EELI04

AULA 11

Eletricidade Aplicada I

Profa. Gabriela da Fonseca de Amorim

http://lattes.cnpq.br/1721632038360134

gabi@unifei.edu.br
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Hoje (9/7)

Aula 11 – Análise de Circuitos Elétricos

. Teorema da superposição

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Quando um circuito possui mais de uma fonte de energia

que não podem ser associadas ...

- não estão diretamente ligadas em série (no caso de fontes de tensão)

ou em paralelo (no caso de fontes de corrente);
- são de tipos diferentes (uma fonte de tensão e uma fonte de corrente
ou uma fonte CC e outra CA, por exemplo);
- o objetivo da análise é conhecer separadamente o impacto de cada
fonte de energia em algum componente do circuito.

Então, o método de redução e retorno (que vínhamos usando até aqui)

pode não ser suficiente para realizar a análise.

Uma alternativa é usar as leis de Kirchhoff com os cálculos e sistemas de equação,

mas às vezes pode ser mais interessante usar o teorema da superposição.
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Teorema da superposição Como funciona?

1. O circuito deve ser analisado individualmente para cada fonte

A cada análise, as outras fontes devem colocadas em zero.
Isso significa que devem ser substituídas por:
curtos-circuitos (fontes de tensão) ou circuitos abertos (fontes de corrente).

2. A corrente e a tensão em cada componente será dada pela soma algébrica dos resultados
em cada análise.
ATENÇÃO: a potência dissipada em cada componente
E se eu quiser usar P = U2/R ?
deve ser calculada apenas com o valor final das correntes que Mesma coisa, não é linear!
passam pelos componentes (isto é: após a soma algébrica)
pois a potência dissipada é proporcional ao quadrado da E se eu quiser usar P = U.I
corrente (P=R.I2), ou seja, o cálculo da potência dissipada com os valores de cada etapa?
usando a corrente e a resistência não é linear. Aí tudo bem...

... mas por que você está querendo complicar?

Usa o resultado final que funciona sempre! rs
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Teorema da superposição
Por exemplo, observe o circuito a seguir:

Sabendo que analisar um circuito quer dizer descobrir as correntes nos ramos e as
tensões e potências dissipadas nos componentes, como proceder com uma análise
usando o teorema da superposição?

Resposta: Considerando primeiro o circuito somente com a fonte de 20V, depois o circuito somente
com a fonte de 40V e, finalmente, somando algebricamente os resultados de cada análise.
... E cuidado com a potência porque o cálculo usando P=R.I2 não é linear! 5
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Teorema da superposição
Itotal1
1ª etapa: considerando a fonte de 20V
(então a fonte de 40V deve ser substituída IB1 IC1
por um curto-circuito) +
_ UB1 +
UA1 _ UC1
Req = 10Ω//5Ω + 5Ω => Req = 8,33Ω
+ IA1 _
IA1 = Itotal1 = 20/Req => IA1 = Itotal1 = 2,4A

UB1 = UC1 e 20V = UB1 + UA1

Tá difícil de enxergar? B C
UA1 = 5 . IA1 => UA1 = 12V Redesenhe o circuito!
20V = UB1 + UA1 => UB1 = 20-12 =>
UB1 = UC1 = 8V “a corrente Itotal1 sai da fonte, A
IB1 = UB1/10 => IB1 = 8/10 => IB1 = 0,8A divide entre IB1 e IC1,
se une novamente, passa pelo
IC1 = UC1/5 => IC1 = 8/5 => IC1 = 1,6A resistor A (IA1 = Itotal1)
e volta pra fonte” 6
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Teorema da superposição
2ª etapa: considerando a fonte de 40V Itotal2
(então a fonte de 20V deve ser substituída IB2
IA2 +
por um curto-circuito)
_ UB2 +
UA2 _
Req = 10Ω//5Ω + 5Ω => Req = 8,33Ω IC2 UC2
+ _
IC2 = Itotal2 = 40/Req => IC2 = Itotal2 = 4,8A

UB2 = UA2 e 40V = UB2 + UC2

Tá difícil de enxergar? B A
UC2 = 5 . IC2 => UC2 = 24V Redesenhe o circuito!
40V = UB2 + UC2 => UB2 = 40-24 =>
UB2 = UA2 = 16V “a corrente Itotal2 sai da fonte,
C
IA2 = UA2/5 => IA2 = 16/5 => IA2 = 3,2A divide entre IB2 e IA2,
se une novamente, passa pelo
IB2 = UB2/10 => IB2 = 16/10 => IB2 = 1,6A resistor C (IC2 = Itotal1)
e volta pra fonte” 7
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Teorema da superposição
Itotal1 = 2,4A 1ª etapa
3ª etapa: superposição
Escolhemos uma das fontes para ser o referencial
IB1 = 0,8A
(geralmente a maior: 40V). O sentido desse circuito + IC1 = 1,6A
será + e o que for contrário a ele - _ UB1 = 8V +
O que acontece no resistor A? UA1 = 12V _
IA = IA1+IA2 => IA = -2,4+3,2 => IA = 0,8A + IA1 = 2,4A _ UC1 = 8V
UA = UA1+UA2 => UA = -12+16 => UA = 4V
PA = R.IA2=> PA = 5.0,82 => PA = 3,2W
O que acontece no resistor B? Itotal2 = 4,8A 2ª etapa
IB = IB1+IB2 => IB = 0,8+1,6 => IB = 2,4A
UB = UB1+UB2 => UB = 8+16 => UB = 24V IB2 = 1,6A +
PB = R.IB2=> PB = 5.2,42 => PB = 57,6W IA2 = 3,2A _
+ UB2 = 16V
_
O que acontece no resistor C? UA2 = 16V IC2 = 4,8A
_ + UC2 = 24V
IC = IC1+IC2 => IC = -1,6+4,8 => IC = 3,2A
UC = UC1+UC2 => UC = -8+24 => UC = 16V
PC = R.IC2=> PC = 5.3,22 => PC = 51,2W 8
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Teorema da superposição
4ª etapa: Resultado da análise

IA = 0,8A Potência dissipada

em cada resistor
UA = 4V
PA = 3,2W

IB = 2,4A IB = 2,4A +
UB = 24V UB = 24V _
+
PB = 57,6W _
UA = 4V IA = 0,8A UC = 16V
_ IC = 3,2A +
IC = 3,2A
UC = 16V
PC = 51,2W
Potência fornecida
pelas fontes PA + PB + PC = 3,2 + 57,6 + 51,2 = 112W
check!
PTOTAL = P40+P20 => U40.IC + U20.IA => 40.3,2 + 20.(-0,8) => PTOTAL = 112W
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Lembram do circuito do meme?

Na aula anterior resolvemos usando as leis de Kirchhoff,

mas existem várias outras formas de resolvê-lo...

Que tal agora usar o

teorema da superposição?

Olha lá as duas fontes CC que não estão

nem em série nem em paralelo
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Teorema da superposição

Exercício:

Analise esse circuito usando o teorema da superposição.

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Teorema da superposição

1ª etapa: considerando a fonte E1

(aí a fonte E2 é curto-circuitada)

A corrente convencional que usamos nas análises dos circuitos sai do + e vai pro -.
Então vamos observar o caminho nesse circuito:

• A corrente sai de E1 e já se divide, uma parte vai para R3 (I3) e outra parte se divide
novamente e vai em direção a R2 (I2) e R5 (I5).
• Após passar pelos resistores R2 e R5 , I2 e I5 se unem e passam por R4 (I4) antes de passar
por R1 (I1) e retornar à fonte.
• Depois de R3, I3 se une à corrente que passou por R4 (I4), passa por R1 (I1) e retorna à fonte.

Muito confuso? E se a gente redesenhasse o circuito pra enxergar

melhor quem está em série e quem está em paralelo com quem? à 12
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Teorema da superposição

1ª etapa: considerando a fonte E1

(aí a fonte E2 é curto-circuitada)

Esses dois circuitos

... mas gente! E esse são equivalentes!
aterramento na parte
positiva da fonte?

Não atrapalha em nada!

Ele só indica que o potencial elétrico na parte + é 0V
e consequentemente, como a ddp da fonte é 18V, o
potencial elétrico na parte - é -18V.
E isso não atrapalha porque a gente sempre trabalha com a tensão, que é a diferença
entre os dois polos, e não com o potencial individual em cada polo!
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Teorema da superposição

1ª etapa: considerando a fonte E1

(aí a fonte E2 é curto-circuitada)

Continuando a análise: Esses dois circuitos

Req1? Itotal1? são equivalentes!
U11? U21? U31? U41? U51?
I11? I21? I31? I41? I51?

2a etapa: considerando a fonte E2? Redesenhar o circuito?

Req2? Itotal2?
U12? U22? U32? U42? U52?
I12? I22? I32? I42? I52?

3ª etapa: ...

Isso tá parecendo até um desafio do distanciamento... à

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Teorema da superposição

Então é com vocês:

Exercício: Desafio do distanciamento!

Analise esse mesmo circuito usando o teorema da superposição.

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Até aqui, já vimos algumas técnicas para analisar circuitos:

O método de redução e retorno, que usamos quando as coisas parecem mais

simples e o circuito só tem uma fonte de energia ou as várias fontes podem ser
associadas em uma só...

As Leis de Kirchhoff, que ajudam a montar o sistema de equações para descobrir

todas as variáveis do circuito quando tem mais de uma fonte que não pode ser
associada e o circuito começa a ficar um pouco mais complexo...

O teorema da superposição que é uma outra alternativa quando há mais de

uma fonte e com ele conseguimos analisar individualmente o efeito de cada fonte
nos componentes para depois somar tudo.

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... mas e quando a gente não sabe NADA do circuito (nunca nem viu)
ou acha que é complexo demais pra usar qualquer outra análise (pressa)
e não vale a pena nem tentar porque só quer trabalhar em um pedacinho dele (preguiça)?

Aí dá pra usar os teoremas de Thévenin e de Norton!

SUPER MACETE!

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Semana que vem (16/7)

Aula 12 – Análise de Circuitos Elétricos

. Teoremas de Thévenin e Norton

... e encerraremos todo o conteúdo teórico de EELI04!

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