , ∀ε > 0 ∃δ (ε) > 0, kx − x0 k < δ ⇒ kAx − Ax0 k < ε

lim Ax = Ax0
x→x0

O operador A é contı́nuo se ele contı́nuo em todos os pontos do seu domı́nio.


;
Exemplo 11.2.1 operador T definido como: para um vetor fixo y ∈ H , y 6= 0

T x = (x, y) x, D (T ) = H

é contı́nuo
;
Def. 11.5 - operador limitado
Um operador A é limitado se existe C ≥ 0 tal que

∀x ∈ D (A) , kAxk ≤ C kxk .

A menor constante C da definição determina a norma do operador A:

kAxk
≤C
kxk

20
kAxk
kAk = sup
x∈D(A) kxk

kAxk 1 x
sup = sup Ax = sup A
= sup kAxk
x∈D(A) kxk x∈D(A) kxk x∈D(A) kxk x∈D(A), kxk=1

x 1
kxk = kxk kxk = 1

kAk = sup kAxk


x∈D(A), kxk=1

Def. 11.7, p. 336.


;
Um operador linear limitado é contı́nuo. (AG)
Se um operador linear é contı́nuo em um ponto ele é limitado. (AG)
Teorema 11.6, p. 335, Exercicio 11.2.2
;
Exemplo 11.2.2, p. 335 - operador T limitado
Z x
2
T, D (T ) = L (0, 1) : (T f ) (x) = f (t) dt, 0 ≤ x ≤ 1
0

21
7 aula 7

;
Def. 11.7, p. 336, norma de operador

kAxk
kAk = sup = sup kAxk
x∈D(A) kxk x∈D(A), kxk=1

se kAk < ∞, A é limitado; no caso contrário A é ilimitado


;
Exercicioo 11.2.1, p. 334
Para um operador A contı́nuo temos que se uma sequência de elementos {xn } , xn ∈ D (A)
converge a um elemento x ∈ D (A)

lim xn = x; xn , x ∈ D (A)
n→∞

então
lim Axn = Ax
n→∞

Contrário: se para xn , x ∈ D (A) temos

lim xn = x; xn , x ∈ D (A) ⇒ lim Axn = Ax


n→∞ n→∞

então A é contı́nuo.
;

Exemplos de operadores ilimitados.


Exemplo 11.2.4, p. 337
operador de derivação P
d
P = −i
dx
em H = L2 (R) ,
D (P ) = {f, f ′ ∈ H}
df
f 7→ g : (P f ) (x) = −i = g; f, g ∈ H
dx
;
Exemplo 11.2.5, p. 338
D (Q) = {f, xf ∈ H}

22
Teorema 11.8, 339
extensão de operador limitado definido em um domı́nio denso em H a um operador limitado
definido em todo H
;
Representação matricial de operadores limitados em espaço de Hilbert separável
Teorema 11.9, p.340
;
Operador inverso, p.340 - último parágrafo
;
Espaço de operadores, p. 336
Exercicio 11.2.3, 336
operadores A, B com D (A) = D (B) = H, ∀x ∈ H, ∀α ∈ C

(A + B) x = Ax + Bx; A (αx) = αAx

no caso D (A) 6= H, D (B) 6= H

D (A + B) = D (A) ∩ D (B)

;
X, Y são espaços lineares
T : X 7→ Y

;
sec. 11.4, p. 343, Complementos Ortogonais e Funcionais Lineares
variedade linear
span M

variedade linear fechada em um H é subespaço do H


Def. 11.10, Complemento Ortogonal
;
Exercicio 11.4.1 - pode fazer!
M⊥ = M⊥
⊥
M⊥ =M

23
Teorema 11.12, p. 345
definição de soma direta
;
Def. 11.13, p. 345 - Funcional Linear
;
Exemplo 11.4.1
;
espaço dual H′ de H
;
Funcionais lineares contı́nuos - intrudizudos analogamente a operadores contı́nuos
;
Teorema 11.14, p. 346 (Representação de Riesz)
definição de núcleo de funcional L

Ker (L) = {x ∈ H, Lx = 0}

;
Def. 11.5, p. 348 - forma (funcional) sesquilinear (linear por 2do argumento e antilinear por 1ro)
forma sesquilinear limitada
;
Teorema 11.16, p. 348
;

Sec. 12 Operadores Simétricos, Autoadjuntos e Unitários, p. 357


Sec. 12.1 Operadores Simétricos
Def. 12.1 operadore simétrico
Um operador linear A é simétrico se D(A) é denso em H e

(Ax, y) = (x, Ay) , ∀x, y ∈ D (A)

;
Exemplo 12.1.1 - operador de posição Q

D (Q) = {f, xf ∈ H}

usa Exemplo 12.4.1, p. 373

24
;
Exemplo 12.1.2, p. 358 - operador de derivação P (de momento da MQ em reprepresentação de
coordenadas)
usa o espaço de Schwartz: f ∈ C ∞ , xn ∂k f → 0, |x| → ∞, n ∈ N, k ∈ N
;

Def. 12.2
Se existe x ∈ D (A) , x 6= 0 tal que

Ax = λx, λ ∈ C

x é chamado de autovetor de operador A e λ de seu autovalor.


;
Exercı́cio 12.1.1, p. 358 - fazer!
;
Teorema 12.3, p. 358
Um operador simétrico definido sobre todos os elementos de um espaço de Hilbert H é necessari-
amente limitado.
;
parágrafo depois de Exercı́cio 12.1.1 !
;
paragrafo, p. 359-360 !
operador densamente definido

7.1 Exercicios

;
4 problemas do Cap. 11 da escolha arbitrária
;
a7q1: Exercı́cio 12.1.1, p. 358 - fazer!
;

7.2 Bibliografia

recomendo usar o livro:


E. Prugovecki, Qunatum Mechanics in Hilbert Space, New York, Academic Press, 1981.

25
8 aula 8

;
Teorema 12.4, p. 360
Um conjunto de elementos S⊂ H é denso no espaço de Hilbert H se e somente se o único elemento
de H que é ortogonal a todos os elementos de S é elemento nulo.

kxk2 = (x, x) = lim (xn , x) = lim 0 = 0


n→∞ n→∞

;
Sec. 12.2, p. 360, Adjunto de um operdor linear
;
Def. 12.5, p. 361- operador adjunto (é necessário para operadores ilimitados)
Para um operador linear densamente definido em um espaço de Hilbert H, todos elementos
y, y∗ ∈ H que obedecem a relação

(y∗ , x) = (y, Ax) , ∀x ∈ D (A)

e y formam um conjunto D∗ . Definimos um operador A∗ cujo domı́nio D (A∗ ) é composto por y ∈ D∗


e a aplicação de A∗ em y é dado por:
A∗ y = y∗ .

O operador A∗ é chamado de adjunto de A.


A†

(A∗ y, x) = (y, Ax) , ∀x ∈ D (A) , ∀y ∈ D (A∗ )

- o dominio de (A∗ ) não é vasio


y∗ = A∗ y, y∗′ = A∗ y

(y∗ − y∗′ , x) = (A∗ y − A∗ y, x) = (y, Ax) − (y, Ax) = 0

y∗ − y∗′ = 0, y∗ = y∗′

se D(A) não é denso, existe z : x⊥ z 6= 0

(y∗ + z, x) = (y∗ , x) , x⊥z, z 6= 0

então para qualquer x ∈D(A) existe 2 elementos y∗ e y∗ + z que obedecem a condição, portanto A∗
não pode ser definido
;

26
- operador A∗ é linear
;
Exercicio 12.2.1, p. 362
;
Def. 12.6, p. 362 - operador fechado (para operadores ilimitados)
;
Teorema 12.7, p. 363
O anjunto A∗ de um operador linear A é fechado.

(z, x) = ... (y, Ax) = (A∗ y, x)

;
fecho A
extensão
;
Teorema 12.8, p. 363
Se A ⊂ B ⇒ B ∗ ⊂ A∗ .
(B ∗ x, y) = (x, Ay) = (A∗ x, y)

D (B ∗ ) ⊂ D (A∗ )

;
Teorema 12.9, p. 363
Todo operador simétrico possui uma extensão simétrica fechada, a saber: A∗∗ .

A = A∗∗ = (A∗ )∗

;
Exercicio 12.2.2 - pode fazer !
;
Teorema 12.10, p. 364
Se A é um operador limitado definido em todo o espaço de Hilbert H, então A∗ é um operador
limitado definido em todo o espaço de Hilbert e kA∗ k = kAk.
;
Exercicio 12.2.3, p. 365 - fazer !
;

27
Alerta, , p. 365 !
;
Teorema 12.11, p. 365
;

Sec. 12.3, p. 366, Operadores Isométricos e Unitários


;
Def. 12.12, p. 366 - operador isométrico, operador unitário
;
Teorema 12.13, p. 366
;
p. 368 - 1ro parágrafo
;
Teorema 12.14, p. 369
;
Sec. 12.4, p. 373, Operadores Autoanjuntos
;
grandezas observáveis são descritas por um operador autoadjunto
;
simétrico = Hermitiano
autoadjunto é necessário para descrever grandezas observáveis em MQ
;
Def. 12.19, p. 373 - operador autoadjunto
;

Def. 12.20, p. 375 - função absolutamente contı́nua


;
Def. 12.21, p. 375 - espaços de Sobolev
;
Lemma 12.22, p. 376 - asintóticas de funções de espaços de Sobolev
;

28
8.1 Exercicios

;
Exercicio 12.2.3 - fazer !
;
5 problemas do Cap. 12 da escolha arbitrária

29
9 aula 9

;
p. 362
o parágrafo antes da Def. 12.6, p. 362
A é um operador simétrico: densamente definido em H e (Ay, x) = (y, Ax) ∀x, y ∈ D (A)
se A é um operador simétrico para o seu ajunto temos: (A∗ y, x) = (y, Ax) ∀x ∈ D (A) , isto é
a condição (A∗ y, x) = (y, Ax) é satisfeita e A∗ y = Ay (pelo menos) para y ∈ D (A) (mas podem
existir mais elementos y ∈ H que obedecem a condição), portanto D (A) ⊂ D (A∗ )
;
Exemplo 12.4.1, p. 373 - operador Q em L2 (R)
 Z ∞ 
2 2 2 2
D (Q) = f ∈ L (R) , xf ∈ L (R) : x |f (x)| dx < ∞
−∞

;
lim
n→∞

para cada elemento f ∈ L2 (R) é construida uma sequência fn ∈ D (Q) que converge a f, então
D (Q) é denso em L2 (R) .
(g∗ , f ) = (g, Qf ) ∀f ∈ D (Q)

g∗ = xg, Q∗ = Q

Q∗ executa a mesma operação (de Q) e elementos g compõem D (Q∗ )

xg = g∗ ∈ L2 (R) ⇒ g ∈ D (Q) ⇒ D (Q∗ ) = D (Q)

;
Exemplo 12.4.2, p. 376 - operador P em L2 (R)

df
P f = −i ; D (P ) = H 1 (−∞, ∞)
dx

introduz espaço C0∞ (a, b) de funções infinitamente diferenciáveis com suporte compacto contido
no intervalo (a, b)
(a′ , b′ ) ⊂ (a, b)

[f ∈ C0∞ (a, b) , f (x) = 0 para a ≤ x < a′ e b′ < x ≤ b]


usa o fato: C0∞ (a, b) ⊂ H m (a, b) , C0∞ (a, b) é denso em L2 (a, b) , portanto H m (a, b) é denso em
L2 (a, b)

30
onde espaço de Sobolev H m (a, b) = f ∈ L2 (a, b) , f (j) ∈ AC (a, b) , 0 ≤ j ≤ m − 1, f (m) ∈ L2 (a, b)


;
D (P ) = H 1 (−∞, ∞)

funções absolutamente contı́nuas de quandrado integráveis e com primeira derivada de quandrado


integrável
;
Z a Z a Z a
f¯h dx =

f¯h|a−a − f¯ hdx = −

f¯ ′ hdx
−a −a −a

f∈ C0∞ (−a, a) , f (−a) = f (a) = 0

h (x) + ig (x) = C
Z x
g∗ (t) dt + ig (x) = C
0
Z x
ig (x) = c − g∗ (t) dt
0
Z x
g (x) = c1 + i g∗ (t) dt
0

g ′ (x) = ig∗ (x)

−ig ′ (x) = g∗ (x) = P ∗ g

P ∗g = P g

;
paragrafo depois do exemplo, p. 378
comentário:
se
D (P ) = J

J espaço de Schwartz
então
D (P ∗ ) = H 1 (−∞, ∞)

e
D (P ) ⊂ D (P ∗ )

pois J ⊂ H 1 (−∞, ∞) .
;
subsec. Criterio básico de autoadjunticidade, p. 378

31
se A é autoadjunto; supomos A∗ x = ix para um elemento x ∈ H, então temos

A∗ = A

A∗ x = Ax

−i (x, x) = (ix, x) = (A∗ x, x) = (x, Ax) = (x, ix) = i (x, x)

portanto
(x, x) = 0 ⇒ x = 0

único elemento que resovle a equação A∗ x = ix é o elemento nulo; semelhante para A∗ x = −ix, então

A∗ x = ±ix ⇒ x = 0

;
núcleo de operador
Ker (T ) = {x ∈ D (T ) , T x = 0}

;
se A é fechado e
Ker (A∗ ∓ iI) = {0}

(A∗ ∓ iI) x = A∗ x ∓ iIx = A∗ x ∓ ix = 0, para x = 0

ou
A∗ x = ±ix, para x = 0

[única solução das equações A∗ x = ±ix é o elemento nulo], então A é autoadjunto


;
Teorema 12.23, p. 378
se A é um operador simétrico em H e:

a ⇒ b − acima

;
b⇒c

b) se A é fechado e
Ker (A∗ ∓ iI) = {0}

então c)
Ran (A ± iI) = H

32
:
se um elemento x ⊥ Ran(A + iI) temos:

Iy = y

(x, (A + iI) y) = 0 ∀y ∈ D (A)

(x, (A + iI) y) = ((A + iI)∗ x, y)

;
((A + iI)∗ x, y) = (x, (A + iI) y) = (x, Ay) + (x, iIy) = (A∗ x, y) + i (x, y)

= (A∗ x, y) + ((−i) Ix, y) = ((A∗ − iI) x, y)

então
((A + iI)∗ x, y) = ((A∗ − iI) x, y)

e
0 = (x, (A + iI) y) = ((A + iI)∗ x, y) = ((A∗ − iI) x, y)

obtemos
((A∗ − iI) x, y) = 0 ∀y ∈ D (A)

que é satisfeito quando


(A∗ − iI) x = 0

ou
A∗ x = ix

da condição b) a única solução desta eq. é


x=0

e como x = 0 é único elemento que é ortogonal a Ran(A + iI) , então Ran(A + iI) é denso em H.
(Teorema 12.4, p. 360)
;
para cada x ∈ D (A) temos:

k(A + iI) xk2 = ((A + iI) x, (A + iI) x) = (Ax, (A + iI) x) + (iIx, (A + iI) x)

= (Ax, (A + iI) x) + (ix, (A + iI) x)

= (Ax, Ax) + (Ax, iIx) + (ix, Ax) + (ix, iIx)

= (Ax, Ax) + (Ax, ix) + (ix, Ax) + (ix, ix)

33
= kAxk2 + i (Ax, x) − i (x, Ax) − i · i (x, x)

= kAxk2 + i (Ax, x) − i (x, Ax) + kxk2

como A é simétrico: (Ax, x) − (x, Ax) = 0, [(Ax, x) = (x, Ax)] portanto

= kAxk2 + kxk2

então
k(A + iI) xk2 = kAxk2 + kxk2

e
kAxk ≤ k(A + iI) xk e kxk ≤ k(A + iI) xk

se xn ∈ D (A) e a sequência (A + iI) xn → z ∈ H

lim kxn k ≤ lim k(A + iI) xn k = kzk


n→∞ n→∞

lim kAxn k ≤ lim k(A + iI) xn k = kzk


n→∞ n→∞

{xn } , {Axn } - sequências de Cauchy (precisa uma demonstração) em H, portanto

xn → x, Axn → y, x, y ∈ H

da condição b): A é fechado, portanto x ∈ D (A) e Ax = y (da definição de operador fechado),


portanto z = (A + iI) x ∈Ran(A + iI) , portanto o conjunto Ran(A + iI) é fechado e tal que é
denso em H, Ran(A + iI) = H.
analogamente pode ser demonstrado que Ran(A − iI) = H.

34
10 aula 10

;
aplicação do Teorema 12.23, p. 378
;
Exemplo 12.4.3, p. 380
demonstração que Ran(Q + iI) = H = L2 (R)
n R∞ 2 o
2 2 2
com D (Q) = f ∈ L (R) , xf ∈ L (R) : −∞ x |f (x)| dx < ∞

1
f= g, ∀g ∈ L2 (R)
(x + i)

(x + i) f = g, (Q + iI) f = g
1 1 1 1 1
= = 2
(x + i) (x + i) (x + i) (x − i) x +1
1 x2
≤ 1, ≤1
1 + x2 1 + x2
;
Exemplo 12.4.4, p. 380
demonstração que Ran(P − iI) = H = L2 (R) com D (P ) = H 1 (−∞, ∞)

df df
(P − iI) f = −i − if = g ⇒ + f = ig, ∀g ∈ L2 (R)
dx dx
df d x
ex + ex f = (e f ) = iex g
dx dx
Z x
x
(e f ) = iet g (t) dt,
−∞
Z x Z x
−x t
f (x) = e ie g (t) dt = iet−x g (t) dt
−∞ −∞

portanto f (x) ∈ AC (−∞, ∞) , pois é produto das funções absolutamente contı́nuas

u = t − x, t = u + x; t = x, u = 0; dt = du
Z x Z 0
t−x
f (x) = ie g (t) dt = ieu g (u + x) du
−∞ −∞

 eu , u < 0
h (u) =
 0, u > 0
Z 0
f (x) = i h (u) g (u + x) du
−∞

35
e
Z ∞
f (x) = i h (u) g (u + x) du
−∞

h (u) ∈ L2 (R) , g (u + x) ∈ L2 (R) , portanto h (u) g (u + x) ∈ L1 (R)


Z ∞ 2 Z ∞ Z ∞
2
|g (u + x)|2 du < ∞


h (u) g (u + x) du ≤
|h (u)| du ·
−∞ −∞ −∞

(desig de Schwartz)
"Z #
Z ∞ Z ∞ ∞ Z ∞
2
|f (x)| dx = h (u) g (u + x) du h (v) g (v + x) dv dx
−∞ −∞ −∞ −∞

Z ∞ Z ∞ Z ∞ 
= h (u) g (u + x)du h (v) g (v + x) dv dx
−∞ −∞ −∞
Z ∞ Z ∞ Z ∞ 
= h (u) h (v) g (u + x)g (v + x) dx dvdu
−∞ −∞ −∞

obs

Z Z ∞
2
|f (x)|2 dx

|f (x)| dx =


−∞ −∞
Z ∞ Z ∞ Z ∞ Z ∞ 
2

|f (x)| dx = h (u) h (v) g (u + x)g (v + x) dx dvdu ≤
−∞ −∞ −∞ −∞
Z ∞ Z ∞  Z ∞ 

≤ |h (u)| |h (v)| g (u + x)g (v + x) dx dvdu
−∞ −∞ −∞

(desig de Schwartz):
Z ∞ 2 Z ∞ Z ∞
2
|g (v + x)|2 dx = kgk2 kgk2


g (u + x)g (v + x) dx ≤
|g (u + x)| dx ·
−∞ −∞ −∞


Z
g (u + x)g (v + x) dx ≤ kgk2



−∞

portanto
Z ∞ Z ∞ Z ∞
2 2
|f (x)| dx ≤ kgk h (u) h (v) dvdu
−∞ −∞ −∞
Z 0 Z 0
2
= kgk u
e du ev dv = kgk2 < ∞
−∞ −∞

pois g (x) ∈ L (R) . Portanto f (x) ∈ L (R) . Para f ′ temos:


2 2

df
+ f = ig
dx

f ′ = ig − f ∈ L2 (R)

pois g (x) , f (x) ∈ L2 (R) . Então é mostrado que f (x) ∈ D (P ) = H 1 (−∞, ∞) (espaço de funções
absolutamente contı́nuas de quandrado integráveis e com primeira derivada de quandrado integrável)
e Ran(P − iI) = H = L2 (R) .

36
;
Exercicio 12.4.1, p. 382 - pode ser usado como o trabalho individual !
Ran(P + iI) = H = L2 (R) com D (P ) = H 1 (−∞, ∞)
;
Teorema 12.24, p. 382
i→λ∈C

Seja A é um operador simétrico e Ran(A + λI) =Ran A + λ̄I = H para um λ ∈ C. Então A é
autoadjunto.
demonstração:
Seja x ∈ D (A∗ ) . Como Ran A + λ̄I = H, existe y ∈ D (A) tal que A + λ̄I y = A∗ + λ̄I x.
  

Temos:

A∗ + λ̄I x, z =
   
∀z ∈ D (A) , (x, (A + λI) z) = A + λ̄I y, z = (y, (A + λI) z)

onde
(x, (A + λI) z) = (x, Az) + (x, λIz) = (x, Az) + (x, λz) = (A∗ x, z) + λ (x, z)

= (A∗ x, z) + λ̄x, z = A∗ + λ̄I x, z


  

e
   
A + λ̄I y, z = (Ay, z) + λ̄Iy, z = (Ay, z) + λ̄y, z = (y, Az) + λ (y, z)

pois A é simétrico: (Ay, z) = (y, Az) ∀y, z ∈ D (A)

= (y, Az) + (y, λz) = (y, (A + λI) z)

;
∀z ∈ D (A) , (x, (A + λI) z) = (y, (A + λI) z)

Como Ran(A + λI) = H, então x = y (para todos os elementos de H no 2do argumento). Como
y ∈ D (A) e x = y então x ∈ D (A) [não tem outros elementos x de D (A∗ ) a mais de y ∈ D (A)].
Portanto D (A∗ ) = D (A) e A é autoadjunto.
;
Exercicio 12.4.2, p. 382 - pode ser usado como o trabalho individual !
d 2
2 2
Demonstrar que o operador h = − dx 2 em L (−∞, ∞) com domı́nio D (h) = {f ∈ H (−∞, ∞)}

é autoadjunto.
Aplicar o Teorema 12.24 com λ = 1 e a sugestão indicada.
;

37
subsec. Transformação Unitária de Operadores Autoanjuntos, p. 382
1ro parágrafo da subsec.
;
Teorema 12.25, p. 383
A autoanjunto em H1 com D (A) e U é unitario: H1 7→ H2 , então B = U AU −1 é autoanjunto em
H2 com D (B) = U D (A)
;
operadores A e B = U AU −1 são operadores unitariamente equivalentes (com as condições indi-
cadas)
;
Exercicio 12.4.3, p. 383 - pode fazer !
Provar que um operador unitário mapeia variedades lineares densas em variedades lineares densas.
;

Sec. 12.5, p. 385 - Extensões Autoanjuntas de Operadores Simétricos


;
se A é simétrico mas não autoanjunto: D (A) ⊂ D (A∗ )
a questão: estender D (A) para A torna-se autoanjunto
;
Teorema 12.8
D (A) ⊂ D (B) ⇒ D (B ∗ ) ⊂ D (A∗ )

portanto, B ↔ A∗ (trocamos B por A∗ ):

D (A) ⊂ D (A∗ ) ⇒ D (A∗∗ ) ⊂ D (A∗ )

Teorema 12.9
Todo operador simétrico possui uma extensão simétrica fechada, a saber: A∗∗ .

A = A∗∗ = (A∗ )∗

mas

D (A) ⊂ D A

portanto
D (A) ⊂ D (A∗∗ ) ⊂ D (A∗ )

38
para A ser autoadjunto deve ser satisfeito D (A) = D (A∗ ) e portanto

D (A) = D (A∗∗ ) = D (A∗ )

;
Def. 12.26, p. 385
Um operador simétrico A é essencialmente autoadjunto se D (A∗∗ ) = D (A∗ ) (seu adjunto é
autoadjunto)
;
casos
a)
b)
c)
;

Teo 12.27, p. 385


Um operador essencialmente autoadjunto A possui uma única extensão autoadjunta, que coincide
com A∗ .
Como A é simétrico, ele possui adjunto A∗ e

A ⊂ A∗

então A∗ é extensão de A. Como A é essencialmente autoadjunto A∗∗ = A∗ , então A∗ é autoadjunto.


Unicidade: supomos que B é uma extensão de A e B é autoadjunto: B = B ∗ .
Temos inclusões:
A ⊂ B, B ∗ ⊂ A∗ , A∗∗ ⊂ B ∗∗

B = B ∗ , B ∗ = B ∗∗ , B = B ∗∗ ; A∗ = A∗∗ (A é essencialmente autoadjunto)

B ∗ ⊂ A∗ : B ⊂ A∗ ; A∗∗ ⊂ B ∗∗ : A∗ ⊂ B

obtemos:
B ⊂ A∗ e A∗ ⊂ B

inclusão mutua implica


B = A∗

39
p. 386
Um operador simétrico pode ter muitas, nenhuma ou uma extensão autoadjunta. !!
;
p. 388
penúltimo parágrafo
último parágrafo - mencionando de subespaços de deficiência e ı́ndices de deficiência
;
Def. 12.28, p. 389
subespaços de deficiência e ı́ndices de deficiência
para A simétrico: subespaços de deficiência são

K+ = [Ran (A + iI)]⊥ = Ker (A∗ − iI)

K− = [Ran (A − iI)]⊥ = Ker (A∗ + iI)

e ı́ndices de deficiência são (dimensão de espaços de deficiência)


 
n± = dimK± = dim [Ran (A ± iI)]⊥ = dim (Ker (A∗ ∓ iI))

;
em outras palavras:
n+ é numero de soluções linearmente independentes da eq.

A∗ x = ix

e n− é numero de soluções linearmente independentes da eq.

A∗ x = −ix

;
Exercicio 12.5.1 - pode ser usado como o trabalho individual !
Provar que [Ran (A + iI)]⊥ =Ker(A∗ − iI) .
;
Teorema 12.29 (de von Neumann), p. 389
;

Observação, p. 390

40
n+ = n− = 0 - A é essencialmente autoadjunto
n+ = n− = n ≥ 1 - A possui uma famı́lia de extensões autoadjuntas, a famı́lia é n2 -paramétrica
(o número de parâmetros que determina uma transformaçao unitária U de espaço n-dimensional
K+ em espaço n-dimensional K− )
n+ 6= n− - A não possui extensões autoadjuntas
;

Exemplo 12.5.4, p. 391 (vou comentar na próxima aula)


d
P = −i dx em L2 (0, 1) com D (P ) = {f ∈ H 1 [0, 1] , f (0) = f (1) = 0}
usa o Exemplo 12.5.1, p. 386
;

Ex 12.5.5, p. 392
d2
H (+) = − dx 2 (+)
= {f ∈ H 2 (0, ∞) , f (0) = f ′ (0) = 0}

2 em L (0, ∞) com D H

41
11 aula 11

;
Exemplo 12.5.1, p. 386 (precisa para o Exemplo 12.5.4)
P em L2 (a, b) com D (P ) = {f ∈ H 1 [a, b] , f (a) = f (b) = 0}
;
demonstração que P é simétrico
Z b Z b

∀f, g ∈ D (P ) , (f, P g) = f (x) (−ig (x)) dx = −if (x)g (x) |ba +i f ′ (x)g (x) dx
a a

aqui −if (x)g (x) |ba = 0 pois f, g ∈ D (P ) [f (a) = f (b) = g (a) = g (b) = 0], portanto
Z b
= (−i) f ′ (x)g (x) dx = (P f, g)
a

então, P é simétrico.
;
determinação de P ∗ :
Z b Z b
2 ′
f ∈ L (a, b) , ∀g ∈ D (P ) , (f, P g) = f (x) (−ig (x)) dx = −if (x)g (x) |ba +i f ′ (x)g (x) dx
a a

aqui −if (x)g (x) |ba = 0 pois g ∈ D (P ) [g (a) = g (b) = 0], portanto
Z b Z b
= (−i) f ′ (x)g (x) dx = (f∗ , g) = f∗ (x)g (x) dx com f∗ ∈ L2 (a, b)
a a

que dá:
Z b Z b
(−i) f ′ (x)g (x) dx = f∗ (x)g (x) dx
a a
Z bh i
(−i) f ′ (x) − f∗ (x) g (x) dx = 0 ∀g ∈ D (P )
a

como g ∈ D (P ) que é denso em L2 (a, b) , [único elemento que é ortogonal a um conjunto denso em
H é o elemento nulo] então integral é zero somente se

(−i) f ′ (x) − f∗ (x) = 0

ou
f∗ (x) = −if ′ (x) para f ∈ D (P ∗ ) , P ∗ f = −if ′ (x)

f ′ (x) = if∗ (x) ∈ L2 (a, b)

portanto f ′ (x) ∈ L2 (a, b)


Z x
f (x) = c + i f∗ (t) dt
a

42
portanto f ∈ AC (a, b) [função absolutamente contı́nua].
Então,
D (P ∗ ) = f ∈ H 1 [a, b]


e sem condições nos pontos a, b. Como

D (P ) = f ∈ H 1 [a, b] , f (a) = f (b) = 0 ,




vemos que
D (P ) ⊂ D (P ∗ ) .

P não é autoadjunto.
;
Supoms que S é uma extensão de P : D (P ) ⊂ D (S) [ação de S é mesma: Sf = −if ′ , mas o
dominio D (S) é maior de D (P )] ⇒ S ∗ ⊂ P ∗ ⇒

para f ∈ D (S ∗ ) : S ∗ f = P ∗ f = −if ′

para f ∈ D (S ∗ ) e g ∈ D (S) temos:


Z b Z b
∗ ′
(f, Sg) − (S f, g) = f (x) (−ig (x)) dx − (−i) f ′ (x)g (x) dx
a a
Z b Z b
= −if (x)g (x) |ba + i f ′ (x)g (x) dx − i f ′ (x)g (x) dx = −if (x)g (x) |ba
a a

Exigindo que S for autoadjunto, isto é:

(f, Sg) = (S ∗ f, g) , (f, Sg) − (S ∗ f, g) = 0

obtemos
−if (x)g (x) |ba = 0

e
f (b)g (b) − f (a)g (a) = 0

como
D (S) ⊂ D (S ∗ ) .

podemos tomar f = g ∈ D (S) [f ∈ D (S ∗ ) e g ∈ D (S)], obtemos

g (b)g (b) − g (a)g (a) = 0

|g (b)|2 − |g (a)|2 = 0, |g (b)|2 = |g (a)|2

43
ou
|g (b)|2

|g (b)| g (b)
2 = 1, = 1, g (a) = 1

|g (a)| |g (a)|
portanto podemos escrever
g (b)
= eiθ
g (a)
ou
g (b) = g (a) eiθ

para g ∈ D (S) . Tomando agora D (S) como

D (S) = g ∈ H 1 [a, b] , g (b) = g (a) eiθ ,




para f ∈ D (S ∗ ) e g ∈ D (S) temos:


h i
(f, Sg) − (S ∗ f, g) = −if (x)g (x) |ba = −i f (b)g (b) − f (a)g (a)
h i h i
iθ iθ
= −i f (b)g (a) e − f (a)g (a) = −i f (b)e − f (a) g (a)

Exigindo que S for autoadjunto, temos:


h i
∗ iθ
(f, Sg) − (S f, g) = −i f (b)e − f (a) g (a) = 0

ou [como g (x) é arbitrário, e portanto g (a) é arbitrário]

f (b)eiθ − f (a) = 0, f (a) = f (b)eiθ , f (a) = f (b) e−iθ , f (b) = f (a) eiθ

obtemos uma condição que devem obedecer f ∈ D (S ∗ ) . Vemos que se

D (S) = g ∈ H 1 [a, b] , g (b) = g (a) eiθ ,




então
D (S ∗ ) = f ∈ H 1 [a, b] , f (b) = f (a) eiθ ,


e vemos que
D (S ∗ ) = D (S) .

d
com domı́nio D (S) = g ∈ H 1 [a, b] , g (b) = g (a) eiθ é autoadjunto em

Então o operador S = −i dx
H = L2 (a, b) .
O parâmetro θ é uma valor arbitrario do intervalo (0, 2π) . A cada valor corresponde um operador
d
Pθ que é extensão autoadjunta do operador P = −i dx com domı́nio D (P ) = {f ∈ H 1 [a, b] , f (b) = f (a) = 0}
em H = L2 (a, b) .

44
;

Exemplo 12.5.4, p. 391


d
P = −i dx em L2 (0, 1) com D (P ) = {f ∈ H 1 [0, 1] , f (0) = f (1) = 0}
;
usa Exemplo 12.5.1, p. 386
;
P ∗ é determinado no Exemplo 12.5.1:

P ∗ g = −ig ′ , D (P ∗ ) = g ∈ H 1 [0, 1]


sem condições nos pontos x = 0 e x = 1.


;
aplicação do Teorema de von Neumann, Teorema 12.29, p. 389:
determinação de espaços de deficiencia: soluções da eq.

P ∗ g = ±ig, −ig ′ = ±ig, g ′ = ∓g

são
g+ (x) = e−x , g− (x) = ex

so uma solução para (+i) e uma solução para (−i) , g+ , g− ∈ L2 (0, 1) [são integráveis com quadrado]
espaços de deficiencia são:

K+ = βe−x , β ∈ C , K− = {βex , β ∈ C}


são unidimensionais: n+ = n− = 1. [g+ (x) = e−x , g,− (x) = ex são elementos da base de K+ e K− ,
respetativamente]. De acordo com o Teorema de von Neumann existe uma famı́lia uniparamétrica
de extensões autoadjuntas do operador P . Normalizando elementos de base:
1
1 e2 − 1
 
1 1  1 1
Z
2 −2x
1
kg+ k = (g+ , g+ ) = e dx = − e−2x 0 = − e−2 − 1 = 1− 2 =
0 2 2 2 e 2 e2

2e −x
g+ (x) = √ e
e2 − 1
e
1
1 2x 1 1 2
Z
2
e2x dx =

kg− k = (g− , g− ) = e 0= e −1
0 2 2

2
g− (x) = √ ex
e2 −1

45
No caso de espaços unidimensionais a transformação unitária de K+ em K− é determinada como:

(U g+ , U g+ ) = (g− , g− )

U −1 = U ∗

transformação unitária U é linear:


U g+ = γg− , γ ∈ C

(U g+ , U g+ ) = (γg− , γg− ) = γ̄γ (g− , g− ) = |γ|2 (g− , g− ) = (g− , g− )

portanto
|γ|2 = 1, |γ| = 1

então:
U g+ = γg− , γ ∈ C, |γ| = 1, γ = eiθ , θ ∈ (0, 2π)

;
De acordo com o Teorema de von Neumann o domı́nio do operador PU [que é autoadjunto e é da
famı́lia das extensões autoadjuntas do P ] é dado por:

D (PU ) = g ∈ L2 (R) , g = f + βg+ + U βg+ , f ∈ D (P ) , g+ ∈ K+ , β ∈ C




D (PU ) = g ∈ L2 (R) , g = f + βg+ + γβg− , f ∈ D (P ) , g± ∈ K± , β ∈ C, γ ∈ C, |γ| = 1




Comportamento nos pontos x = 0 e x = 1 :

para f ∈ D (P ) : f (0) = f (1) = 0


√ √
2e −x 2
g+ (x) = √ e , g− (x) = √ ex
2
e −1 2
e −1
portanto
√ √ √
2e 2 β 2 (e + γ)
g (0) = f (0) + βg+ (0) + γβg− (0) = 0 + β √ + γβ √ = √
e2 − 1 e2 − 1 e2 − 1
√ √ √
2e −1 2 β 2 (1 + γe)
g (1) = f (1) + βg+ (1) + γβg− (1) = 0 + β √ e + γβ √ e= √
e2 − 1 e2 − 1 e2 − 1
portanto
g (1) (1 + γe)
=
g (0) (e + γ)
s s
g (1) (1 + γe) |1 + γe| (1 + γe) (1 + γe) (1 + γe) (1 + γ̄e)
g (0) = (e + γ) = |e + γ| = =

(e + γ) (e + γ) (e + γ) (e + γ̄)
s s
1 + e (γ + γ̄) + e2 |γ|2 1 + e (γ + γ̄) + e2
= = =1
e2 + e (γ + γ̄) + |γ|2 e2 + e (γ + γ̄) + 1

46
portanto
g (1) g (1) it
g (0) = 1, g (0) = e , t ∈ (0, 2π)

g (1) = g (0) eit

Obtemos a mesma condição para as funções do domı́nio de PU do Exemplo Exemplo 12.5.1.


Aplicação do operador PU

D (PU ) = g ∈ L2 (R) , g = f + βg+ + γβg− , f ∈ D (P ) , g± ∈ K± , β ∈ C, γ ∈ C, |γ| = 1




é dado por:
PU g = −ig ′ = −if ′ + iβg+ − iγβg− .

Exercicio 12.5.3, p. 392 - pode fazer!


P em L2 (0, ∞)
;

Exemplo 12.5.5, p. 392 - pode fazer!


d2
H (+) = − dx 2 (+)
= {f ∈ H 2 (0, ∞) , f (0) = f ′ (0) = 0}

2 em L (0, ∞) com D H

Cap. 13, p. 399


Espectro, Teorema Epectral e Dinâmica Quântica
;
Def. 13.1, p.309
;
Def. 13.2, p. 400
;
Teorema 13.3, p. 401
;
Teorema 13.4, p. 404 !!
espectro de operador autoadjunto
;
Teorema 13.5 , p. 405

47
;
Teorema 13.6 , p. 406
O espectro de um operador autoadjunto é fechado.
;
Exercicio 13.1.2, p. 407
afirmação
;
Teorema 13.11, p. 408 !!
importantissimo Teorema.
Somente se temos um operador autoadjunto A (que representa uma grandeza observável da teoria
quântica) é possı́vel utilizar as autofunções de A como uma base ortonormal (conjunto ortonormal
completo) no espaço de Hilbert. Isto é, qualquer elemento (que representa um estado da teoria
quântica) do espaço de Hilbert pode ser apresentado pela decomposição por autofunções de A. Além
disso, todos os autovalores de A são reais (eles são valores que a grandeza observável pode tomar na
experiências). Então, todos os calculos com o uso dessa decomposição é justificado. Se operador não
é autoadjunto os resultados de cálculos podem levar as conclusões erradas e não descrever certamente
o sistema quântico.
;
Exemplo 13.1.3, p. 409 !
operador Hamiltoniano do oscilador harmônico quântico
usa os resultados gerais da teoria de operadores autoadjuntos no espaço de Hilbert; também o
Teorema 13.11.
Demonstração que o operador Hamiltoniano é autoadjunto permite concluir que autovalores são
reais, autofunções são ortogonais e (depois de normalização) formam um conjunto ortonormal com-
pleto no espaço de Hilbert L2 (−∞, ∞) . Com o uso disso podem ser obtidas as propriedades de
funções e polinômios de Hermite.
;
Os resultados gerais da teoria de operadores autoadjuntos no espaço de Hilbert também podem
ser aplicados para outras funções especiais e para o problema de Sturm-Liouville.

48
12 Aplicações da teoria de operadores autoadjuntos, desen-

volvimentos recentes e outros métodos

;
um outro método de determinação de operadores autoadjuntos
formalismo AIM: condições de contorno autoadjuntas
M. Asorey, A. Ibort, G. Marmo, Global theory of quantum boundary conditions and topology
change, Int. J. Mod. Phys. A 20, 1001-1026, (2005)

aplicações de extensões autoadjuntas em fı́sica quântca, coleção de trabalhos


Pavel Exner, Petr Seba, Applications of Self-Adjoint Extensions in Quantum Physics (New York,
Springer, 1989).

aplicação a eq de Schrodinger e de Dirac com potenciais singulares


D. M. Gitman, B. L. Voronov, I. V. Tyutin, Self-adjoint extensions in Quantum Mechanics (New
York, Springer, 2012).

A. Smirnov, Partı́cula de Dirac em um campo Magnético-Solenoidal (Saarbrücken, Novas Edições


Académicas, 2016).
https://www.amazon.com/Part%C3%ADcula-Dirac-Campo-Magn%C3%A9tico-Solenoidal-auto-
adjunticidade/dp/3330729619

”descoberta” de estados de borda - ”edge states”


M. Asorey, A. P. Balachandran, J. M. Pérez-Pardo, Edge states: topological insulators, super-
conductors and QCD chiral bags, JHEP 12, 073 (2013).

completeza, problema de Sturm–Liouville, estados de borda


os estados de borda com energia negativa
Yu. Sosov, C. E. Theodosiou, On the complete solution of the Sturm–Liouville problem (d2 X/dx2 )+
λ2 X = 0 over a closed interval, J. Math. Phys., 43, 2831 (2002).

49
monografias de TCC dos meus alunos (podem ser solicitadas na Biblioteca da UFS na forma
digital):
Emanuel Vieira dos Santos Junior, Construção e propriedades de uma famı́lia de hamiltonianos
de Dirac autoadjuntos no intervalo finito, TCC, 2019.
;
Alisson Max Menezes Oliveira, Obtenção e propriedades da famı́lia de operadores de Schrodinger
autoadjuntos no intervalo nito, TCC, 2020.
;
Matheus Filipe Santos Alves, Funções de Green da equação de Schrodinger no intervalo com
condições de contorno autoadjuntas arbitrárias, TCC, 2020.

50
13 Exemplos de problemas de trabalhos individuais

Aqui são exemplos problemas que podem ser usados como o trabalho individual.

Problema 10.9 - pode ser usado como o trabalho individual !


;

Exercicio 12.4.1, p. 382 - pode ser usado como o trabalho individual !


Provar que Ran(P + iI) = H = L2 (R) com D (P ) = H 1 (−∞, ∞) .
;

Exercicio 12.4.2, p. 382 - pode ser usado como o trabalho individual !


d 2
2 2
Demonstrar que o operador h = − dx 2 em L (−∞, ∞) com domı́nio D (h) = {f ∈ H (−∞, ∞)}

é autoadjunto.
Aplicar o Teorema 12.24 com λ = 1 e a sugestão indicada.
;

Exercicio 12.5.1, p. 389 - pode ser usado como o trabalho individual !


Provar que [Ran (A + iI)]⊥ =Ker(A∗ − iI) .

51

Você também pode gostar