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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTECNICA
(1)
Ou
Ax = y (2)
(3)
(4)
Depois de Xn ser calculado, a penúltima equação pode ser calculada como:
(5)
Em geral, com Xn, Xn-1, …, Xk+1 já calculados, a k-esima equação pode ser resolvida:
(6)
Eliminação de Gauss
A equação (6) fica com a seguinte forma:
(7)
Onde o índice (1) denota o primeiro passo da eliminação como o método de Gauss.
Passo 2: Usamos a segunda equação para eliminar x2 das restantes (terceira, quarta, quinta e assim por
(1) (1)
diante) equações. Isto é, a equação 2 é multiplicada por 𝐴𝑛2 /𝐴22 , e subtraída da equação n, para n = 3, 4,
…, N. depois do segundo passo temos:
(8)
e para k = 1
Eliminação de Gauss - Exemplos
EXEMPLO 2:
Use o método de gauss para triangularizar a seguinte
Existem (N-1) = 2 passos de eliminação de Gauss. Durante o primeiro passo, subtraímos 𝐴21 / 𝐴11 = -
4/2 = -2 vezes a equação 1 da equação 2, e subtraímos 𝐴31 / 𝐴11 = 10/2 = 5 vezes a equação 1 da
equação 3, e obtemos:
ou
Eliminação de Gauss - Exemplos
EXEMPLO 2: (continuação)
Durante o segundo passo, subtraímos 𝐴132 / 𝐴122 = -3/12 = -0.25 vezes a equação 2 da equação 3, e
obtemos:
ou
(12)
No método de Jacobi se empregam os valores velhos de x(i) na iteração i, no lado direito
da equação (12) , para gerar o valor novo 𝑥𝑘 (𝑖 + 1) no lado esquerdo da equação (12). Isto
é:
(13)
• O método de Jacob dado pela equação (13) pode também ser escrito na forma matricial
como se segue:
(14)
Onde:
(15)
(16)
No método de Jacobi, a matriz D é composta pelos elementos da diagonal da matriz A
Exemplo 3
Resolva o exemplo 1 usando o método de jacobi. Assuma as seguintes condições iniciais:
𝑥1 0 = 𝑥2 0 = 0 e continue ate que seja alcançada a tolerância ε = 10−4 .
Como se pode observar, a solução obtida pelo método de jacobi é igual a solução única
obtida no exemplo (1). O critério de convergência é satisfeito na decima iteração, uma vez
que:
Método de Gauss-Seidel
O método de Gauss-Seidel é dado por:
(17)
Ao compararmos a equação (17) com a equação (13), notamos que o método de Gauss-Seidel
é similar ao método de Jacobi, excepto que a cada iteração, os valores novos 𝑥𝑛 𝑖 + 1 , para n
< k se utilizam no lado direito da equação (17) para gerar o valor novo 𝑥𝑘 𝑖 + 1 no lado
esquerdo.
O método de Gauss-Seid da equação (17) também pode ser escrita na forma matricial das
equacoes (14) e (15), onde:
(18)
Usando esta equação para 𝑥1 (𝑖 + 1), 𝑥2 (𝑖 + 1) também pode ser escrita como:
De maneira alternativa, podemos calcular na forma matricial com as equações (18), (14) e
(15)
Exemplo 4 – (cont.)
• Assumindo a condição inicial 𝑥1 0 = 𝑥2 0 = 0, a solução é apresentada na tabela
abaixo:
Solução: Note que estas equações são as mesmas que as do exemplo 1, excepto que 𝑥1
e 𝑥2 estão trocados. Usando a equação (17), temos:
(19)
Onde y e x são N vectores, e f(x) é um vector de N funções.
Os métodos iterativos descritos na secção 6.2 podem ser aplicados a equações não
lineares bastando para o efeito o seguinte:
0 = y – f(x) (20)
Somando Dx a ambos lados da equação (20), onde D é uma matriz quadrada invertível de
NxN,
Dx = Dx + y – f(x) (21)
Multiplicando toda a expressão por 𝑫−𝟏
x = x + 𝑫−𝟏 [y – f(x)] (22)
Newton-Raphson (Cont.)
• Os valores velhos de x(i) são utilizados no lado direito da equação (22) para gerar os
novos valores x(i+1) no lado esquerdo. Isto é:
(23)
(25)
• Desprezando os termos de ordem superior da equação (25), e resolvendo para x:
(26)
Newton-Raphson (Cont.)
• O método de Newton-Raphson substitui 𝑥0 pelo valor velho x(i) e x pelo novo valor x(i+1)
na equação (26). Por conseguinte:
(27)
Donde:
(28)
• A matriz J(i) de NxN, cujos elementos diagonais são as derivadas parciais mostradas na
equação 28, se chama matriz jacobiana. O método de Newton-Raphson é similar ao
método de Gauss-Seidel, excepto porque D na equação 23 se substitui por J(i) na
equação 27.
Exemplo 6
Resolva a equação escalar f(x) = y, donde y = 9 e f(x) = 𝑥 2 . Assumindo a condição inicial
x(0) = 1, resolva utilizando:
a) O método de Newton-Raphson e;
b) O método de Gauss-Seidel com D = 3 ate que a equação (10) se satisfaça com ε =
10−4 . Compare os métodos.
Solução:
a) Usando a equação (28), com f(x) = 𝑥 2 ,
Utilize o método de Newton-Raphson inicializando com x(0) e continue ate que a equação
(10) se satisfaça com ε = 10−4 .
Solução:
Utilizando a equação 28 com 𝑓1 = (𝑥1 + 𝑥2 ) e 𝑓2 = 𝑥1 𝑥2
Desta forma, durante cada iteração, são executados os seguintes quatro passos:
Passo 1: calcular Δy(i) da equação (31);
Passo 2: Calcule J(i) da equação (28);
Passo 3: Por meio de eliminação de Gauss e substituição aprendidos, resolva a equação
(29) para Δx(i);
Passo 4: Calcule x(i+1) da equação (30)
Exemplo 8
Complete os 4 passos anteriores para a primeira iteração do exemplo 7.
Solução:
Passo 1:
Passo 2:
Passo 3: Utilizando Δy(i) e J(0), a equação (29) se converte em:
Com a eliminação de Gauss, se subtrai 𝐽21 /𝐽11 = 9/1 = 9 vezes a primeira equação da
segunda, e se obtém:
Passo 3
Este resultado foi o mesmo obtido no exemplo 7.
Newton-Raphson (Cont.)
• Estudos sobre fluxo de potencia mostram que o método de Newton-Raphson converge
em muitos casos onde os métodos de Jacobi e Gauss-Seidel divergem;
• O numero de iterações necessárias para a convergência é independente da dimensão N
para o método de Newton-Raphson, enquanto que nos métodos de Jacobi e Gauss-
Seidel, o numero de iterações aumenta em função da dimensão da matriz N;
• A maior parte dos problemas de fluxo de potencia resolvidos com o método de Newton-
Raphson, convergem em menos de 10 iterações.
Problema do Fluxo de
Potência
O Problema do Fluxo de Potencia
(1)
• Para cada barramento, duas destas variáveis são dadas como dados de entrada e outras
como dados desconhecidos, para serem calculados pelo programa de fluxo de potencia;
• Por conveniência, a potencia entregue ao barramento k, separada em geração e carga:
(32)
(33)
O Problema do Fluxo de Potencia (Cont.)
Os barramentos podem ser classificados das 3 seguintes formas:
(2)
(1)
(3)
Exemplo 9 (Cont.)
Solução:
Os dados de entrada e as incógnitas estão listadas na tabela abaixo:
Os elementos de 𝑌𝑏𝑢𝑠 são calculados a apartir das equacoes (34) e (35). Uma vez que os
barramentos 1 e 3 não estão conectados ao barramento 2
(44)
• Para barramentos de carga, a equação (46) pode ser aplicado duas vezes durante cada
iteração; primeiro se utiliza 𝑉𝑘∗ (𝑖), e logo se substitui 𝑉𝑘∗ (𝑖) por 𝑉𝑘∗ 𝑖 + 1 no lado direito da
equação (46);
• Para barramentos de tensão controlada, 𝑄𝑘 é uma incógnita, pelo que pode ser
calculada pela equação (44)
(47)
Também, (48)
• Se o valor calculado de 𝑄𝐺𝑘 não excede os seus limites, então 𝑄𝑘 se emprega na
equação (46) para calcular
• A magnitude 𝑉𝑘 (𝑖 + 1) é mudada para 𝑉𝑘 , que é um dado de entrada para barramento de
tensão controlada;
• Se o valor calculado excede seus limites 𝑄𝐺𝑘𝑚𝑎𝑥 ou 𝑄𝐺𝑘𝑚𝑖𝑛 durante qualquer iteração,
então o tipo de barramento é mudado de barramento de tensão controlada a barramento
de carga, com 𝑄𝐺𝑘 fixado no seu valor limite;
• Nesta condição, o dispositivo controlador de tensão (banco de capacitores, SVC, etc.)
não é capaz de manter a 𝑉𝑘 como se especifica mediante os dados de entrada. O
programa de fluxo de potencia calcula o novo valor de 𝑉𝑘
• Para o barramento de compensação, denotado como barramento 1, 𝑉1 e δ1 são dados de
entrada. Como tal, não são necessárias iterações para o barramento 1. Depois de o
processo de iterações com, para calcular 𝑃1 e 𝑄1 basta usar as equações (43) e (44).
Exemplo 10
Para o sistema de potencia do exemplo 9, utilize o método de Gauss-Seidel para calcular a
tensão fasorial no barramento 2 depois da primeira iteração. Para começar o processo
iterativo, utilize ângulos de fase iniciais de zero graus e magnitudes de tensão iniciais de 1
p.u (excepto no barramento 3, donde 𝑉3 = 1.05).
Solução:
O barramento 2 é de carga. Usando os dados de entrada e os valores de admitância do
exemplo 9 na equação (46), temos:
Exemplo 10
De seguida, o valor anterior é usado na equação (46) para recalcular 𝑉2 1
Para ver a convergência completa deste caso, abra o exemplo 6_10 do simulador
Power World.
Solução de Fluxos de Potencia
Mediante o Método de Newton-
Raphson
• Equações (43) e (44) são análogas a equação y = f(x), resolvida anteriormente usando o
método de Newton-Raphson;
• Os vectores x, y e f para o problema de fluxo de potencia são definidos como:
(49)
(51)
A matriz Jacobiana tem a seguinte forma:
(52)
(53)
Os quatros passos por iteração aplicados no método de Newton-Raphson, demonstrados
anteriormente, podem ser aplicados, começando com:
na i-esima iteração;
Passo 1: (54)
(55)
Passo 4: Calcule
(56)
• Começando com o valor inicial x(0), o procedimento continua ate a convergência ser
obtida, ou ate o numero de iterações exceder um máximo especificado;
• Os critérios de convergência são muitas vezes baseados em Δy(i) (chamado de
desajuste de potencia) e não Δx(i) (desajuste de ângulos de fase e magnitude de
tensão);
• Para cada barramento de tensão controlada, a magnitude 𝑉𝑘 já se conhece, e a função
𝑄𝑘 (𝑥) não é necessária. Por conseguinte, podemos omitir 𝑉𝑘 do vector x e 𝑄𝑘 do vector y;
• Nós podemos também omitir da matriz Jacobiana a coluna correspondente as derivadas
parciais com respeito a 𝑉𝑘 e a linha correspondente as derivadas parciais de 𝑄𝑘 (𝑥);
• Alternativamente, linhas e colunas correspondente aos barramentos de tensão
controlada podem ser mantidos na matriz Jacobiana; Então durante cada iteração, a
magnitude de tensão 𝑉𝑘 (𝑖 + 1) de cada barramento de tensão controlada é redefinida
para 𝑉𝑘 , que é dado de entrada para aquele barramento;
• No fim de cada iteração, calculamos 𝑄𝑘 (𝑥) a partir da equação (51) e 𝑄𝐺𝑘 = 𝑄𝑘 (𝑥) + 𝑄𝐿𝑘
para cada barramento de tensão controlada;
• Se o valor calculado de 𝑄𝐺𝑘 exceder seus limites, então o barramento é mudado para
barramento de carga com 𝑄𝐺𝑘 fixado em seu valor limite; O programa de fluxo de
potencia também calcula um novo valor para 𝑉𝑘 .
Exemplo 11
Determine a dimensão da matriz Jacobiana para o sistema de potencia no exemplo 9.
Calcule também Δ𝑃2 (0) no passo 1 e 𝐽124 (0) no passo 2 da primeira iteração do método de
Newton-Raphson. Suponha que um angulo de fase inicial de 0 graus e uma magnitude de
tensão de 1 p.u (excepto para 𝑉3 = 1.05).
Solução:
Uma vez que são N = 5 barramentos para o exemplo 9, (50) e (51) constituem 2(N-1) = 8
equações, para as qua J(i) tem dimensão 8x8. Contudo, existe um barramento de tensão
controlada, o barramento 3. Por conseguinte, 𝑉3 e a equação para 𝑄3 podem ser
eliminadas, e J(i) reduzida a uma matriz de 7x7.
Do passo 1 da equação (50),
Exemplo 11 (Cont.)
Do passo 2 e J1 dado na tabela 53,
Para ver a convergência completa deste caso, abra o caso do exemplo 6_11 do simulador
Power World.
Controlo de Fluxo de Potencia
Métodos para o Controlo de Fluxo de Potencia
(60)
• A equação (59) mostra que a potencia activa P aumenta quando aumenta o angulo de
potencia δ;
• Do ponto de vista operacional, quando a maquina primaria aumenta a potencia de
entrada do gerador mantendo constante a tensão de excitação, se aumenta a velocidade
do rotor;
• A medida que aumenta a velocidade do rotor, também cresce o angulo de potencia
δ, causando um aumento da potencia activa P de saída do gerador;
• Ocorre igualmente uma diminuição da potencia reactiva Q de saída, dada pela equação
60;
• Contudo, quando δ é menor do que 15º, o aumento de P é muito maior do que a
diminuição de Q;
• Do ponto de vista de fluxo de potencia, um aumento da potencia da maquina primaria
corresponde ao aumento de P no barramento de tensão constante a que o gerador esta
conectado;
• A equação (60) mostra que a potencia reactiva de saída aumenta com o aumento da
tensão de excitação 𝐸𝑔 ;
• Do ponto de vista operacional, quando aumenta a saída da excitatriz do gerador
enquanto se mantem constante a potencia da maquina primaria, a corrente do rotor
cresce.
• A medida que se aumenta a corrente do rotor, a tensão de excitação 𝐸𝑔 também
aumenta, causando o aumento da potencia reactiva de saída do gerador;
• Do ponto de vista de fluxo de potencia, um aumento na excitação do gerador
corresponde a um aumento da magnitude de tensão no barramento de tensão
constante, ao qual o gerador esta conectado;
Conexão de bancos de capacitores shunt
• Na figura abaixo se ilustra o efeito de se ligar um banco de capacitores em derivação, num
barramento de um sistema de potencia;
• O sistema se modela através do seu equivalente Thévenin;
• Antes de se conectar o banco de capacitores, o interruptor SW esta aberto e a tensão do
barramento é igual a 𝐸𝑇ℎ ;
• Depois que se conecta o banco, o interruptor é fechado e a corrente do capacitor 𝐼𝑐 fica
adiantada 90º em relação a tensão do barramento 𝑉𝑡 ;
• O diagrama fasorial mostra que 𝑉𝑡 é maior do que 𝐸𝑇ℎ quando o interruptor SW esta fechado;
• Do ponto de vista de fluxo de potencia, a adição de um banco um banco de capacitor
em derivação num barramento de carga, corresponde a adição de uma carga reactiva
negativa, uma vez que o capacitor absorve potencia reactiva negativa;
• Similarmente, a adição de uma reactância shunt corresponde a adição de uma carga
reactiva positiva, por meio da qual o programa de fluxo de potencia calcula a
diminuição da magnitude de tensão.
(66)
• O tempo de processamento para o calculo das equações (65) e (66) é relativamente
menor do que o tempo necessário para o calculo da equação (55);
• Uma maior redução no tempo de computação pode ser obtido por meio de simplificações
adicionais da matriz Jacobiana:
• As contingências são um motivo de bastante preocupação nos sistemas de potencia;
• Por exemplo se assumirmos que 𝑉𝑘 ≈ 𝑉𝑛 ≈ 1.0 e δ𝑘 ≈ δ𝑛 , as matrizes 𝐽1 e 𝐽4 tornam-se
matrizes de constantes cujos elementos são os componentes imaginários de 𝑌𝑏𝑢𝑠 . De
tal forma, as matrizes 𝐽1 e 𝐽4 não precisam ser calculadas nas iterações sucessivas;
• As simplificações acima podem resultar em soluções rápidas para problemas de fluxo de
potencia;
• Para um numero fixo de iterações, o algoritmo de desacoplamento rápido dado pelas
equações (65) e (66) não é tao preciso como o método de Newton-Raphson.