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SAO BERNARDO DE CLARAVAL TRATADO DA CONSCIENCIA ou DO CONHECIMENTO DE SI MESMO A coincidéncia — diz Sao Bernardo - é a ciéncia do soragao ou o conhecimento de si mesmo. Por isso, 0 tratado Da Consciéncia deste eximio doutor da Igreja nao é outra coisa senao a arte de conhecer- -se a si mesmo, a arte mais util ¢ necessaria de todas, porque ¢ a base da perfeigdo, a escada mediante a qual a alma pode ascender até as coisas sublimes e celestes, até Deus. Tlustragao da capa: Cristo abragando Sio Bernardo , Francisco Ribalta, 1625-1627. SAO BERNARDO DE CLARAVAL TRATADO DA CONSCIENCIA ou DO CONHECIMENTO DE SI MESMO Nebli Tradugio 4 Lyege Ornellas Pires Carvalho Preféclo Revisio Leny Ornellas Pires Carvalho Capa ¢ diagramagio Herbert Carlos A consciéncia - ~ diz Sao. Bernard ciéncia do coragdo_ou_o conhecimento_de_si Dads internactonaisdeCatalogasto na Pebicagio (CIP) mesmo. Por isso, o tratado Da Consciéncia deste (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) aebitto doutor da Igreja nao é outra coisa sendo a | r-se a si mesmo, a arte mais util e Bernardo, de Claraval, Santo, 1090-115: arte de conhece: » Tratade da consci a. ou, Do conhecimento de si mesmo. Bernardo de Claraval ci necessdria de todas, porque é a base da perfeigdo, {tradugéo Lyege Ornellas Pires Carvalho}. -- Itapevi, SP: Nebli, 2015, a escada mediante a qual a alma pode ascender iencia, 0 até as coisas sublimes e celestes, até Deus. nto de si mesmo, Dibliograla, ISBN 978-85-69098-02-7 ect @ si mesmo Com efeito, quem se c eal ee sente-se_humilde 2 diane de Deus_caridoso para nto de si mesmo, 1. Autoconsci 15-03333 CDD.248.4 Indices para catdlogo sistemético: pr agi vde remedié-los, 1, Conhecimento de si mesmo; Vida cri 2. ‘Tratado da consciéncia: Vida crista: Aprege a “conhecer Todos direitos desta tradug: © 2015 Nebli ~ Edigio e distribuigao de pu Rua Cesitio de Abi Tels (113 4143- reservados at Deus, porque se Todos os dtctts reservados » POrgue Se. 450 | Bairro: Centro 1 CEP 064 5620 | wwwnebliccombr | venda obras, como diz Sdo Paulo, onde_poderd manifestar-se melhor que na al por Ele é sua imagem e semelhanca? Desolados correm os homens atrés da ciéncia; muito mais sdbio é correr atrds da consciéncia, a melhor e mais excelente das ciéncias, O préprio Séo Bernardo é quem, no presente livrinho, nos vai ensinar esta ciéncia. Que grande mestre! Conosco desceré até a profundidade do coragao, esquadrinhard todos os seus cantos e recantos, nos mostrard todas as suas chagas, suas feridas, nos ensinaré a curd-las e cicatrizd-las, a restaurar e conservar pura e bela em nossa alma, a nobre imagem do Criadar. O Tratado da Consciéncia é, pois, a ciéncia mais necessdria e excelente, a ciéncia da felicidade ensinada por Sao Bernardo, E ~ estranha omissdo - este pequeno livro dureo, traduzido em quase todos os idiomas europeus, néo o foi, que saibamos, a rica lingua de Cervantes'. Néds empreendemos esta tarefa, esperancosos de que este trabalho, imperfeito enquanto nosso, hd de ser bem acolhido pelas pessoas piedosas, e ser capaz de produzir algum bem as almas, ‘[nota do tradutor: referéncia 4 edigdo castelhanal]. Nota biogrifica de Sao Bernardo Em 1090 ou nos iltimos anos do século XI, nasceu Séo Bernardo na pequena aldeia de Fontaine, em Borgonha - atual departamento da Céte d’Or, distrito de Dijon - de pais nobres e ricos, Seu pai, que desempenhava importante cargo no Estado, destinava seu filho a suceder-the em suas funcédes, de longo tempo hereditdrias na familia, mas a simplicidade de gostos do jovem Bernardo, seu amor ao trabalho e a vida retirada, fizeram com que fracassassem os designios paternos. O santo fez seus primeiros estudos na escola de Chatillon-sur-Seine, entdo a mais florescente da provincia, passando depois a completd-los na Universidade de Paris. Para distrai-lo das inclinagdes ao retiro e a solidéo, que a cada dia arraigavam-se mais profundamente em seu coragdo, procurou-se despertar no joven o gosto pela literatura profana: a leitura dos cldssicos conseguiu proporciond-lo apenas passageira distracao, néo privd-lo das profundas meditacées a que assiduamente se entregava, e menos ainda, impedi-lo de buscar solugéo a esta pergunta que dirigira a si préprio desde que a luz da razdo fulgurou em seu entendimento: Bernardo, 0 que viestes fazer neste mundo? Bernardo, ad quid venisti? Apressado, guiado por tao sauddvel pensamento, 0 jovem escolar dava por assunto de suas habituais meditagdes 0 mistério da vida, o objeto da existéncia humana, os destinos prometidos 4 alma, a missdo da criatura racional na terra. Absorto em tais reflexées, sua vida deslizava-se tranquila, isolada: praticava jd, em meio a@ agitacdo e ao burburinho dos costumes escolares, todas as privagées e a castidade do claustro. O seguinte fato, contado por Guilherme de Saint-Thierry, demonstra com quanto vigor e fortaleza sabia domar suas paixées: certo dia encontrou no passeio uma jovem, o olhar da qual, ao cruzar-se com o seu, produziu em seu cora¢do insédlito e forte efeito; em vao procurou, por meio do estudo e da meditagao, afastar do pensamento e da meméria a lembranga daquela mulher cuja imagem, sempre presente em sua imaginacdo, o distraia do trabalho, turbava seu repouso e aparecia-lhe durante o sono. Depois de muitos dias de pesada luta incessante, Bernardo tomou uma resolugdo extrema: jogou-se, no rigor do inverno, num tanque gelado, de onde foi retirado meio morto. Deste modo, aquele coragdo juvenil jé comegava, com a mortificagdo e a castidade, a vida do claustro que fervorosamente aspirava. Ainda muito jovem Bernardo perdeu sua made, nobre e virtuosa dama, descendente da antiga familia dos condes de Montbard. A dor que essa perda lhe produziu o determinou a ingressar na abadia de Citeaux, fundada por Séo Roberto e regida entéo por Estevao. Téo poderoso foi o exemplo dado por Bernardo a seus companheiros de sala que, pouco tempo depois do ingresso deste a vida monacal, a abadia tornava-se insuficiente para alojar os numerosos postulantes que, a sua imitagdo, desejavam separar-se das sedugées do mundo. E era tal o poder e tanta a eloquéncia do novo monge, que seu prdprio pai e sua irmé, antes empenhados em separd-lo de todos os modos imagindveis, da vida monacal, acabaram eles mesmos - arrastados pelo exemplo e discursos de 10 seu filho e irméo - por consagrar-se também ao claustro, A entrada de Sdo Bernardo na abadia de Citeaux marca o inicio da gloriosa e brilhante carreira de nosso santo. Por ser aquele mosteiro insuficiente, como foi dito, para albergar numerosos novigos que diariamente solicitavam ser nele admitidos, Estevéo teve que enviar ao redor do cendbio, e até longe dele, colénias de monges que criaram miltiplas sucursais da abadia-mie e se estenderam pela Itdlia e Portugal. Cumpridos os dois anos de noviciado, e pronunciados seus votos em Citeaux, Bernardo foi promovido a dignidade abacial e enviado, com doze de seus discipulos, para fundar um novo convento em um lugar muita deserto e acidentado, chamado Vallée d’Abisnthe e 4 qual a nova comunidade denominou Claraval, sendo esta a origem de tao famosa abadia. Depois de néo poucas tribulagées, sofrimentos e provas, entre elas a da fome, 0 novo mosteiro entrou em vias de prosperidade e cresceu incessantemente. Pouco tempo depois de estabelecido em Claraval, Sado Bernardo foi enviado ao capitulo geral da ordem de Cister, para trabalhar ativamente em suas constituicées. Retornado a seu mosteiro, escreveu nao pouco niimero de obras, entre elas seu tratado Dos doze graus da humildade, as Homilias acerca do mistério da Encarnagio e seu admirdvel Panegirico da Santissima Virgem. Quando prosperidade, pode seguir sem os cuidados de seu Claraval, jd em plena V1 12 fundador, Sao Bernardo marcha para Reims a fim de reconciliar o prelado desta arquidiocese com seus diocesanos e empreender a reforma da conduta de alguns bispos. Por entdo escreveu sua obra sobre os deveres episcopais, De officio episcopi, e converteu Suger, abade de Sado Dionisio, que vivia com excessivo luxo. Ocupado nessas tarefas evangélicas, foi chamado ao Concilio de Troyes, de onde resolveu os assuntos de varios prelados e redigiu uma nova regra para a ordem dos Templarios, Exhortatio ad milites Tempili. De volta a Claraval, compés seu famoso tratado Da Graga e do Livre Arbitrio, no qual magistralmente expde de que forma atuam a graga santificante e a liberdade humana na obra da salvacéo, Em 1130, foi nomeado por Luis, o gordo, rei da Franca, como drbitro para decidir qual dos dois papas, Inocéncio II ou Pedro de Lion (o antipapa Anacleto), era o sucessor legitimo de Sao Pedro; Séo Bernardo decidiu-se a favor de Inocéncio IL, e seu juizo foi confirmado com o voto undnime da Igreja. Desde entao, nosso santo foi o conselheiro de maior influéncia no dnimo do pontifice, que recorria a ele onde fosse necessdrio refutar um erro, promover uma reconciliagéo. Regressando da Itélia, Sao Bernardo foi descansar em seu retiro de Claraval e ali escreveu sua obra Sobre os Canticos, uma série de sermbes que, no mais das vezes, pregou-os de improviso. Néo foi longo seu descanso: as heresias de Abelardo e de Arnaldo De Brescia chamaram-the ao palco da discussdo com estes precursores do Protestantismo que proclamavam o livre exame 13 14 das Escrituras, a soberania da razio humana e ensinavam inumerdveis erros sobre os mistérios, especialmente os mistérios da Trindade e da graca. Séo Bernardo os acossou com todo o poder de sua veemente eloguéncia « com a légica irrefutdvel de sua argumentagao, Abelardo, condenado primeiro pelo Concilio de Soissons, apelou ao de Sens, que ia ser convocado. Ja neste, e néo encontrando palavras com que defender-se da poderosa dialética de Sdo Bernardo, o herege apenas balbuciou sua apelagéo diante da Santa Sé. Mas 0 Papa condenou solenemente os erros de Abelardo, e em seus rescritos aos arcebispos de Sens e de Reims ordenou que Abelardoe Arnaldo da Brescia, fossem encarcerados, separadamente, em mosteiros e que os livros do primeiro sobre a Trindade fossem queimados. Em cumprimento deste mandato, Abelardo ingressou no mosteiro de Cluny, cujo abade, Pedro, o venerdvel, tomou para si sua reconciliagéo com Sao Bernardo e com Roma. Conduziu-o a Claraval e ali ambos adversdrios se abracaram. Prometendo Abelardo renunciar publicamente ao ensino de suas doutrinas e 0 santo, que apenas a estas detestava, consagrou-lhe uma amizade que durou até a morte. Falecido Inocéncio II algum tempo depois destes ocorridos, Séo Bernardo exercerd decisiva influéncia na promogao de Eugénio III ao sélio pontificio, seu antigo discipulo e simples religioso de Claraval. Um ultimo feito notdvel de nosso santo foi a pregacdo da segunda Cruzada, que com grande éxito realizou na Franca e na Alemanha, podendo ter como certo que foi ele, quase que exclusivamente, o responsdvel por este grandioso acontecimento. 15 16 Sao Bernardo faleceu em 20 de agosto de 1153, deixando em Claraval mais de setecentos religiosos e tendo fundado cento e sessenta casas de sua ordem. Grande santo, que operou numerosos milagres, conselheiro do Papa, drbitro de monarcas, reformador do clero, exterminador de todas as heresias de seu tempo, com justica mereceu por numero e magnitude de seus trabalhos o titulo de tiltimo Padre da Igreja. Manuel Cambén y Fraga Buenos Aires, 1940 1. Como, por meio das boas obras, deve-se manter a consciéncia limpa e pura Esta casa corporal em que habitamos (eae s; e como ha de cair_e ‘até (diseriouas se dentro de pouco tempo, construir outra. Volvamos, “pois, a a_ndés_mesmos, sacudamos_ e sondemos | cuidadosamente_nossa_consciénci disse Salomao — para que possas depois | edificar V7: tua casa”, Este campo _é nosso corpo, cujos rimeiro, e solidamente edificada depois, Quem = pe Ee te a sentidos —— submetendo-os ao dominio da alma, d nelinagées, se bem. _O$_empregamos, em sua 1 | misericérdia ¢ e€ por su sua a graca. » Bensametntn e Os pensamentos ] para a investigagao da, ‘verd de, os afetos ee a pratica da virtude. icérdia_divina apaga o faltas cometidas ¢ € 8 para ‘evita OS. males presents pesado ¢ € nos dé fo ‘orca para resisti-lo; em outras, ——— deixa certa nosso so flesej0] inclinado ao _pecado e debthiade pelo. prazer, por causa do deleite que usufruiu nao tem iy pois b is bem, a ala que éi 20 se sempre : _Tnisericc rdia- para _ com quem onfessa, Na confissdo esta toda de perdio; ninguém pode _ ser quando se acusa a si mesmo. Ditosa a consciéncia ea 2 a par! A ‘verdade | por : pratt cdg penirenne & ea misericérdia de Deus ter-se-4o encontrado nessa consciéncia, porque é indefectivel esta misericordia em quem realmente se conhece a si mesmo. O désculo da justic inimigos; em abandonar a familia e bens, tudo iste em amar os guanto se possua, por a pacientemente. as injustigas; em 1 fugir e em tudo ¢, ieee oat por tudo da falsa gloria pessoal. O beijo da paz consiste em convidar desun idos, em proprios inimigos; em instrui ignorantes; em consolar com dogura os aflitos; na Suportar pa ficamente os bondade os tebulagto, aos que choram e, por ultimo, em. suas delicias; 21 22 homenagem, c como ) tempo de Deus e morada do Espirito Santo. pelo ouvido, vista, _ pelos demais corporais, se deleitara nas coisas_mundanas, quando encontre todas as portas dos sentidos do corpo fechadas? Entao, se internado novamente em si mesma, encontrar-se-A desnuda, desolada; encher-se-4 de confuséo e de horror. Por ter-se deleitado nos consolos do mundo, nao encontrara a consolagao interior, que somente Deus da: Deus nao se dignara visita-la, e a alma ees NAO ge Clanarar Visita", 8 a ~ sentidos angustiada pelo peso de sua propria consciéncia. _suportar-se_a__si_mesma. Nao encontraré 0 desejado_repouso __ porque abandonou Aquele quem unicamente deveria repousar e habitar. Encontrai-vos hoje na companhia e sociedade dos homens: pensai que nao sempre havereis de estar com eles e, enquanto vi buscai_ per sompanheiro o unico que_ do, m mas que _permanece ¢ eteenamenté: soa a Ele deveis b buscar. ae pois, todas as distracdes do coragao, todas as flutuagdes de vosso espirito; assentai apenas em Deus vossos firmes desejos e aspiragdes; que vosso coracao se encontre constantemente ali onde esta vosso mais apetecivel e desejado tesouro. 23 24 dos coracées, nas ¢ alas sseraceties Ele mesmo € a paz © na paz tem sua_ atari Fazei-vos, pois, ‘tais, we Deus esteja_sempre_ convosco, 6, que jamais vos os. vejais soqparibs st PEle. Nao vos abandonard, se vés mesmos nado o abandoneis; onde quer que vds vades nao vos encontreis a s6s se Deus esté convosco. Purificai, yossa consciéncia, a fim de que Deus se digne habitar ¢ em vés, “encontre sua morada limpa ¢ convenientemente _ dis isposta; entre vés”, | Esforcemo-nos, pois, em construir em nds mesmos o templo de Deus, para que Deus habite primeiro em cada um de nds, depois em nds todos, Necessita, para isso, que cada qual nao esteja em desacordo consigo mesmo; porque todo reino intestinamente dividido sera desolado € suas casas cairéo umas sobre as outras: Jesus Cristo nao entrara na casa cujos muros estejam caidos ou ameacem ruina. A alma deve possuir a casa de seu corpo, completa, intacta, e sairé indefectivelmente dela se os membros do corpo encontrem nio estiverem integros ou se desunidos. Cuide, portanto, com grande zelo, a alma desejosa de que Jesus Cristo nela habite, que seus membros nao estejam discor dantes entre si, ea _memsria; porque, para, ipreparar'e scennlie interior uma nn digna de a —n§o.se__encontre indisp D ceived ehandlinment reto, “_possuir ronta, meméria limpa_e p vontade boa V'eliz a alma _que se aplique a purificar de toda 25 26 mancha de pecado a casa de seu coracio_e a enché-la de obras santas justas! Porque ja nao apenas os dos anjos se deleitar em nela vir, ¢ habitd-la. E nao basta apenas purificar essa casa interior do que tenha de mal: é necessario enché-la de coisas boas, para que nao seja preciso nada buscar fora dela, uma vez abandonadas todas as coisas exteriores. 2. Das sete colunas necessarias no edificio espiritual Acabamos de ver que a verdadeira sabedoria deve por si mesma edificar sua propria casa; acrescentamos agora que esta casa deve assentar- € sete colunas, nas quais havera de apoiar-se_e_sustentar-se_todo_o_edificio espiritual, OQvediflet iow casei’ a Ronsciencias 28 sete colunas séo; a boa vyontade, a meméria, a BOMANAS 880%, &. ontade, _a_memoria, a. lembranga constante dos beneficios de Deus: 0 embrenga, COnSTARLE COs Dene lcl0s oe ete 2 coracdo puro; o entendimento livre (livre de tado preconceito); 0 espirito reto; a_alma_devota; a rasiio.lluminada (ihuminada do lta}, A boa vontade é a primeira coluna_qu haveremos de levantar; porque de todos os dons le Di rem_para a santificagao do homem, o primeiro e principal bem é a_boa vontade, em _virtude da qual a imagem ou semelhanca com Deus é restaurada, E 0 primeiro bem, porque pela bondade da vontade comega todo bem, ¢ 0 principal bem, porque nada melhor hem mais util foi dado ao homem que a boa vontade; faca o homem o que fizer, nenhuma agio humang sera "boa se_nao sprocede: da. bos vontade. Sem esta, ninguém ode salvar-se; com a boa_vontade ninguém pode perecer. A_boa pv Oe VORTAC S DIS Nel BOOS Pccc es

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