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5ª Estação

Jesus é ajudado por Simão de Cirene

Esta ‘estação’ da Via dolorosa, inspira-se em Mc 15, 20-22 e Lc 23, 26:


«Quando O iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene,
que voltava do campo, e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de
Jesus.»

Os evangelistas não são muito precisos sobre o porquê do recurso aos


serviços de Simão de Cirene, subentende-se o estado debilitado de Jesus,
pelos maus tratos que tinha recebido, como é relatado em Lc. 22, 63-65.
Mas também era comum o exército romano solicitar a colaboração dos
cidadãos.
Embora não seja explicitado que se tratava de um discípulo de Jesus, Lucas
apresenta-o, de forma implícita, como um ‘cristão’.
A frase - ‘voltava do campo’ – tem suscitado algumas questões sobre a
justificação como é que um judeu poderia estar a trabalhar no 15 de Nisan,
onde eram aplicadas as restritas leis sabáticas? O texto não precisa o tempo
em que Simão vinha do campo, pois poderia tê-lo feito de manhã. Por outro
lado, ele poderia visitar o campo, se estivesse no perímetro permitido dos
880 m, a partir da periferia da zona habitada. Também não é certo que se
tratasse de um campo agrícola, mas a expressão pode indicar uma ‘zona
rural’ ou ‘uma aldeia’, como se diz em relação aos ‘discípulos de Emaús’
(cf Mc 16, 12). Simão, se era judeu, poderia viver nos arredores de
Jerusalém e deslocar-se ao Templo para a ‘oração da noa’, como se afirma
em Act 3, 1. Se Simão não era judeu, pois o nome era comum entre os
gregos, então o ‘dia festivo’ não lhe afetava nada (cf J. Jeremias,
Eucharistia, words, 78ss).

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