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ANO I - NUM.

9 ^ /{ Saiuota Setembro - )9
Saudades do Céu
Guilherme Braga.

O’ mãe, quem semeou tantas estrelas


Nesse abismo que estás a contemplar?
Quem deu às ondas, que me inspiram medo,
,4s pérolas que tens no teu colar?

Seria aquele Deus cujos decretos


Nos roubaram meu pai e meus irmãos,
E para quem, de joelhos sob o leito,
Ergo ao deitar-me as pequeninas mãos?

Foi esse, foi! Vê tu como Êle é grande,


Que tantos astros espalhou nos céus!
Que tantas joias escondeu nos mares!
Vê tu como Êle é grande, aquele Deus!

O’ mãe que linda noite! Em noites d’estas


Eu sinto os anjos sôbre mim passar:
Quem me dera também as azas puras
Que os vôos lhes sustentam pelo ar!

Estremeceu a mãe. Depois convulsa


Ao palpitante seio o filho uniu,
Rebentaram-lhe as lágrimas dos olhos,
E o menino a cismar nem mesmo as viu.

Uma noite, ao deitar-se, o belo infante


Ergueu de novo as pequeninas mãos,
Mas quando o sol lhe penetrou no quarto
Tinha partido em busca dos irmãos!
Ano I — N .° 9 Setembro de 1948

“A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N.° 66, conforme Decreto N .° 4857, de 9-11-1939.
Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00 . D iretor: . . . Cláudio Martins dos Santos
Assinatura anual do Exterior Cr$ 40,00
R ed a tor:.......... >........................ João Serra
Exemplar Individual ............. Cr$ 3,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a:
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil

ÍNDICE
Editorial ..................................................................... Presidente Harold M. R ex 194
O dia do Senhor ............................................................................................................. caça

ARTIGOS ESPE CIA IS


Pena e Tinta na Causa da Verdade
Dr. João A. W idtsoe ............................................... W arren J. W ilson 195
A Filosofia de Vida dos Santos dos Últimos Dias . . . . Elder Burl F. Bocrth 196
Sombras da Verdadeira Felicidade .................................. M ilton R. Hunter 199

A U X IL IA R E S
Escola Dom inical:
Verso Sacramental — Ensaio de Canto .................................................... 201
Sei Que Vive Meu Senhor ............................................................................ 201
A Oração dá Poder para a Preparação .............. W endell J. Ashton 202
P rim ária:
M oghi ....................................................................................... Ruth C. Hill 203
Sociedade de Socorro:
Dons ...................................................................................................................... 206
SACERDÓCIO
A s Revelações do Senhor aos Diáccnos, Mestres e Sacerdotes ................ 207
A plicação dos Princípios Sacerdotais .................................................................... 207
Requerimentos do Sacerdocio A aronico ........................................................ .. .. 208
Lições para os grupos Sacerdotais .................................. W arren J. Wilson 208

VÁRIOS
Evidencias e Reconciliações:
Há Cafeina nas Bebidas Cola? ............................ João A. W idtsoe 210
O Rumo dos Ramos ................................................................................ W. J. W. 215
Quero Saber ....................................................................................................................capa
Poesia ........................................................................................... Guilherme Braga capa
Muitos membros da missão estão confusos a respeito ao pagamen­
to do dízimo; quem deve pagá-lo e quando se deve pagá-lo. Dízimo é
10% daquilo que ganhamos como salário, renda ou produtos da fa ­
zenda, incluindo as rendas ou salários mais altos até os mais baixos.
O dízimo deve ser pago por todos os membros da Igreja, seja jovem
ou velho, homem ou mulher. E ’ mais fácil pagar o dízimo quando
recebemos o dinheiro. Deve ser o primeiro pagamento do nosso
salário ou renda, seja mensalmente, semanalmente ou periodicamente.
“ A lei da prosperidade financeira dos Santos dos últimos dias,
sob convênio com Deus, é ser um pagador honesto quanto ao dízimo,
e não roubar a Deus nos dízimos e ofertas. A prosperidade vem
àqueles que observam a lei do dízimo. Quando digo prosperidade eu
não estou pensando apenas em cruzeiros e centavos, ainda que, via
de regra, os Santos dos Últimos dias que pagam seu dízimo sejam
os homens mais prósperos financeiramente falando. Porém, o que eu
considero prosperidade real, como a coisa mais valiosa para cada
homem e mulher, é o desenvolvimento do conhecimento de Deus, de
um testemunho, e do poder para viver o evangelho, inspirando as
nossas famílias a fa zer o mesmo. Esta é a verdadeira prosperidade.”
Irmãos vamos pagar o nosso dízimo, tornando-nos assim mere­
cedores das bênçãos de Deus.
Presidente Harold M. Rex.
Pena e tinta na causa da verdade
Por W arren J. Wilson

terra foram cobertos com escuridão,”


disse Anna.
Alguns anos mais tarde, dois folhe­
tos sobre o Evangelho foram postos
num par de sapatos consertados na sa-
pataria, e aí começaram cs anos de es­
tudos que finalmente convenceram
Anna Widtsoe da veracidade do “ Mor-
monism o” . Essa viuva corajosa foi
bem fiel ao Evangelho mesmo quando
todos os seus amigos a abandonaram.
Ela era modista excepcional e pelo
trabalho diligente e a economia cuida­
dosa ela emigrou-se para Sion, estabe-
lecendo-se em Logan.
Os dois filhos, desde a infância
aprenderam a andar nos caminhos do
Senhor. Foi sua mãe bondosa e sabia
que os ensinou a ter fé no Senhor —-
um Deus vivo e real — uma fé que os
levou a ação.
DR. JOÃO A. WIDTSOE Dr. Widtsoe foi e é muito ativo não
somente nas carreiras civis mas tam­
bém nos trabalhos da Igreja de Jesus
De todos os cantos do mundo vêm
Cristo.
os servos de Deus para trabalhar e
construir o Reino de Deus aqui na Durante toda a sua vida profissional
terra. Homens e mulheres em busca com o cientista, educador, servo publi­
da verdade e justiça do Senhor são m o­ co, e clérigo, Dr. João A. Widtsoe tem
vidos espiritualmente quando ouvem o recebido muitas perguntas daqueles
Evangelho Restaurado de Jesus Cristo, que estão honestamente em procura da
tanto no norte como no sul — na A le­ verdade. Perguntas como: “ O que é
manha ou na Australia, e assim o foi a Verdade?” — “ Como se pode obter
com João A. Widtsoe que nasceu em um testemunho da veracidade do Evan­
Noruega no dia 31 de Janeiro de 1872. gelho?” — “ Porque e com o se deve pa­
gar o dízim o?” — “ Qual é maior, o
Ele fo i o primeiro filho de John A n -
dreas e Anna Karine Gaarden Widtsoe Sacerdocio ou a Igreja?” — Centenas
que tiveram dois ao todo. Poucos m e­ de perguntas com o estas foram respon­
didas per este grande homem. Atual­
ses depois do nascimento de Osborne,
o segundo filho, o pai morreu e este mente alguns destes artigos, tirados do
foi um tempo realmente triste para livro “ Evidencias e Reconciliações” , es-
aquela pequena familia. “ O céu e a (Continua na pág. 209)

— 195 —

\
*
A Filosofia de Vida dos Santos dos Últimos Dias
Por Elder Burl F. Booth

OS PROFETAS lheu Deus; sim aquelas que não são,


para reduzir a nada coisas que são;
Quando o homem fo i pôsto sobre a afim de que ninguém se glorie na p re­
terra não o fo i para andar às apalpa­
sença de Deus” (I Corintios 1:26-29).
delas na escuridão e aprender os en­
sinamentos do pecado pela experiençia Sempre que o povo servir ao Senhor,
somente, mas foi instruido pelo Senhor será abençoado e prosperará, mas
a respeito do m elhor caminho de vida, quando se afastar d ’Ele, o Senhor re­
e anjos tambem foram mandados para tirará seus profetas e seu espírito, e o
ensiná-lo. povo. será deixado entregue a si m es­
mo. Depois, quando se tornar cheio de
Deus deseja que o hcmem viva pela ■
iniquidades, e for perseguido pelos seus
fé e não pela vista. Em conseqüência,
inimigos, lem brar-se-á novamente do
Êle não se revela ao povo inteiro do
senhor, e se voltará para Ele. Após
mundo, mas em vez disto, escolhe al­
sofrer algum tempo, Deus levantará
guns que se provam dignos de ser seus
outro profeta para dirigí-lo, e se se­
serves e os ordena com o poder e a au­
guir os seus conselhos, será abençoado.
toridade para administrar nas orde­
Mas quando voltar a prosperar, nova­
nanças do Evangelho e ensinar o ca ­
mente esquecerá o Senhor, e mais uma
minho da vida verdadeira a todos aque­
vez se afastará de seus ensinamentos.
les que os ouvirem. Estes homens se
Assim tem acontecido, seguidamente,
chamam Profetas. E’ muito importan­
desde Adão, passando por Noé, Isaac,
te que tenhamos sempre um profeta
Jacó Moisés e muitos outros até, e de­
para nos guiar, porque o sabio rei Sa­
pois da éra de Cristo.
lom ão disse: “ Não havendo, profecia,
o povo se corrom pe” (Provérbios 29:
O SACERDOCIO
18). O profeta Am ós disse “ certam en­
te o Senhor Jeová não fará coisa al­ Era necessário, que aqueles Profetas
guma, sem revelar o seu segrêdo aos fossem ordenados ao Santo Sacerdocio
seus servos, os profetas” (A m ós 3 :7 ) . de Deus afim de que as ordenações
O Senhor em sua sabedoria não es­ feitas por eles sejam validas e em acor­
colhe homens de grande riqueza, que do com os princípios de Deus. O Se­
tem seus corações fixados nas coisas nhor não reconheceu nem aceitou
materiais do mundo. Mais Êle escolhe qualquer dos sacrifícios ou ordenações
homens honestos e humildes, geralmen­ feitas por aquele que não possuia o
te homens moços e os ensina e prepa­ Sacerdocio. Paulo, falando do Sacer­
ra pela grande responsabilidade que docio. diz: Ninguém arroga para si esta
deverão tomar mais tarde, de modo honra, senão quando é chatmado por
que quando se tornarem poderosos e Deus, corno tambem fo i Aarão” (Heb.
ricos eles provàvelmente não partirão 5 :4 ). Como, então, fo i Aarão chama­
dos caminhos da justiça. “ Vede ir­ do? Foi chamado por revelação. O Se­
mãos, a vossa vocação, que não mui­ nhor falou a Aarão e tambem a seu
tos sábios segundo a carne, nem mui­ irmão, Moisés. Mas mesmo então
tos poderosos, nem muitos nobres são Aarão não tinha a autoridade de ad­
chamados; pelo contrário as coisas in­ ministrar os sacramentos do Evangelho
sensatas do mundo escolheu Deus para até que Moisés o escolheu e o ordenou
envergonhar as fartes; e as coisas ignó­ sacerdote. (E xo. 28:1, 29:4-9, 40:12-16)
beis do mundo e as desprezadas, esco­ Dentro do Sacerdocio há duas divi­

— 196 —
sões; o Aaronico e o Melquisedec que média” . Isaías previu isto e disse: “ /is
é superior aquele. Em cutras palavras trevas cobrirão a terra, e a escuridão
quem possue o Sacerdocio de Melqui­ os povos” (Isa. 60:2, 2 4 :5 -6 ).
sedec tem o direito de oficiar nas or­ Durante a época da reformação ho­
denanças do Aaronico. O Sacerdocio mens começaram a realizar que o
superior chama-se Melquisedec devido Evangelho não ensinava da mesma
à um grande Sumo Sacerdote que v i­ form a que era no tempo de Cristo., en­
veu nos dias de Abrão. Este Sacerdo­ tão tentaram a reformar a igreja a
cio, que tem o poder e autoridade de qual pertenceram, mas não puderam
administrar as ordenanças espirituais faze-lo.. Em .consequencia, a deixaram
do Evangelho, foi dado um ac outro e organizaram uma nova igreja, ensi­
e continuou até o tempo de Moisés, nando alguns princípios como Cristo, os
mas por causa da dureza dos corações ensinava, mas não todos eles. Coloni­
dos filhos de Israel o Senhor lhes ti­ zaram a América; procurando liberda­
rou e deu-lhes o Sacerdocio mais bai­ de religiosa e tambem a palavra v e r­
xo (A aron ico), o qual possue o poder dadeira de Deus. Amós previu isto e
e autoridade de administrar as orde­ disse: “ Eis que vêm os dias, diz oi Se­
nanças temporais de Salvação (véja nhor Jeová, em que enviarei fom e so-
Heb. capítulos 5, 6 e 7) como disse br a terra, não fom e de pão nem sêde
Paulo: “ um mestre de escola” para os de agua, mas de ouvir as palavras de
trazer ao Evangelho. Jeová. Andarão errantes de mar a
João o batista possuiu o Sacerdocio mar, e do norte até o oriente: correrão
Aaronico e batizou de acordo com sua por toda a parte para buscar a palavra
autoridade, pois que o batismo é uma de Jeová, e não a acharão” (Amós
ordenança temporal, mas ele disse: 8:11-12) .
“ Eu, na verdade, vos batiso com agua
O PROFETA JOSÉ SMITH
para o arrependimento; mas aquele que
há de vir depois de mim, é mais p o­ Nestes últimos dias o Senhor fez no­
deroso do que eu, e não sou digno de vamente surgir um profeta para o seu
levar-lhe as sandalias; Êle vois batisa- povo. Ele o fez da mesma maneira
rá com o Espirito Santo e com fogo. como nos dias passados, porque Ele é
(Mat. 3 :1 1 ). Quando o Cristo veio, um Deus imutável e ainda fala e reve­
Ele trouxe consigo ç, Sacerdocio supe­ la sua vontade àqueles que são dignoS.
rior ou Melquisedec e conferiu-o aos e desejam escutá-Lo.
seus Apostolos. No ano de 1820, José Smith Jr. era
Depois da morte de Cristo o. Sacer­ um menino de 14 anos. Naquele tem­
docio gradualmente começou a falhar po um fervor religioso dominava todo
e faltar; e terminou por desaparecer o país e quase todos os homens se uni­
completamente por causa da perversi­ ram à alguma igreja. José, porém, não
dade do povo. Eles mataram c-s apos­ ligou-se à nenhuma delas temporaria­
tolos, e muitos dos Santos apostataram- mente, mas continuou lendo a Bíblia,
se por causa das perseguições. Muitos pois sentia que nela poderia encontrar
que não negaram a fé foram mortos, um indicio que lhe desse a saber à qual
outros seguiram os profetas e profes­ delas deveria se unir.
sores falsos. Depois de alguns séculos Um dia estava ele lendo o livro. *de
não se achava mesmo um diácono ofi­ Tiago, no 1.° capitulo, e versículo 5.°,
ciando com autoridade. O Senhor mais onde se lê: “ Mas se algum de vós n e­
uma vez retirou o seu espirito e auto­ cessita de sabedoria, peça-a a Deus que
ridade do povo e este 'ficou abandona­ dá a todos liberalmente e•não impro-
do. E, o que aconteceu? Eles regres­ pera, e ser-lh e-á dada. Peça-a, p o­
saram ao aue o mundo chama “ idade rem, com fé, nada duvidando; porque

— 197 —
quem duvida é semelhante à vaga do dery. Durante a tradução eles chega­
mar, que o venta subleva e agita” . ram a uma passagem concernente ao
Esta passagem calhou-lhe no coração batismo; que o batismo tem de ser fe i­
com grande poder, e ele sentiu que, to por imersão e que sem ele ninguém
para saber a que igreja devia ligar-se, pode receber todo o Evangelho'. No
ele deveria fazer como disse Tiago, décim o quinto dia do mês de Maio do
“ perguntar ao Senhor.” Então ele foi ano de 1829, para aprender mais so­
no bosque da fazenda de seu pai e bre esta questão, eles retiraram-se
ajoelhou em oração. para as margens do rio Susquehanna
Enquanto orava, ele recebeu uma e ajoelharam-se em oração. Eles nar­
gloriosa visão de Deus o Pai e Seu Fi­ raram que, enquanto oravam apareceu-
lho Jesus Cristo que apareceram em lhes, em uma luz brilhante, um ser
uma luz brilhante e o instruiram a não ressuscitado que disse ser João que foi
se filiar a nenhuma igreja, pois que conhecido antigamente e chamado Ba­
todas eram igrejas de homens. Tam­ tista. Em seguida ele impôs as mãos
bem lhe fo i dito que, se vivesse dig­ sobre suas cabeças e ordenou-lhes ao
namente ele seria um instrumento nas Sacerdocio Aaronico. Depois disse-lhes
mãos do Senhor, na restauração do que fossem no rio e se batisassem m u­
Evangelho em toda a sua plenitude, na tuamente por imersão. Isto feito e após
terra. voltarem à margem, João disse-lhes
que tinha sido enviado da presença de
O LIVRO DE MÓRMON Pedro, Tiago e João; que em um fu ­
Três anos mais tarde um anjo reve­ turo próxim o eles desceriam e confe­
lou à José Smith, que depositado em ririam a eles a maior autoridade, ou
um morro perto de sua casa estava um o Sacerdocio de Melquizedec. No mês
antigo registro que fôra escrito em seguinte, Junho de 1829, Pedro, Tiago,
placas de ouro, pelos profetas dos an­ e João retornaram à terra e ordena­
tigos habitantes do continente Am eri- ram José Smith e Oliver Cowdery para
canc', que continha a plenitude do serem apostolos do Senher Jesus Cris­
Evangelho como lhes havia sido reve­ to. Note-se que José Smith e Oliver
lado pelo Senhor. Dessa maneira foi Cowdery não assumiram a autoridade
permitido a José Smith tomar aqueles para organizar uma Igreja, mas que
registros e pelo dom e poder de Deus receberam, essa autoridade daqueles
traduzi-los para a lingua inglesa. Essa que a possuiram. E igualmente como
tradução foi impressa e publicada e é Aarão, não obstante José Smith ter re­
o que conhecemos por Livro de Mór- cebido muitas e grandes e gloriosas
mon. Acreditamos que ele é a palavra visões nas quais ele falou com o Se­
de Deus que foi dada aos antepassados nhor, e com anjos, ele não tinha a au­
do índio Americano, que foram canhe- toridade para executar qualquer orde­
cidos como os Nephitas e Lamanitas, nação até que ele fosse ordenado por
assim com o a Biblia é a palavra de mensageiros enviados de Deus.
Deus dada aos Judeus e Gentios,' e por­ Como designado pelo Senhor, a Igre­
tanto é a escritura. O Livro de M ór- ja foi formalmente organizada nova­
mon é tambem outra testemunha que mente na terra no sexto dia do mês
Jesus é o Cristo e que a Biblia é ver­ de A bril do ano de 1830. Sendo a Igre­
dadeira (Ezeq. 37:16-19; Isa. 29:11-12). ja de Cristo, ela foi chamada “ Igreja
de Jeus Cristo” , e mais tarde “ Dos
RESTAURAÇÃO DO SACERDOCIO
Santos áos Últimos Dias” foi adiciona­
Na tradução do Livro de Mórmon, do para fa z e r ' distinção dos “ Santos”
José Smith conseguiu a ajuda de um que viveram ha 2000 anos atraz. A igre-
jovem professor de nome Oliver C ow ­ (Continua ria pág. 212)

— 198 —
Sombras da Verdadeira Felicidade
OBSERVAÇÕES DE E LD ER MILTON R . H U N TER N A 118 CONFERÊNCIA
S E M I-AN U A L DE 4 DE OUTUBRO DE 1947

DO PRIM EIRO CONSELHO DOS


SET E N T A

A vista que daqui se tem ao olhar Eterno e Seu Filho Unigenito, aparece­
sobre esse grande auditório, é de reve­ ram ao Profeta José Smith e abriram a
renciai inspiração. E é com humildade última dispensação do Evangelho. Se­
que ocupo esta posição hoje. Por isso guindo essa grande visão, numerosos se­
eu peço ao nosso Pai no Céu para que o res celestiais apareceram ao Profeta
Seu espírito esteja comigo. José Smith e deram-lhe o Sacerdócio,
Desejo dirigir as minhas palavras esta todos os poderes, dádivas, bênçãos e or­
tarde à mocidade da Igreja . Eu, como denações necessárias para a salvação da
os nossos irmãos que falaram anterior­ família humana. E ’ o tesouro dessas dá­
mente, tenho gande fé, admiração e amor divas do Sacerdócio e bênçãos que a mo­
pela mocidade da Igreja . Sei que eles cidade da Igreja hoje possue.
tem um testemunho do Evangelho de Je­
sus Cristo e que assim o levarão avan­ O EVAN GELH O DE CRISTO TRAZ
te com honradez. A LE G R IA

BÊNÇÃO PRO VID A P A R A A O Evangelho de Cristo nos foi dado


afim de obtermos alegria. De fato,
MOCIDADE
“ Adão caiui para que o homem existis­
Mocidade da Igreja, jovens, homens se e os homens existem para que tenham
e mulheres, sois os seres mais ricos do alegria.”
mundo. Alguns de vós talvez perguntem O propósito e a vontade de Deus é que
mentalmente: “ mas não temos dinheiro” . sejamos felizes hoje, amanhã, na pró­
A mim não faz diferença si tendes dez xima semana e assim daqui a cem anos
centavos ou um milhão de cruzeiros. Di­ sim, mesmo daqui um milhão de anos.
nheiro desaparece; mas o conhecimento Podeis dizer em vossas mentes “ “ mas
que tendes ultrapassa tudo o que se pode não viveremos tanto tempo” . Nós vive­
obter neste mundo e que é deste mun­ remos por tanto tempo. A vida é eter­
do. Sois membros da Igreja verdadeira na e o importante de recordar é como
de Jesus Cristo e sois recipientes do vivemos hoje, e a maneira como vivemos
Evangelho restaurado de vosso Salvador. atravez da mortalidade, determinará a
Tendes o santo sacerdócio segundo a or­ nossa felicidade atravez da eternidade
dem do Filho de Deus. Tendes às vossas e o nosso estado para sempre. Para
ordens tôdas as bênçãos que vem para ilustrar o que tenho em mente, gostaria
aqueles que amam a Deus e guardam de contar uma velha história.
os Seus mandamentos mesmo a promes­ Existiu uma vez um velho cão que foi
sa da bênção de vida eterna que Êle ao mercado para apossar-se de um pe­
diz, é uma das suas maiores dádivas daço de carne. Ao voltar para casa ele
para o homem, (D. & C. 14 :7 ; 6 :7 ) si teve que atravessar uma ponte que cru­
apenas quizerdes servir o Senhor vosso zava um riacho. Quando êle se viu no
Deus com todo o coração, poder, e fo r ­ meio da ponte, olhou para dentro da
ça (Ibid. 4 :2 ; 50:5; 5 1 :1 9 ). água e viu um outro cachorro com um
Há mais de cem anos, Deus o Pai pedaço de carne na boca. Como êle era

— 199 —
cubiçoso, foi tomado pela vontade de queria vossa infelicidade. O seu dese­
querer aquela carne também. Assim, jo é dilacerar vossa vida espiritual, fí­
abriu a sua boca para arrebatá-la do sica e mental, como também destruir
outro e quando assim fez, a carne caiu vossas possibilidades de completa ale­
na água e foi levada pela correnteza. gria. Por essas razões êle emprega to­
Por esse sentimento o velho cão desco­ dos os seus esforços, tentando induzir-
briu que havia tentado arrebatar a car­ vos ao vício do fumo.
ne que estava com o seu próprio reflexo.
N IC O TIN A :
SOMBRAS DE V E R D A D E IR A UM VENENO M ORTÍFERO
FELICIDADE
O fumo, como todos sabemos, é muito
Jovens da Igreja, existem muitas som­ venenoso. Êle mata o corpo. Para
bras da verdadeira felicidade a que sen­ ilustrar-vos o quanto é venenoso, eu gos­
tis a tentação de arrebatar, e eu vos taria de contar um acontecimento havi­
digo que se assim o fizerdes, estareis do em minha própria família, quando eu
fazendo o que fez o velho cão. Então tinha mais de uma década de vida.
sábereis que perdestes as boas coisas Tinha uma irmã que estava com trinta
que agora possuis: a felicidade, o e sete anos naquela ocasião e era mãe
Evangelho e provavelmente a vida eter­ de sete filhos. Nessa época as suas
na — e recebereis somente sombras da crianças tiveram a tosse-comprida. Um
felicidade. As coisas que tenho em dia ela foi com seu marido a uma cháca­
mente nós chamamos pecados, todos os ra, próxima da cidade em que moravam.
pecados que podemos cometer. Lembrai- Quando lá chegaram, seu marido foi
vos que Alma, o profeta dos Nephitas, chamado para fazer um trabalho ines­
exortou-nos que “ perversidade nunca foi perado, deixando, assim, sua esposa em
.felicidade” . (Alma 41:10; Helaman 13: uma loja, que ficava mais ou menos pró­
.38) . xima da cidade. Quando minha irmã en­
O HÁBITO DO FUMO trou na loja, a senhora, detraz do bal­
cão, perguntou-lhe como passavam as
Existem três ou quatro sombras da crianças. Ela respondeu “ não muito
verdadeira felicidade, sobre as quais eu
bem” . Então a senhora apanhou um pe­
gostaria de falar hoje. A primeira é
queno frasco do balcão, que continha
o hábito do fum o. Todo homem jovem um líquido escuro e preenchia metade do
da Igreja, e ainda mais, sinto ter que volume. No rótulo lia-se “ contra tosse-
dizer, que hoje tôda a mulher jovem
comprida” . A caixeira disse então:
dentro da Igreja, é tentada e continuará
“ Esse é o melhor medicamento contra
a ser tentada a tomar o hábito do fumo. tosse-comprida. Não tenho nenhum dis­
O fato é que talvez alguns dos seus ami­ ponível agora, mas se quizer, posso con­
gos já tenham este hábito. Talvez po­ seguir algum.” Nessa ocasião ela de­
derão dizer-vos: “ Ora, fume um cigar­
positou o frasco no balcão e foi ao tele­
ro. E’ elegante fumar. Afinal é um bom
fone afim de chamar o filho de minha
esporte. Tôdas as pessoas importantes
irmã para dirigir o carro e levá-la para
o fazem. A proveita a vida enquanto és
casa.
jovem e regenere-se na velhice.” De
Nesse intervalo, minha irmã apanhou
fato, eles não somente fazem essas obser­
o frasco, tirou a rolha, cheirou o con­
vações, mas também desenvolvem inú­
teúdo e para sentir o gosto, tomou um
meros outros argumentos para vos le­
pouquinho em sua boca, dizendo: “ mas
var ao hábito do fum o.
isto é ruim mesmo” . Sem tempo para
Jovens, mocidade da Igreja, é o de­
dizer mais nada, ela caiu morta. O
mônio que fala atravez de vossos amigos
para levar-vos a esse vicio nocivo. Êle (Continua na pág. 212)

— 200 —
ESCOLA Do m i n i c a l

VERSO SACRAMENTAL PARA O


MÊS DE OUTUBRO Por Elder R obert E. Gibson.

Todos que na Terra móram,
A Deus bendigam com prazer; Ensaio de Canto para o mês de
Como os anjos o adóram, Outubro: “ Sei que Vive Meu
Devemos nós também fazer. Senhor" — Hinário — pág. 45.

“ SEI QUE VIVE MEU SENHOR”

M úsica por Lewis D . Edwards


Letra de Samuel Medley

O Autor. em 1789. Um livro sobre as m em ó­


rias dé Medley foi publicado por seu
Samuel Medley, o autor do hino filho em 1800.
“ Sei que Vive Meu Senhor” nasceu
no dia 23 de Junho de 1738, em Chest- O Com positor.
nut, Herefordshire, Inglaterra. Seu
pai trabalhava numa Escola; desta Lewis D. Edwards nasceu em Aber-
maneira Samuel teve uma boa edu­ dare, South Wales em 1858. Vindo
cação. Começou a trabalhar em pe­ para a América ficou algum tempo
tróleo com um homem de negócios. na Pensilvania cantando em coros de
Não gostando deste trabalho ingres­ Igreja. Foi batizado como membro
sou na Marinha, como um guarda- da Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias em Ogden, Utah, no
marinha. Numa batalha com a fro­
ta francesa em 1759 ele ficou tão fe ­ dia 31 de Março de 1878. Edwards
rido que teve que abandonar o ser­ conseguiu pegar” o estilo de Medley em
viço na Marinha. Passou tão mal seu acento nas palavras do hino. Não
sabemos a data em que foi escrito, mas
que quasi teve que amputar um mem ­
foi publicado no Livro de Hinos da
bro. Na noite precedente ele orou
Escola Dominical em 1909. O nome
horas a fio, mas não entrou definiti­
vamente pelos caminhos religiosos até de Edwards como compositor sempre
que escutou um sermão por um D r. será lembrado junatmente com o de
Watts. Medley, autor das palavras da gran­
de canção “ Sei que Vive Meu Senhor"
Em 1767 o encontramos como pas­
tor da Igreja Batista em Wartford, O Hino.
Herefordshire. Tornou-se um homem
de bem. Samuel Medley escreveu Procurando varios livros não encon­
inúmeros hinos, incluindo este. Este tramos muita coisa escrita sobre o
hino foi pela primeira vez publicado hino de Medley e Edwards. Ainda

— 201 —
que não seja de origem Mórmon, dos primeiros hinos compilados no
Emma Smith, esposa do Profeta, cer­ primeiro hinário da Igreja. Concorda
tamente teve a inspiração do seu di­ perfeitamente com a filosofia dos San­
vino cargo, em escolhe-lo como um tos dos últimos Dias.

A Oração dá Poder para a Preparação


Por Wendell J. Ashton

Bem de madrugada um homem se le­ ra, como quando nas sombras de Gethse-
vanta, talvez do calôr de uma fronha de mane. Ele rendeu graças pelas refei­
pele de cabrito ou carneiro enchida com ções, assim como fizera com os dois ho­
algodão ou lã . mens em Emmaus depois da Sua resur-
Ele parte, indo para um lugar soli­ reição.
tário, possivelmente para os suburbios A maior parte dos que são professores
da cidade. A cidade é Capernaum, que do Evangelho rezam de noite e pelas
significa, segundo se diz, “ a aldeia da refeições. Alguns rezam de manhã.
Consolação.” Frequentemente estas ocasiões se tornam
Alguns dos amigos deste homem se­ tão rotina que quasi achamo-nos ofere­
guem para o procurar. Logo o desco­ cendo recitações em vez de súplicas e
brem. agradecimentos.

Ele estava rezando. A lição que os mestres da Escola Do­


minical devem aprender daquela oração
Assim Marcos, o autor do Segundo
que Jesus fez de madrugada perto de
Evangelho, findou o episódio a respeito
Capernaum, é que Ele -procurou o Seu
duma súplica da madrugada. Ele não
Pai antes de ensinar.
nos relata o assunto da oração que o
homem, Jesus, fez. Não obstante, ele Disseminando o Evangelho Restaura­
nos faz saber que, dep^js de fazer aque­ do, farão isto de maneira melhor os que
la oração secreta, o Salvador foi às al­ também procurarem o seu Pai Celeste
deias vizinhas de Galiléo e ensinou. antes de ensinar.

O Novo Testamento no seu curto regis­ Parafraseando Seneca, ele faria bem
tro relata mais 18 orações do Mestre-mór, em orar a Deus como se seus alunos o
Jesus rezou de manhã, assim como quan­ estivessem escutando, e ensina-los como
do escolheu os Seus Doze Apóstolos. De se Deus o estivesse vigiando.”
fato, naquela ocasião Ele pediu ao Seu Então a oração dará o seu poder para
Pai a noite inteira. Ele orou de vespe- a preparação.

VOCÊ JÁ LEU O LIVRO DE MÓRMON ?


P R I M A R I A
M O G H I
P or Ruth C. Hill

Era uma vez na Siria, um país bem- pre? Eu acho que seria mais divertido
longe, um carneirinho lanudo chamado irmos sozinhos mesmo como os raposinhos.
Moghi. Êle seguiu o pastor com sua Eu sei onde a grama está verde. Eu
mãe; brincou e rolou com a sua amiga posso achar os lugares para tomar
Minni, que era branca e lanuda tal como água.”
êle. Minni disse, “ Você pode ir embora se
Êle brincou e comeu, e logo tornou-se quizer, mas eu vou fica r aqui.”
grande e forte, podendo comer grama Então uma noite quando a lua esta­
como as ovelhas crescidas. Êle não pre­ va grande, Moghi levantou a sua cabe­
cisava mais estar junto de sua mãe. ça e ficou escutando. Minni estava dor­
Quando o pastor levava o rebanho à mindo. 0 pastor estava dormindo tam­
água calma dos lugares para beber, Mo­ bém, e tudo estava calmo. Êle podia ou­
ghi bebia com os outros. Quando o pas­ vir um dos raposinhos latindo à lua, era
tor os guiou através dos desertos aos algum lugar nas colinas secas.
pastos nas colinas, Moghi gostou de co­ Calmamente Moghi inclinou-se nos
mer a grama deliciosa que lá crescia. seus joelhos finos, e endireitou as suas
Mas um dia Moghi disse a Minni, “ Não pernas posteriores. Então, olhando para
está cansada de seguir o pastor sem­ ver se estava sendo observado, deu uma

Jeová é o meu pastor; nada me faltará.


Faz-me repousar em pastos verdejantes;
Conduz-me às águas de descanço.
Êle refrigera a minha alma,
Guia-me nas veredas de justiça por amor do seu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte,
Não receiarei mal algum, porque tu és comigo:
O teu cajado e o teu bordão, eles me confortam.
Deante de mim preparas uma mesa na presença dos meus inimigos;
Ungiste com oleo a minha cabeça; o meu calice transborda.
Unicamente a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida,
E habitarei na casa de Jeová por longos dias. — Salmo 23.

— 203 —
sacudidela rápida que desdobrou as suas estava bem em cima dele no céu escuro.
pernas anteriores. Bom! Estava ficando Êle não sabia que direção tomar.
em pé, e todas as outras ovelhas e o O caminho que seguiu se inclinou
pastor estavam dormindo. Furtivamen­ abruptamente numa garganta estreita.
te, Moghi saiu dos arredores do rebanho As grandes rochas fizeram sombras fun­
adormecido. das na luz da lua. Em baixo dele podia-
Moghi antes nunca havia andado à se ouvir o som duma torrente das mon­
noite. A lua cheia fez todo o mundo tanhas. Moghi parou um momento e tre­
parecer macio, sombrio e de prata. O meu. Lembrou-se da vez que tentou be­
ar estava fresco enquanto êle respirou-o. ber numa torrente impetuosa .
0 brilho da lua foi uma coisa que êle Êle tropeçou aquela vez nas pedras
jamais vira antes. Estava alta e quie­ redondas e lisas, e caiu de joelhos. An­
ta no céu estrelado; e olhe! estava ou­ tes mesmo de pensar no que aconteceu,
tra vez dançando no vale estreito, em a água o cobrira, e embebera sua pele
sua frente. Moghi resolveu ir e ver lanuda, que ficou tão pesada de água
porque a lua dançava assim no vale. que êle não pôde se levantar novamente.
Foi fácil seguir os caminhos das ave- Se o pastor não enganchasse o seu caja­
lhas entre as rochas e moitas. “ Estas do no pescoço de Moghi, e o puxasse
ovelhas são bobas, “ Moghi pensou, olhan­ até à beira, teria sido levado pela água
do por momentos para o grupo que atraz rápida. O cajado do pastor foi uma con­
estava dormindo perto do pastor e do solação verdadeira naquele dia.
fogo. “ Qualquer ovelha inteligente pode Mas agora Moghi disse desafiando:
se sustentar sem um pastor sempre per­ “ Eu aprendi a minha lição. A gora não
to.” E êle deu uma rabanada rápida com preciso do pastor.” Êle andou pelas
a sua cauda lanuda e branca, e saltou sombras devagar. "O caminho logo deve
um pouquinho enquanto se dirigiu para subir de novo” , pensou êle. "Talvez haja
a luz que estava dançando no vale es­ grama logo” . Achou que jamais quizer
treito . alguma coisa, mais do que agora êle
Foi uma viagem mais longa, do que desejava pouco de grama verde, depois
a que êle realizara, até o vale. Depois de fazer esse passeio noturno.
de andar pouco tempo, enchendo-se com O vale era bem estreito agora, e escu­
os perfumes agradáveis da noite, e ou­ ro. Trêmulo, Moghi seguiu o caminho
vindo as vozes quietas da noite, êle co­ indistinto, até que virou-se abruptamen­
meçou a ter fom e. Inclinou a cabeça e te perto duma borda imensa. De repente
farejou a grama nas sombras. Mas tudo tudo ficou brilhante e rumorejante. A
que pôde achar foi rochas e moitas com torrente saltou e espumou duma aber­
espinhos. Impacientemente êle olhou, e tura alta nas montanhas de cima para
percebeu que andara longe do pasto ver­ baixo, até o abismo estreito. A luz da
de onde as outras ficaram . Ali não ha­ lua dançou e brilhou na água rápida.
via grama.
Moghi ficou aterrorizado. " A lua es­
Moghi deu uma rabanada rápida com tava dançando no v a le!” pensou, e sal­
a sua cauda novamente. “ Está noite tou para traz para fu g ir. Quando sal­
ainda” , disse êle. “ Se eu não quizer, tou, êle tropeçou e escorregou da mar­
não preciso comer até amanhã” . gem. Mas uma moitazinha crescida vi­
Então êle vagabundeou mais. Havia gorosa e forte na pedra, estendeu os
muitos caminhos de ovelhas e Moghi não seus ramos e o pegou. Êle tentou li­
tinha certeza de quel era o certo. Per­ vrar-se, mas a moitazinha o segurou.
dera de vista a lua que estava dançan­ Só teve conhecimento das coisas pela
do no vale. Havia somente aquela que manhã, e ouviu grandes asas descendo

- 204 —
perto dele. Olhando para cima, viu duas para a casa, com o rebanho, além das
grandes esfaimadas aves pretas. Moghi colinas próximas.
baliu e chamou, “ O’ Pastor, venha, e Quando chegaram ao poço e todos se
salve-me!” deitaram, Moghi pensou que jámais es­
E, quase ao mesmo tempo, pareceu- teve tão cansado e sedento. O pastor
lhe, o pastor chegou. Êle bateu nas aves trouxe muitos baldes de água, e os pôs
com a sua forte bastão, até elas subi­ nas razas cisternas de pedra. Então
ram. Então êle disse a Moghi, "M eu êle chamou as ovelhas em grupos para
pequenino, como é que veio tão longe? virem beber. Finalmente, Moghi teve
Foi bom que você deixou impressões de a sua oportunidade. Correu até a cister­
seus pés. Eu cheguei aqui a tempo.” na e bebeu a água fresca. Ai não havia
Com o seu bastão com gancho, êle pu­ torrentes rápidas. Com o pastor, tudo
xou, e Moghi tentou se levantar. A moi­ ia bem.
tazinha o deixou ir, e êle ficou no ca­ Êles pararam diversas vezes para des­
minho novamente com o pastor. cansar e pastar nos pastosinhos, no ca­
“ Agora, volte, pequenino” , o pastor minho para a casa. Mas pouco a pouco
mandou suavemente. “ As outras já estão Moghi tornou-se mais cansado, até que
comendo. A mesa está preparada para quando chegou em casa, as suas pernas
você também. E ’ sempre onde os seus quase não o sustentavam.
inimigos podem vê-lo, mas êles nada po­ Finalmente êles chegaram à porta do
dem fazer se ficarmos juntos.”
redil e esperaram. O céu claro por
Moghi trotou obedientemente pelo ca­ cima de suas cabeças estava como ouro,
minho estreito do abismo com o pastor por causa do sol. Era quase noite. O
seguindo bem perto. Relembrou-se como pastor estava dentro do redil. Êles po­
teve mêdo quando tentou ir sozinho. diam vê-lo arranjando um balde de água
Agora não havia nada a temer. O pas­ e um chifre de oleo de oliva.
tor fez todos os seus inimigos fugirem
Êle abriu a porta do redil e ficou na
com o seu bastão, e o puxou para lugar
entrada estreita afim de que apenas
seguro, com o seu cajado. Êle restituiu-
uma ovelha pudesse passar. Êle exami­
lhe a vida quando êle quase a perdeu.
nou cada uma. Uma tinha uma perna
Finalmente chegaram ao pastozinho machucada. Êle esfregou a ferida com
nas montanhas onde o resto do rebanho oleo. Exaustivamente Moghi esperou o
estava pastando. Enquanto caminhava seu tempo.
para o rebanho, Moghi comia bocados
Finalmente êle foi para o lado do
de grama. As ovelhas levantaram as
pastor para ser examinado. “ Sua jo r ­
cabeças para olhar, não para Moghi, mas
nada a noite passada parece tê-lo feito
para o seu pastor. Ouviram a sua voz
cansado, pequenino” , disse o pastor bon­
e ficaram tranqüilos.
dosamente. “ Aqui, deixe-me esfregar
Moghi procurou a sua amiga M inni.
um pouco deste oleo na sua cabeça. Sen­
"F oi bom” êle disse-lhe, “ que não fôsse
tirá m elhor. .. B om . . . E agora, será
comigo ontêm a noite.”
que quer água?”
Ela esfregou-se na bochecha dele.
O pastor inclinou-se sobre o seu jarro
"F oi bom voltar, não?” E ambos come­
de água; encheu uma bilha grande e
çaram comer a grama.
deu-a, transbordante e fresca ao car-
“ Agora iremos para casa” , disse-lhes neirinho. Ardentemente Moghi levou
o pastor. “ O lugar para beber está em seus lábios cansados dentro da bilha e
frente.” Êle dirigiu-os através do pas­ bebeu tudo.
to, e começou a descer o longo caminho (Continua na pág. 211)
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— 205 —
DONS

“ Tôda a bôa dadiva e todo o dom


perfeito vem do alto, descendo do Pai
das Luzes em quem não há mudança
nem sombra de variação.” — (S .
Tiago 1:17) . “ Então o que recebera um talento
Os dons podem ser classificados como atemorizou-se e escondeu-o na terra, e o
espirituais, intelectuais ou materiais e seu Senhor disse: Tirai-lhe pois o talen­
“ cada homem tem seu próprio dom de to e dê-o ao que tem os dez talentos.
Deus" para aprecia-lo e engrandece-lo, Porque a qualquer que tiver será dado
e como o apóstolo Pedro diz, “ Que cada e terá em abundância; mas ao que não
homem ministre o que tenha recebido." tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.”
Das Doutrinas e Convênios, Seção 46, O profeta José Smith disse: “ Tudo
versículo 11, aprendemos, “ Porque não o que nos dá é legal e direito; e é na­
são todos que tem todos os dons a êles tural que gozemos seus dons e bênçãos
dados; pois existem muitos dons e a cada quando quer ou onde quer que Ele se
homem é dado um pelo espírito de Deus.” disponha a depositá-los. . . Bênçãos o fe ­
A um é dado a Palavra de Sabedoria, recidas, mas rejeitadas, não são bênçãos,
a outro fé, a outro o dom dás línguas, mas tom am -se como o talento escondi­
a outros poder para cultivar as virtudes do na terra pelo servo negligente; todo
que formam o caráter Cristão. o bom oferecido volta ao oferta n te; a
Qualquer que seja o dom, torna-se bênção é posta sóbre aqueles que rece­
nossa responsabilidade desenvolvê-lo berão e ocuparão; porque àquele que
completamente para o nosso próprio tem será dado, e terá abundância mas
adiantamento e do trabalho do Mestre. àquele que não tem ou não receberá,
O Salvador ensinou isto na parábola ser-lhe-á tirado aquilo que tinha ou que
dos "O ito talentos” , (M at. 25:14-30). podia ter tido.”
“ Então aproximou-se o que recebera 5 Nós não devemos ser ambiciosos em
talentos e trouxe-lhe outros cinco talen­ exceder aos outros no desenvolvimento
tos dizendo: Senhor entregaste-me cinco de nossos dons, mas quando nossos dons
talentos; eis aqui outros cinco talentos sejam os de poeta, artista, escritor, lei­
que ganhei com êles. tor, donas de casa, mestras, líderes ou
E o seu Senhor lhe disse: Bem está, sequidoras, deverá ser cultivado à sua
servo bom e fie l; sóbre o pouco fôste máxima capacidade ao serviço de Deus
fiel, sóbre muito te colocarei; entra no e ao do próximo, e então o dom será
gozo do teu S e n h o r ..." aumentado.

VOCÊ JÁ LEU O LIVRO DE MÓRMON?

— 206 —
SACERDÓCIO

AS REVELAÇÕES DO SENHOR AOS


DIÁCONOS, M ESTRES E
SACERDOTES

“ E novamente, em verdade vos digo, os deveres do seu ofício, de acordo com


que os deveres de um presidente dos os convênios.
diáconos é presidir sobre 12 diáconos, “ E, também, o dever do presidente dos
reuni-los para conselho, e ensinar-lhes Sacerdotes é presidir sôbre 48 Sacerdo­
seus deveres, instruindo-os de acordo tes, e reuni-los para conselho, ensinar-
com os convênios. lhes os deveres do seu ofício, de acordo
“ E, também, o dever do presidente dos com os convênios. E ste presidente tem
mestres é presidir sôbre 24 M estres, e que ser um Bispo; pois, este é um dos
reuni-los para conselho, ensinando-li deveres desse ofício.”
(D. & C. 107:85, 86, 87 e 88)

------------ ----------------
APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS
SACERDO TAIS

E ’ bem claro nestas citações que os O SEGUNDO PA SSO : A o aplicar os


chamados ou ofícios no Sacerdócio Aaro­ princípios Sacerdotais na sua vida, seja
nico são muito importantes e que aque­ um exemplo nas coisas que deve ensi­
les que aceitam estes ofícios devem vi­ nar aos outros membros da Igreja.
ver de acordo com os princípios sacer­
Você deve “ orar em voz alta e em se­
dotais .
gredo, e cumprir os deveres da família.”
O PRIM EIRO PA SSO : A fim de vi­ Deve “ zelar para que não haja iniqüi­
ver como um membro do Sacerdócio deve dade”' na sua própria vida, nem dureza,
viver, aprenda os deveres do seu ofício. mentira, difamações, nem calunia e es­
O Senhor nos disse por meio de revela­ forçar-se para fazer seu dever na Igre­
ção (D. & C. 107:99; 100), “ portanto,
ja . Seus ensinamentos devem ser teori-
deixe que cada homem aprenda o seu
cos E PR Á T IC O S! Estes mesmos prin­
dever, e aja com diligencia no ofício que
cípios devem ser aplicados entre o Sa­
lhe foi designado. Aquele que fo r in­
dolente não será digno de continuar e cerdócio no tratamento dispensado uns
aquele que não aprender o seu dever e aos outros. Então estará numa posição
se mostrar desaprovado não será digno progressiva nos seus deveres, e terá o
de continuar.” Espírito de Deus como companheiro.

---------- V O C Ê JÁ L E U O L I V R O DE M Ó R M O N ?

— 207 —
Requerimentos do Sacerdócio Aronico
Todos os membros do Sacerdócio de­ sujas nem imorais. Põe ideais altas e
vem conservar-se completamente apto valiosas nos seus pensamentos.
para possuir e usar o poder do Sacer­ Reconheça que pensamentos e ações
dócio. imorais desmoralizam e degeneram qual­
quer pessôa.
O C A R Á T E R : ‘‘ O caráí 3r é o que
tu és realmente. A reputarão é o que DOMÍNIO PRÓPRIO: O Sacerdócio *
a gente pensa que sejas.” Integridade requer o treinamento da vontade pró­
significa ser genuina, valente, cabal. pria para efetuar os deveres que re­
Uma pessôa pode ser de um caráter bom, pousam sobre os membros. Um psicólo­
mau ou indiferente. A palavra caráter, go famoso diz: " A vontade é um sis­
quando usada sozinha, indica, ordinaria­ tema de hábitos. De fato, você pode
mente caráter bom. O caráter e a in­ fortificar grandemente esáe sistema de
tegridade são essenciais para o suces­ hábitos. Chama-os força de vontade si
so de qualquer coisa. Tôdas as pessoas quizer. Seu domínio próprio cresce por
que possuem o Sacerdócio devem desen­ ’ fazer uma longa série de escolhas de
volver estas qualidades. Não faça pro­ ações boas. Por assim agir muitas vezes
messas vagas. Mas quando fizer uma na maneira certa, você desenvolve esse
promessa, guarda-a. Seja verdadeiro a sistema de hábitos. Com o tempo esse
si mesmo. Seja digno de confiança. sistema de hábitos cresce tão fortemen­
Qualquer coisa que tiver que fazer, fa ­ te que repulsam literalmente quaisquer
ça-a o melhor possivel. O esforço con­ pensamentos que o incitam a fazer de
tinuo e o trabalho diligente são as coisas outro modo.” Elbert Hubbard diz: “ E ’
que tem valor. uma grande coisa ser homem; mas é mui-'
to melhor ser senhor — senhor de si
PU R E ZA DE V ID A : Conduta moral mesmo.” Salomão, o Rei Sábio disse:
é o alicerce da Sociedade. Quando a “ Melhor é o longanimo do que o valente,
imoralidade prevalece, a comunidade fa ­ e o que governa o seu espírito do que o
lha. Aqueles que possuem o Sacerdócio que toma uma cidade.” (P rov. 16:3 2 ).
devem ser limpos em pensamentos e Evite multidões ou massas. Cultive o
ações. Não conte histórias sujas; nem as bom senso. Aprenda a sacrificar os
procure oü vir. Põe essas coisas fora dos prazeres pelo trabalho. Cultive o hábi­
seus pensamentos. Não pensa em coisas to de fazer o que se deve fazer.

Lições para os grupos Sacerdotais


P E R ÍO D O D E A T I V I D A D E : H in o , o r a ç ã o , c h a m a d a , r e la t o s o b r e a s d e s ig n a ç õ e s e x e c u t a ­
d a s d u r a n te a s e m a n a , c o n s id e r a ç ã o d a s m a n e ir a s p a ra a tra ir o s m e m b r o s a u s e n te s , d e s ig n a ­
ç ã o d o s d e v e r e s p a ra to d o s o s m e m b r o s , i n s t r u ç õ e s s o b r e o s d e v e r e s e s o b r e o c u m p r i m e n t o
d a s d e s ig n a ç õ e s , a tiv id a d e s s o c ia is e fr a te r n a is .
P E R ÍO D O D A L I Ç Ã O : L iç ã o S a c e r d o ta l da se m a n a — I n s t r u ç õ e s p o r u m m e m b r o da
p r e s id e n c ia d o R a m o s o b r e h á b ito s e v ir tu d e s .

P RIM E IR A SEM ANA DE OU TUBRO: Pontos para a discussão:

"Riquezas e Doutrinas Falsas” . 1. O que acontece quando as rique­


Capítulo I de Alma — Livro de Mór­ zas estão nas mãos dos malvados.
mon. 2. Porque os ministros não são pa­

— 208 —
gos na ig re ja verdadeira? (A lm a Pontos para a diScuséão:
1:25 — João 1 0 :1 3 ). 1. Porque os índios de h oje tem pele
3. A plicando a lei do govern o. e sc u ra .
2. A bênção do Senhor sobre os
SE G U N D A SE M A N A DE O U TU B R O :
N ephitas.
" R evolução e calunia” . 3. Cada homem recebe a recom pen­
Capítulo 2 de Alm a — Livro de M or­ sa daquele a quem escolhe para
mon . êle obedecer.
Pontos para a discussão:
1. Eleição dem ocratica. Q U A R TA SE M A N A DE O U TU BRO :
2. Calunia dos A m alicites. 'O rgu lh o e Iniquidade” .
3. Quantas pessoas foram m ortas? Capítulo 4 de A lm a — L ivro de M ór-
4. O poder de Deus sobre os ju stos. mon.
Pontos para a discussão:
T E R C E IR A S E M A N A D E O U T U B R O : 1. Causa das tristesas dos N ephitas.
" A M arca dos A m alicites” 2 . A escolha de um ju iz suprem o.
Capítulo 3 de A lm a — Livro de M or­ 3. O trabalho m issionário de Alma.
mon.

R eferências para “'A P alavra de Sabedoria”


Isaías 5:1 1-12 . E fésios 5:18.

Daniel ca p . 1. Tito 1 :7 .
(V ide " A G aivota” pág. 161, Núm. 7)

Dr. João Widtsoe dadeiro mestre, a m ente aberta com o


a de um sabio, a sim patia de um v erd a ­
crito e com pilado por Elder W idtsoe.
deiro cavalh eiro, e a hum ildade de um
estão saindo na “ A G a iv ota ” .
hom em de Deus. A ssim lhes apresen­
São num erosos os liv ros escritos pela
tam os o quarto A p ostolo do Conselho
mão dele desde 1906. Em 1937 o li­
dos D oze — o A p ostolo J c ã o A. W idtsoe.
v ro m aravilhoso sobre “ A Palavra de
Sabedoria” fo i escrito e p u blicado. Elder — F I M - r

W idtsoe conh ece m uito bem as leis de


saúde e tem guardado estas leis com
diligencia, assim con servan do seu co r ­ D iante dos acontecim entos, ccn serva
po lim po sadio e forte. a alm a tranquila; nastuas ações sê ju s­
to; não tenhas ou tro ob je tiv o senão o
Sua carreira religiosa é a d m ir á v e l.
bem da sociedade.
Elder W idtsoe foi um m em brc. da D i­ * $ &
retoria G eral da A . M . M . , um dos di ­ O m undo pertence àqueles que se le­
retores da Sociedade G en eologica e em vantam cedo.
1927 e 1928 foi Presidente da M issãc • • *

Europea. D urante este tem po ele reu- N ão serás jam ais util aos outros sem
o seres a ti m esm o.
niu-se em H aifa, na Palestina com P re­ * * •
sidente B . Piranian da M issão Siria- E ’ preciso acreditar no bem para po­
Palestina, assim reabrin do a m issão lá der praticá -lo. — (D e B cn a ld )
para os trabalhos m issionários. Nesta $ * ❖
viagem o Dr. W idtsoe e seus colegas O verdadeiro fim da vida é a prá­
visitaram a Siria, Beirut, D am asco, tica do bem e a cria çã o vigorosa da
própria personalidade. — (J o u ffro y ) .
Constantinopola. A thenas e Rom a. * * *
Com muita ex perien cia na vida, o A duvida é a expiação da in teligen -
Dr. W idtsce possue o m od o de um v e r ­ cia.

— 2G9 —
Evidências e Reconciliações
Por João A. Widtsoe
HÁ CAFEÍNA NAS BEBIDAS COLA?
(“bebidas cola” significa as bebidas do com as análises em mão, a maio­
como: Coca Cola, Braz Cola, etc.) ria delas muito recentes, contem ge­
ralmente de um quarto a um terço
Há cafeina nas bebidas cola? Mui­ (as vezes m ais> da cafeina encontra­
tos de nossos leitores tem feito esta da numa xícara de café feito em casa.
pergunta. Portanto a resposta é dada Nos bares o poder da mistura depen­
da seguinte maneira: de da quantidade de xarope adiciona­
Em poucos anos, mais de setenta do ao copo d ’água.
marcas de bebidas cola tem apareci­ É admitido por diversos entendidos
do no mercado americano. Uma pro­ que cafeina pura, conform e é usada
paganda, quasi incomparável, incen­ nas bebidas cola, é mais ativa, unida­
tivou o uso destas bebidas entre o de por unidade, com o a que é encon­
povo. Estes refrescos exercem inva­ trada nos grãos de café. Isto é p or­
riavelmente um efeito estimulante so­ que no grão, cafeina é contida em
bre o corpo e deixam um desejo de associação com outras substancias,
tomar mais. Tornou-se hábito. Isto assim diminuindo seu efeito fisiológi­
despertou nos interessados da Palavra co. Portanto, enquanto as bebidas co ­
da Sabedoria a pergunta sobre a con- la engarrafadas, julgadas pelo seu
veniencia do uso destas bebidas. conteúdo de cafeina, são consideradas
Quasi todas as bebidas cola no m er­ café fraco, estão provavelmente em
cado tem sido analisadas pelo públi­ igual potência fisiológica com o café
co e agencias particulares. Além dis­ usual.
so, os fabricantes em geral, tem esta­ As bebidas cola contem a droga, c a ­
do prontos em revelar a composição feina . Por esta razão, todo argu­
de seus produtos cola. É necessário, mento usado contra café e chá, e al­
portanto, não guardar segredo sobre guns outros argumentos podem ser
a natureza dos principais ingredien­ usados contra bebidas cola, e todos os
tes dos refrescos. outros refrescos que contém cafeina,
Todos os entendidos concordam que ainda que, em pequena quantidade.
bebidas cola são soluções de açucar Eles são forjadores de hábito, e p o ­
— cerca de 29 gramas de açucar numa dem conduzir ao hábito do café e chá.
garrafa de 174 gramas da bebida. A Prejudicam a saúde humana.
esta solução é adicionada uma m is­ Cafeina é uma droga, um alcalói­
tura de formula secreta, para colorir de, isto é, um dos mais violentos ve­
e aromatizar — sendo o caramelo nenos. De fato, uma dose excessiva
usualmente a substancia colorante e o de cafeina causaria a morte. Quando
fosfórico, ou algum outro ácido é fre ­ a cafeina penetra no corpo humano,
quentemente usado entre as substan­ produz primeiramente uma sensação
cias perfumadas. Então é adiciona­ de estímulo, seguido de um período de
da uma quantidade' da droga, cafeina, depressão, do qual é procurado alivio
a substancia ativa no café e no chá. pelo uso de mais cafeina. É portan­
Finalmente a mistura é carbonada. to um hábito. A força de vontade é
Estas bebidas surgem no mercado fraca. Engana a pessoa que a usa
sob duas form as: em garrafas, ou como na fé de que é melhor, quando de fato
xaropes, misturados nos bares com está lançando os alicerces para um
água carbonada. Uma garrafa de 174 crescente mau estado. O uso cons­
ou 232 gramas de bebida cola, de acor­ tante, mesmo que em pequenas quan­

— 210 —
tias, de uma droga venenosa, tem efei­ blicar nas garrafas a qualidade de ca­
tos acumulantes e deixam eventual­ feina e outras substâncias. Tais leis
mente a pessoa doente. existem em alguns estados. Visto que
A cafeina age diretamente sobre o o consumo de café e chá não é proi­
cérebro. A preguiça é banida. As bido, naturalmente o consumo de be­
impressões vem mais rapidamente, de bidas cola não é ilegal. Portanto a
maneira que pensamentos unidos tor­ aprovação dos bureaus governamen­
nam -se mais difíceis. Insônia, irrita­ tais ou outras agencias de alimento
bilidade, perda de memória, alta pres­ puro, simplesmente querem que os re­
são sanguínea, dores de cabeça, e ou ­ frescos não contenham quantidades
tros transtornos nervosos seguem ge­ excessivas de ca fein a . As seguintes
ralmente o uso contínuo das bebidas bebidas cola são mencionadas especi­
com cafeina. O coração, os músculos, ficamente pelas fontes abaixo alista­
e o sistema circulatório são, da mes­ das, com o contendo cafeina: Braser,
ma maneira, afetados pela ca fein a . Bromo-Kola, Shero, Cleo-Cola, Coca-
A irritação ou estimulação prejudicial Cola, Dandí Cola, D. C. Cola, Dou-
nos rins é um dos maiores males da ble Cola, Dr. Pepper, La Vida Cola, Li­
cafeina. O dano aos olhos, ouvidos, me Cola concentrate, Par-T-Pak Co­
e as várias glândulas, pelo hábito da la, Pepsi-Cola, Royal Crown (R-C) Co­
cafeina, tem sido relatado. Indiges­ la, Werstern Cola, Wynola.
tão e perda de apetite são encontra­ Os relatórios acima são baseados es­
dos muitas vezes entre os consumido­ sencialmente sobre informações publi­
res das bebidas cola. Envenenamen­ cadas ou particulares fornecidas pelo
to de cafeina é uma doença de ocor­ Departamento de Agricultura, o Con­
rência írequente. selho Estadual de Utah de Agricul­
É admitido por todas as pessoas in ­ tura, a Estação Experimental de Agri­
formadas e de espírito justo, que sen­ cultura de Alabama e Connecticut, o
do a cafeina prejudicial em qualquer Laboratório Químico de Dakota do
período da vida, é especialmente pe­ Norte e do Sul, o Departamento de
rigosa quando usada por jovens. As Saude de Kéntucky, a Associação Ame­
escrupulosas tentativas de alguns fa ­ ricana de Medicina, The Consumers
bricantes de bebidas cola em incluir Digest, Consumers Research, e For­
tais refrescos nos lanches escolares e tune.
excursões de escoteiros, deveriam re­ Demais informações sobre o assun­
ceber condenação pública. Da mes­ to podem ser obtidas pelas agências
ma maneira, guardar tais bebidas em acima mencionadas, seu Conselho Es­
casa, ao alcance de crianças, é um tadual de Saúde, seu médico, e por
ato perigoso. Certamente, não deve­ quasi toda revista ou livro que trata
riam ser usados em ramos e sub-ra- desse assunto.
mos das sociedades religiosas .
Seria bom, se a lei obriga-se a pu- T rad. p o r: Heiga Gutverlet.

M O G H I Minni. “ O pastor é tão bom para nós.


Êle cuida-nos quando precisamos. Vou
“ Bom, dorme bem” , disse o pastor.
ficar com êle o resto da minha vida.”
Êle afagou Moghi suavemente, e cha­
mou a ovelha seguinte. O pastor fechou a porta do redil e foi
Moghi ficou no redil observando o para a casa. As ovelhas murmuraram
pastor. Pensou no mêdo que teve a noi­ entre si e ficaram quietas. A lua cheia
te anterior. Mas agora estava cuidado subiu. Todo o mundo tornou-se macio,
e querido. sombrio e de prata. Moghi estava dor­
“ Eu não fugirei mais” , êle disse a mindo .

— 211 —
Filosofia de Vida uvas dos espinheiros, ou figos dos abro­
lhos? Assim toda a arvore boa dá bons.
ja teve a mesma organização que Cris­
frutos, porém a arvore má dá maus
to previamente tinha estabelecida na
frutos. Uma arvore boa não pode dar
Igreja tal com o Apostolos, Sumo Sa­
maus frutos, nem uma arvore má dar
cerdotes, Setentas, Elders (A n ciões),
bons frutos. Toda a arvore que não
Sacerdotes, Mestres, Diáconos, etc. etc.
dá bom fruto, é cortada e lançada no
fogo. Logo pelos seus frutos os conhe­
CUMPRIMENTO DA PROFECIA
cereis” (Mat. 7:15-20). Considerai seus
O aparecimento do Profeta José frutos. * Não as historias contadas por
Smith é o cumprimento direto da pro­ outros, mas sim o que ele próprio ad­
fecia, pois João o Revelador disse: “ E vogou. Ponderai estas coisas em vos­
eu vi um outro anjo voar no meio dc sos corações e raciocinai-as em suas
céu, tendo o Evangelho eterno para mentes e depois humilde e sinceramen­
pregar àqueles que habitam a terra, e te pedi à Deus o Pai Eterno, se elas
a todas as nações, familias, linguas e são verdadeiras, e Ele vos manifestará
povos” . Se o Evangelho tivesse per­ a verdade delas pelo poder do Espíri­
manecido sempre na terra não haveria to Santo.
necessidade para o anjo trazê-lo, po­ E eu presto testemunhe com toda
rem ele trouxe-o, pois João o viu. humildade e sinceridade que sei que
' (A poc. 14: 6 tambem Dan. 2:28-45; Jer. o Profeta José Smith foi um verdadei­
31:31-34; Miq. 4:1-2; Atos 3:19-21; Isa. ro profeta de Deus e que somente v i­
29:11-14; Eze. 37:15-19). vendo o Evangelho em toda sua pleni­
Se desejais saber com segurança se tude com o fo i revelado por intermedio
José Smith foi ou não um verdadeiro dele podemos ganhar uma salvação
"profeta, ponha-o à prova: “ Guardai- completa e exaltação no Reino de Deus.
vos dos falsos profetas, que veem a vós E eu dou este testemunho no nome de
' com vestes de ovelhas, mas por dentre Jesus Cristo. Amém.
são lobos vorazes. Pelos seus frutos (A continuar no proxim o número
os conhecereis. Colhem -se, porventura, “ O Ciclo de Nossa V ida” )

Sombras de Verdadeira Felicidade entregam ao vício do fumo, deixam de


lado as Sagradas escrituras, relaxam-se
médico foi trazido com tôda pressa ao
nas atividades da Igreja, enfraquecen­
local. Ao examinar o conteúdo do fras­
do a sua vida espiritual, o que é peor
co, declarou que se tratava de pura ni­
que tôdas as mortes que podemos ter.
cotina . Disse ainda que nicotina é um
Deus nos deu os seus mandamentos e
dos venenos mais mortíferos e que a
um deles é que não devemos m atar.
pequena dose tomada por minha irmá
Mocidade da Igreja, quando ingerimos
foi diretamente ao cérebro, tendo lhe
veneno concíentemente por meio desses
trazido morte instantânea.
vícios, estamos, de certo modo e até
Jovens presentes, é esse veneno mor­
certo ponto, quebrando essa lei dos.
tífero que nós engulimos quando fuma­
mandamentos do Senhor.
mos ou mascamos o tabaco.
O fumo não somente mata o corpo mas
O HÁBITO DE BEBER
também mata o espírito — mata a es­
piritualidade. E ’ incompatível a um ho­ Outra sombra da verdadeira felicida­
mem que mantem o Santo Sacerdócio do de que eu gostaria de mencionar hoje
. Senhor, o uso do tabaco ao mesmo tem­ e que é mais prejudicial nos seus efei­
po que estuda a Bíblia, ou ter o hábito tos do que o fumo, é o hábito de beber;
do fumo e manter as atividades sacra­ ou o hábito do álcool. Elder Joseph F.
mentais. Geralmente os homens que se Merrill já descreveu graficamente os
— 212 —
maus efeitos do álcool. Serei, portanto, existe pecado que entes humanos pos-
breve nesse assunto. ainda peor que as outras duas. E ’ a imo­
E ’ minha sincera opinião que o demô­ ralidade sexual. Estou certo que não
nio não descobriu ou inventou outra arma sam cometer, que causa maior perda de
tão destrutiva à alma humana como é ventura, que degenera as pessoas mais
o álcool. Êle não tem outras armas que completamente, que traz maior queda,
possam fazer decair entes humanos, jo - que mais frequentemente causa a ruina
gá-los na miséria, pobreza, degeneração, do amor, que despreza o espírito do se­
que possam causar corrupção e que po­ nhor e provoca a negação da fé na ver­
dem levar pessoas a cometer tôdas as dadeira Igreja, do que o pecado da imo­
outras espécies de pecados, como em le­ ralidade sexual.
vá-los ao vício do álcool. As pessoas Atravez de tôda a história, os profe­
quando estão embriagadas não estão com tas de Deus ensinaram o valor da casti­
a mente lúcida. Em outras palavras, es­ dade. Sim, é verdade e até podemos ou­
tão desiquilibradas. Sob a influência do vir ainda a voz do Sennhor, exortando
álcool, homens e mulheres afrouxam os a Moisés, do cume do Monte Sinai, di­
seus controles de moral e cometem tôda zendo :
sorte de pecados que não praticariam “ NÃO COMETERÁS A D U LTÉR IO ” —
em estado normal, tais como adultério e (Exodo 2 0 :1 4 ).
assassinato. Eu sei, mocidade da Igre­ Alma, o grande profeta Nephita, dis­
ja, que o demônio trata de incutir no co­ se ao seu filho Corianton, que teve uma
ração dos homens malvados, a vontade união ilícita com a meretriz Isabel, o se­
de ministrar álcool às nossas queridas guinte :
filhas, afim de embriagá-las e depois rou­ “ Não sabes, meu fiho, que essas cou-
bar-lhes a castidade. sas são abominaveis a vista do Senhor?
Com referência ao álcool, Robert G. Sim, o mais detestável de todos os p e­
Ingersoll disse: cados, com exceção de sangue inocente
“ Êle destói a alma, é a soma de tôda derramado ou negação ao Espírito San­
vileza, pai de todos os crimes, mãe de to? — (Alm a 39:5.)
tôdas as abominações, o melhor amigo do
Os profetas na Igreja de Jesus Cris­
demônio e maior inimigo do Senhor” .
to dos Santos dos Últimos Dias, os Pre­
(Editorial, Church Section, Deseret
sidentes da Igreja desde o seu princípio
News, September 27, 1947).
até o presente, declaram: que a nossa
Hoje eu faço um pedido à tôda a mo­
virtude é de tanto valor para nós como
cidade da Igreja, para decidirdes, ou me­
a nossa própria vida e nós deveríamos
lhor, para fazerdes uma resolução de
guardar nossa virtude como a própria
nunca fum ar. Se já o fizestes, que nun­
vida.
ca mais o repiteis. Que nunca mais to­
Há mais de cem anos o Senhor re­
mareis um gole de álcool de form a al­
velou o seguinte ao Profeta José Smith:
guma. Se já o fizestes, que vos arrepen­
“ E em verdade vos digo, como já
dais e resolveis hoje mesmo a nunca mais
disse antes, aquele que olhar uma mu­
o repetir. Eu vos prometo que se assim
lher para cobiçá-la ou somente cometer
o fizerdes e nunca quebrardes essa re­
adultério em seu coração, não terá o es­
solução, alcançareis a felicidale atravez
pírito mas negará d f é e viverá no te­
desta vida e atravez da eternidade, por­
mor. Portanto, E u o Senhor tenho dito
que conservastes limpos os vossos cor­
que os que vivem sob esse temor, os
pos.
descrentes, os mentirosos, e todos os que
IM O RALIDADE SE X U A L amam a mentira, bem como os trafican­
tes de mulheres, macumbeiros, serão en­
Uma terceira sombra da pura felici­ viados àquele lago que arde em fogo e
dade que eu gostaria de mencionar, é enxofre, que é a segunda morte.

— 213 —
“ Na verdade vos digo que aqueles não dar conta de seus atos, palavras e pen­
participarão da primeira ressurreição... samentos praticados na vida mortal, ser-
“ Mas àqueles que seguem os meus lhes-á d ito :
mandamentos, darei os mistérios do meu “ Bem feito meus amados servidores,
reino, e isso será dentro deles uma fonte recebei a vossa exaltação. Recebei a vida
de água viva, projetando-se dentro da eterna.”
vida eterna. (D. & C. 63:16-18, 2 3 ). E nesse dia essa grande escritura que
foi dada ao Profeta José Smith será
CORPOS HUMANOS SÃO TEMPLOS cum prida:
DO SENHOR “ . . .e eles passarão os anjos e deu­
ses, que alí estarão colocados, para a
Mocidade da Igreja, novamente vos sua glória e exaltação em tôdas as cou­
chamo para tomardes a resolução de con­ sas, como fo i confirmado sobre suas
servar vossos corpos puros e lim pos. cabeças, que gloria será uma plenitude
Obedeçais tôdas as palavras que vem da e uma continuação da prole para todo
boca do Senhor, vivendo todos os prin­ o sempre. (E o Profeta José Smith dis­
cípios do Evangelho com o melhor de se que essa promessa significa o poder
vossa habilidade. Façais essas coisas de procriar filhos espirituais).
para terdes o regosijo que o Senhor quer “ Então eles serão deuses, porque não
que desfruteis. Lembrai-vos sempre que terão fim ; e por isso eles existirão para
vossos corpos são templos do Senhor, sempre, porque continuarão; então eles
como Paulo, o antigo apóstolo disse: estarão acima de tudo, porque as cousas
“ Não sabeis que sois um templo de estarão subordinadas a eles. Então eles
Deus e que o Espírito de Deus habita em serão deuses, porque terão todo o poder
v o s? Aquele que destruir o templo de e os anjos estarão subordinados a eles.
de Deus, Deus o destruirá; pois o tem­
“ Na verdade, vos digo, si não susten-
plo do Senhor é sagrado, e esse templo
tardes a minha palavra, não alcançareis
sois vós." (I Coríntios ■3 :16, 1 7 ).
essa glória.
Se nós fizermos tôdas essas cousas
“ Pois, estreita é a porta e apertado è
como membros da Igreja dos Santos dos
o caminho que leva à exaltação e con­
Últimos Dias, a maioria da mocidade da
Igreja, em tempo oportuno, terá o pre- tinuação da vida e poucos são os que a
encontram, porque não me recebem no
vilégio de entrar na casa do Senhor com
a pessoa de sua escolha, e lá ser casado mundo e nem me conhecem.” (D. & C.
não somente para a vida mas também 132:19-22) .
para a eternidade, e as crianças nasci­ Isto é a vida eterna meus irmãos e
das sob esse convênio, serão deles para irmãs. Esta é a exaltação que o Evan­
sempre. Essas bênçãos, no entretanto, gelho de Jesus Cristo promete àqueles
são o atributo de uma vida de contínua que amam o Senhor e seguem seus man­
honradez. damentos .
Eu, Humildemente rogo ao nosso Pai
BÊNÇÃOS PRO M ETID AS POR nos Céus para que Êle abençoe a mo­
cidade da Igreja, para que possam vi­
HONRADEZ
ver limpos e puros em todos os sentidos,
andando na retidão e clareza perante o
Quando chegar o dia do grande ju l­
Senhor e que possam receber essa gran­
gamento, e quando todos, homens e mu­
de exaltação da vida eterna, em nome
lheres, que tenham sido corretos e fieis
de Jesus Cristo. Amém.
em tôdas as cousas, estiverem frente a
frente ao tribunal de julgamento do Se­ (T rad . por Carlos E . Jans com a
nhor, o Pai Eterno e Jesus Cristo, para cooperação de Srta. B . N ogu eira).

— 214 —
NOVO HAMBURGO ram parte nas diversões e colabora­
ram o mais que lhes foi possível para
As notícias do ramo de Novo Ham­ o embelezamento da mesma.
burgo são notícias de progresso e de­ Após o programa de reabertura, que
senvolvimento . foi muito bem apresentado pelos jo ­
No dia 4 de Abril p . p ., o irmão vens que dele tinham sido encarrega­
Carlos Stark foi ordenado ao Sacerdó­ dos, tivemos momentos de diversões,
cio de Melquisedec, sendo a segunda juntamente com o qual foi servido
pessoa no sul a receber o ofício de doces e bolos gostosíssimos que foram
Elder na Igreja. Há um ano que a trazidos pela maioria dos presentes,
família Stark mudou-se de Imbituba e refrescos oferecidos pelos nossos
para Novo Hamburgo. Atualmente, o bondosos e muito esforçados missio­
irmão Stark é primeiro conselheiro na nários . As nossas esperanças são
Presidência do Ramo. Sua estimada grandes, e Deus nos enviou como au-
esposa é professora das crianças na xiliares, jovens decididos e inteligen­
Escola Dominical. Uma bôa família tes.
— trabalhando diligentemente para o A Associação é dirigida pelos seguin­
bem-estar dos membros e amigos da tes:
Igreja em Novo Hamburgo. Presidente — Olga C. Bing.
1.° Conselheiro — Armin Scherer.
2.° Conselheiro — Júlio Massulo.
O primeiro batismo desde 1940, foi Professor — Elder Bailey.
realizado no dia 27 de Maio p . p . , num Secretária — René Dias.
lago, cinco quilômetros de Novo Ham­
SANTO AMARO
burgo. Apesar da chuva o batismo
foi bonito e todos ficaram contentes As Senhoras do Ramo de Santo
em receber a Sra. Anilse Jacob Amaro, depois de meses de trabalho,
Herrmann com o membro da Igreja. No realizaram um Bazar form idável.
dia 29 de 4unho, realizou-se outro ba­ Houve um programa de música, poe­
tismo, sendo batisada a filha do ir­ sias, etc.
mão e da irmã Stark. As lindas»coisas que fizeram foram
penduradas nas paredes, formando
PORTO ALEGRE assim um espetáculo extraordinário
ao se entrar na sala. Quasi tudo foi
Na noite de 13 de Julho, tivemos vendido — fronhas, guardanapos,
uma festinha simplesmente maravi­ toalhas de chá, toalhinhas de enfei­
lhosa em com emoração a reabertura te, quadros bordados à mão, pullovers
da Associação do Melhoramento Mú­ e até bolos e doces deliciosos.
tuo. Hum! — que gostoso. . .
Todas as pessoas presentes tom a­ O Bazar foi um grande sucesso.

V O C Ê JÁ L E U O L I V R O DE M Ó R M O N ?

— 215 —
SANTOS berlet. Elder Wayne Beck fez a co ­
roação .
Na praia de São Vicente, dia 17 de Todos que assistiram o Baile gosta­
Julho, realizou-se o primeiro batismo ram imensamente e pediram outro
do Distrito de Santos. Há um ano igual para breve.
que os primeiros missionários lá ch e­
Esperam meus amigos, o mais lin ­
garam para começar o trabalho n a­
do de todos é o Baile Auri-verde —
quela cidade.
é pena ser um Baile anual — p o­
O batismo foi muito bonito com um rém, o “ Mútuo” (Associação de M e­
pequeno programa de música antes lhoramento Mútuo). Sempre apresen­
que os candidatos, vestidos de bran­ tará os melhores programas de edu­
co entrassem na água. cação e divertimento — somente pre­
No dia seguinte foi realizada uma cisa de sua cooperação e participa­
conferência, com o Presidente da Mis­ ção.
são, Harold M. Rex, presidindo a reu­ Os nossos parabéns, Joinville.
nião. Trinta e um investigadores do
Evangelho assistiram ao programa, e
ELDER W A Y N E M. BECK
gostaram imensamente das palavras
dos missionários e do Presidente Rex.
Em 1938, Elder W ayne M . Beck veio
A música foi fornecida por Elder Mar-
ao Brasil para cumprir sua primeira
cell Nielsen e o quarteto de São Pau­
missão. Êle ganhou o amor de muitas
lo.
pessoas, completou uma missão honrosa
e voltou aos Estados Unidos em 1940.
JOINVILE Elder Beck não se esqueceu do prazer
encontrado na primeira missão e assim
Realizou-se no Ramo de Joinville em 1946 ao receber um chamado para
o grande Baile Auri-verde no dia 23 cumprir a segunda missão no Brasil, êle
de Julho p. p. Esta foi a primeira o aceitou imediatamente. Porém, desta
vez que houve esse Baile naquele vez Elder Beck não veio sozinho. Êle
Ramo. trouxe consigo sua estimada esposa,
Elder Lee, o “ repórter” do Ramo dis­ irmã Evelyn e seus dois filhinhos, Gary
se que “ enquanto vendemos os ingres­ e Jimmy.
sos, avisando o povo sobre o baile, Os dois anos desde sua chegada aqui
foi-n os dito muitas vezes que seria no Brasil têm passado rapidamente.
impossível a realização de um baile Em Setembro êles nos dirão adeus, e
sem bebidas alcoólicas ou fum o” . partirão para os Estados Unidos.
Na noite do Baile, o Elder Walter Queremos dar-lhes os nossos agrade­
T. Wilson, diretor do Baile estava um cimentos pela diligencia com que se em­
pouco preocupado — porém, tudo cor­ penha em disseminar o Evangelho res­
reu bem e o baile foi um grande su­ taurado entre o povo do Brasil. “ Bem
cesso . feito meus amados servidores."
“ As dez horas tivemos que parar de
vender os ingressos” , disse Elder Lee,
“pois o salão estava tão cheio que era D I T A M E S
difícil dançar” .
O mundo é o que deve ser para uma
Durante o intervalo realizou-se a
pessoa ativa, isto é, constituído de obs­
coroação da Rainha e das Princezas. táculos.
A rainha foi Cecília Canaverde, e as * * *
Princezas, Iolanda Daher e Helga Gul- Observa ordem no espaço e no tempo.

— 216 —
C A R T A S AO E D I T O R
“ QlIERO SABER”

Esta coluna é para o uso de nossos leitores. Si você tem questões


sobre qualquer problema da Igreja, à respeito da doutrina, história, go­
verno da Igreja ou procedimento, envia-as para “ A Gaivota” , Caixa Postal
862, São Paulo.
Todas as questões devem vir acompanhadas com o nome e o ende­
reço da pessoa. Si a questão não pode ser respondida nesta coluna, avi­
saremos o autor pelo correio.
W. J. W.

Questão — Quando e a quem foi Cowdrey levantou-se e confessou seus


dada a informação, nessa dispensação, erros e prestou seu testemunho. Como
sobre os descendentes de Caim e o Sa­ já se sabe, ele foi excomungado pre­
cerdócio? viamente. Na reunião do Alto Con­
A. R. W. Creston, Mont. selho em Kanesville ele pediu readmis-
são à Igreja. O caso foi considerado
e segundo a recomendação de Orson
Resposta — O Livro de Moisés na
Hyde, que era o presidente do Ramo
Pérola de Grande Valor foi revelado
de Kanesville, ele foi recebido nova­
ao Profeta José Smith em 1830. O
mente na Igreja pelo batismo. Foi
Livro inclue as visões e os escritos
seu desejo cumprir uma missão na
de Moisés como foram revelados ao
Grã-Bretanha e também visitar os
Profeta. Leia o capítulo cinco de
Santos em Salt Lake City. Antes de
Moisés e conhecerá a história do êrro fazer isso, ele foi visitar uns parentes
de Caim e a maneira com o foi casti­
em Missouri e enquanto ali pegou uma
gado a respeito do Sacerdócio. Então,
doença e morreu no dia 3 de Março de
se examinar o sétimo capítulo de M oi­ 1850.
sés, versículo 22, verá o fato de que
os descendentes de Caim são pretos. Questão — Eu creio que quando
Questão — O que aconteceu com uma pessoa morre ela pode ver sua
Oliver Cowdrey? Quando e onde família e as suas ações. É isso a ver­
morreu? dade?
Resposta — Oliver Cowdrey voltou Resposta — Deus não revelou nada
a Kanesvile, Iowa em Outubro de 1848. sobre este assunto. Porém, o Profeta
Ele esteve fora do corpo da Igreja José Smith uma vez disse que de fato
mais de 10 anos. Uma conferência eles nos vêm e que “ as vezes ficam
especial da Igreja foi realizada em 21 muito tristes ao contemplarem nossas
de Outubro de 1848 na qual Oliver ações” .
í

P RA ÇA DO BEM E ST A R

Apresentamos na capa deste número uma vista dos grandes


elevadores de grãos, situados na praça do Bem Estar em Salt
Lake City.
0 DIA DO S E N H O R
A lei do dia do Senhor é uma das Nesta ordem subentende-se claramen­
mais antigas dadas ao homem. O te esta instrução: “ Ide à casa de Ora­
Senhor sempre deu importância a essa ção no meu dia Santificado." Nota-se
exigência e quando a creação da terra distintamente onde e como deve-se pro­
estava completa, Êle abençoou o sétimo ceder à adoração. A conclusão a que
dia e o santificou. (Genesis 2 :3 ). Esse chegam alguns de que o dia do Senhor
dia foi assim separado dos outros pelo pode ser observado em casa, no lugai
próprio Deus. O dia do Senhor foi fei­ de trabalho, ou onde se deseja, é aqui
to sagrado pela Sua vontade, e Êle tor­ refutada. A verdadeira adoração é o
nou-se o primeiro a observá-lo como um ardente amor pelo Senhor e a sincera
dia de descanço e devoção. dedicação em guardar os Seus manda­
Desde o estabelecimento desse divino mentos. A manifestação de amor pelo
estatuto, o Senhor tem repetidamente próximo é a maior evidência da sinceri­
acentuado a necessidade de sua obser­ dade e devoção ao Senhor.
vância por intermédio de seus profetas. Os benefícios resultantes da observân­
Israel já observava o dia do Senhor bem cia do Dia do Senhor são enormes e não
anteg de sua inclusão nos Dez Manda­ somente abrangem a vida espiritual mas
mentos. O Senhor também tem demons­ também a temporal e física. A nature­
trado o seu descontentamento para com za requer que o homem descance no dia
as nações que não cumprem com esse do Senhor como complemento do descan­
decreto, e sua justa indignação abrange ço diário que recebemos com o nosso
àqueles que desrespeitam os Seus con­ sono noturno.
selhos . A história do povo de Deus e seus
Durante o Ministério pessoal do Sal­ profetas indica a extensão de vida da­
vador, Êle repetidamente insistiu na queles que viveram de conformidade com
observância do Sábado e proclamou-se a lei do dia do Senhor.
o “ Senhor do Sábado” (Lucas 6 :5 ) . Êle Adão, Enoch, Mathusalem e muitos
também disse: “ . . . 0 sábado fo i feito outros escolhidos do Senhor, tiveram
para o homem e não o homem para o uma vida de extensão quasi que ilimita­
sábado.” (Marcos 2 :2 7 ). Os apóstolos da como recompensa pelas suas vidas
continuaram a ensinar aos Santos a se­ retas. As experiências modernas estão
guir as instruções de Jesus pertencen­ a braços com a idéia da necessidade de
tes às regras do Dia do Senhor. um descanço periódico dos labores diá­
O profeta José Smith nesta dispensa- rios.
ção recebeu a revelação aconselhando aos Um cuidadoso estudo da Seção 59 das
Santos como segue: “ E para que vos Doutrinas e Convênips, revelará a natu­
guardeis mais limpos das manchas do reza das bênçãos temporais prometidas
mundo, ir eis à casa de oração e oferece- àqueles que guardam o Santo dia do Se­
i'eis vossos sacramentos no meu dia san­ nhor.
tificado. Porque certamente este é um Todos os Santos dos Últimos Dias de­
dia apontado a vós para o descanso de vem pois esmerar-se no viver em obe­
todos os vossos labores, e para render diência a êsse mandamento sem modi-
vossas devoções ao Altíssimo. (D. & C. ficá-lo ou compromete-lo, e influenciar
5 9 :9-10 ). todos os homens a agirem igualmente.

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