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Entre 500 e 600 d.C., um novo método possibilitou a execução do vidro plano,
por sopro de uma esfera e sua sucessiva ampliação por rotação em forno (até
o século XIX, a maior parte da produção do vidro foi feita por este sistema).
Ainda nesta data, descobre-se um novo processo: por sopro de cilindros (que
foi revolucionária para a produção de vidros planos). Por ação simultânea de
sopro e força centrípeta, originária da movimentação do cano, obtinha-se um
cilindro (50 cm de diâmetro por até três metros de comprimento); que depois
era colocado em um forno ("estendeira") e deixado para estender.
Durante a segunda metade do século XIX, muito esforço foi feito para produzir
folhas de vidro por estiramento. William Clark tentara fabricar folhas estiradas
em St. Helens em 1857, mas os problemas de "acinturamento" só foram
resolvidos por Fourcault em 1904, na Bélgica.
Em 1952, foi revelada uma invenção que mudou tudo. Fazendo flutuar vidro
derretido em estanho também derretido, Pilkington conseguiu produzir vidro
quase tão plano quanto suas placas prensadas e polidas, a uma espessura
econômica e em grandes quantidades, através de um processo contínuo. Por
volta de 1955, tinham uma unidade de produtos em grande escala na St.
Helens, produzindo vidro de aproximadamente 2,5 m de largura.
Essa única invenção revolucionou e petrificou a indústria. A invenção de um
processo que podia produzir folhas delgadas, sem irregularidades na
superfície, e ainda, chapas mais grossas com melhor acabamento do que o
produto desgastado e polido colocou a Pilkington Brothers numa posição de
preeminência técnica e por meio de patentes e licenças puderam ditar termos
para a indústria.
Competição e Integração
Nos anos 80, Pilkington comprou a Libbey Owens Ford (LOF) nos EUA e
também o controle do ramo alemão da French BSN Gervais-Danone, a
companhia Flachglas. A BSN abandonou a fabricação de vidro em 1979 mas
suas instalações foram logo adquiridas, não somente pela Pilkington, mas pela
Japonesa Asahi na Bélgica e Holanda e pela PPG na própria França. A Asahi,
que domina 50% do mercado japonês, também comprou Glaverbel na Bélgica.
A Guardian Industries, nos EUA, desafiou as outras em 1971 com uma
instalação para flutuação. Cresceu até se tornar uma das maiores indústrias
americanas, instalando a Luxguard em Luxemburgo, além de ajudar na
instalação de uma fábrica no Leste Europeu.