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DISCIPLINA: Matemática

SÉRIE: 1º período
MÊS: Agosto
CONTEÚDO: história dos números; numeração romana; números decimais; adição, subtração e multiplicação
de números naturais
História dos números: origem e evolução dos números
Os números surgiram há mais de 30 mil anos quando os seres humanos tiveram que contar objetos e animais.
Quando sentiam necessidade de contar aquilo que caçavam ou pescavam, os homens e mulheres primitivos
desenhavam animais nas paredes para indicar sua quantidade.
Com o passar do tempo, as pessoas foram vivendo em grupos maiores, as tribos, e cada uma delas desenvolveu um
modo de contar. Por isso, os números não foram inventados por uma só pessoa, mas sim por vários povos.
Neste texto, vamos descobrir como os números surgiram na pré-história e como era a maneira de contar de
babilônicos, romanos, hindus e árabes, os povos que mais influenciaram na numeração que usamos atualmente.

Os traços ao lado dos desenhos dos animais indicariam a


quantidade. Pintura da Serra da Capivara (PI)
Números na pré-história
A partir do momento em que os humanos que se tornaram sedentários, ou seja, se fixaram à terra para cultivá-la e
passaram a domesticar animais, os indivíduos tiveram que encontrar formas de contar.
Isto aconteceu porque era preciso controlar quantos animais possuíam. Assim, passaram a fazer relação com objetos.
Por exemplo: cada animal valia uma pedra. Quando levavam os animais para pastar, colocavam uma pedra num saco,
correspondendo a cada animal. No fim do dia, quando os animais voltavam ao cercado, bastava contar as pedras no
saco para saber se todos estavam ali ou se algum tinha se perdido.
Também utilizavam traços marcados em galhos de árvores ou ossos de animais. Um traço correspondia a um objeto,
dois traços dois objetos, e assim sucessivamente.
Estes métodos eram bons para pequenas quantidades. No entanto, quando era preciso contar muitas coisas ficava mais
complicado. Uma das formas encontradas para facilitar a contagem de grandes quantidades foi agrupar os objetos a
cada dez unidades. Isso aconteceu porque temos dez dedos nas mãos.
História dos números babilônicos
À medida que as aldeias se transforam em cidades e estas em Impérios, o comércio entre os povos cresceu e houve
necessidade de criar registros mais precisos.
Este foi o caso de uma das grandes civilizações da babilônica, que construíram um império de 1792 a. C.- 539 a. C.,
no território que corresponde aproximadamente ao Irã e ao Iraque atuais.
Para controlar os impostos e comércio entre as regiões do reino, os povos babilônicos aperfeiçoaram o sistema de
contagem. Eles escreviam os valores com símbolos e estes ocupavam posições diferentes de acordo com a quantidade
que se desejava registrar, exatamente como fazemos hoje. Afinal, quando escrevemos 14, não é o mesmo que 41,
apesar de usarmos o 1 e o 4.
Isto facilitou a contagem e os cálculos, pois não era preciso inventar novos símbolos para escrever números muito
grandes.
Os números babilônicos eram escritos de maneira cuneiforme, ou seja, usando uma cunha, que era um instrumento
pontiagudo que permitia gravar na argila. Vejamos um exemplo:
Números babilônicos e sua correspondência com
os algarismos indo-arábicos
Os números e o sistema matemático babilônico foram aproveitados pelos hindus.

História dos números romanos


Se os babilônios usavam símbolos, os romanos recorreram às letras para representar os números.
Empregavam a letra "I" para contar de 1 a 3, depois agrupavam as quantidades a cada cinco unidades, cinco dezenas,
uma centena e um milhar. Combinando as letras era possível escrever as quantidades.

Letra Número
I 1
V 5
X 10
L 50
C 100
M 1000

Até hoje, os números romanos estão presentes em nossa vida, para indicar capítulos de livros ou os séculos.
Na numeração romana, a ordem das letras era fundamental para compor o valor dos números. Se colocamos a letra "I"
antes do "X", temos "IX", e estamos escrevendo o número nove. No entanto, se posicionamos o "I" depois do "X",
temos "XI", e obtemos o número onze.
Os números romanos eram bons para contar, mas não para calcular. Assim, foram sendo substituídos pelos algarismos
indo-arábicos.
Origem dos números atuais
Os algarismos indo-arábicos são a forma de escrever que utilizamos atualmente. Foi criado pelos hindus e espalhado
pelo mundo ocidental pelos árabes. Por isso, ele é chamado indo-arábico.
Os hindus desenvolveram um sistema onde cada número era um símbolo e não era preciso escrever um sinal diferente
para indicar cada agrupamento de objetos, como tinham feitos os egípcios. Assim como os babilônios, os algarismos
ocupavam diferentes posições de acordo com o valor que possuíam.
Um dos matemáticos mais importantes da Idade Média, al-Khwarizmi, que viveu de 780 a 850, utilizava esta forma de
escrever números nos seus cálculos. O nome deste estudioso em latim era "Alcuarismi" e daí vem a palavra
“algarismo” em português.
Al-Khwarizmi traduziu varias obras hindus para a língua árabe e estas chegaram à Europa pelo sul da Espanha, que
pertencia aos muçulmanos. Um dos responsáveis pela introdução deste sistema numérico no mundo cristão foi o papa
Silvestre II, que havia estudado obras de matemáticos islâmicos.
A partir daí, os números indo-arábicos conquistaram a Europa e passaram a ser a maneira de escrever quantidades em
praticamente todo o mundo.
Origem do número zero
O zero foi um dos últimos algarismos a ser criado. Isto ocorreu porque ele não representava uma quantidade
de objetos ou de animais e sim a ausência de valor. Os romanos, por exemplo, não representavam o zero.

Os babilônicos, contudo, indicavam a ausência de valor deixando as colunas de cálculo em branco.


Foram os hindus, no século VII, influenciados pelo sistema de numeração babilônico, que deram um nome
para o espaço em branco deixado na coluna de cálculos: "sunya", que significa "vazio" ou "lacuna". A
palavra foi traduzida ao árabe como "siphr" e passou para o latim como "zephirum", dando origem ao
vocábulo zero, em português.

Sistema de numeração Romano


Esse Sistema de numeração é o mais usado nas escolas, depois do sistema de
numeração decimal. E também na representação de:

• designação de séculos e datas;

• indicação de capítulos e volumes de livros;

• mostradores de alguns relógios, etc.

No Sistema de Numeração Romano é utilizado sete letras (símbolos) que representam os seguintes números:

1 I
5 V
10 X
50 L
100 C
500 D
1000 M
Para formar outros números romanos utiliza-se as letras acima repetindo-as uma, duas ou três vezes (nunca mais de
três). Sendo que as letras V, L e D não podem ser repetidas.

2 II
3 III
20 XX
30 XXX
200 CC
300 CCC
2000 MM
3000 MMM
Para formar números diferentes dos citados até agora, devemos saber que as letras I, X e C, colocam-se à esquerda de
outras de maior valor para representar a diferença deles, obedecendo às seguintes regras: 

♦ I coloca-se à esquerda de V ou X 

♦ X coloca-se à esquerda de L ou C 

♦ C coloca-se à esquerda de D ou M

Se colocarmos um símbolo de maior valor primeiro que o de menor valor, somamos os números assim:

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VI ( 5 + 1) 6
XIII (10 + 3) 13
LIV (50 + 4) 54
CX (100 + 10) 110
Se colocarmos um símbolo de menor valor primeiro que o de maior valor, diminuímos os números assim:

IV (5 - 1) 4
IX (10 - 1) 9
XL (50 – 10) 40
XC (100 – 10) 90
CD (500 – 100) 400
CM (1000 – 100) 900

SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL

O sistema de numeração decimal, também chamado de sistema de numeração decimal posicional, é um conjunto de
regras que são utilizadas para representar os números, sendo contabilizados com base 10. 

Base é a quantidade de símbolos que servem para representar os números. Portanto, na base 10 são utilizados 10
algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9).

Ordem e classes do sistema de numeração decimal 

A ordem é a posição na qual o algarismo ocupa em um número, sendo analisado da direita para a esquerda. 
Para facilitar a compreensão, veja o exemplo:
222
Perceba que esse número possui três algarismos iguais, porém, o local onde cada um se encontra obtêm uma função
diferente. Mas, para entender isso, confira as classificações na tabela abaixo:

Classe dos Milhões Classe dos Milhares Classe das Unidades Simples

3ª 2ª
9ª Ordem 8ª Ordem 7ª Ordem 6ª Ordem 5ª Ordem 4ª Ordem 1ª Ordem
Ordem Ordem

Dezenas
Centenas de Dezenas de Unidades Centenas Unidades
de Centenas Dezenas Unidades
Milhão Milhão de Milhão de Milhar de Milhar
Milhar

100.000.000 10.000.000 1.000.000 100.000 10.000 1.000 100 10 1

Portanto, seguindo como base essas definições, da direita para esquerda, percebemos que: 
Classe das Unidades Simples

2 2 2

3ª Ordem 2ª Ordem 1ª Ordem

Centenas Dezenas Unidades

100 10 1

Valor Relativo: Esse valor é  definido de acordo com a posição que ele ocupa. Então, no caso do exemplo citado:

• o 2 da primeira ordem representa o valor de duas unidades;


• o 2 da segunda ordem representa o valor de duas dezenas, se tornando 20 (vinte);
• o 2 da terceira ordem representa o valor de duas centenas, se tornando 200 (duzentos).
Sendo lido como duzentos e vinte e dois.
Exemplo 2
7.156

Classe dos Milhares Classe das Unidades Simples

7 1 5 6

6ª Ordem 5ª Ordem 4ª Ordem 3ª Ordem 2ª Ordem 1ª Ordem

Centenas de Milhar Dezenas de Milhar Unidades de Milhar Centenas Dezenas Unidades

100.000 10.000 1.000 100 10 1

Neste número, percebe-se que:


• o algarismo 6 representa 6 unidades e vale 6 (1ª ordem);
• o algarismo 5 representa 5 dezenas e vale 50 (2ª ordem);
• o algarismo 1 representa 1 centena e vale 100 (3ª ordem);
• o algarismo 7 representa 7 unidades de milhar e vale 7000 (4ª ordem).

Sendo lido como sete mil, cento e cinquenta e seis. 

Exemplo 3

2.456.215
Classe dos Milhões Classe dos Milhares Classe das Unidades Simples

2 4 5 6 2 1 5

6ª 5ª 3ª 2ª
9ª Ordem 8ª Ordem 7ª Ordem 4ª Ordem 1ª Ordem
Ordem Ordem Ordem Ordem

Centenas Dezenas Unidades


Centenas de Dezenas de Unidades
de de de Centenas Dezenas Unidades
Milhão Milhão de Milhão
Milhar Milhar Milhar

100.000.000 10.000.000 1.000.000 100.000 10.000 1.000 100 10 1

Como surgiu o Sistema de Numeração Decimal 

Aproximadamente no século VI, os hindus criaram um sistema de 10 símbolos com a invenção do 0. Mas, foram os
indianos que incluíram esse símbolo no sistema matemático, no final do século VI.
Essa sequência diminuiu a quantidade de símbolos, o que permitiu calcular com mais rapidez. Inventados pelos
indianos, esses símbolos foram divulgados, a princípio, pelos árabes nos países da Europa, e são utilizados até os dias
atuais. Por isso, também podem ser chamados de sistema indo-arábico de numeração. 

Diferença entre número, numeral e algarismo 


O número define quantidade, ordena e mede algo. Portanto, se pensa em números quando: conta as portas de um
automóvel, enumera a posição de uma pessoa na fila, mede o peso de uma caixa. 
O numeral é toda representação de um número, seja falado ou escrito. Já o algarismo ou dígito é todo símbolo
numérico que se usa para formar numerais escritos. Por exemplo, o número vinte e três pode ser representado em
numeral XXIII (no sistema de números romanos) e pelo algarismo 23 (sistema indo-arábico) e de muitas outras
formas.

Para não esquecer! 


• O sistema de numeração decimal é de base 10;
• É Composto por dez algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9);
• É um sistema posicional, mudando de valor de acordo com a posição que ele ocupa em um determinado número;
• Utiliza o número zero para identificar que naquele local não há referência de nenhum valor. 

ADIÇÃO DE NÚMEROS
A adição é uma das principais operações matemáticas, ela está associada à ideia de juntar ou agrupar elementos de
conjuntos. Podemos também, com base nela, definir as operações de subtração e multiplicação. Além disso a
operação de adição é bastante utilizada em nosso cotidiano, por exemplo, quando vamos ao supermercado, assim, é
muito importante compreender sua ideia e o método de como realizá-la.
O que é adição?
A ideia de adição está ligada ao conceito de juntar elementos de dois ou mais conjuntos. Por exemplo, considere o
conjunto formado por círculos e o conjunto formado por triângulos.
Agora imagine que nosso interesse seja determinar a quantidade total de figuras geométricas, para isso teremos
que juntar os círculos com os triângulos. Quando realizamos esse processo, estamos somando a quantidade de
círculos com a quantidade de triângulos, e indicamos essa soma com o símbolo +.
Juntando os elementos dos dois conjuntos temos:

Observe o número de elementos em cada um dos conjuntos, temos 4 (quatro) círculos e 2 (dois) triângulos. Veja
também que, ao juntar esses elementos, obtivemos um total de 6 (seis) figuras geométricas, podemos sintetizar todo
esse raciocínio em uma expressão matemática, veja:
4 + 2 = 6

Como realizar uma adição?


Veja que o processo de representar graficamente cada elemento da adição torna-se complicado quando
colocamos números maiores. Por exemplo, para determinar a soma de 1500 com 1432, teríamos que desenhar 1500
unidades e, em seguida, 1432 unidades, para, assim, contar a quantidade total delas. Veremos, a seguir, um método
que facilita esse processo.
Exemplo 1
Determine a soma entre 1500 e 1432.
Para determinar a soma entre os números, devemos primeiramente “armar” a operação. Esse processo consiste em
colocar um número sob o outro de maneira que as unidades do primeiro número fiquem sob as unidades do segundo,
assim como as dezenas do primeiro número devem ficar sob as dezenas do segundo, e assim sucessivamente. Veja:

Agora, para determinar o valor da adição, basta somar, termo a termo, os valores da tabela anterior, isto é, somar
unidade com unidade, dezena com dezena, e assim por diante.

0 + 2 = 2 → Unidade
0 + 3 = 3 → Dezena
5 + 4 = 9 → Centena
1 +1 = 2 → Unidade de Milhar
Assim podemos dizer que 1500 + 1432 = 2932. Podemos simplificar a escrita do processo de adição excluindo a
tabela e a escrita das ordens, veja:

Exemplo 2
Determine a soma entre os números 5854 e 4217.
Novamente o primeiro passo é armar a operação entre os dois números.

Somando então termo a termo temos:

4 + 7 = 11 → Unidades
5 + 1 = 6 → Dezenas
8 + 2 = 10 → Centenas
5 + 4 = 9 → Unidade de Milhar

Ao somar termo a termo, observe que a soma das unidades ultrapassa sua capacidade, assim como a soma das
centenas, quando isso ocorre, devemos acrescentar o que foi ultrapassado ao termo da próxima ordem.
Portanto devemos acrescentar 1 dezena à casa das dezenas, retirando-a das unidades, e acrescentar uma 1 unidade de
milhar à casa das unidades de milhar, retirando-a da casa das centenas, veja:

4 + 7 = 11 – 10→ Unidades


5 + 1 = 6 + 1 → Dezenas
8 + 2 = 10 – 10→ Centenas
5 + 4 = 9 + 1→ Unidade de Milhar

Logo: 5854 + 4217 = 10.071.

Existe também uma maneira simplificada de realizar esse procedimento, basta subir o número que passa em cada
casa para a casa da ordem seguinte, veja:

Exemplo 3
Arme e efetue a adição entre os números 6432 e 9993.

Veja que cada aparição do número 1 em cima dos números 4 e 6 representa, respectivamente, a centena e a unidade de
milhar que se ultrapassaram.
Propriedades da adição
Existem algumas propriedades na adição, são elas: comutativa, associativa, existência de um elemento neutro, e
existência de um elemento oposto.

 Propriedade comutativa
Na adição de dois números, a ordem da parcela não altera a soma.
Exemplo:
5+8=8+5
5 + 8 = 13
8 + 5 = 13

 Propriedade associativa
Em uma adição com três ou mais parcelas, independentemente da ordem em que realizamos as somas, o resultado é o
mesmo.
Exemplo:
4 + (2 + 1) = (4 + 2) + 1
4 + (2 + 1) = 4 + 3 = 7
(4 + 2) + 1 = 6 + 1 = 7

 Existência de um elemento neutro


O elemento neutro da adição é o 0. Ao realizar a soma de um número com 0, o resultado é sempre o próprio número.
Exemplo:
8+0=8

 Existência de um oposto
Para todo número diferente de zero, existe um número que é o seu oposto, e soma desse número com o seu oposto é
igual a zero.
Exemplo:
5 + (-5) = 0
–3+3=0

Subtração
A subtração é uma das quatro operações matemáticas básicas e é inversa à adição, pois diminui os valores dos
números que estão sendo subtraídos.
Subtração é uma das quatro operações matemáticas básicas na qual, para cada dois valores, um é subtraído do outro,
ou seja, uma quantidade é retirada de outra, e o valor restante é o resultado dessa operação.
Em uma subtração a – b = c, a é chamado minuendo, b é chamado subtraendo e c é chamado resto ou diferença. O
número c é o resultado da subtração.

Algoritmo da subtração
Algoritmo da subtração é uma técnica que pode ser usada para diminuir números a fim de obter sua diferença. Em
outras palavras, é uma técnica para subtrair.
Esse algoritmo é muito parecido como o da soma. Para usá-lo, devemos colocar os números a serem subtraídos um
sobre o outro, de modo que seus valores posicionais estejam alinhados, isto é, unidade sobre unidade, dezena sobre
dezena, e assim por diante.
Devemos observar, nesse algoritmo, que o menor número sempre será subtraído do maior. Isso significa que o maior
número deve ser colocado sobre o menor para ser transformado automaticamente em minuendo, mesmo que não o
seja. O que muda de problema para problema é a análise do resultado.
Dessa forma, 10 – 5 = 5, por exemplo. Entretanto, 5 – 10 = – 5. Em ambas as  subtrações, o resultado tem o
mesmo valor absoluto (módulo), mas, ao analisar qual foi o número subtraído, atribuímos o sinal correto ao resultado.
Para realizar a subtração, primeiramente, subtraia os algarismos que representam as unidades, em seguida, os
algarismos das dezenas e assim por diante, até que não haja mais subtrações a serem feitas.
A subtração 1789 – 346 será montada da seguinte maneira:
1789
– 346
Observe que a diferença entre os algarismos das unidades é 9 – 6 = 3. Portanto, no algoritmo, faremos:
1789
– 346
     3
Em seguida, partiremos para a diferença ente os algarismos das dezenas, que é: 8 – 4 = 4. Colocando esse resultado
no algoritmo, teremos:
1789
– 346
    43
Depois, partimos para os algarismos das centenas: 7 – 3 = 4.
1789
– 346
   443
Por fim, chegaremos aos algarismos das unidades de milhar: 1 – 0 = 1:
1789
– 346
1443

Caso em que algarismos do maior número são menores


Existe a possibilidade de o minuendo possuir alguns algarismos menores do que o subtraendo, como
na subtração 1823 – 478. Nesse caso, os algarismos das unidades e das dezenas são menores no minuendo.
Para resolver esse problema, observe o seguinte:
1 dezena = 10 unidades
1 centena = 10 dezenas
1 unidade de milhar = 10 centenas

Assim, no caso desse exemplo, para fazer a subtração dos algarismos da casa das unidades, tomaremos uma dezena,
transformando-a em 10 unidades e somaremos esse valor ao algarismo da casa das unidades do minuendo. Assim,
teremos:
1 13

1823
– 487
A subtração prosseguirá começando pela casa das unidades: 13 – 7 = 6.
1 13

1823
– 487
     6
Observe que, agora, o algarismo da casa das dezenas é 1, que é menor que 8 do subtraendo. Em razão disso,
tomaremos uma das centenas do minuendo, transformando-a em 10 dezenas e somaremos à única dezena que o
minuendo possui:
 
7 11 13

1823
– 487
     6
Note que, na casa das dezenas, teremos agora: 11 – 8 = 3. Assim:
 
7 11 13

1823
– 487
    36
Ao partir para a casa das centenas e unidades de milhar, não existem problemas, assim, devemos realizar as subtrações
normalmente.
 
7 11 13

1823
– 487
 1336

RELAÇÃO FUNDAMENTAL DA SUBTRAÇÃO

Para subtrairmos números naturais, que é um conjunto numérico com termos positivos, o primeiro termo (minuendo)
sempre deve ser maior que o segundo (subtraendo). Vale destacar ainda que a subtração de um número natural sempre
forma um número natural. Podemos representar a subtração pelo algoritmo descrito a seguir:

a → minuendo
- b → subtraendo
c → diferença

Em que sempre: a > b (a maior ou igual a b)

Veja alguns exemplos:


Exemplo 1: Obtenha a diferença de 25 – 5.

Como 25 é maior que 5 (25 > 5), essa subtração (25 - 5) existe para o conjunto dos números naturais.

25 → minuendo
 - 5 → subtraendo
20 → diferença

Exemplo 2: Faça a subtração de 35 – 12.

Sendo 35 maior que 12 (35 > 12), a subtração (35 - 12) existe para o conjunto dos números naturais.

35 → minuendo
-12 → subtraendo
23 → diferença

Para verificarmos se efetuamos a subtração de dois números de foma correta, basta realizar a operação inversa à
subtração, ou seja, o cálculo da adição. Ao realizar essa confirmação, estamos aplicando a relação fundamental da
subtração, que se baseia na equivalência.

 Relação fundamental da subtração

É uma relação de equivalência (⇔ ) entre a adição e a subtração. Acompanhe:

minuendo – subtraendo = diferença ⇔ subtraendo + diferença = minuendo

Vamos exemplificar essa relação por meio de alguns exemplos:

Exemplo 3: Resolva as subtrações abaixo e verifique pela relação fundamental se o cálculo realizado está correto:

a) 97 – 34 =

Como 97 é maior que 34 (97 > 34), a subtração (97 - 34) existe para o conjunto dos números naturais.

97 → minuendo
- 34 → subtraendo
63 → diferença

Agora que realizamos a subtração, devemos verificar se o resultado obtido está correto. Para isso, aplicaremos a
relação fundamental, que é dada pelo inverso da subtração, isto é, a soma. Acompanhe:

minuendo – subtraendo = diferença

97 – 34 = 63

subtraendo + diferença = minuendo

34 + 63 = 97

Observe que, ao aplicar a soma do subtraendo com a diferença, obtemos o valor do minuendo como resposta.


Sendo assim, provamos que 63 é, de fato, o resultado da subtração de 97 e 34.

b) 19 – 9 =

Como 19 é maior que 9 (19 > 9), a subtração (19 – 9) existe para o conjunto dos números naturais.
19→ minuendo
- 9 → subtraendo
10 → diferença

Vamos verificar se o resultado obtido está correto. Acompanhe:

minuendo – subtraendo = diferença

19 – 9 = 10

subtraendo + diferença = minuendo

9 + 10 = 19

Ao aplicar a soma do subtraendo com a diferença, obtemos o valor do minuendo como resposta. Com isso,


provamos que 10 é, de fato, o resultado da subtração de 19 e 9.

Multiplicação de números naturais


Na multiplicação de números naturais, os termos numéricos sempre serão números positivos.
Multiplicar significa expressar o aumento de quantidades, realizamos a multiplicação com a finalidade de reduzir a
operação da adição, sendo assim, a multiplicação é uma ferramenta matemática que possibilita a redução de cálculos
numéricos da adição. Veja como isso pode acontecer.

2 + 2 + 2 + 2 = 8

2 x 4 = 8

Observe que na adição o número dois foi repetido quatro vezes, já na multiplicação, o termo numérico dois foi
multiplicando por quatro, que é a quantidade de repetições que o número dois teve na soma. É possível notar que a
resposta obtida é a mesma, tanto na operação de adição quanto na multiplicação.

Os termos numéricos que compõem uma multiplicação possuem nome. O primeiro e o segundo termo numérico da
multiplicação são chamados de fator, já o resultado da multiplicação recebe o nome de produto.

   2 → Fator                          3 → Fator
x 3 → Fator                       x  3 → Fator
   6 → Produto                      9 → Produto

O primeiro conjunto numérico que utilizamos para realizar cálculos de multiplicação é o conjunto dos números
naturais, que é um conjunto infinito, sendo formado por termos que são positivos. Veja um exemplo desse conjunto:

No Sistema de numeração decimal, quando realizamos a multiplicação de números naturais, os termos que
compõem os fatores podem possuir ordens e classes distintas. Quando isso acontece, devemos estruturar o algorítimo
da multiplicação considerando o maior número para o primeiro fator.

C|D|U → Unidade (U), dezena (D) e Centena (C)


 2 5 0 → O maior número da multiplicação será o primeiro fator.
 x    2

Para obtermos o produto da multiplicação de termos numéricos, em que a ordem do segundo fator é a unidade,
devemos proceder da seguinte forma:

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CDU
2 5 0
x    2
      0 → Realize o produto das unidades 2 x 0 = 0 unidade.

CDU
¹250
 x2
   00 → Multiplique a unidade do segundo fator pela dezena do primeiro fator: 2 x 5 = 10 dezenas.

Não é possível deixar o número 10 na reposta do produto, então faça a seguinte conversão numérica: 10 dezenas = 100
unidades, 100 unidades = 1 centena.
Devemos colocar o número 0 no produto da ordem das dezenas e adicionar 1 centena no algarismo 2 do número 250.

C DU
¹ 250
  x  2
  500 → Faça a multiplicação de 2 centenas x 2 centenas = 4 centenas e efetue a soma: 4 centenas + 1 centena = 5
centenas. Esse número 5 deverá ser colocado na resposta do produto, na ordem das centenas.

Obtemos como produto da multiplicação de 250 por 2 o número 500. Lembre-se sempre que: na multiplicação de
números naturais, o produto gerado sempre será positivo.

Quando a ordem do segundo fator for da dezena, devemos deslocar a resposta referente ao produto da dezena uma
casa para a esquerda e, em seguida, efetuar a soma dos resultados obtidos da esquerda para a direita. Sempre que a
ordem do segundo fator aumentar, a resposta referente ao produto do algarismo do primeiro fator pelo segundo fator
irá deslocar uma casa para a esquerda. Veja o exemplo:

   CDU
    250
   x 12
    500
+250
   3000 → 0 unidades, 0 dezena, 0 centena e 3 unidades de milhar.

É importante ressaltar que a soma de: 5 centenas + 5 centenas = 10 centenas, corresponde a 1000 unidades. Sendo
assim, adicionamos o algarismo 1 ao algarismo 2, obtemos 3 unidades de milhar. Dessa forma, temos que o produto
de 250 x 12 = 3000.

Exercícios
1) Considere o número 643018 e responda:

a) Qual o nome da classe que pertence o algarismo 4?


b) Qual o algarismo ocupa a ordem da dezena?
c) Quantas unidades vale o algarismo 3?

2) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que o Brasil tenha, em 2017, 207 700 000 de
habitantes. Escreva esse valor por extenso.

3) Dado o número 137459072, indique:

a) Quantas unidades representam o algarismo 7 que está à esquerda do 4?


b) Quantas unidades representam o algarismo 7 que está à esquerda do 2?

4) Arme as seguintes adições e determine seus resultados.

a) 54 + 99
b) 1.544 + 199

c) 77 + 83

d) 1.432.765 + 65.876

e) 87 + 34 + 876

f) 543 + 423 + 54

g) 76 + 43 + 1.677

5) Preencha com valor correto cada uma das lacunas.

a) 54 + ____ = 67

b) 99 + ____ = 209

c) ____ + 150 = 300

d) ____ + 34 = 100

6) Uma fábrica de sapatos possui 5235 pares de calçados em estoque e recebe um pedido, de um único cliente, de
4989 pares de calçados. Quantas unidades de calçados sobraram em estoque após a entrega desse pedido?

a) 246 calçados

b) 492 calçados

c) 500 calçados

d) 546 calçados

e) 692 calçados

7) A um número foi somado 7854 e o resultado obtido foi 20000. Que número é esse?

a) 1006

b) 10056

c) 12454

d) 12146

e) 15004

8)  Um supermercado recebeu 14 caixas com biscoitos. Se em cada caixa há 15 pacotes de biscoito, quantos pacotes o
supermercado recebeu?

9)  Quantas bananas há em 800 dúzias?


10) Um carro será pago em 24 parcelas de R$ 720,00. Quanto será pago pelo carro?

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