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vergonha a toda oralidade

h� mais calos que saliva seca


mais rabiscos de uma tinta preta
sublimando sobre a materialidade

nos prazeres dos l�bios renego


conota a m�o grande pintada
a sublima��o � parte da fachada
que vive para alimentar o ego

as puls�es continuam esmas


a neurose n�o � de todo mal
n�o consegue ser ponto final
de uma curta hist�ria mesma

sou contraparte da fixa��o


sou mais, sou comparte
excremento da simbiose: a arte
deturpa a procrastina��o

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