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O que é aterrar
A palavra “aterramento” se refere a terra porque esta é
adotada como ponto de referencia zero, uma vez que nos
circunda por todos os lados.
Quando dizemos que
algum equipamento está
aterrado, significa que sua
massa está ligada a terra.
Portanto, aterrar quer dizer
colocar instalações e
equipamentos no
mesmo potencial da terra.
Qual o objetivo de aterrar
O objetivo mais amplo de um sistema de aterramento é obter
uma diferença de potencial próxima de zero entre os
condutores de proteção e as massas condutoras (de um
equipamento ou uma instalação), inclusive as ferragens e
tubulações metálicas da edificação.

Ao tocar em uma massa energizada não


aterrada, a pessoa pode se tornar um
condutor de corrente elétrica.
A passagem da corrente elétrica pelo
corpo (de uma pessoa ou um animal)
provoca uma perturbação física
denominada de choque elétrico.
O sistema de aterramento oferece, para a corrente
elétrica, um caminho mais eficiente para a terra, por
possuir uma resistência elétrica baixa.
O aterramento protege contra:
Corrente de falta
Quando um equipamento está aterrado, a corrente elétrica
que por ventura entre em contato com a carcaça desse
equipamento é desviada para a terra, ocasionando o
acionamento dos dispositivos de proteção sensíveis a
correntes de curtos-circuitos, como os disjuntores.
Correntes de fuga
São provenientes de circuitos ou equipamentos
com isolação deficiente.
Elas aparecem, por exemplo, em aparelhos
elétricos danificados, cabos elétricos com
isolação ressecada, emendas mal isoladas ou
excesso de umidade na instalação.
As correntes de fuga podem ocasionar aumento
do consumo de energia elétrica e colocar em
risco as instalações.
Por facilitar a condução de corrente elétrica para
a terra, o sistema de aterramento possibilita o
acionamento de dispositivos de proteção
sensíveis a correntes de fuga o DR.
Eletricidade estática ou eletrostática
Fenômeno físico que resulta do acumulo de cargas
elétricas por um corpo, o que pode acontecer por atrito,
contato ou indução.

Eletrostáticas
Atrito de peças em
movimento, como
polias e correias.

Eletrização por atrito:


Descargas atmosféricas
É uma descarga elétrica de
origem atmosférica entre
uma nuvem e a terra ou
entre nuvens.
Ao atingir uma edificação que tenha um sistema de proteção
apropriado, as cargas elétricas são conduzidas diretamente
para a terra, o que protege assim a edificação das correntes
elétricas de alta intensidade.
O aterramento é
fundamental para o
funcionamento de
dispositivos de
proteções contra
surtos o DPS.
O que deve ser aterrado
Todo material com carcaça metálica deve ser aterrado: aparelhos
de iluminação, maquinas elétricas, computadores, equipamentos
eletrônicos, grades, estruturas e tubulações metálicas etc.
Eletrodos de aterramento
O eletrodo de aterramento é uma haste de aço
zincada e revestida de cobre por
eletrodeposição, especificada de acordo com a
NBR 5410, utilizada como base para a realização
do aterramento da instalação elétrica.

Eletrodeposição
Infraestrutura de aterramento
Armaduras do concreto das fundações.
Fitas, barras ou cabos metálicos
especialmente previstos, imersos no
concreto das fundações.
Malha ou anel metálico enterrado que circunde o
perímetro da edificação e quando necessário
complementado por hastes verticais.
No aterramento ao fazer a conexão entre
condutores de cobre ou com ferragens da fundação
pode vim a desencadear um efeito químico
conhecido como corrosão galvânica.

Para evitar isso, é necessária a


utilização de conexão por solda
exotérmica através de uma reação
química que gera calor.

É um processo muito
eficiente, pois
proporciona uma
conexão durável e com
baixa resistividade
elétrica.
Solda exotérmica

Coloque dentro do
molde (cadinho).

Coloque o disco Coloque o pó


no fundo do exotérmico.
cadinho.

Acenda o palito e
ponha rapidamente
sobre o pó.
Aguarde uns segundos
para abrir a tampa
que está muito
quente.

Pronto a
conexão está
finalizada.
Barramento de Equipotencialização
Principal - BEP
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO:
É a interligação de todos os
pontos aterrados da edificação.
Do barramento BEP são
interligados os eletrodos de
aterramento, as ferragens e
tubulações metálicas da
edificação e os condutores
de proteção dos circuitos
terminais, ou seja, circuitos
de iluminação, tomadas de
uso geral e de uso específico.
?
Vídeo 1
TN - S TN - C TN-C-S

Esquemas
de
TT
Aterramento IT

L1,L2,L3 - Condutores fases PE - Condutor de proteção


N - Condutor neutro PEN - Condutor de proteção e neutro
Esquemas de Aterramento
TN TT IT
1° Letra ( T ): Neutro é diretamente
aterrado na entrada de energia.
( I ): Neutro é conectado a uma
resistência de carga para
depois ser aterrado.
2° Letra ( N ): as massas dos equipamentos
são diretamente aterrados na
entrada de energia.
( T ): as massas são aterradas,
independente do aterramento da entrada de energia.
S C Indicam a disposição do condutor neutro e proteção:
( S ): Condutor Neutro e Proteção separados (2 condutores)
( C ): Condutor Neutro e Proteção combinados (1 condutor - PEN)
Esquemas de Aterramento TN-S
TN TT IT
1° Letra ( T ): Neutro é diretamente
aterrado na entrada de energia. S
( I ): Neutro é conectado a uma
TN
resistência de carga para
depois ser aterrado.
2° Letra ( N ): as massas dos equipamentos
são diretamente aterrados na entrada de energia.
( T ): as massas são aterradas, independente do aterramento
da entrada de energia.

S C Indicam a disposição do condutor neutro e proteção:


( S ): Condutor Neutro e Proteção separados (2 condutores)
( C ): Condutor Neutro e Proteção combinados (1 condutor - PEN)
Esquemas de Aterramento TN-C
TN TT IT
1° Letra ( T ): Neutro é diretamente C
aterrado na entrada de energia.
( I ): Neutro é conectado a uma
TN
resistência de carga para
depois ser aterrado.
2° Letra ( N ): as massas dos equipamentos
são diretamente aterrados na entrada de energia.
( T ): as massas são aterradas, independente do aterramento
da entrada de energia.

S C Indicam a disposição do condutor neutro e proteção:


( S ): Condutor Neutro e Proteção separados (2 condutores)
( C ): Condutor Neutro e Proteção combinados (1 condutor - PEN)
As funções neutro e de proteção são
TN-C combinadas em um único condutor em
todo o circuito.
Conforme a NBR 5410 - 6.4.3.4.1, o
uso de um mesmo e único condutor
para as funções de condutor de
proteção e neutro (condutor PEN) deve
ser evitado, mas é admitido somente
em instalações, desde que a seção do
condutor não seja inferior a 10 mm².

A adoção do esquema TN-C é perigoso,


pois, caso o condutor PEN seja
interrompido, existe a possibilidade de
energização da massa do equipamento.
Na NBR 5410 no item 5.1.2.2.4.2 Esquema TN,
letra f, diz que não se pode utilizar DR com o
sistema de aterramento TN-C.
No esquema de aterramento TN-C, onde o
neutro e a proteção tem o mesmo condutor
(PEN) não poderá ser utilizado com o DR,
pois o DR não conseguirá atuar com esse
tipo de aterramento.
Isso porque estará
passando a corrente de
falta pelo condutor PEN e
consequentemente as
somas vetoriais das
correntes serão
praticamente nulas, não
sensibilizando o DR.
TN-C TN-C-S
5.1.2.2.4.2 NOTA 1
Para tornar possível o uso do dispositivo DR, o
esquema TN-C deve ser convertido, imediatamente
a montante do ponto de instalação do dispositivo,
em esquema TN-C-S.
O condutor PEN deve ser desmembrado em dois
condutores distintos para as funções de neutro e de PE,
sendo esta separação feita do lado fonte do dispositivo DR,
passando então o condutor neutro internamente e o
condutor PE externamente ao dispositivo.
Ou seja no TN-C-S, as funções neutro e de proteção são
combinadas em um único condutor e em um
determinado trecho do circuito são separados.
O esquema TN-C não pode vir após o TN-S.
Esquemas de Aterramento TN-C-S
TN TT IT
1° Letra ( T ): Neutro é diretamente
aterrado na entrada de energia.
( I ): Neutro é conectado a uma
TN
resistência de carga para
C S
depois ser aterrado.
2° Letra ( N ): as massas dos equipamentos
são diretamente aterrados na entrada de energia.
( T ): as massas são aterradas, independente do aterramento
da entrada de energia.

S C Indicam a disposição do condutor neutro e proteção:


( S ): Condutor Neutro e Proteção separados (2 condutores)
( C ): Condutor Neutro e Proteção combinados (1 condutor - PEN)
Caso prático: O que fazer quando
o apartamento não tem
aterramento?
Você deve passar um novo condutor de
aterramento, o qual sai da caixa de
aterramento do prédio e chega no QDFL
do apartamento.
Como alternativa caso não
PEN
seja possível passar um
novo condutor e os
condutores atuais não
tiverem seção nominal
menor do que 10mm² você
pode executar o esquema
de aterramento TN-C-S.
Esquemas de Aterramento TT
TN TT IT
1° Letra ( T ): Neutro é diretamente
aterrado na entrada de energia.
( I ): Neutro é conectado a uma
T
resistência de carga para T
depois ser aterrado.
2° Letra ( N ): as massas dos equipamentos
são diretamente aterrados na entrada de energia.
( T ): as massas são aterradas, independente do aterramento
da entrada de energia.

S C Indicam a disposição do condutor neutro e proteção:


( S ): Condutor Neutro e Proteção separados (2 condutores)
( C ): Condutor Neutro e Proteção combinados (1 condutor - PEN)
No esquema TT, os eletrodos de aterramento das massas
TT da instalação não estão interligados com os eletrodos de
aterramento da rede de alimentação.
Ou seja, o aterramento de cada
equipamento é feito instalando um eletrodo
próprio ao seu lado, independente do
aterramento da alimentação.
Esquemas de Aterramento IT
TN TT IT
1° Letra ( T ): Neutro é diretamente
aterrado na entrada de energia.
I
( I ): Neutro é conectado a uma
T
resistência de carga para T
depois ser aterrado.
2° Letra ( N ): as massas dos equipamentos
são diretamente aterrados na entrada de energia.
( T ): as massas são aterradas, independente do aterramento
da entrada de energia.

S C Indicam a disposição do condutor neutro e proteção:


( S ): Condutor Neutro e Proteção separados (2 condutores)
( C ): Condutor Neutro e Proteção combinados (1 condutor - PEN)
Nos esquemas IT todas as partes vivas da rede de
IT alimentação são isoladas da terra ou o ponto da
alimentação é aterrado através de uma impedância.
Razão entre o valor eficaz de uma tensão pela
Impedância:
corrente alternada, medida em ohm (Ω).
Este esquema é utilizado cuidadosamente em locais onde haja a
necessidade de um fornecimento confiável de energia, como
ambientes hospitalares onde uma falha no fornecimento de energia
pode colocar em risco a vida dos pacientes.
Para isso, é necessário que a resistência de
isolamento da instalação seja monitorada de
modo permanente por um dispositivo
supervisor de isolamento (DSI).
Como esse é um tipo de aterramento muito específico se
precisar aplica-lo consulte a NBR 13534.
Como fazer um ponto
de aterramento
Para fazer um ponto de
aterramento, você precisara ter
em mãos materiais, ferramentas,
equipamentos e EPIs apropriados.

Determinado o local onde será colocada a haste de


aterramento, proceda da seguinte forma:

Com auxílio da cavadeira manual,


faça uma escavação no solo para a
instalação da caixa de inspeção.

1
2
Com auxílio de uma
enxada escave o solo
para instalação do 3
eletroduto. Instale a caixa de inspeção
e o eletroduto.

5
Preencha com 6
água, para facilitar Posicione a haste no
a introdução da centro da caixa e com
Aplique terra ao redor haste. movimentos de vai e
da caixa de inspeção e
volta introduza a haste.
do eletroduto.
Com um martelo e um pedaço de
caibro insira a haste até a metade
da caixa de inspeção.
7

8 9

Passe o condutor de Desencape e conecte o


10
proteção pelo cabo na haste de
aterramento com o Coloque brita na caixa de
eletroduto.
conector. inspeção deixando o
conector acessível.
A brita ajuda a manter a
umidade do solo.
Medição da resistência
de um aterramento
O instrumento utilizado para medir resistência de um
sistema de aterramento é o terrômetro.
Princípio de funcionamento do
Terrômetro
Consiste na aplicação de uma tensão entre determinados
pontos de referencia na terra.

Passos para medir a resistência de


aterramento pontual: 5 a 10 m 5 a 10 m

► Desconecte os cabos do sistema.

► Crave, alinhadas a haste de


aterramento, as estacas auxiliares,
com uma distancia entre 5 m e 10 m
da haste de aterramento.
► Posicione o instrumento
próximo à haste de aterramento e
conecte os cabos as estacas
auxiliares e a haste.

► Posicione a chave seletora


para a medição de tensão de
terra (ACV).
Se esse valor for superior a 10 V, algo está
errado e a medição de resistência de
aterramento não será precisa.
Dica: Pode-se desligar os equipamentos que
usam eletrodo de terra para diminuir a
tensão de aterramento.
► Posicione a chave seletora
para a escala de medição de
resistência de aterramento Ω
e faça a medição.
Opção para melhorar o aterramento:
Validação da instalação
Para garantir que a instalação está em
acordo com a NBR 5410, é necessário
fazer uma inspeção visual e seus
respectivos ensaios de funcionamento.
Estas informações decorrentes da
inspeção serão registradas na ficha de
inspeção composta por três
formulários nos quais indicamos os
tópicos inspecionados.

» Formulário de inspeção visual


São eles: » Formulário de ensaios
» Formulário de dados dos ensaios
» Formulário de
Inspeção Visual
Verifica se os componentes
utilizados na instalação são os
mesmos que foram especificados
no projeto, sem apresentar
avarias que possam comprometer
a segurança e o funcionamento
da instalação.
Nome do cliente e local da inspeção
Itens da inspeção
Resultado da inspeção
Responsabilidade técnica:
CREA e ART do responsável técnico
Aceite do cliente das informações
contidas neste formulário
Observações:
Registra a ação tomada
para resolver a não
conformidade do item.

Sim: Atendido.
Não: Não atendido.
N.A.: Não se aplica à esta instalação.
NBR5410 – 5.1
Proteção contra
choques elétricos
NBR5410 – 5.2 Proteção contra efeitos térmicos
NBR5410 – 6.2
Seleção e instalação
das linhas elétricas
NBR5410 – 6.3 Dispositivos de proteção,
seccionamento e comando
NBR5410 – 5.6 Seccionamento e comando
6.3 Dispositivos de proteção, seccionamento e comando
GRAU DE PROTEÇÃO (IP)
É a indicação das características física dos
equipamentos elétricos, referenciando-se
a permissão da entrada de corpos
estranhos para seu interior.
É definido
pelas letras
IP seguidas
por dois
algarismos.
NBR5410 – 6.1.5
Identificação dos
componentes
NBR5410 – 6.2.8 Conexões
NBR 5410
4.1.10 6.1.4
Acessibilidade dos
componentes.
» Formulário de ensaios
Verifica se todos os dispositivos
de proteção da instalação estão
instalados e ajustados
corretamente.

Nome do cliente e local da inspeção

Itens da inspeção

Resultado da inspeção

Responsabilidade técnica:
CREA e ART do responsável técnico

Aceite do cliente das informações


contidas neste formulário
Observações:
Registra a ação tomada
para resolver a não
conformidade do item.

Sim: Atendido.
Não: Não atendido.
N.A.: Não se aplica à esta instalação.
NBR5410 – 7.3.2 Continuidade dos
condutores de proteção
NBR5410 – 7.3.3 Resistência de
isolamento da instalação
Se um dia você tiver que trabalhar
em subestações você terá que
conhecer os testes abaixo:
Verificar se os DTM interrompem todas as fases.
Após acionar o IDR, apertar o botão de teste,
pois ele interrompe todas as fases e o neutro.
Simular fuga de corrente a terra no IDR com
auxílio da lâmpada conectando-a entre uma
saída e a outra entrada do IDR.
» Formulário de dados
dos ensaios
Verifica os valores medidos pelos
instrumentos.
Nome do cliente e local da inspeção

Itens da inspeção

Observação: Um exemplo seria


registrar inconsistências entre
valores desejados e obtidos.

Responsabilidade técnica:
CREA e ART do responsável técnico

Aceite do cliente das informações


contidas neste formulário
Tensão entre F1 e F2
Multímetro 220V 205V seco

Tensão entre F1 e N
127V 117V seco
Multímetro

Tensão entre F2 e N 127V 118,5V seco


Multímetro

Tensão entre F1 e PE
127V 119,9V seco
Multímetro

Tensão entre F2 e PE
127V 122,8V seco
Multímetro

Tensão entre N e PE
0V 0V seco
Multímetro
Obrigado!

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