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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ASSIS
adquiridos pelos alunos através da literatura, desenvolver o senso crítico acerca do
assunto a fim de promover a habilidade de produção textual e construir uma relação
empática do aluno com o tema.
Desenvolvimento
a) Promover a leitura dos dois contos principais da disciplina e gerar a discussão acerca
dos elementos presentes nos gêneros textuais e as particularidades do gênero conto, na
intenção de iniciar os estudos literários. Nesse primeiro momento, a partir do que propõe
Bordini e Aguiar (1993), a intenção metodológica é avaliar os horizontes dos alunos a
respeito dos gêneros textuais, através de discussões sobre os conhecimentos prévios deles.
Ainda, serão explorados em aula os diferentes aspectos de cada autor, sejam eles culturais
ou estilísticos.
b) Após isso, será apresentado um terceiro conto, “A revelação” incluído no livro “contos
de morte” de Pepetela, que será exibido no desenvolver dessa sequência e uma música,
ambos contemporâneos. Nesse patamar, será trabalhado o comparativo do gênero lírico
(música) e do conto e ainda, haverá a discussão sobre a contemporaneidade e suas
temáticas para que os alunos possam expandir os horizontes metodológicos e culturais
pessoais e será gerada a discussão a partir do conhecimento de cada aluno a respeito dos
diferentes gêneros. Aqui se propõe a atividade em roda para o compartilhamento de
conhecimentos das diversidades dentro da sala de aula. A intenção é, com o
contemporâneo, atender os horizontes de expectativa dos alunos a partir do debate em
sala. “Determinada a leitura, o professor promove um debate informal” (BORDINI E
AGUIAR, pg.96, 1993)
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proposto, após as leituras teóricas, a adaptação do jogo “detetive” para que os alunos
possam trabalhar o conhecimento acerca dos elementos da narrativa. Já nesse momento,
há a “ruptura dos horizontes de expectativas (BORDINI E AGUIAR, pg.97, 1993) e
espera-se que o processo de expansão dos horizontes de expectativas (BORDINI E
AGUIAR, pg. 95, 1993) já se inicie.
d) Por fim, será apresentado duas matérias jornalísticas a fim de contribuir com a
diversidade de gêneros dentro do mês de aula proposto, que contém duas matérias acerca
de como a morte é encarada nas diferentes religiões e regiões. Nesse momento, espera-se
que os alunos compreendam como produzir textos, quais os elementos das diferentes
narrativas e saibam diferenciar os gêneros literários. Será proposto a produção de um
texto livre, mas que tenha como embasamento as discussões feitas em aula. Aqui não será
necessário que os alunos falem sobre a morte, apesar de ser as temáticas, mas que sejam
capazes de compreender a diversidade cultural, isso é, produzir um texto a partir dos
conhecimentos culturais estudados em sala de aula.
A intenção é trabalhar com o método receptivo, uma vez que visa o aluno protagonista e
prepara de forma confortável para discussões necessárias dentro da sala de aula.
1ª SEMANA
A partir do que é proposto por Bordini e Aguiar (1993), a primeira etapa do método
receptivo é a determinação dos horizontes de expectativas do aluno.
O professor observa os comportamentos espontâneos de uma
turma em seus contatos com livros na biblioteca (1993, p.92)
No encontro seguinte, o professor lê o texto eleito, de forma expressiva, propiciando a participação dos
alunos, que comentam o fato narrado e as ilustrações e adiantam o desenvolvimento do enredo. (1993,
p.93)
Assim, na primeira semana de aula, haverá a discussão dos gêneros literários de forma
geral e didática a fim de determinar quais os conhecimentos prévios de cada estudante e
de forma inicial já será apresentado os dois contos principais da disciplina no intuito de
pré-estabelecer conceitos diferenciados das duas literaturas, uma vez que Clarice
Lispector se faz intimista e detalhista e Edgar Allan Poe prossegue em seu estilo gótico e
de terror em suas narrativas.
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Com as duas escolhas apresentadas, poderá se traçar um perfil pessoal dos alunos de
forma categórica e que crie um horizonte de seus gostos pela leitura.
O objetivo principal desse primeiro momento é introduzir o conceito de letramento
literário (COSSON, 2009) e a construção que o mesmo permite da linguagem. A partir
da leitura inicial dos contos principais e trabalhar a interpretação textual.
A intenção dessa aula é quebrar com o padrão metodológico tradicional e propor uma
aula expositiva e em roda para que os alunos se sintam confortáveis para explicitar seus
gostos tanto pela leitura.
2ª SEMANA
Na segunda semana de aula, espera-se que os alunos já estejam próximos e íntimos dos
diferentes conceitos de gêneros literários na teoria. Assim, será apresentado um terceiro
conto, “A revelação” do autor Angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos que
vem com o papel de traduzir uma cultura diferenciada e que poderá desenvolver, na leitura
do seu conto, o pensamento crítico acerca do modo que a narrativa apresenta a sua
sequência de fatores e as intencionalidades por trás do texto.
Ainda, nesse segundo momento, será exposto em sala a música “Canto para a minha
morte” de Raul Seixas com o intuito de estabelecer um primeiro contato com o gênero
lírico.
Será questionado os moldes de leitura e o conhecimento de música dos alunos para que
se estabeleça um comparativo do que foi levado para a sala de aula e o que faz parte da
realidade dos mesmos e também a linguagem presente no texto, uma vez que há o
linguajar específico angolano e necessita-se de uma capacidade de pesquisa de termos
para o entendimento de algumas expressões.
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O método recepcional de ensino de literatura enfatiza a
comparação entre o familiar e o novo, entre o próximo e o
distante no tempo e no espaço. Por conseguinte, são sempre
cotejados textos que pertencem ao arsenal de leitura do grupo
com outros textos, documentos de outras épocas, regiões e
classes sociais, em diferentes níveis de estilo e abordando
temáticas variadas. (1993, p. 86)
Após a apresentação dos dois gêneros, será sugerido uma atividade em roda para que os
alunos discutam as principais diferenças discutidas na primeira semana e o que foi
aprendido no segundo momento. Nessa atividade, faz-se necessário a discussão das
perspectivas que cada aluno enxerga a respeito da morte e do luto.
3ª SEMANA
O tema da terceira semana de aula se determinará a partir da ruptura do horizonte não só
de expectativas dos alunos, mas também da apresentação de um gênero completamente
diferente do habitual, mas que contenha a chance de atingir uma gama de alunos que
tenham contato com essa cultura.
Nesse terceiro momento de trabalhos com gêneros, será apresentado um texto de Angél
Gonzalez, “Morte no esquecimento” (Muerte em el olvido), e começarão as discussões
acerca da morte da perspectiva latina. O calor emanente do latino que se cai no
esquecimento, morre.
Em contrapartida, se iniciará a discussão da figura oriental “Shinigami” que representa o
Deus da morte; figura essa, fortemente presente nos animes japoneses. Como é o caso do
anime “Death Note”, onde o Shinigami é um dos protagonistas por trás do anime.
Outro anime conhecido é “naruto” onde há a representação indireta do Shinigami na
figura do personagem “Minato” ou “Quarto Hakge”, conhecido como pai do protagonista
“Naruto”.
A introdução da figura do shinigami intenciona a ação de além de trazer uma cultural
completamente oposta à visão ocidental, complementar o leque cultural de
desenvolvimento dos alunos.
O deus da morte é demonstrado como um deus sem intencionalidades ruins, que apenas
realiza o seu trabalho de forma natural.
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Outro ponto importante para se discutir com os alunos nesse momento é a própria
narrativa do anime “Death Note”, que conta a história de um garoto, que em um dia
normal em sua escola, vê um caderno caindo. Após a aula, ele vai até o caderno e descobre
que cada nome que ele escrever naquele objeto, gerará a morte do indivíduo citado. Assim
, o protagonista resolve fazer “justiça com as próprias mãos”. Aqui, podemos discutir as
diferentes noções de heróis e questionar aos alunos as atitudes do protagonista, uma vez
que ele assume o papel do destino e acaba com a naturalidade das coisas.
Já em Naruto, Minato invoca o Shinigami em uma extrema necessidade após um ataque
da invocação de uma besta em sua vila, a vila da folha.
A partir disso, apresenta-se os seguintes questionamentos:
a) O que você pensa sobre a morte a partir das discussões feitas em aula?
b) O que você vê de diferente nas culturas apresentadas com relação à morte?
c) Você acha correto o que Light Yagami (protagonista de Death Note) faz no
anime?
d) Você consegue identificar o gênero literário dos animes?
e) Qual a principal diferença entre Minato e Light? Uma vez que Minato usa da
invocação do Shinigami para o bem?
Trazer para os alunos, gêneros extremamente diferentes do habitual, concretiza na sua
forma mais prática o que Bordini e Aguiar propuseram no método recepcional. Não
basta apenas trazer a leitura dos textos sem questionar o pensamento crítico dos alunos
com relação aos temas apresentados.
Aqui, começa a se enxergar o fim do mês de aula. Espera-se que os alunos consigam
produzir bons textos, diferenciar os gêneros literários e interpretar textos de forma a
reconhecer a dificuldade gramatical de cada um.
Nessa aula, para auxiliar nas produções textuais, será sugerido um jogo rápido adaptado
para a sala de aula, que é o tradicional jogo “detetive”.
O jogo consiste em identificar os 8 suspeitos do crime, as 8 armas do crime e os 11 lugares
possíveis. De forma comparativo, ao final do jogo, propõe-se que os alunos consigam
identificar os elementos da narrativa através das figuras dos suspeitos dos crimes (sujeitos
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da narrativa), das armas do crime (elementos da narrativa, objetos e etc) e os lugares
(locais da narrativa).
Assim, espera-se que além da ruptura, os alunos também questionem os horizontes de
expectativas, para que por fim, possam ampliar a partir da quarta semana, onde será
proposto a atividade final e avaliativa.
4° SEMANA
Na quarta e última semana, espera-se que as possíveis deficiências de leitura sejam
superadas e que os alunos possam entender as diversidades culturais com respeito
Nessas aulas, serão apresentadas duas notícias de jornais para que compreendam mais um
gênero literário no repertório dos estudantes.
A primeira notícia será do jornal “A gazeta do povo - Do silêncio à festa, como diferentes
culturas vivenciam o luto”, onde será apresentado o tema da religião que é fortemente
influente no momento da vivência do luto.
E a outra matéria jornalística é do site “Cultura Japonesa”, que tem o intuito de se conectar
com a aula anterior onde se foi apresentada a cultura oriental. O tema da matéria é “ “A
Partida” x Costumes Modernos”, e traz o intuito de fechar a matéria com a apresentação
do novo gênero literário e também a ampliação cultural.
Por fim, será proposto uma atividade de produção textual que seja livre, visando o aluno
protagonista da sua própria produção. A atividade consistirá, apesar de livre, na produção
baseado no que foi visto em aula, seja gêneros ou temas apresentados.
BIBLIOGRAFIA
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ASSIS
(SEIXAS, Raul - Canto para minha morte. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=uS2jEBaC0T8&t=6s Acesso em 12/02/2021).
Do Silêncio á fest, como diferentes culturas vivenciam o luto. Gazeta do povo, 2016.
Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/comportamento/do-
silencio-a-festa-veja-como-diferentes-culturas-celebram-o-luto/. Acesso em 21/02/2021
COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Editora Contexto,
2009.
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3ª SEMANA
Do Silêncio á fest, como diferentes culturas vivenciam o luto. Gazeta do povo, 2016.
Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/comportamento/do-
silencio-a-festa-veja-como-diferentes-culturas-celebram-o-luto/. Acesso em 21/02/2021
COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Editora Contexto,
2009.
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