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A Imigração Moderna do Século XXI

Durante toda sua história, o Brasil sempre vivenciou um fluxo imigratório de brasileiros
em busca de melhores condições econômicas nos EUA e na Europa. No entanto, no século XXI,
a entrada de imigrantes vindos de países subdesenvolvidos da América é cada vez mais
expressiva. Desde então, as autoridades, cautelosas, têm providenciado condições básicas de
sobrevivência para esses imigrantes desprevenidos. Essa estrutura, muitas vezes precária aos
próprios brasileiros, agora está suprindo a necessidade de povos desamparados por suas
nações.
No passado, principalmente nos séculos XIX e XX, o país recebeu um contingente de
pessoas de mais de 70 nacionalidades com o objetivo de acumular riquezas e construir a
América. Dessa maneira, o maior continente tornou-se também o mais diversificado em
termos socioculturais. Assim, a agricultura cafeeira tomou forma ao proporcionar crescimento
na exportação e empregabilidade. Além disso, o advento da indústria só foi possível por conta
de uma mão de obra europeia com experiência na área. Contudo, o país vivenciou momentos
caóticos devido a falta de planejamento para atender tão alta demanda populacional. É o que
tende a correr, nos próximos anos, com a entrada frequente de bolivianos e haitianos, ainda
que alguns qualificados.
Com um fluxo crescente de imigração, a tendência por parte do governo tem sido
abrigar e empregar os novos residentes no território. Em vista da necessidade por
trabalhadores com qualificação em oposição à pequena formação de novos profissionais, os
haitianos são privilegiados por seus diplomas e experiência no mercado de trabalho. Em
contrapartida, bolivianos, por vezes fugidos da miséria, encontram apenas o regime de semi-
escravidão, explorados por empresas do setor fabril.
A falta de estrutura aliada a uma população cada dia maior prejudica até mesmo os
nativos como é o caso dos Guarani-Kaiowá. Os indígenas sofrem com o abandono do poder
público, o qual sem conseguir atender as camadas sociais, favorece uma minoria. Embora os
diversos setores básicos estejam precários, o Brasil, diferente dos países europeus, deve
auxiliar seus vizinhos como exemplo a outras nações.
Contudo, em nome da soberania nacional, é necessária fiscalização da fronteira para
prevenir a ilegalidade. Além disso, o governo deve atuar por meio de projetos sociais, até
mesmo em parceria com outros países latinos, para garantir a sobrevivência digna, com saúde
e educação, previstos por lei na constituição. Só assim, os movimentos migratórios não serão
vistos como potencializadores das injustiças sociais já vigentes no Brasil.
No auge da economia cafeeira, o Brasil recebeu diversos imigrantes, dentre estes
japoneses e alemães, o que acabou fomentando uma nova identidade cultural para o país. No
século XXI, essa situação ainda se torna evidente, visto que haitianos e bolivianos têm o nosso
país como principal destino. Nesse contexto, é necessário investigar os fatores que explicam
essa imigração para o Brasil.
Antes de tudo, podemos destacar o que motiva tal movimento migratório. A
desigualdade e a extrema pobreza são as características principais, comprava-se isso pelo fato
de, por exemplo, a Bolívia estar sofrendo com uma enorme recessão, sendo que seu Índice de
Desenvolvimento Humano é um dos menores do mundo. Nesse sentido, fatores econômicos e
sociais é a principal causa, incentivando, desse modo, a constante imigração para o território
nacional.
Além disso, a busca por melhores oportunidades corrobora com essa causa. A falta de
trabalho aliado a busca por melhores condições de vida faz com que os cidadãos,
principalmente da América do Sul, emigrem de seus países. Quando chegam ao Brasil,
entretanto, se deparam com a falta de mão de obra somada a péssimas condições de trabalho,
sendo, às vezes, escravizados, sem seus respectivos direitos trabalhistas. Esse cenário, mostra-
nos os problemas gerados advindos desse fenômeno.
A imigração para o Brasil, portanto, apresenta tanto causas econômicas quanto sociais.
Nesse ínterim, o poder público deve ampliar e estimular a entrada do imigrante no mercado
de trabalho com carteira assinada, garantindo, assim, seus direitos trabalhistas. Somado a isso,
a mídia juntamente com a sociedade civil pode propor campanhas que visem o bom
acolhimento destes por parte da família brasileira. Ademais, o Governo tem que dedicar uma
parcela dos impostos para aqueles que pertencem às classes sociais mais baixas para que eles
possam se instalarem no país. Com essas medidas, o “país do futuro” será um lugar propício
para imigrantes.

Bibliografia
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/
http://www.ebc.com.br/noticias/politica/2012/11/entenda-a-imigracao-no-brasil

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