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da Dança
Trajectória da
Dança Teatral
Portuguesa
José Sasportes
Cultura Portuguesa I
Prof. Isilda Leitão
Ana Maltez nº 3819
ÍNDICE................................................................................................................................................ 3
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
I. EXALTAÇÃO BAILATÓRIA.................................................................................................................. 5
IV. ITALIANIZAÇÃO............................................................................................................................ 10
Apresentação
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I. Exaltação Bailatória
À semelhança do que acontece com a história do Teatro, a Dança nunca
foi uma tradição facilmente aceite. Tendo em conta as poucas informações
datadas da Idade Média, a dança era associada a heranças dos povos que
habitaram outrora a Lusitânia, e eram consideradas diabólicas e infames. Por
este motivo foram proibidas pela Igreja Católica qualquer manifestação dentro
ou fora dos templos nas celebrações religiosas. Também o Poder Civil proibiu
estas manifestações, perseguindo primeiramente as mulheres, e depois toda a
gente, que insistiam em transformar “por instigação diabólica” em danças as
orações. Após uma série de proibições mal sucedidas, sem conseguirem abolir
as tradições e costumes, a Igreja Católica passa a incorporar alguns elementos
pagãos nas suas próprias festas fora do templo, ou seja, as procissões. Daí
para a frente passaram a ter um carácter progressivamente mais coreográfico e
cenográfico, com algumas cenas desenroladas em carros armados, dando
origem ao nome Ballets Ambulatoires (Menéstrier, 1º Historiador da Dança).
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pedintes e cegos em França. Terá sido depois destes comentários
desagradáveis que se procedeu à das danças na corte, sendo que no século
seguinte, as danças da corte portuguesa eram consideradas magníficas e os
estrangeiros insistiam em que se lhes fossem ensinadas caso não as
conhecessem.
Ainda assim, o investimento nesta arte não foi tão grande como em
Espanha, em que no século XVI, existiam variadas escolas de dança, nas
quais os professores eram submetidos a rigorosos exames de competência, e
formavam um sindicato próprio. Em Portugal, pela mesma altura, existiam
catorze escolas públicas, escolas especializadas na dança mourisca e
professores que davam aulas particulares, mas tudo com um cariz mais familiar
que institucional.
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II. Gil Vicente
Neste período, a dança confunde-se com a representação teatral, dando
origem aos primórdios do teatro musical. Com o desenvolvimento destas
actividades, a dança sobrepõe-se ao próprio texto: “a função do texto recitado
era a de preencher o intervalo entre as diferentes cenas dançadas e cantadas”
(Sasportes; História da Dança, p. 16).
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III. Hegemonia do Teatro Jesuíta
Durante o século XVII, a Igreja Católica desempenhou funções dúbias
no que diz respeito à prática das representações teatrais e de dança: Se por
um lado permitia a prática das danças para introduzir moralidade nas
populações, por outro lado, proibi-as dificultando a vida teatral e a expressão
artística.
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reino bibliotecas onde se encontravam registadas músicas e danças europeias,
com as quais Portugal se poderia ter familiarizado e através das quais poderia
ter evoluído acompanhando o resto da Europa. Assim, o século XVII terminou
nenhumas noções de dança clássica na corte portuguesa, e sem a
possibilidade de se actualizar com a realidade europeia.
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IV. Italianização
No século XVIII, Itália surge como modelo na língua e nas artes, através
da disseminação a ópera pela Europa.
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do público português para apreciar os espectáculos exibidos, pois a figura
feminina era fundamental no bailado romântico.
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