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W RG.COLLINGWOOD. oF | FILOSOFIA ‘A IDEIA DE NATUREZA BRLIOTECA. DE TEXTOS UNVERSTAR we F | a ‘waves a) ‘mBuoTaca cavreas | R. G. COLLINGWOOD CIENCIA E FILOSOFIA ss e010 a wf PRESENCA, ‘ito ovginl THE IDEA OF NATURE © Copyright by the Clarendon Pres Oxford “Trad de Freda Mowtenearo Tesragto dr capa Anno Marques Reseradon ton 0 ets par slings porupves EDITORIAL PRESENEA, LDA. Rua Augusto Gl, 36.4 LISBOA [ance BOT Sy eoile 00 PAR wenyeRstOAce Fe aNTRODUCKO. $1 —Genela © Filosofia Na histria do pensamento curopew, houve até agora trés periodos de mentalidade conmoegia sonatatv; tes period, [io es quando aide de nature fot penta em foco pelo penst: man, fat ona de ta ons mei fc uentemente adguifis-novas caratevseas, que por seu tuto ‘GS urna nova fei 8 pormenoriads citcla da natureea que tin sido bwseada ness Wel Dizerse que pormenorizda cignia da naturera 6 wbuscaday ra concepgio de natoreranio implica que a {dla de natureza em feral —a idea de nalorera como un todo seja extabelecida prior, abstrindo de_qualguer estado pormenorizido do, facto Mature que quando esta ide abiracta de natureza esta for mada 36 syanes scm hesitar, erguendose sobre ela uma supersra- fra de clénea natural pormenoraada. © que aguela afimagao {mplicn nfo uma felagio eronologica mas un relacio Tosca ete caso, como aliéssucede frequentemente, a relagHo cron Hogica detirpa a relagio logca em ‘ciécla natural, como em fg [enema em Moral ou tm et, comege se pelos pormenores pr te a oe seu ls surgem 86 depois de exes pormenores se terem aeumulado| © (conseienca, “Todava, a proridade eronologica do trabalho pormenorizado fem relaglo 4 meditagio sobre os principios implicades nese (ae fralho nio deve ser sobrestinada, Seria um exagero, por exemp0, pensar que tm speriodo» de trabalho de invesigagdo pormenor ado em eidncie natural, Ou em qualquer Outro campo do. Pen Samento ov da acgio ~~ um eperiodow que durasse meio século ov meia década— ¢ seguido por um eperiodon de meditasio Sobre or prncipios quc He akan ado lopeamente subjects Um tl contra entre uperiodoen de ments no faseoica fe mibeequenlr epenedotr de setemstiaglo floccn deceio © que Hegel quer asnalat'no seu Tama lamento, no find peelieio ohms Phibsophe des Rect sQuando a Howe die Jue. cinzento €cnzenta ks quer der que una form de vida tnvelhecue tal nfo nce perme Tefazen de novo, mas apenkt onheck Ia A core de Minera so levania vo uo air da note» Selera iso que Hoysl queria dae, enganaace, © cometeu tm fer que Mars se limitou a por de pooss pars oar ao 9 coer os ano rene ae nea a one ids ‘inerpretar o Mundo: o importante ore, € modification, (ese Sobre Fewerbac, XD), Eta gues JeMarx conta oss fo soa, extaiga de Hegel. S6 com eta dierena:agulo qu Heel Fepreeni como um proceno inevvel de toda’ ea, folic Mars como uma imperteico a qv toa Msflaeaeve Sela até que el, Mars, #revlucono “Mas, na realine,o traatho de pormenor raramenteavanca up a eestor em igre conn 3 pormenoriado: ato orgue guano as pesos se Yonah Snir do pci sh oy tm edo pen 0 ‘car, Tomam do mato pat conic Ge sleo Ques sw Amer eee agin evra ena aren ‘mente, desenvolver at mines lias des pacino. Para ‘septs fortes xa comtienia de una tov ue frmen na sbardaem dor problemas. frcen eft pores ese de pedantso due censie tm invoctr 9 pinto problema gue ese prin /Q eso pormenorsad do facto natural €vulgarmente de> tinado iénca natoral 0, abreisgumene, apenas ‘cea & melt re nn nor ue ela desc {Alou es de qualquer gro dominig do pensamento ou da alo, ‘lgrmentschnmada sofia” Nese fermos, © Tetrion Tor agora Meso a mdliaelo sobre os principio da cienla Tura que acabi-deafimar pode ser dein denies Sues ciéncie natural vem primer ara que't fost poe er (ale ‘sobre que maar, mnt tambun gic ae dune car eo ide intinamtnte Hada que a leis suture! ato pole svanear ‘uso sem que a Mesfa comnce a exists tamem que 2 0. fot reae Sob a lenin fore ts gual se contain, contern- othe uma nova firmer e consiténca,derivads da hove Cons citeia que o cientita passa ter rlativamente aos principio Sobre-os quate tina tabalhado. Por ela tazio, mio ¢ coo gue a cigncia nal nada exclusivamente um grupo de Pssoas, de fistas, ea fllsofia a oulfo grupo de. pesows, conhechas, por Iitesoes."Um homem que nunca te meditado nox peincipss d's oa nen aya a ata de Ramen madre Perante ela: um elenista que nunea tenha flesofedo sobre a sua Sh Glncl, nunca pederd pasar de um clemisa seeundaro, um ii tad um fondo din. ‘Um oem gue nua tena “jgoralo um certo tipo de. experincie, nao pode, abvianento, “4 Sraiar sobre ca: c-om flgolo que mince tenba tabhado em ' igacia ualural néo pode, evidentemente, ilosfar sobre ela emt Se tormar um leuca eects. dso XIX, oss eines « rei ce ome aun obva principal, torase razodvel admin que eset {eatemnhos abrangiam campo da sua filsfia, No sé Dropagouse a moa de toparar cs etudioee da ciacia £5 iogofos em dois ‘grupos [ofisionals, cada qual pouco Safed dat do Stro'e imentand sina tenes fala por ele, uma moda de mau-gesto, que stem pejudicalo Embal as partes ft que nes exile 0 mats vivo dejo, Se aol ionar est situsdo constuindo Uma ponte sobre o abo de ‘maentendios a que deu orgem, A ponte lem de comecar a set Gonsruida por ambus as parts: © et, como memlbro da pofissio de Tso, tentarel tact 0 melhor que oso Mosofando sobre experiencia que tenho da cléncia natura, Nao sendo um cen fista profisional, sei que peso puss por lou; mas 0 trabalho de construir uma ponte tm de comest §2—A visto grega da natureza 2 ncn aaa rep trv no princi gue © mundo da naturera est taturado ov penetrado pela mente, fniendimento. Os pensadores egos caravan a\preseuge da mente na naturezt como. fonte dessa ordem ov reguaridade fxistente no mundo natural que tormava possivel uma eidncia da halurezi, Enearavam o mundo da natureza como um Taundo Jo orpos em movimente. Os moviments em si mesmos, segundo ‘s grepos, cram’ devidos & vtaldade, 00 alma: mas, achavamn tes, 0 movimento’ em si mesmo € tna coisa e a ofdem outa. 9 CConcebiam a mente, em todas as suas manifestagies, Fosse nos ‘ssuptos humaios ou em outros quaisque, como uni clement flominante ou orientador, que impunha a ordem primelro ems propria e depos em tudo’o que Ihe pertencesse, primordalmen ho Seu préprio organismo e secundariamente naquilo que redeia esse organismo.| Dado que o mundo da natureza é um mundo no s6 de movimento perpetuo ¢ portanto vivo, mas também um mundo de movimento regular ou ordenado, os gregos afrmavam de acordo om isso que-o mundo da naturera era ni 36 vivo como in fente; no, s6 um vast animal dotado de wala», a vide dpi, ‘nas também animal racional, com «mtenten propria. Avila € Ineigenei das claturas que vivem & face dat Terra e em ropes A'elaadjacentes —-argumeniavam of aregos — repetsentam ‘ms SnganizagboToealespecilizada. dessa Yoda-poderera italidade. ¢ Facionaliade, de tal maneira que uma planta ou um animal, de ‘coro. com as Suas ides, participa psiguicamente, cm determi hado grau, ng proceso vital da salma» do Mundo e intelectual ment nade ent do Mand a, enon do gue fitticipn materiimente ‘na organizagdo fitiea “do. corpo» do Srunao © 0s animais sfo fsicamente semelhantes a terra € uma opinide nos como outrora fl dos groqos: mas hhogio de uma somelhanga psiguica e intelectual, ext € que nos & tstranha, constituindo uma difculdade na intepretacio das rel fquias da elena natural que encontramos na vlha iteratura pega £ SA visio da matorera ma Renascence © segundo dos trés movimentor cosmol6gicos mencionados 2g principio desta introdugao desencadeou-se nos séculos XVI ¢ XVIE "Proponho designar esta visio da_natureza pelo nome de osmologia da eRenascencav, © nome nio € bom, pels @ palavra ‘Renaseengas & apicade @ una fase anterior da historia do pen Samoa ese que scouts com o Rumanian do fulo XIV ¢ prosseguit, no mesmo pals, com a5 cosmolopias pa Toaica ¢ arstoteiea dese século edo seculo XV. A conmologia pee decree (am princi my cy come (Goas cosmologiase teria talver mals propraminte chase “Tenascentstan; mas esta expressio € um pouco testa (Os historiadores da arte tom wsado vltimamente, para desg- ‘nar uma determinada parte do pertodo a que me refit, 0 adjectio strrocos! mas iso @'um term proveniente das suBileras técal- 0 a form apa como exoresio de desreze ciple de ago gue prevaice no sto XV or isp «sun adoneaa como wm epifete deserve para a ciéncla Tele de Gale, caries Newton ea ie trois ‘Kipaliven polio apicada 4 arguiteeiura medieval conseeui esfalarae fre tnicadycrighale tornarse ui camo mer ‘ente deriva doom certo ello; a, ens eu, AUREL Ri {Zuem propos chastar aobra de Toms de Aquino ou de Eset Eilosfia giao; e mcamo aplcado x6 a arguitecta, o terme Sstl'adesaparecer. Portano, ware a pelavra sRenascencay, com gg Se Ramin gue the oie cua dale por pe de om a Sestume i eabslecdo. at ect dun come orp cma len visto aeyn na obra de Copeaice "isles 5 (Cotsns e Bran (1548160). 0 pont contra dx antene ena neangio de que. mundo da rtutera 0 mundo tus fala lenis fis, Jose um organismo et slemacio do que e Ecsprovida de ilcligenci ee vin Portante, eta incaper de dena or seus ropries movimentos de uma manta raion © SS incape do sc movment fosse de qb taneia ese. Ox me ‘mentor que manifesta, e que os tics investigan, soe Ime tor pol exterior e repilrdlade dome movimento & vida isles ‘Sa nturennigumente impos plo exterior. Em ver ds Sonsiur um organo, 0 mundo natural € pares Renascenge Uma maquina una maquina no sentido lterl e exact do term lua coomdenagio de partes de corps conugades, impeidon © desinada para un i dfiido por um esto Intligente que ie € exterior. Os pensadores dx Kenasconea, tal como os ea ans srdenagie do mundo naturel uma manifesta de ste: ligt: porem. rao pregos es inteligénca ere intligencla di propia natreza apes que para os pensadors rneseet- tas ca intligtnca de algo para al enue 0 crador ivino senor da natorenn Ea iferena é chave para tds Ss princi eferenges entre eignea natoralgroga ea da Re- 31 destes dais movimentos cosmoligcos foi seguido por um movimento em que o foco do interese se deslocou da htureza paras mente. Na histgria do pensamento srego, eta sees ee, cnt ee Sie be tes Salah he aii he ote te ere te ee perce erie re nora u deslocagio dewse com Stcrtes. Emborn os pensadores que © ‘renfcam nao vet desprezado a Gia, a polica ov mesmo {i lei do conor, edad € ge tir om. entiadoo pranpleslorgo do se’ pensamenta Teor da na {trea Sones tvereu ata orden de prradescentrando a Sn relleio ma ca © ma lpn © partir de etio, e bm due ‘Micon du ire. tna Gn nei ae ada "nem soqur por Pato, gue se entregou masa ela Jo sus Errante pode — tea sa trnune predomi nan e tor da maureea pay ora segundo Tug. ‘sta teria do capri em State e seus suceores etaa no 6 Intinanente Heada Como fambnycondicionads pelos re ifadee je obs na teri da naureea O-espto ror StertesPatao'e Aries prosa no naire, ea 9 eto no cope do corp, manfesandese plo sev contoo So carpet Tigao ‘ests Hsfor se viru obrigador a reconecer que 0 epi transcend 0 corpo, esabeeceam cla dxcobert num, fio uc don ine eens coo el hs rect Fado Jonge das sn tan Gm 2 oe was) ‘Giiinthase maneias de pensar. Nos ddlogee de Plt, Srates ‘Ese consantenente a brag com a incrouldage eo Tal eaten: {uo quundo se Uaple' ffmar gue a alma racinal ca spl, Sct indopendentemente do corpo" sei quando dace fer $o conecinent ee em contate 8 mente corporal do apts eas prsato com f apreeaco intelectual porn dag formas que efosuads pls ama raconal ea abla dependence ita {divdade suoconrlad, se quaguer adn do corpo, onda Ghundo expe a dourinw'Gxifortaoae e-atrma qe alma ‘Snag dow ea gue‘ fead nop ascent nem pla morte do corps que lhe ca “Aruttces segue 0) mesmo rum, apresentando, come cosa ratual qe a wala soa dofinida comg a faculdade Satlestva 4 um corpo oginico ou tej, a actiidade autosanuensva de um organism mas fla como alguém que eta «expr ma outro ineroase fel quando a que o intleco, ou te io wos embora sj de certo redo una pare dela, ‘io ost nazi dre corporal © nie € posto em aio, cons Gib senancte plo seas repetvos objets (De ina 29 0 Tee sys de forma que alo nada pura alm lesan sede pentane GB 21) e esequrtvelo do corp (bid 4296S). Too [ie demonstra o que padetamos esperar. depois do um conhect- ‘mento goal da fle prosoraia cr peonaores gros exam Cpaetids de que o eine perencta sencalments a coro ¢ Rte com eee nts unio sempre que or rensaores Breace a wie rsch GARTERS eparavam com razbes que os levasiem a pensar ser essa unio peal Seno pei vam confess Som se oo No pensamenio renascentista, este estado de coisas & apre send, iene a0 on, Far Deca epi ¢ time subsifnea e 0 corpo otra, Cada qual sctun independent Imente da outa, de acordo com is propia. Tal como 0 ax ‘undemental do pensamento prego sobre 0 exprito a su i sii rl ao coo, ho automa Fncanenal de De. artes € sua Urnscendencia, Descartes sabia muito bem. qUe 8 fTanscendeaca nto devia ser levada até 20 ponto de criar Un te: ae come foe in usa, Ean coor lena; mas osm nie Descartes no encontava outa oorlenagio 2 nio set sirecamente com Deus e quanto a0 ser fhumano individual, Descartes ¢obriad a servirse do expeiente Assesperado ~~ jisiamente rdiclareado por Espinasa — de des- abrir esa coonlenacio nalindula pinel, que cle pense set 0 rato de unido do corpo coma alma, pis, como anafomista, no podia deseobrir outa Tunglo pera ea ‘ALG Expos, coma sua inscia sobre a unidade da subs- tancia, nfo esta con melhores eirunstancis to porque, na sua fosotia: peasamento extend representam dois sribuas tot tente diintos dese substance Unica, c cada qual, como ai ‘to, transcende completamente 9 ovito. Por tso, quando 10 Seulo XVII© conto de gravidade do. pensamento Mlossfico faltou da Yeora da natures fora a teore do espn, tendo Ber- Keley sido enlio o ponto de feferéuia crlica tal como Socrates oe pro reas relent uo nein tent & parse de seguine maneia: como pode 0 espiit relacio irae cin ago gene € flies al lg oencamente Fecinico onl etl como amature! salt gunn no fads a tnica queso, flava h aarern que preocupou on gan der flésofes do expinio — Berkeley, Hume, Kant, Hope. Em to- fas as cireunsincas, 4 respsia esses flésofos fol no fendo Sempre & mesma o-espirio far nalurect; a natoreen era asi presentada como, digamos, um subproguto da autonome auto SEttenteacivdade do exprt. "Mais adiante, daculirel em pormenor esta visio idealist da atorean por age quero esclafscer apenas que ha dg cola que este lero une pretendeu signifier Nunca pretendea dhe natureza fose em al meama menial, feta do mesmo cle fhenio que a ment; pelo conririo, pari do principio de qe finaturezs ¢ radieatmente no mental, ou mecinica, e nunca fal feou este principio, airmando sempee que # nalrema € exencl a mente siheia a0 esprit, diferente do eprito ou mesmo opt ‘Pele. Er sogundo ugar escareg-e que nunca. petendey Si fica qu a ature fg Yoo sao Go en, algo de nfo existent pelo contririo, afro sempre que a ta {tess nao’ era uma iusto ou mn soak espa, as uma tag tenimente produzda e,porgue produzid,reanente ex "E necessrio uma adverténcia contra exes dois cquivocs por- que eles foram veres sem conta ensinadon como verdad 808 ios modemos, eujos autores extho de tal manera. obcecadon Palas ideas do século XX que no podem compreender, pura ¢ Sinpiesmente, as do séeulo XVITT. Consieramenas pote 9 progress, esi progresso ein que as pessoas acham que fem de Be esigar totatmente dos pensamento dos aous aves, mas a NSt- dade ¢ que nfo ¢ progreso Tazerse tetamentos hstéices sobre Sloss qe se deixou de compreender; e quando esas pesoes se Bventum a fazer tis estamenton, a diuer que para Heel as faracteriticas materia 80 aparencias iusorias de certas crac igs penta (CD ‘ead The Mind er ae ‘ature, 198, p. 628) ou que segundo Berkeley aa experizcia do ‘ord €inciramenteindistinguvel do verdes (Gi. Moore — Pht- Tosophicol Studien 1923, p. a; Berkeley nto é citado mas parece slat aubentendido), 0 reapelto por esss pessoas pelas posigoes| fue defendem nao deve fer Cezar o leltorperante 0 facto de Gxiarem = pabicartestamentos hstricos Tasos sobre algo que ‘fo compreendertn, F ‘Xconcepsfo green da natureza como um organism intei= agente ora batzada uma analogia uma enalogia ene 0 undo 4iMfutre eo mundo do ser humane indntoa que inci ‘rencontre cetascaacteriscas em si mesmo como nde "ico as projecta a naturnn. Pola acgao toa propria cone ‘Singin, eas individup nese como urn corpo cujas pate cdo em onstaiie movimento rico, seado estes movimentos deicada- mente ajneados uns aos outs, de manica a preserva vial dade do todo: e ao mesmo tengo descobrese como mente qe dingo setvidade dass corpo de acordo. com os seus propies ‘desjos:Entto, o manda a naturera&explicad como ti Mero osm analogs a ese microcosm "A concepedo renascentsta que Vé a naturera como ume mé- auina-& iguaimente logic na sus orlgcm, mas. prestupbe uma Sdem de ieias totalmente diferente. Anes de mais, € baseala ft Meu ert de um Deus eradar © omniptente, Env sopundo ingar,€baacada na experéncia humana do deuaho © da const ‘lo de maquings, Os gregos¢ os romans nfo Usavam miguinas, excepto para actividades muito reduzids: a catapulas ¢ 8 1e6- Sioede-dguanlo eram sufieientomente importantes na sua Vida 4quotdiana para afecar-a maneira como concebiam. as Telaghes futze eles c'0 mundo, Mis no ssculo XVI a Revoluco Todustial muito proxina, O pre €.0 Toiaho de Vento, 0 reo yhode-nio, além de um auténtco mundo de’ mquas fem uso entre os mihelfos os engenhlros, foram estabelecendo Fests de vid quoiins: Todas ente camprenda a oem fe uma maquina ea experiencia de fabricate de war tais cosas fmasou a Taver parte da conscigncia geral do homem europe Portano, « analog tornou-se fait como um relojotro ou Um fabriante'de- moines. de-vento eso Para. Um Felogio OW Ut mono de ¥ento, asim est Deos para x natuteza. § 4A visto moderna da uatureza aio modern da naurera deve agua evs ger cas mologia grega quer & cosmologia da Renascenea, mas sifere das ‘duas em ponter fundamentats Deserever esas diferengas. com acto nao & fil pos 0 movimento tinea € recente ainda flo teve tempo de ammadurecer as suas Meas para as apresenlar om ‘uma ordenasio nstemitica, Nao se trate propriamente de tua nova cosmologia mas sim de um sem mtimere de novas expe ‘encias cosmologicas, todas muito confwsas, muito complesas se ‘lhadas do ponto de vista renascenisa, todas, até erto pont, nines pal goe folemosrecinheer como tm ens fomum, melhor come um unico geno: mas definir ese genio Ioderno mito dilie, Poderemos contudo descrever 0 tipo de fxpegtacla cm qu s asia portant indica 0 pont de par ‘A moderna costiologa, como as suas_predecesoras, 6 ba- sada ‘numa analogia.O que tem de nove €'que esa analogia € Infta Enguanto& cléac natural grees se fuser na salon rocosmo, 4 medida que o homem se revelava ast proprio através Gr autocbnsegncia; enquanto = cacia natural da. Renascenga fra baseada na analogia entre a natureza como obra de Deus © “as mnaquinas com obra do homtem (a mesma Analogy que 20 Soulo KVITI Se tornaria 0 tema da obta-primta de Joseph Buller), qe cas mh en. sing eve, cong my en Najures @ ilico € meu op ec, iirodusto parser 10 (Oxford Ed, W909, 1s 1 moderna visio da natrera, que comesa a tomar forma em fins dorngeaio XVII edexdeentio se tom coysoliado cada ver mals Steaon nonos dis, ¢ basnds na analgia entre os precessos do ‘undo natural, exis pelos clenistas dh haturezt eas Vici ‘tule dos problemas huminos, eas por hstoraors “Ta como a analoga da Rensceng, ta pola comesar a actune depois de ae desenvlverem tetas condibes. A cose ing da Renasoenc, como fiz noe, gesulon devumta Taman Aide cercente com os proceson de fabri des guns. O 5 fulo XVI fora epoca em que ean familiaridade se completo Gre a coumologia moderna so pod surgi de ua arpa iusto ‘os etude histoicos,e em particular daqueles exudes hioicos Sue cclocvam a soncepgao' de progeno, madang, evoluso Seniro da'sua andise e-2 recontesiam como a ciegoria fund mental do pensamento tistériee. Este género de historia surg ela primeia ver em meadcs do século XVIII". Bury descobrea ring em Turgo (Dlcours sur Phistoire universe, 1750) «em foluie (Le Slale de Lous YIP, 175), Depots, fot deseavolvda fn Enoyslopdie (i 7Si-6s) ¢-& part deena ormouse um Nae A tr nd, arte meade do al S- nt em texmos de cencia natural, x dea de aprogtesso» (Or Souse) (camo em Estsno, Dain! = Zoonamia, 1948 — © Lamarck“ Phforophie soolgiq, 1808), mo stclo mats tarde, 28 Tamora io de oval ‘Emr seatido mais exo, a evlusio corzespnde & do cspecilmentehgnda a0 nome Se Charles Darvin, enbora no ‘ese sido Darvin quem a ex pela primeira ver— de que a ‘Slcicevivas no ‘hao uma cada fe de tipos permanent, Sntes exitem e deixam de exis, condilonadsy pelo temp To davia, esta doutrina € expresio de uma tendénce que pode Ser fies ede facto, fa um campo muta mss Vasto 00 Coneciment a tendétcia para solucionar0 veo duaismo cite Slementos mutives-e imutaves do mundo natural afrmando fue aquilo que até enio tina tdo consilrado imuldvel eta, ‘a realdads, sujeito a mlanga. Quando eta tendencia acta Aeseniveadaniente, e 2 exsiénel de elementos imutaves da Ne {urea tolaimente posta de parte, o resultado € uma doutrina fue poderd ser desigaada sevoluioniamo radical, a qual so ain= fv a maturidade no século XX, tendo sido expla Sstemalica- Inene pela primeira vez por Berzson, "Aorigem desta tendéacia que surgi em varios campos da ciéncia natural, mais de com anos antes de Bergson, dove set STB Bary — The tea of Progres (192, captlo VEL procurada no movimento histrico dos fins do século XVII, © 0 Sea desenvolvimento na maluragio do. mesmo movimento, 0 sera XIX : onceito de evlugio —como 6 conhecidorpor aqueles gue tm presente a sus exatsiveaplicagio leva a eleito por Darwin no campo dat bloga mareou uma erfse profundn na hstéria A pensamento humane. Mas as primeira tentatfvas de uma expo Sedo filoslcn dese conceto, inclusive as tentaivas de Herbert Spencer, nao pussaram de divagagées de filsofoamador, fees © inconelidenten, eo entcsmo que esis tenatvasprovoca Condziram nfo tanto a uma anise mas prfunda Bo conceito tomo a uma erengs de que fal andisenio Yala‘ pena se Tits, tio em neces questao ia porém muito mais longe: em que condigdes « pasivel e conbecimento? Para os greyos, tina sido um axioma fue tudo © quo era cognoscivel ora imutavel. O mundo da natu ‘em, anda Segundo o gregos, ¢ um mundo de continua e pro: funda" madanga. Dat se poderia conclir-que umn cnc” da nalurera era impossvel. Mas a cosmologia dn Renascenca evitod esa concluso por um dingo. O-mondo da atures tal como surge perante bs nosis sentdas Tol considerado incuenostvel Portmafirmowse. que por ders desse mundo das. chamadas Stender Botan oan, 0 eran oats “dh ciencia natural, cognescives porgue inutévet, Prmeio, hi a ‘Sutin on earn em expan seta a mane, ‘ujas mudansas de composiio c de ordenacto eram as falda ‘uj apurtheas tomavam para a nossa seonibidade a forma de des cundarin,m egun uth we sand fs qua esas compunigdes ¢ cas ordenaghes mudavamh. tes shot acores mate fet atarl em objecton smu te ifocis natural ‘Qual a relagio entre a ematéiay —que era considera 0 substrata das mutiangas no ‘undo. natural perceptive eas Soy de acordo cont as gn exas mangas se. efectuavam? Sem de modo algum discuir em profundidade esta questo, aven- trgemet a sugerie que representam a mea cosa. A’ causa ‘Sn exola de unia dels provem da supouta necesdade de baver tigo de mutével e,-portnto ~-de acordo com o velho axioma defend iravés do tempos — cognesctvel para slém dau: tanga, # incognosevelsizaves apenas dos senidos Bsa coon mtavel fo procureda em dus diregSes ou (se ‘referem) desritaem dos toenbulires 20 mesmo tempo. Pre Icio for procurads afsiando de nalurem-al-como-sapreende- sos tudo oque € obviate motavel, de manera a Jebaese um : ” residue que permitia a eaquematicagéo de um mundo natural agora enfim cognoscival, porque isento de modang ext sepunso gar, fol procurada atraves dy oiservacho das rlagdes imutavels enistentes Sob as relaebes mutiveis, De outro meso, pode dizrse hee eine mua ing dent he voli dE" emateriismos, como outrora o fora pees snios, € em $e undo ln no culo o eainon ona nt Ts Flos pitaporicas; onde o ematerialsmo» signifi a tenativa Eempfoonier ag cosas perguntando do que € que ao fea ‘Gdealismoy tradur a teativa para as compteender Indagando © fue signifien «A ¢ feito de By, va sea, que sforma» Tok dada & ‘mmo diferencia dagiilo de que cae A To feta, Desde que esse algo mutivels psa ser encontrado através de una destas pesquisa ou descrito mum deses vocabulriog, © ‘outro tomase Wesneceséeio. Por so, emaicralisman © «idea: Timo», que no séeulo XVI existiam fucicamente lado ad Fevelaramse no seculo XVI, gradualmente, autétics rit AA‘Fspinena parecia evidente qic a natura se revelava a0 Ine- ie man ey dei wane peatpt © epemanenin ‘exlemnion sgnficuva go a extensio vive de Por exe manchss inves de cor no 60, drvores era, cc, may aim & ‘extension iteligvel da geomet, que Descartes slatificart om a ematerant apensamenton sigificava em Espinosa nio 4 STetviade mental de pensar mas at wit da natrezn» que 0 Shjecto de mediiagfo pars o homem da eincianafural, A realy nde’ nares, aman Expy, aratamente ce ssp por esses dos saltibutosn por outtas palaas, Fspinosh Era amdteriaistay e ieaistan a0! mesmo tempo. Mas. quando ‘ocke afirmava que onto hd cidncla da Substincian, abandonava 4 Tesposta smateriaistay 4 interrogegioe proclamara a suficienca Aa resposta idealstan, A interromngao era como vamos encontar ‘igo de imotivel e portanto de ognesevel na, ou para alem do {xo da naturezaiahcomos-apreendemos, ou de qualguer modo ae erenenia? Nu cela mero econ, Iinerrogagio no se ple, ea contoveria etre emateraisno» © ‘ienlamon, como dvasrpstas door, detou deter qulguer Salicado, sia contovérsia dixou de ter significado porgue tis cone jecturagsofreram uma mudanga reolucionania ex prinepios Jo ‘€culo XIX. Por esa alfa, om hstoradors bavi claborado tim peasamento proprio, encontrandese apts para pene tiffeamente sobre-0° mundo Gos problemas. humance mente em mutagse, mundo no i mentum subsratoiiutivel pera 18 leis imutveis que regesicm estas mudansas. Por ess altur, a historia se tinha institu somo elena; ou sj, oma pesquisa Drogresva_em que as conclisbes erum sola ¢ demonstra Mente esaheleeWa, “Assim, a expentncia demonsrava que. 0 onhecimento eietfico era pssvel em elagio 4 objects cm ‘Shane adage ‘Malas, suconta ho. mem neste caso, a» autoconsiéaca do. homem. Infegrado na secindae, melhor, a eonscigeia hirica ds sans ropa nego Secinis—'fornecia win flues as ideas sobre a natura: A Snr ‘epgohistrica da mudane, ou proceno, copnoscvel centiica: ‘Rete era apca, sob a deignatio de evuylo, a0 mundo na § 5 —Consequéncias desta visio moderna sta nova conceptio da naturers, a cancepsio evolativa baseada n0_paraelsmo com a hisriay apresentadeterminadas ‘aracteristicas decorrentes de idea central em que se basa, Tal ver soja oportuno mencionar algumas dese I-MUDANCA NAO JA CICLICA MAS SIM PROGRESSIVA, A primera caractersticn a que vou rsfrinme 6 que a mu dang tana, perso cietstaoairal moderne uns noe fake (Or ensadoiesgrego, renascentsias © moderns concordam en Sue Tudo. no ntundo’ da nacrera, tal como 6 apreendcmey oe contr sum estado de mdenge constant, Nate pesados fos concebiam esas mudangas naturals spre fark ase Se fice Una mange do elas Fart'0 clade Bnet cis tees fe oe un eee oo or tm regiesto do estado B para o estado. Quan e vig Tora reconbecer a exténeis de uma midanga que nio fase ceiea for nfo implicar um regres desses por eno, 2 mul {javentade pra a velkice num organmo anil cu vege ousidravam-a con Um fragments ull de una Reena ‘te, se dvese sido comple teria sido cla: e'a\coua ma ual 55 mudance cera, foe ima ou vegetal ou utes unl Stu sempre considera defetucna,Sncotpleta, exacantnts pot ssa mesma avi, quer zr, por io mans ay sas ed {as eae proceso eco que’ Kealmenc oda mitanen tenes ‘infer Por cutee lad, er mas vee pouvel Sets tna mudanga nao-tlca ni como completa car 5 mesa as 9 ono, nsmpiaments, oes com in iy de mans Silene qua por quagucrruco, apenas puéxcmenapreenet ina parte is sevolugd Ex endenin pars concer © estado de ddan, ou o momento em que est ts roma a manifesta fam propa natures qua mudanga, como oo progres (por tentative mune qe con ange se ovo, pica necearamente tina melora) as Cc, {ov caracersticn du mentalilade grep staves de toda $00 his torn, Mencloare apenas ‘uy exempo fruane de tl fact: a outin,dominante na cosmologia grea desde cs nls ale Ari {biel de que e movintento fla do organimesmund, 0 ei menf'a ptr do gual dervam todo outros moviiclon Jo mando natural, € wna rolagio uforme ‘O pensamenta moderns snverte ete estado de cosas. Domi- no pa lade progres, ov evel, que derivado pines Aegue a hisnia nonce se feet, 0 pensamento moderao com. ‘lert'o mundo da naterera como ‘lp segundo mundo em que Sd € epi, segundo mundo de progres, pla constants Upnrigio de cobas novas, A midanga & no Funda, progres Re adantas, que pares ser scicas, na realidad 86 @ so. ‘sempre poste cxpitae quer como siclcas apenas nm apa ‘nis er como progresias na readade: subjedivameate, endo que agus que fo cnsdradolddazo apes sia, Boojectamente vendo” que (ra falar metaforcamente) Sul ue fo conderado um'movimeno de rouaglo ou creat Th eltade unm movimento en expr am movimento em que © fale Std constantmente a miaar 00 centro & incosantemen® ‘Bslocad, ou amber 4 cos A NATUREZA DEIXOU DE SER MECANICA ‘Um resultado negativo, da intoducio da idla de evolugio na cna nalral Tao tbandono da concep. mecdnica do iponveldesrever uma ea mesma cosa no mesmo plano «quer somo uma maquina guer como um samen de deena ‘ego ow extranumtag™ Algo, que eid em desenetvimento fous cor maguinas max nfo Pods ser uma maquina Poran(, ann fons Solon, le tater dener mec em orn wm todo nem complet "gums da son pave, em Comms ‘ui tente deerta em Flag 2» Une miguna 6 eenilmente un, dt scabado oun sstomt fae de ear cated ao ign iEgmis ea xr elo slo funciona cm oma age 6 Fol abl depos de eae completo portato, munca fe de SSrotare ee dmv wend ut se aloe Ein elod Gam rans us te pepoeno a am fa rae al) cy mln em ‘hd cone oe 2 Fanon pra tora aja 0 ue for A ai eps Ettanes ue tte malnn pate procs? ems 86 thre eh fusoaimeato€ ear erapada ou gta: no 8 Iino te desenalinento pl ao Una Suma gute A tate fags nova opens wn pert a aig eal, can corpora om ond pee arr fine Sendo ae ail Ua {Rina pale pedir i pede Steno nag ata Que thal, somo um elevador do sores pode produar um Mest a2 eri tn cou a continuo ytd ee ec ‘eke for rnp ue eats Tar per xen, bits do crs ert ae eta) tum celo de fases Subsital o desenvelvimento , [I-REAPARICAO DA TELEOLOGIA ee eee eee Eavido a acauas eicentns, ao no demo atsotelce mas na fee eae ae ear ie eect Ceca =o eee eee chuldn da clgncta natural i i mir como oe facto Enon adit qe fala ta onan faz esforgo para se manterno sev propio se (tn suo este pore: erare canaries, HT, peop. 6) Ino & spenas oma Guae a -telologia, pois o conatur 2 que Espinosa se rtere no se die gare a fedzacio de sea o que for que ainda nfo exit Sob 8 Forma de'poiavis que parecem alas relidade ¢ univer fade dene eaforgora propria eatnca do esforgo €, Ue fae, sega pera uma ciéncia evolucionista da natureza, o esse de qual- quer oa a natreza¢ n308 flr © uma cic desia espe ‘Eve, portant subsiui 4 propsito de Espinost pel propo Go Ue que sudo ta natures tents preservarse has propia Aine: ontinar o_prossso de desenvolvimento em que, pelo Foie faco de ear en mpcado. sco conta 0 que pines tenconave propor, poi Ova» de Uma coisa se Esp rom sgificao que da €no presente: ¢ una coisa implicada mum procs de uesvanimenta esses daar de set ave Tio presente assim, por explo, um go pequene dia de ser {ato poqueno pars setoraar um gato adulion IVA SUBSTANCIA REDUZIDA A FUNCKO (© principio de que o esse de wna coisa é a sun flr! eige cma reloent de ert) modo extemiva do vocabaro casi, fafural, de forma aque todas ts polavras ou frases descrtvas| Ae subsianeia ou esruturasejum suttuldas por palavras e frases esertivas de fungao, Uma clgncia mevanicsia da natureza fost! um considenivel vocbuldro de terms funciona, mas €- {sr ermos teio sempre de ser acompanhados por out voeabi- Vario de termos estruturas. Em qualguer méquina, a estrutura € tin cbis ea fungdo outa; sto porgue uma maquina fem de =F ‘consruidn antes de poder sot posta em funcionamento Para se fazer uma esora de ago, sclhe-se uma pega de ago aque tena um certo grau de temper, © antes que poss Tuncionat fimo ina escors dtabalha-se no ago para the dar uma ceta for‘ seu tana, forma, tpera¢ sim yor Gants fo Dropiedades cstruuras independents da sua actuagho nama Thaquina em cpecial ou em qualquer maquina, da son acts Como scorn ou como ovlra coins qualguer. Ess propriedades Shane ss mesa, quer n maqotta de que ese aco faz pats Sic em acglo ou paras, Mais’ esas propritdades estroorais fu pertencem a uma delerminada pare de uma maquina 330 0 Rindhmento eo provequiso das suas propricdades funcionas, Se apegu de ago ato fiver devia formay tempera els nao served 2 pastas Uearigate onel Tareas tie ecisinte oe saree tome Sis Dae area ieee rte eee ieee conte San apse See poaiecioeereta fecaatet hae ia eee RS eee ee eee ve Seon afeeas remem wie ml Tie her armed ae Bee are ria keane pe mete poe a ee te ee oeenenn sere enters pe ore deca tes Cin aeeen Sa ae a SS NUE as etn aco ec tal oer eens cee es ces ae anne eee ease taney eae reg ener ate sa toay S auseakdn ae ang CoS ee re sete en anger See ees Sates keene Se Sh Se aaa tatae ae Bech Se ens semen enn ee eon ee eee eer een Si Sor ociaaneh V—ESPAGO MINIMO E TEMPO MINIMO sca radugio da estrutura & fungfo tem importantes canse- (quéncias pura ss partculaidades da cigncla natural. Desde que & oncepeio de qualquer espéie de substincia natural sea reduzida A concepeto de qualquer especie de fungao natural —e como estat Tungbes ainda sto concebidas pelos cientstas naturais tal como foram desde oalvorecer do pebsamento prego, como movimentos: como todo © movimento oeupa espago.e dura tempo sepuese 23 que uma dads expcie de substincia natural s6 pode exsir, de ‘Sse com a douiiany Jv uma cn nator luna fom exyugo adoguado © draote um adequado periodo de fmpo. ‘Knalsemos separadamente clas duas questo, 2) O principio. de espaco minora tam, sa natal eats an ea de, minada especis de substineia natal 36 pode xii num espago Camespondont, Ess subtinela natura iso 6 infttamente aN SNer Vina menor guantidade pose del se esa quntiads Toe djiid a ute ao sto eapesimes dss nero de subsinc out ¢2 doustonproposta por Join Dalton ef printpos lo stclo Ie age univeralmente ac. F chamada t0- ‘smo mu dere tanto da doting dow lgmitas gros como ‘Hee so homeomersmmo de-Anatigors.Anaxégors afirmave gus as soltineas nature peti eram feat de pris fomopeneas ete ss uma idea como esta stava emt conto Iunifesto-coma qm dafontane, segundo 9 qual «deta, Por ‘rempio fet io de agua mas de oxigen c haeopeno, dois on" Oaforamo de Demir, qe flearce a conhecer ars Epicure Lucice, difere tambem rdieaimente do atomismo dhitcnano: part Demet, os atomos crm. pst inive Heb deta materia indfeencadn, ao" asso que cs somos Segundo Dalion (ate Rutherford comesar a sepals) gram Tar= HE in det agit ese de mat Toe rogéno ou carbono ou chum “Beton iva as suftanias caturais em duas classes: a close Je subsncins fas de wmolcuay, como» apuar ¢ & Sle de sttstncne fae de vdlomon, come 0 hiogenc- Em Sib seis a partial, fore moleculs ou Tse atmo, em STnenor quanidede posivel des sobtinca,embora nao Pela tna "Alaa doar morgage de {yur posel porque as Gnas pert em que podia ser didn fam "ortculs tio de agua ‘mas de oxgétio © iogeni. dtodd igi ea a menor quantidade posi de oxen, ao parser Gveivel stv pares gus mao fesser oxignio a Por= {he plo etm dive de mancis nenhuma Fifa concep de un emo faeamente indivvel nfo era ova Era un fbi foslizada da velba ica. grep, soe ‘eo snacreniamente nam ambiente que the crate. a TEER (tluconsta do culo XIX; O-que howe e fet na {ova dafloniana nao fo a hel de wtome mas sim de «mole clay —nio a Kea anasagrica de particule bomogéneas com ‘Slo gue la constuir mas a a la tolaimente dove de que fica cont determinadas goalies eapeticas podium conse {ir corps som gualidaes Specicas absaatameate cieretes Hata Wok ndo poe serencorada en fase alguna, do. pews mento greg, A tora ds aquatro elmentes» de Empedocle mio Toi'une tniseyaglo dessa porque segundo exe (cova ‘ements tera ogo © Gua mantiham as sun qualidades Spoulicas no composts poses Tormades, deforma que ees ‘Schaosts fcavam a ser, Seva eam. qualdades especies, rte tei, emt pert ar, casi por date las a veraade que 0 etemon daltoniano nfo sobreivew ao sdelo XIX: Antes que 0 seul crmiasse, J. Tomson & Stites slteonaran‘o dstimo daiontang eae calomov & fenolcuay‘e-colocaram a par tera do dlomo com a tora {i'mosculas Igo fo comequido procamando-e gue, ta come frolculaditgua ers consuls por parts que fries sea falumente nfo fam dgua mas sin ago ferent oxi Hirogeio ~tamem © atom» de xenio cra constulio es que formas sparadamente nio'sram origeno Mas i> iferente sista 2) 0 principio de tempo minima Te eta eee eae ea oe ela es iota oes aia 2 ee eo cst eae eens ee ere at ea Sh ea io at a aM eee! eee er eee Se eee Beccrrens Ceagt oT iare eat net a ean one aoe sie anges a mae a Be ctr, ee ren mae Be pet corabe ger mast sua emaneu st as Analogias entre os problemas humanos eo prinepio do tempo Iinimo Toram_certumente lugatescomuns muito antes de ese ‘rinipio comecar afectar a obra das homens da cienca natal ‘De facto, asin fol, Um exemplo tipico e famoso & a obser vacio de Ariidtels (Bice « Nledmaco, 1096" 18) de que set feliz uma acivigade que requer toda uma ida e nao pode existe em ‘menos tempo, © inesmo se pass, notoriamente, com sctvidaes {ais como ser um estratoga ou um homem de Fsiado ou um com Poslor musica. Tver ningum possa diver com exactdao quanto fempo iso leva esr; mas podemos arrisar-nos a dizer que set Um estratega requer pela menos a tempo de via cafipaniia mil (ar, Serum homem de Estado, 0 tempo de esruturar e decrtar ma Tegislagio, ser um compositor 0 fempo de compor uma obra ims Dinos geo emp ado er ung ua as Actividades. Assim, ura aetividade 86 pode Scorer 86, por #08 ‘Yer, permitr a ocorréncin de outras deividades ocupando um tempo inferior a“, 0 qual num sentido amplo do todo pode ser cchamado apartes de que € composte. Digames que um determi hnado esritor leva unt ano a escrever um livro; durante um deter ‘minado minuto desse ano o escitor screve una fase, ¢-nesse Sealido o lio € um todo de que cade frase ¢ uma parie. Ess {Peep nt Sto Hemopeen nr st nem com 0 fodon, Cade frase 6 solugGo' de um problema especial com as suas caracte tieas especias:e 0 lvro como um toda & 2 solugio de um pro ‘lems que nfo ¢ igual a nenhium desses problems pacia, “_ Noutra_passagem, Aristgcles tentaaplicar esta ogo. 8s coisas da Naturers" Assinala tice a Nicémraco, 1178-8 20. segs) {ve os emovimentos» sfo consituldes por partes no homogeneas Entre si nem com as totalidades de que Tazem parte. ArstOLcies {Gt como exempls a construguo de um tempo € 0 acto de cai haf, € anisa 0 primero exemplo, Fatretanl apresentare uma fandlse do ultimo. Quando um homem eaminha a tree mils por hora, dando (2s paises em cada dos Sopundes, durante um deter Iminado centimo de regundo sizer com enactidao ‘que esté-a caminhsr, poe caminhar € uma espécie de Tocomosa0 fefectuada ao apoiarséalternadamente em cada pe enguanto se ‘move 0 outro perm a frente; ofa, durante esc breve espuco de {Tempo o hhomem que val a caminhar pode ter un pe asente 20 solo o outro a ergucrse ou a ser langado para a frente ou 4 ser ‘Pousado, ou pode ainda estar apoiado no dedo de um pe © m0 Caleanhar do utr, ot qualquer oulra cost semelhante. Quanto tempo leva exactamente ssa acedo rlumica a que se chains ean har, uma pergunta diel ou até impossiel de responder em 26 _ Todas 2’ movers termos absolutos: mas & evident que um cetésino de segundo Noel a Us que ArisGels faz aqu da palavraemovimenton lem tea o Tams aigumento de Zanuo de len Una aca gue fea wf Zn oh cv movin grit ‘elerminade nese instante, ets om repour, ocuando 9 eas iguala propria sas, seo tempo oo pass de ua eomjunto de {istante, 5 lca munca etd em movimento, Atstls nn as. sagem acima cas, sbinava que unm determinads specie Je ‘movimento enge pr a sun feeivaglo tm determina Taps tempos» gus i no leon opertuniiade Je responder Zeno, fe quer da epunte manera: «No 4 quanio tempo fra exae- Het un ech pr rem one mat pete Um lays de temp Stiponbames que um instante € deine como lm laps de tompo mis eurto 3 que esse: sendo asm, Jo.080, Hit contradigfo entre divsrse que nun deicrminado instante a Tech esti em repovso e que e tempo & consiuide por instants e'izerse que durante um peviodo de tempo mals longo & techs “Arsttles nfo afirma st: nem hi qualquer prove de que fenha pretendido sugerir fal coin. Thdo 0 que. ArsGtles siz E que tm movimento de ume detcrminada especie € constitldo Joe movimenon que nfo so Ge epee Que 0, movimento fs eonsitldo por partes que nao sfo nenhum movimento, #50 seria uma ileia doc Aristotle teria sem dive negndo. & res posta de Zendo que, como eu tise, Arstteles permite que 6 Teitor Yormule, sera’ ua toa cesposta se apoiada numa (cori fisiea de acorio com qual a fecha, mesmo enguanto cem re- ovso>, fesse concebida como. um ‘microcoxmo. de. pareve pidamente que os ritmos dose movimento 0 padessom estahelecer por si mesmos num laps de tempo mais um do. que es que ex fypathen!lxn a Hecha 8 wear em aim que é concebido o movimento da fecha ma fisica soderna. A reenta.a Zenfo én neyagio da hipoese subjacent fo se agement. Nio evemcr due au Zato¢ retain, embora 0 su arsumento seja Tuell de. compreender em reso, hi mules divida entre oy estudines quanta aque que Zonk queria provar com sk: qual seria com exactidno @ ema que Zento exava a tenia? esclarecer? No entanto, € bem tvidenis que, nos termes do problema, havin a iferenga entre fuma ech sem movimento» quando dspartda para Oar e-2 Tiecha em repouson quando cleeada na aljvn ou cida no ch IA Tsca evolucionist nopa eta diferenga. A flecha € fei, i u sos, em parte de madeira ¢ em parte de ferro, Cadu uma destas partes € composta por pariclas minisculs que se movem cons Eintementey av yarticlas da madeira movemsse de uma determi nada maneira, as do ferro de outa. Estas pertculss 280 por sua ‘er compoctas por petculas anda mais minusculas, que tater Tem mowimentds propries, Por mais Tonge que 0 sic lee a sua nflse, nunca tinge 0 ponto em que pariculs. escfam_ em ‘epouro nem agule em Que as pariculs actuem exactamente Gs'mesma manera que aqulo que elas-compicr. Nem concebe enh ln op ugh as ct uaa da heh Imetra que Gualgocr outs, pelo contdro, as lei, de tcordo om as quas as concebe a movers, slo ees exalisticase,repre- Sentatvas do seu comportamento emt mea relavamente 4 massa Shao do seu comportamento individual quando coniderado sepa tadamente Sepundo o principio de spago minim, onde quer que exist ‘uma ssn natal (al come Agua) exe a quantidade hie poquens posivel dessa substineia (a molévula de dgue), Sendo"todae_gusiquer-quanciade menor, nao. um fragments a ati a feat dan snc ante cnigsnio ow rogénio). Segundo 9 prinepo de tempo minimo, {Neamt fant o qual ee movimento Soe Stamos (Gxigeno€ bidropenio) noma. ona moteula (de 4g) podem Siaeicer @ arrose ean ole fm lps de tempo mais pegueno do que fo emos (oxenio Chidropenio)exstem mas noleula no existe Nao hi Se mas Spenns’Sy ou seas a clase da subtincia ® quo 0 oxigénio © © itirogeno perience ins af puriciis de S, sfo igualmente consiudas por paquenaspurtfetias que se iowem (electex,neultes: at agora Tinda nio'se chegou'a uma andi completa) c sta serio ni0 parfclas de S, mas de Sy (lectriekade, negative posits), ‘Os princtpon de espaco minimo ¢ Je tempo minimo api ars aa er wert ai oor guage pie! SES o'dtomo. de oxigen ou de hidrognia), no. neceanra iene a mesma paras diferentes espcis de substncis incuidas ta cae a en gaia piel dS se eae ma ena: Havert também um lapse de tempo f.6 menor possve Tntante’o qual cs movimentos das particuas Sy reativamente 2 tama unica ‘particula 8, podem ertabeleer 0 seu ritmo e asim ‘onstituir est prticuls ese laps de tempo nfo € necesara ‘mente o mesmo em exfencio pura as Varas expécies de subsigneas Inclldas na case S mas em tad o caso cea dentro das its ‘efinides por fs Porianto, num layso de tempo menor do. que fs 2s hh subtancas pertencenes& cass Sx; apenas subtincias perlcncentes lane Ss “Asim, se se levantar a questio de saber se uma determinada coisa um exempl do, de, ou de Sy a resposta dopende de time outra questio: durtnte quanto tempo! Se for num lapse Ae topo davordem de fy € um exemplo de Ss for mum laps fe tempo da ordem de /)€ um exemplo de se for num lapso Ae tempo ds ondem de 6 um exemplo de Sy Dicreates ordens 4s sutsoeas leva dfetenis orden de tempo a sxstie "As inpiagies dete principio foram determinadas plo Pro- fessor AN. Whitehead entetondas oa So afmacion de que hum tostante nfo ha naturest. A tendénca de toda a citncia da ‘aurea modema 6 redurir a sstinci 8 funglo, Todas a fon- natura surge! assim como formas de movimiento, © ol0 ‘Smovimento implica tempo, Dentro de um instante ni 0 wits. fanten do eaxantaneon Tovogriice, que contém um fapeo de temp ensure, ay uma ater, que oon, eal ayso de iempo-=ndo pode haver movimento nem, Ot fanto, fungio natural ¢ que poe sua ver significa que nfo’ pode aver subsiania natal. Tee principio, dane de pasagem, nfo sbreneuhuma porta ao ideatismo subjective. Podese exprinir ese principio dizndo ‘que a mancia somo o mundo natral nox serge depend do temo Ae levames a obnervto; asim, para unt indniduo que 0 obser- ise durante un periodo de topo que se longase po centenas mind sui de a Sera mance, ata de fara quem 0 observe por um censimo de segundo ‘urgiré Je {int stmera completamente diferent; may ta deco 0 Inera aparénca, wing ver gue fevamos exaclamente meso {empo a Tazcr # nasa obser¥agi0. To, ebora verdad ern, A dau que pra exit ‘exige uni tempo de order de ty € exalamente to real como 0S tomes Je angen e de hitrogénio. que a compoem, os quai Implicam um tempo da ordem det: ¢ estes, por sua Yer, Sio reals tomo os elects ¢ os neurdes que es compsem, que implicam finda menoe tempo. A forma como 0 mundo naturales surge Aepende certamente do tempo que Tevarmos a observ fst poraue quando o observamos por um certo perodo de tempo tama ofserar ce process que necesitam dese periodo © {empo para ccorer Waza and tie — 1988, 48 »

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