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Capacitação para Operadores de Máquinas

ROLOS COMPACTADORES PARA ASFALTO

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Sumário
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6
1.1 Principais Equipamentos 6
1.2 Objetivo 8
2. SEGURANÇA ........................................................................................................... 9
2.1 Manual de Operação 9
2.2 Inspeção Diária no Equipamento 10
2.3 Etiquetagem e Bloqueio 11
2.4 Sistema de Isolamento 11
2.5 Definições 12
2.5.1 Etiquetamento ......................................................................................... 12
2.5.2 Responsabilidade ..................................................................................... 12
2.6 Equipamentos de Proteção Obrigatórios 13
2.7 Riscos Adicionais 14
2.7.1 Pressão .................................................................................................... 14
2.7.2 Poeira ...................................................................................................... 15
2.8 Descarte de Resíduos 16
2.9 Prevenção contra Incêndio 16
2.9.1 Abastecimento ........................................................................................ 17
2.9.2 Extintor de Incêndio ................................................................................. 17
2.9.3 Raios e Descargas Atmosféricas ................................................................ 18
2.10 Procedimentos Operacionais 18
2.10.1 Partida no Motor ..................................................................................... 18
2.10.2 Conectar Baterias..................................................................................... 19
2.10.3 Sistema de Pressurização ......................................................................... 19
2.10.4 Operação ................................................................................................. 20
2.10.5 Trabalho em Encostas .............................................................................. 22
2.10.6 Operação em Aclive ou Declive ................................................................ 22

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2.10.7 Vias de Acesso ......................................................................................... 23
2.10.8 Leiras....................................................................................................... 23
2.10.9 Soldas em Máquinas ................................................................................ 24
2.10.10 Desligamento do Motor ........................................................................... 25
2.10.11 Estacionamento da Máquina .................................................................... 26
2.10.12 Acesso a Cabine do Equipamento ............................................................. 26
2.10.13 Aviso Importante ..................................................................................... 27
2.10.14 Cinto de Segurança .................................................................................. 28
2.10.15 Pontos Cegos ........................................................................................... 28
2.10.16 Transporte de Equipamento ..................................................................... 29
3. SIMBOLOGIA ........................................................................................................ 31
4. CABINE ................................................................................................................. 38
4.2 Comandos da Cabine 40
4.2.1 Painel de Instrumentos ............................................................................ 41
4.3 Chave Interruptora da Partida do Motor 42
4.4 Advertências 43
5. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO .................................................................................. 45
5.1 Motor 46
5.1.1 Óleo do Motor 47
5.1.2 Sistema de Arrefecimento – Nível de Líquido Arrefecedor 49
5.1.3 Filtro de ar do Motor – Limpeza e Substituição 50
5.2 Sistema de Combustível – Escorve 52
5.3 Sistema Separador de Água do Combustível. 53
5.4 Chassis 54
5.5 Inspecionar limpador de para-brisa e limpar os vidros 54
5.6 Completar o reservatório do lavador de para-brisa se necessário 54
5.7 Limpar colmeia do radiador 55
5.8 Tampas 56
5.9 Pontos de lubrificação 56

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5.10 Óleo Hidráulico 57
5.11 Inspeção de Mangueiras 59
5.12 Baterias 59
5.13 Fusíveis 60
5.14 Sujeira 60
5.15 Check List 61
5.15.1 Antes de subir no compactador .................................................................... 61
5.15.2 Ao subir no compactador .............................................................................. 61
5.15.3 Ao entrar na cabine ...................................................................................... 61
5.15.4 Ao dar a partida ........................................................................................... 62
5.15.5 Ao estacionar o compactador ....................................................................... 62
5.15.6 Cuidados importantes .................................................................................. 62
6. TÉCNICAS DE OPERAÇÃO ...................................................................................... 63
6.1 Introdução 63
6.2 Custo da Compactação 65
6.3 Forças de Compactação 66
6.3.1 Pressão Estática ....................................................................................... 66
6.3.2 Força de Manipulação .............................................................................. 68
6.3.3 Forças de Impacto .................................................................................... 69
6.3.4 Forças Vibratórias .................................................................................... 70
6.3.4.1 Amplitude x Frequência ........................................................................... 70
6.3.4.2 Amplitude x Força Centrífuga ................................................................... 73
6.3.5 Equilibrio de Vibração .............................................................................. 73
6.4 Processo de Compactação 75
6.4.1 Composição da Mistura............................................................................ 76
6.4.1.1 Misturas Brutas ....................................................................................... 77
6.4.1.2 Misturas Finas ......................................................................................... 78
6.4.1.3 Formato do Agregado .............................................................................. 80
6.4.1.4 Espessura da Camada x Tamanho do Agregado ......................................... 81

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6.4.2 Estrutura do Pavimento ........................................................................... 83
6.4.3 Temperatura da Mistura .......................................................................... 84
6.4.4 Condições Climáticas................................................................................ 87
6.4.5 Tempo Disponível para Compactação ....................................................... 88
6.5 Estágio de Compactação 90
6.5.1 Compactação de Ruptura ......................................................................... 91
6.5.2 Compactação Intermediária ..................................................................... 92
6.5.3 Compactação de Acabamento .................................................................. 93
6.6 Compactação de Camada Frágil 95
6.7 Compactação de Camada Macia 96
6.8 Compactação de Juntas Tranversais 98
6.9 Compactação de Juntas Longitudinais 98
6.10 Compactação de Bordas Não Confinadas 100
6.11 Compactação de Abaulamento 100
6.12 Compactação Pneumática 101
6.13 Padrão de Rolamento 103
6.14 Direção de Reversão 103
6.15 Sobreposições de Tambores Duplos 104

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1. INTRODUÇÃO
1.1 Principais Equipamentos

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1.2 Objetivo
O objetivo deste treinamento é demonstrar os procedimentos de segurança,
simbologia, parte interna da cabine, a inspeção e manutenção e as técnicas de
operação DE MAQUINAS PESADA.

Algumas precauções adicionais poderão se tornar necessárias para a operação


segura do equipamento, além de conhecer o programa e as normas de segurança
da empresa.

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2. SEGURANÇA
Não seguir às instruções ou ignorar os avisos pode resultar em ferimentos ou
morte. É sua responsabilidade certificar-se de que sejam tomadas as medidas de
segurança e cuidados adequados.

2.1 Manual de Operação


Ao operar a máquina é necessário que você tenha lido às instruções e avisos do
manual de operação e manutenção.

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2.2 Inspeção Diária no Equipamento
A fim de garantir a segurança na execução das atividades de trabalho, o operador
deverá inspecionar diariamente seu equipamento, registrando em formulário
específico possíveis anomalias. Caso sejam constatadas anomalias, o operador
deverá informar imediatamente seu superior. O Formulário de inspeção deverá
ser recolhido pelo menos uma vez por semana e arquivado, sendo disponibilizado
caso solicitado pela fiscalização.

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2.3 Etiquetagem e Bloqueio
Antes de fazer manutenção ou reparo no equipamento, prenda no interruptor de
partida ou nos controles uma etiqueta de advertência com os dizeres NÃO OPERE.

2.4 Sistema de Isolamento


Nenhuma máquina, equipamento ou processo poderá ser ativado quando houver
uma etiqueta que indique perigo pessoal ou para o equipamento, afixada a um
dispositivo de isolamento.

Qualquer empregado que descumprir esta norma cometerá uma infração grave e
estará sujeito a ações disciplinares adequadas.

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2.5 Definições
2.5.1 Etiquetamento
Ato de colocar uma etiqueta de segurança em uma chave, alavanca, válvula,
portinhola ou qualquer outro dispositivo de isolamento. A etiqueta indica que
aquele dispositivo ou equipamento não pode ser ligado ou manuseado, até que
esta seja removida.

2.5.2 Responsabilidade
Todos os funcionários envolvidos na prática do etiquetamento, bloqueio, teste
de verificação devem saber aplicar o procedimento em todos os seus estágios.

O responsável pela manutenção do equipamento/local, onde são executadas as


atividades, será a primeira pessoa a aplicar o procedimento de etiquetamento,
bloqueio, teste e verificação das fontes energia mecânica e elétrica.

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2.6 Equipamentos de Proteção Obrigatórios
Para execução da atividade é obrigatório à utilização dos seguintes EPI`s.

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2.7 Riscos Adicionais
2.7.1 Pressão
Após o desligamento do motor, o circuito hidráulico poderá permanecer sob
pressão por um longo período. Se não for devidamente aliviada, a pressão poderá
causar a expulsão de fluidos hidráulicos ou de outros itens, como bujões e
tubulações.

Para evitar ferimentos ou ate acidentes fatais, não remova qualquer peça ou
componente hidráulico até que toda a pressão tenha sido aliviada.

Fluidos vazando sob pressão podem penetrar no tecido do corpo. A penetração


de fluidos sob pressão pode causar ferimentos graves com infecções podendo
levar a morte. Exemplo na figura abaixo:

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Use sempre uma tábua ou papelão quando verificar se há vazamentos em
tubulações ou canos. Exemplo na figura abaixo:

2.7.2 Poeira
A inalação dessa poeira do amianto pode causar serias doenças respiratórias
como a Silicose, que trocando em miúdos, nada mais é que o enrijecimento das
paredes pulmonares, reduzindo a capacidade respiratória, podendo levar a
morte.

 Se houver poeiras que contenha amianto, siga a instruções:


 Nunca use ar comprimido para limpeza;
 Evite escovar materiais que contenha amianto;
 Para limpeza de materiais que contenha amianto, utilize o método de
limpeza liquida;
 Utilize sempre mascaras e respiradores recomendados pelo SESMT.

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2.8 Descarte de Resíduos
O descarte incorreto de detritos pode causar danos ao meio ambiente. Os fluidos
potencialmente prejudiciais ao meio ambiente deverão ser descartados em locais
apropriados definidos pela empresa. Quando identificar um vazamento,
comunique imediatamente à manutenção e a segurança do trabalho.

2.9 Prevenção contra Incêndio


Todos os combustíveis, a maioria dos lubrificantes e algumas misturas de líquido
arrefecedor são inflamáveis. Os incêndios podem provocar ferimentos graves e
danos a propriedade. Não permita o acumulo/armazenamento de materiais
inflamáveis no interior do equipamento. Não opere o equipamento próximo a
chamas. Não solde tubulações, tanques que contenham fluidos inflamáveis.
Verifique diariamente todas as fiações elétricas e tubulações do equipamento.

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2.9.1 Abastecimento
O Abastecimento da maquina deve ser realizado por profissional pré-definido
pela empresa. Não é permitido ao operador realizar o abastecimento do
equipamento. Não fume, nem permita que outros fumem perto do equipamento,
os vapores liberados durante o processo de abastecimento são altamente
voláteis. Desligue o motor do equipamento durante o abastecimento. Procure
reabastecer as maquinas em ambientes abertos.

2.9.2 Extintor de Incêndio


Certifique-se de que a máquina esteja equipada com um extintor de incêndio.
Saiba como utilizá-lo. Efetue a inspeção diária e manutenção do extintor de
incêndio regularmente. Siga as recomendações descritas na placa de instruções.

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2.9.3 Raios e Descargas Atmosféricas
No evento de tempestades com queda de raios nas imediações da máquina, o
operador nunca deve tentar: Subir na máquina ou descer da máquina.

Evite operar a máquina nestas condições, pois podem ocorrer danos ao sistema
eletrônico da máquina.

2.10 Procedimentos Operacionais


2.10.1 Partida no Motor
Caso haja alguma etiqueta de bloqueio não de a partida no equipamento em
hipótese alguma.

Opere o equipamento somente com a certeza que você não esta expondo outras
pessoas a algum risco. Afaste todo o pessoal que esteja na área de atuação da
maquina.

Verifique os possíveis obstáculos como: Barreira, fios elétricos, valas, etc..

Certifique-se que a buzina e o sinal sonoro de ré esteja funcionando. Afivele


firmemente o cinto de segurança.

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Coloque todos os controles na posição RETER antes de dar partida no motor.
OBS: Os escapes de motores a diesel contêm produtos de combustão que podem
ser prejudiciais a sua sáude. Sempre opere o motor em áreas bem ventiladas.

2.10.2 Conectar Baterias


Em caso de auxílio de partida, conecte o cabo positivo (+) da fonte externa ao
positivo (+) do arranque e o cabo negativo (-) da fonte externa ao terminal
negativo (-) do arranque.

Proteja os olhos. Gases podem causar cegueira ou ferimentos. Em caso de


acidente, lave os olhos imediatamente com água e procure cuidados médicos.
Não permita faíscas ou chama, nem pessoal fumando no momento da
manutenção.

2.10.3 Sistema de Pressurização


O líquido arrefecedor quente pode causar queimaduras graves. A abertura da
tampa deve ser realizada com o motor parado e a temperatura ambiente. (Não
abra a tampa com o Motor Quente). Sempre afrouxe a tampa lentamente, pois,
pode existir pressão no sistema. Com esse pequeno cuidado é possível evitar
graves acidentes.

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2.10.4 Operação
Não se aproxime de bordas de barrancos, escavações ou penhascos, o solo nesse
local é instável. Evite operar a máquina transversalmente à rampa. Sempre que
possível, opere a máquina para cima ou para baixo nas rampas. Se a máquina
começar a deslizar para o lado em um declive, remova imediatamente a carga e
vire a máquina no sentido do declive.

Faixa de temperatura de operação:

A máquina deverá operar satisfatoriamente nos limites de temperatura ambiente


encontrado. Caso o painel acuse alguma anomalia, paralise a operação e
comunique seu superior direto e a manutenção imediatamente.

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Evite qualquer condição que possa levar ao tombamento da máquina.
OBS: A máquina pode tombar quando se trabalha em encostas, bancadas,
rampas, valas, lombadas e outros obstáculos inesperados.

Máquina não é feita para dar Caronas.

Não seguir às instruções ou ignorar os avisos pode resultar em ferimentos ou


morte. É sua responsabilidade certificar-se de que sejam tomadas as medidas de
segurança e cuidados adequados.

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2.10.5 Trabalho em Encostas
Fique Tome cuidado especial perto de beiras, pés de penhascos, pois há perigo de
quedas de rochas. Evite operar próximo a encostas íngremes e beiradas de
barrancos, pois o solo é pouco consistente e de fáceis desmoronamentos. O peso
do equipamento e o movimento vibratório podem provocar desmoronamentos e
a possibilidade de rolar talude abaixo é grande.

2.10.6 Operação em Aclive ou Declive

Em declives muito íngremes, o rolo necessita ser guinchado para ser tracionado.
Neste caso uma grade de proteção deverá ser usada para a proteção do
operador. Um cabo de segurança deverá ser conectado à máquina caso o cabo do
guincho quebre. Opere sempre na direção do declive, ou seja, subindo ou
descendo. Evite operar na posição transversal ao declive.

Mantenha atenção especial, quando operar em terrenos irregulares e evite


deslocar-se em locais com inclinação lateral. O rolo poderá capotar em
inclinações laterais em ângulo entre 20° ou 36° à direita ou à esquerda.

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2.10.7 Vias de Acesso

Na operação com equipamentos pesados em vias de acessos e/ou estrada


é de extrema importância para a segurança pessoal e patrimonial a
construção de áreas de escape.

2.10.8 Leiras

Nas laterais das bancadas ou estradas onde houver riscos de quedas de veículos /
equipamentos. Estas leiras devem possuir um plano de manutenção periódica.

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Quanto a construção de leira, pode-se utilizar 3 (três) tipos de materiais:

 Linha de Matacos;
 Por materiais de diâmetros maiores;
 Por materiais de diâmetros menores.

IMPORTANTE: Nunca utilizar materiais finos (ex. Areia, Pedrisco, etc.), pois a
finalidade das leiras é criar uma barreira que suporte impacto (devido a sua
densidade maior) e que impeça que o (s) rodado (s) do veículo / equipamento
desfaça a proteção, transpondo a leira possibilitando a um gravíssimo acidente.

2.10.9 Soldas em Máquinas

Para evitar danos aos controles eletrônicos da máquina, do motor e também aos
mancais do equipamento é necessário usar corretamente os procedimentos de
soldagem.

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Na sequência os passos para se realizar uma solda com segurança:

 Desligue o motor;
 Gire a chave geral da bateria para a posição DESLIGAR. Se não houver uma
chave geral da bateria, remova da bateria o cabo negativo;
 Fixe o cabo de terra proveniente da máquina de soldagem no componente
que será soldado;
 Faça a fixação tão perto quanto possível da solda;
 Certifique-se de que o caminho elétrico do cabo de terra até o componente
não atravesse nenhum mancal.

Observe estes procedimentos de soldagem para reduzir a possibilidade de danos


aos seguintes componentes, como: Mancais do trem de acionamento;
Componentes hidráulicos; Componentes elétricos; Outros componentes da
máquina.

2.10.10 Desligamento do Motor

Não desligue o motor imediatamente após a máquina ter funcionado. Isso pode
causar superaquecimento e desgaste acelerado dos componentes do motor. Pare
a máquina e deixe o motor operando em marcha lenta por cinco minutos. Nunca
coloque a chave geral da bateria na posição DESLIGAR enquanto o motor estiver
funcionando, pois isso pode causar sérios danos ao sistema elétrico. Estacione a
máquina em uma superfície nivelada.

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2.10.11 Estacionamento da Máquina

Estacione a máquina em uma superfície nivelada. Na frente de serviço é


importante ter locais apropriados para estacionar, veículos ou máquinas que não
estejam trabalhando. Quando os equipamentos forem estacionados em paralelo,
é recomendado manter uma distância mínima de 1,5 metros um do outro.

OBS: A movimentação de qualquer controle acarretará movimentação súbita e


inesperada da máquina. Isso poderá causar ferimentos ou morte.

2.10.12 Acesso a Cabine do Equipamento

 Antes de subir, limpe os degraus;


 Mantenha sempre três pontos de contato;
 Fique de frente para a máquina ao subir e ao descer;
 Nunca suba ou desça de uma máquina em movimento;
 Não se apoie nas alavancas ou direção;
 Siga as orientações e normas internas.

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2.10.13 Aviso Importante

O sistema hidráulico permanece sob pressão, mesmo com a chave de partida


desligada e motor parado; lembre-se, a maquina possui acumulador de pressão.

Não entregue a chave de equipamentos para pessoas que não são treinadas.

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2.10.14 Cinto de Segurança

Utilize o cinto de segurança em todas ou qualquer operação a ser executada.


Verifique sempre o estado do cinto de segurança e de suas ferragens de
montagem antes de iniciar a operação da máquina. A cada três anos após a data
de instalação, ou a cada cinco anos após a data de fabricação, o cinto de
segurança deve ser TROCADO.

2.10.15 Pontos Cegos

Mantenha distância suficiente de todos os equipamentos em operação.

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2.10.16 Transporte de Equipamento

Em caso de necessidade de reparos os Equipamentos Pesados só poderão ser


transportados devidamente carretados. Utilizando – se para isso de Caminhão
Prancha ou Plataforma. Outras formas de reboque deverão ser autorizadas pelo
chefe da manutenção da obra.

No manual de operação e manutenção, na seção de operação estão contidas as


informações sobre rebocamento com motor funcionando e motor desligado.

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SEGURANÇA, obrigação de todos!

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3. SIMBOLOGIA

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4. CABINE
O que é cabine?

É o compartimento onde estão localizados os comandos (alavancas, pedais, etc.) e


os instrumentos que controlam o funcionamento da máquina (pressão,
temperatura, nível, etc.). A excelente visibilidade oferecida ao operador também é
um aspecto que contribui para produtividade e a própria segurança. Conforto é
outro componente importante, afinal, o operador passa muitas horas na cabine. A
segurança fica reforçada com a cabine ROPS que oferece proteção ao operador
em acidentes que possam ocorrer, como o capotamento da máquina.

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CB 434D (Compactador chapa/chapa) PS 360C (Compactador de Pneus Pneumático)

Na sequência estaremos conhecendo os comandos e acionamentos existentes na


cabine. Os controles e indicadores básicos apresentados neste material existem
em na maioria dos modelos de Rolos para pavimento. Conforme o modelo de
máquina, estes indicadores / controles podem ser dispostos de forma
diferenciada ao material aqui apresentado. No caso de dúvida consulte sempre o
Manual do Fabricante do modelo a ser operado.

A cabine do equipamento é fabricada atendendo normas de segurança, sendo


dividida em duas estruturas de acordo com o nível de proteção:

- Estrutura de proteção contra Capotagem (ROPS).

- Estrutura de proteção contra Objetos em Queda (FOPS).

Equipadas conforme o modelo do rolo.

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Estas estruturas não devem ser alteradas sem prévia consulta ao
fabricante.

 Inspecione a estrutura.
 Ao encontrar parafusos frouxos, danificados ou faltantes, os
substitua.
 Substitua os suportes de montagem se a Estrutura estiver a ranger
ou fazendo ruídos.
 Não endireite ou faça reparos da estrutura através de soldagem de
placas de reforço.

4.2 Comandos da Cabine

CB 434D

(1) Controle Automático de velocidade.

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Os indicadores e controles acompanham o movimento do assento e do
console do operador para facilitar a operação.
O posto do operador de várias posições (opcional) desliza em três posições
diferentes, e o assento é articulado em 30° nos dois sentidos para
proporcionar o máximo de visibilidade.
Lembrando que a existência das funcionalidades variam para cada tipo de
rolo.

4.2.1 Painel de Instrumentos

CW 34
O painel de instrumentos inclui indicadores de horômetro, temperatura do
óleo da transmissão, temperatura do líquido arrefecedor do motor,
pressão do óleo do motor e nível do combustível.

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CW 14
1 – Ativar / Desativar Regeneração

2 – Indicador de Regeneração

4.3 Chave Interruptora da Partida do Motor

- Possui três posições;

(1) – Desligar: Nesta posição se desliga toda a parte elétrica da cabine e motor.

(2) – Ligar: Nesta posição ativa os circuitos elétricos da cabine.

(3) – Partida: Nesta posição se da à partida no motor.

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4.4 Advertências

Advertências tipo 1

Tipos de falhas: São falhas que não trazem problemas graves para o
equipamento.

Primeira providência do Operador: Parar o equipamento e investigar a falha.


Avisar a manutenção e trabalhar temporariamente.

Sinal dado pelo Painel Monitor: Acenderá a luz de alerta ou indicador entrará na
faixa vermelha.

Advertências tipo 2

Tipos de falhas: São falhas relacionadas com superaquecimento no equipamento.

Primeira providência do Operador: Parar o equipamento e manter em baixa


aceleração durante e observar o indicador no painel monitor. Se o equipamento
está com problema no sistema, neste caso o motor deverá ser desligado e avisar a
manutenção.

Sinal dado pelo Painel Monitor:

1 Acenderá a luz de alerta ou indicador entrará na faixa vermelha;


2 Acenderá a luz de ação.

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Advertências tipo 3

Tipos de falhas: São falhas que trazem problemas graves para o Equipamento.

Primeira providência do Operador: Parar o equipamento imediatamente.

Sinal dado pelo Painel Monitor:

1. Acenderá a luz de alerta;


2. Acenderá a luz de ação;
3. Soará o alarme sonoro.

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5. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO

A inspeção deve ser realizada diariamente, sendo totalmente visual. Escolha um


ponto para começar a inspeção e termine no mesmo lugar. A operação contínua
da máquina dependerá do operador e sua inspeção.

Na sequência vamos conhecer os pontos a serem inspecionados no equipamento:

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5.1 Motor

Verifique vazamentos:

- Nas juntas das tampas de válvulas;


- Coletores de escape;
- Cabeçote;
- Mangote da turbina;

- Fluxo de refrigeração d’água.

Verifique quanto ao desgaste e tensão das correias do motor (no máximo 10 mm


de deflexão).

Certifique-se também quanto:

 Parafuso de fixação
 Parafuso de retenção
 Parafuso esticador

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5.1.1 Óleo do Motor
Com o motor parado e a temperatura ambiente é possível verificar o nível do
óleo do motor.
Com estas condições satisfeitas retire a vareta e limpe-a com um pano limpo.
Introduza novamente e espere alguns segundos, retire e confira se o nível esta de
acordo com a faixa de segurança.

Completar o nível se necessário, com óleo especificado pelo fabricante.


Troque o filtro de óleo do motor, sempre que trocar o óleo.
Use uma chave tipo cinta para retirar o filtro.

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Limpe toda a sujeira na canaleta do anel de vedação.
Aplique uma camada fina de óleo, aos retentores dos novos filtros; este óleo é o
mesmo óleo do motor limpo.
Sempre verifique as condições de vedação dos filtros.

A tampa amarela é para adicionar óleo ao motor.

Verifique a recomendação do fabricante quanto ao tipo de óleo e a


periodicidade de troca.

48
5.1.2 Sistema de Arrefecimento – Nível de Líquido Arrefecedor

O líquido arrefecedor quente pode causar queimaduras graves. O sistema de


arrefecimento é pressurizado.
Para abrir a tampa, pare o motor e espere o radiador atingir a temperatura
ambiente.
A seguir afrouxe a tampa lentamente a fim de aliviar a pressão.

Verifique o nível do liquido arrefecedor no reservatório, se necessário completar.


Não use água, no sistema use liquido arrefecedor de Vida Prolongada (ELC).

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5.1.3 Filtro de ar do Motor – Limpeza e Substituição

A manutenção do purificador de ar deve ser somente realizada com o motor


parado. Do contrário, poderão ocorrer avarias no motor.

Efetue a manutenção do elemento filtrante do purificador de ar quando o pistão


amarelo do indicador de manutenção do filtro (figura abaixo) de ar entrar na área
vermelha do indicador ou quando o indicador apresentar uma leitura de 63,5 cm
(25 pol.) de água.

50
Observe as seguintes diretrizes ao limpar o elemento filtrante:
 Não perfure ou bata para remover a poeira;
 Não lave;
 Use ar comprimido de baixa pressão para remover a poeira do elemento
filtrante, sempre de dentro para fora;

A pressão de ar não deve exceder 207 kpa (30 psi).


- Dirija o fluxo de ar ao longo das dobras no interior do elemento filtrante.
- Tome cuidado para não danificar as dobras.
- Não use filtros de ar com dobras, juntas ou retentores danificados.

51
IMPORTANTE

 Efetue manutenção no filtro de ar somente em locais onde não haja poeira


em suspensão e com o motor desligado. Isso evitará danos ao motor. A sujeira
que entrar no motor causará danos aos componentes do motor.
 Evite ferimentos quando usar ar pressurizado. Use sempre proteção para os
olhos, rosto e não dirija o fluxo sobre nenhuma parte do corpo.

5.2 Sistema de Combustível – Escorve

O sistema de combustível deve ser escorvado nas seguintes circunstâncias:

 O combustível da máquina se esgota completamente;


 O elemento do filtro do sistema de combustível / separador de água é
substituído;
 O filtro de combustível secundário é substituído;
 Os injetores de combustível são substituídos.

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5.3 Sistema Separador de Água do Combustível.

Verifique o separador de água do diesel e drene se necessário.

Aviso
É extremamente importante drenar a água do separador de água diariamente ou
a cada dez horas.

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Drenar a água do tanque de combustível semanalmente ou a cada 50 horas é de
extrema importância.
A inobservância dessa recomendação pode resultar em danos ao sistema de
combustível.

5.4 Chassis

Verifique a estrutura da máquina se não possui trincas, principalmente nos locais


onde existe a aplicação de esforços adicionais.

5.5 Inspecionar limpador de para-brisa e limpar os vidros

5.6 Completar o reservatório do lavador de para-brisa se


necessário

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5.7 Limpar colmeia do radiador

(Obs: ao utilizar o ar comprimido, procure seguir as posições das aletas do


radiador e não utilize pressões superiores a 30 “PSI”).

Evite deixar qualquer tipo de material dentro do compartimento do radiador,


pois, este material pode atrapalhar no arrefecimento do motor. Observe se as
aletas não estão amassadas.

Além do material o acúmulo de sujeira na máquina pode provocar


superaquecimento nos seus sistemas e provável contaminação dos mesmos.

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5.8 Tampas

Caso a tampa esteja suja deve-se fazer a limpeza antes de fechar, pois, o sistema
pode ser contaminado.

5.9 Pontos de lubrificação

Usar graxa recomendada pelo fabricante e evitar o excesso para não sujar a
máquina, evitar a contaminação e o desperdício.

56
Lubrifique a escavadeira nos intervalos recomendados pelos manuais, ou pelo
plano de manutenção do equipamento.

Graxas que contém molibdênio são graxas que não saem do pino quando em
movimento ou quando submetido a esforços.

O excesso de graxa causa à contaminação das articulações da máquina e com isso


um aumento no desgaste.

Limpe todas as graxeiras antes de lubrificá-las.

5.10 Óleo Hidráulico


Verifique o nível de óleo hidráulico com o motor desligado. Caso a máquina esteja
trabalhando esperar no mínimo 5 minutos, antes de fazer a verificação.

Certifique - se que a caçamba dianteira esteja nivelada e apoiada no solo.


Verifique se o braço, a lança, a caçamba traseira e as sapatas estão recolhidos e o
motor desligado.

57
 Mantenha o nível do óleo no visor de nível entre as marcas “MIN” e “MAX”.

Para adicionar óleo hidráulico ao sistema abrir a tampa azul localizada junto ao
compartimento do motor.

A tampa azul é para adicionar óleo hidráulico. O nível é verificado


no visor.

Utilize e Troque o óleo conforme recomendação do fabricante.

Quando for realizar a troca do óleo da transmissão não se esqueça de limpar a


tela Magnética.

58
5.11 Inspeção de Mangueiras

Inspecione as tubulações e mangueiras do grupo de válvula quanto a vazamento


nos cilindros.

5.12 Baterias

 Inspecione o compartimento da bateria, evite o acúmulo de barro ou água.


 Mantenha os conectores da bateria apertados e o respiro limpo.
 Não use a tampa do compartimento como apoio para subir na Cabine.

59
5.13 Fusíveis

Os fusíveis protegem os sistemas elétricos contra danos causados por circuitos


sobrecarregados.
Substitua os fusíveis se o elemento fusível estiver separado.
A Tampa da caixa de fusíveis indica o circuito da máquina que determinado fusível
protege.

Substitua os fusíveis somente por fusíveis do mesmo tipo.

5.14 Sujeira
 Verifique diariamente e limpe se for necessário.
 Sujeiras como folhas e papéis podem causar incêndio

60
5.15 Check List
Apresentamos a seguir, um check list para ser utilizado no dia-a-dia. Este check
list geral foi elaborado para atender os modelos de rolo compactador vibratório
e pé-de-carneiro. Faça as seguintes verificações:

5.15.1 Antes de subir no compactador

 Estado geral do rolo compactador, pneus e tambores;


 Estado geral do material de desgaste (raspadores e amortecedores de impacto
do rolo);
 Possíveis vazamentos de óleo, água e combustível ao redor do equipamento;
 Parafusos e porcas soltas ou em falta;
 Chaparia e estrutura (trincas e partes amassadas);
 Cilindros e mangueiras hidráulicas da direção, sistema de vibração;
 Nível do óleo hidráulico no tanque e no rolo compactador;
 Filtro hidráulico: indicador do vacuômetro.

5.15.2 Ao subir no compactador

 Possíveis vazamentos no motor diesel, na transmissão, cubos de rodas;


 Possíveis vazamentos na caixa de acionamento, bombas e motores hidráulicos;
 Filtro de ar: tampa, mangueira e indicador de restrição;
 Níveis do óleo do motor e transmissão;
 Nível da água e condições da tampa do radiador (motor frio);
 Correias e mangueiras.

5.15.3 Ao entrar na cabine

 Regulagem do assento e cinto de segurança;


 Freio de estacionamento aplicado;
 Alavanca de marcha em neutro;
 Repouso dos indicadores no painel.

61
5.15.4 Ao dar a partida

 Observe a reação dos indicadores principalmente de pressão de óleo do motor


e nível de combustível;
 Aguardar o pré-aquecimento do motor de 2 a 3 minutos em 1.200rpm;
 Testar implementos (vibração alta e baixa) 2.200rpm no motor;
 Testar os freios, direção e locomoção;
 Testar iluminação e sinalização (faróis, setas, luz de freio e alarme de ré).

5.15.5 Ao estacionar o compactador

 Parar em local plano e de livre acesso para a lubrificação;


 Colocar a alavanca de marcha em neutro;
 Aplicar o freio de estacionamento;
 Deixar de 2 a 3 minutos em marcha lenta;
 Desligar o motor.

5.15.6 Cuidados importantes

 Verificar vazamentos em componentes: redutores, diferencial, cubos,


transmissão e bombas hidráulicas;
 equipamento deve estar estacionado em local plano;
 Ao testar a compactação colocar equipamento em velocidade para teste;
 Ao testar a vibração coloque o equipamento em locomoção (evitando a
compactação acentuada no terreno);
 Verificar sistema de freios;
 Qualquer irregularidade no equipamento, relatar ao encarregado de
manutenção.

62
6. TÉCNICAS DE OPERAÇÃO
6.1 Introdução
A compactação do asfalto pode ser definida de diversas maneiras, porém esta é a
maneira mais simples de defini-la: compactação é o processo de aumentar
mecanicamente a densidade de uma camada de material. Quando falarmos em
tapete de asfalto é a camada do pavimento feita pela vibroacabadora.

O asfalto quente fica mais denso ao se reduzir as lacunas de ar entre as partículas


da mistura. Materiais mais densos suportam cargas mais pesadas sem rachar,
quebrar ou se mover.

Cada camada da estrada é projetada para suportar a carga colocada sobre ela.
Desde a fundação à base, à base pavimentada, à superfície final, cada camada
deve ser construída com o material correto e com a espessura e a densidade
apropriada. Se uma camada não for resistente o suficiente, a estrada será
deformada prematuramente.

63
O tapete de asfalto produzido pela pavimentadora normalmente tem 15% de
lacunas de ar. Essa é uma quantidade muito grande de ar e pode causar diversos
problemas. As lacunas de ar permitem a entrada de água no tapete de asfalto,
que pode se expandir e contrair de acordo com as mudanças de temperatura.

A flexão resultante pode rachar o pavimento. Se o cimento do asfalto for exposto


ao ar, com o passar do tempo ele pode se tornar quebradiço e isso pode levar a
rachaduras em bloco. Sabemos que o tráfego de carros e caminhões acabará por
compactar o asfalto podendo causar rachaduras profundas nos locais onde
passam os pneus.

Antes da Compactação

O papel do compactador é forçar os agregados da mistura a se unirem, reduzindo,


assim, as lacunas de ar no tapete de asfalto. Algumas lacunas de ar são
necessárias, digamos 2% a 7%. Isso permite a expansão do asfalto em altas
temperaturas.
Porém as lacunas de ar não podem ser excessivas ou conectadas de maneira que
permitam a penetração de umidade. O ideal é termos uma superfície compacta e
muito contato entre os agregados. Reduzir as lacunas de ar fornece coesão,
impermeabilidade e estabilidade ao pavimento.

Após a Compactação

64
6.2 Custo da Compactação
É interessante observar que o elemento de custo mais baixo no processo de
extensão da vida útil de uma estrada é a compactação. Os agregados e o cimento
de asfalto se tornam caros se comparados ao custo da compactação. Aumentar a
densidade das camadas de asfalto durante o processo de construção custa muito
pouco em termos de porcentagem por tonelada de mistura.

Uma boa densidade ajuda a economizar muito nos custos com manutenção e
repavimentação da estrada. Todos os elementos – agregados, cimento de asfalto
e compactação têm a mesma importância na extensão da vida útil do pavimento.

Com tanto em jogo, é muito importante compreender cada aspecto do processo


de compactação. Vamos começar com as forças de compactação.

65
6.3 Forças de Compactação
Quatro forças são usadas no processo de compactação de material de um volume
maior em um volume menor: carga estática, manipulação, impacto e vibração.

A carga estática e a manipulação normalmente envolvem forças menores. O


impacto e a vibração são dinâmicos e geralmente geram forças maiores de
compactação.

6.3.1 Pressão Estática


Existem dois tipos de compactadores que aplicam pressão estática. O primeiro
usa tambores de aço. A quantidade de pressão estática depende do peso do
tambor e da área do tambor que entra em contato com o tapete de asfalto. Um
maior peso do tambor fornece maior pressão, assim como uma menor área de
contato fornece maior pressão. A pressão estática é medida em kilopascals (kPa)
ou em libras por polegada quadrada (psi).

A carga linear é medida em quilogramas por centímetro ou em libras por


polegada linear (PLI). Para encontrar a carga linear de um compactador de tambor
de aço, divida o peso do tambor pela largura do tambor.

66
Em geral, um compactador de tambor de aço estático tem uma quantidade fixa
de carga linear que depende do peso e da largura do tambor.

O outro tipo de compactador que exerce pressão estática é um rolo pneumático


ou com pneu de borracha. A quantidade de pressão sobre o solo depende do
peso de cada pneu e da área do pneu que entra em contato com o tapete de
asfalto.

É possível variar a quantidade de carga em cada roda mudando a quantidade de


peso do lastro no compactador. Aumentar o peso aumenta a carga por roda, e a
força estática penetrará mais profundamente no tapete de asfalto.

Mudar a pressão do pneu muda a pressão exercida no tapete de asfalto. Quando


a pressão do pneu é diminuída, o pneu fica mais plano e a área de contato é
maior, portanto a pressão sobre o solo é menor, consequentemente menos
pressão estática é transmitida para o tapete de asfalto.

67
Quando a pressão do pneu é aumentada, o pneu fica menos achatado e a área de
contato é menor. Uma menor área de contato resulta em maior pressão sobre o
solo no tapete de asfalto.

6.3.2 Força de Manipulação


A manipulação, também conhecida como força estática, ocorre quando a força
exercida não é completamente vertical. Em vez disso, as linhas de força são
enviadas em muitas direções. A manipulação ajuda a mudar a textura da
superfície tornando-a mais compacta, e essa força é normalmente associada a um
compactador pneumático.

Pneus irregulares que se sobrepõe nos eixos do compactador pneumático


manipulam o tapete de asfalto, sob e entre os pneus, de maneira limitada. As
linhas de força não são somente verticais, mas também laterais. O resultado é um
acabamento mais estável e comprimido que previne a penetração de umidade.

68
Quando a pressão dos pneus é alta, a pressão exercida pelos pneus empurra o
material para baixo e para os lados. Assim provavelmente haverá mais marcas de
pneus no tapete de asfalto. A baixa pressão dos pneus tende a empurrar o
material para baixo, por isso as marcas de pneu são menos evidentes.

6.3.3 Forças de Impacto


O impacto, terceira força de compactação, cria uma força maior de compactação
no tapete de asfalto do que uma carga estática equivalente. Isso ocorre porque
um peso em queda tem velocidade que é convertida em energia no momento do
impacto. O impacto cria uma onda de pressão que entra no tapete de asfalto. A
onda de pressão é mais forte na superfície e diminui à medida que penetra mais
fundo no tapete de asfalto.

Ao se compactar asfalto quente, um impacto muito grande pode danificar o


agregado. Para uma compactação efetiva é necessário o equilíbrio entre as forças
de impacto e as outras características da máquina como o peso estático e a
vibração. As forças de impacto estão disponíveis somente em compactadores
vibratórios de asfalto.

69
6.3.4 Forças Vibratórias
A força de vibração é provavelmente a mais complexa das quatro forças de
compactação. As forças vibratórias aumentam o esforço de compactação
desenvolvido pelo peso e pelo impacto.

Os compactadores vibratórios produzem uma rápida sucessão de ondas de


pressão que se espalham em todas as direções. As ondas mais eficientes são
aquelas que penetram no tapete de asfalto, ajudando a quebrar as ligações entre
os agregados e os colocando em movimento. Os agregados em movimento
tendem a se reorientar mais facilmente sob o peso do tambor e das forças de
impacto.

6.3.4.1 Amplitude x Frequência


Em um compactador vibratório, os tambores se movem rapidamente para cima e
para baixo para criar a força de vibração. O movimento para cima e para baixo é
causado por um peso excêntrico rotativo que está dentro do tambor. Conforme o
peso excêntrico gira para cima, o tambor é levemente elevado. Conforme o peso
excêntrico gira para baixo, o tambor bate na superfície. A compactação ocorre
como resultado da vibração do tapete de asfalto e também devido aos impactos.

70
A distância que o tambor se move no tapete de asfalto é definida como amplitude
vibratória. A amplitude influência tanto a força de impacto como a energia de
vibração. Os ajustes de amplitude podem ser alterados em compactadores
vibratórios mais modernos. Quanto maior a amplitude, maior a força de impacto.

Outro aspecto da força vibratória é a frequência. A frequência é definida como o


número de vezes que o tambor bate no tapete de asfalto e é medida em
vibrações e/ou impactos por minuto.

O mais importante sobre a frequência vibratória é a relação que tem com a


velocidade de trabalho da máquina. Para uma dada velocidade de trabalho, uma
máquina com baixa frequência produzirá um espaçamento de impacto
relativamente amplo. Se a mesma velocidade for usada em uma máquina com
alta frequência, o espaçamento de impacto será mais próximo.

O melhor espaçamento de impacto pode variar de acordo com o tapete de asfalto


utilizado. Como princípio básico o tapete de asfalto mais uniforme e a melhor
produção ocorrem quando o espaçamento de impacto é mantido entre 8
impactos por pé e 14 impactos por 30 cm (1 pé).

71
Vamos analisar a relação entre a amplitude e a frequência. É possível pensar em
alta amplitude como um martelo grande e em baixa amplitude como um martelo
pequeno. Ao usar o martelo grande que representa a alta amplitude, o tambor se
move mais além no tapete de asfalto.

Um compactador com alta amplitude normalmente tem uma frequência mais


baixa, de modo que, apesar de ter mais compactação, se desloca a uma menor
velocidade de trabalho.

Um compactador com amplitude mais baixa normalmente tem uma frequência


mais alta. Esse compactador tem menos compactação mas pode desenvolver uma
velocidade de trabalho mais alta.

72
6.3.4.2 Amplitude x Força Centrífuga
Amplitude e freqüência trabalham juntas para produzir um fator conhecido como
força centrífuga. Deve haver equilíbrio entre os dois fatores de modo que a força
centrífuga que é gerada seja controlável pelo sistema vibratório. O design do
sistema vibratório não pode combinar alta amplitude com alta freqüência. A
figura a seguir mostra caracteristicas de dois rolos trabalhando;

Normalmente, será visto um compactador vibratório como a máquina 1 com


baixa amplitude e freqüência relativamente alta, ou um compactador vibratório
como a máquina 2 combinando alta amplitude com uma freqüência
relativamente baixa. Note que ambos os sistemas vibratórios geram 118 kN
(26.000 lb) de força centrífuga. Cada tipo de sistema vibratório tem certos
benefícios para certas aplicações.

6.3.5 Equilibrio de Vibração


Vamos pensar sobre isso desta forma. Quando tudo está equilibrado (amplitude,
frequência e o peso do tambor) as forças de impacto e de vibração são
transmitidas para o tapete de asfalto uniformemente. Tudo está funcionando
simultaneamente de modo semelhante ao que é chamado de ressonância do
sistema. Essa é a freqüência natural da máquina e do material. Nessas condições,
a maior parte da força vibratória é transmitida para dentro do tapete de asfalto.
A força real de compactação transmitida é otimizada e a operação da máquina é
suave.

73
Vibração Equilibrada

Agora, na mesma máquina, vamos utilizar a mesma amplitude, porém


aumentando a freqüência. A força centrífuga aumenta ao elevarmos a freqüência,
mas estamos exatamente na condição de ressonância do sistema. Nessa condição
grande parte da força transmitida não é aceita pelo tapete de asfalto.

O tambor começa a perder contato com o tapete. Observamos isso acontecer à


medida que a máquina passa a vibrar e oferecer dificuldade na sua condução. A
vibração desequilibrada torna a compactação menos efetiva podendo danificar a
máquina ou o tapete e, certamente, é desconfortável para o operador.

Vibração Desequilibrada

74
Caso ocorra solavanco do tambor, tente uma das opções a seguir:
• Verifique a velocidade de trabalho para certificar-se de que esteja
operando em uma margem de 8 a 14 impactos por pé.
• Ajuste a amplitude para um nível mais baixo.
• Se possível, tente reduzir a frequência da máquina.
• Opere no modo estático.
• Opere com um tambor vibrando e o outro na condição estática.

6.4 Processo de Compactação

Os fatores que influenciam a compactação do asfalto podem ser agrupados em


quatro categorias principais:
• Composição da mistura;
• Estrutura da estrada;
• Temperatura da mistura;
• Temperatura ambiente, umidade e vento;

O operador do compactador não pode controlar esses fatores. No entanto, é


importante que o operador tenha informações sobre eles, pois precisará
considerá-los ao desenvolver as técnicas de compactação necessárias para cada
projeto em particular.

75
6.4.1 Composição da Mistura

A composição da mistura depende do tipo de estrutura a ser pavimentada e tem


um grande impacto na compactação. A mistura do asfalto é composta de
agregados de tamanhos diferentes. Algumas composições incluem agregados
grandes, isto é, agregados com 3/4 de polegada ou maiores Todas as misturas
incluem uma certa quantidade de pedras menores chamadas de agregados finos.

Geralmente, há um enchimento mineral semelhante ao pó. Claro que deve haver


cimento de asfalto, algumas vezes chamado de aglutinador. Por último, a
mistura pode incluir um modificador como um polímero.

Há aproximadamente de 85 a 90 por cento de partículas minerais na maioria das


misturas de asfalto unidas por cerca de 5 a 8 por cento de cimento de asfalto.
Lembre-se de que é necessário que haja uma certa quantidade de lacunas de ar
na mistura para tornar a estrada flexível durante o serviço. A porcentagem de
lacunas de ar, normalmente, é de 2 a 7 por cento.

76
6.4.1.1 Misturas Brutas
As composições das misturas com agregados maiores geralmente apresentam
menos enchimentos e quantidades menores de cimento de asfalto para agirem
como aglutinadores. Geralmente são chamadas de misturas brutas. Muitas das
novas misturas Superpave são misturas brutas.

Algumas misturas brutas são consideradas "ásperas" porque mais força de


compactação é necessária para que as misturas brutas obtenham densidade. As
misturas com agregados maiores são dispostas em camadas mais grossas e
apresentam uma tendência menor de deslocamento sob esforços pesados de
compactação. É possível utilizar compactadores vibratórios em faixas de maior
amplitude, e compactadores pneumáticos com maior pressão sobre o solo em
misturas brutas, especialmente quando aplicadas sobre camadas mais grossas.

Quando selecionar um compactador pneumático para trabalhar com uma mistura


bruta e áspera, escolha uma unidade que tenha pneus largos e chatos. Esses
pneus sustentam cargas de pneus muito maiores, que são necessárias para
compactar misturas brutas e ásperas. Eles tendem a exercer mais força para
dentro da camada, assim como na superfície.

77
Note que a pressão de compactação ainda apresenta uma eficiência de 90%
(figura a seguir) a uma profundidade de 10 cm (4 pol). Pneus largos são mais
eficientes no caso de camadas espessas e também produzem um acabamento
mais liso.

6.4.1.2 Misturas Finas


Misturas finas são compostas de agregados com um tamanho máximo de
aproximadamente 13 mm (1/2 pol). Elas contêm mais enchimentos e cimento de
asfalto como aglutinador e geralmente são aplicadas em tapetes finos, com 5 cm
(2 pol) ou menos. Algumas misturas finas são consideradas "macias", pois se
comportam de modo instável durante a rolagem.

78
Para camadas mais finas e misturas macias, utiliza-se um esforço de compactação
menor. Muita força pode danificar o tapete de asfalto. Compactadores vibratórios
devem ser operados com uma amplitude baixa ou no modo estático para
camadas finas e misturas macias. Freqüentemente, são necessários
compactadores estáticos com rodas de aço ou compactadores pneumáticos leves
para misturas macias.

Compactadores com pneus arredondados e estreitos são caracterizados por altas


pressões de pneu e de contato com o solo. A intensidade da pressão é maior
próximo à superfície do tapete, mas a força tende a diminuir bastante em
camadas mais profundas do tapete. Um compactador pneumático equipado com
pneus arredondados e estreitos é mais indicado para trabalhar com misturas mais
finas e de alta concentração.

79
6.4.1.3 Formato do Agregado

O formato do agregado também afeta a compactação. O formato do agregado


determina a quantidade de fricção interna entre as partículas.

Agregados arredondados tendem a ser mais fáceis de serem compactados, pois


apresentam uma baixa fricção interna. Em outras palavras, eles podem ser
colocados em contato um com outro com pouca força. Ao mesmo tempo, as
misturas com agregados arredondados tendem a ser instáveis e podem se
deslocar sob o peso do compactador. Assim, quando souber que o agregado é
arredondado, use vibrações de baixa amplitude ou um compactador estático leve.

Agregados angulares apresentam alta fricção interna e, uma vez colocados em


contato um com o outro, produzem um asfalto muito resistente. São necessários
compactadores mais pesados e mais energia para vencer a resistência natural ao
movimento do agregado de pedras trituradas.

80
6.4.1.4 Espessura da Camada x Tamanho do Agregado

Independentemente do tipo de projeto, é necessário prestar atenção à razão


entre o tamanho do maior agregado na mistura e a espessura da mistura. Essa
razão tem um grande efeito sobre a capacidade de atingir a compactação
desejada.

Por exemplo (figura a seguir) um tapete de asfalto com espessura de 10 cm (4 pol)


e com agregados de no máximo 25 mm (1 pol) é relativamente mais fácil de ser
compactado. É possível utilizar uma alta força de compactação e não se
preocupar em quebrar os agregados. Com uma razão de 4:1 há espaço suficiente
para que os agregados se movam, de forma que o tapete de asfalto seja capaz de
aceitar uma alta força de compactação.

81
Aplica-se o oposto ao se compactar um tapete com pouca espessura para a
razão de tamanho do agregado. Um tapete de 5 cm (2 pol) com agregados de
até 25 mm (1 pol) podem ser os mais difíceis de serem compactados. A razão
de 2:1 (figura a seguir) é considerada como o mínimo aceitável, pois os
agregados têm pouco espaço para serem deslocados verticalmente. O uso de
força excessiva quebrará os agregados e pedras expostas irão aparecer no
tapete de asfalto. Isso pode resultar em uma falha prematura do tapete de
asfalto. Para esse tipo de tapete, são necessárias forças menores de
compactação, especialmente se os agregados forem macios ou frágeis.

82
6.4.2 Estrutura do Pavimento

O modelo do projeto de pavimentação afeta as técnicas de compactação. Na


construção de estradas novas ou em projetos de reconstrução total, é comum
haver diversas camadas de asfalto. Cada camada, ou fiada, é composta de
materiais e espessuras diferentes.
A camada base é aplicada em uma base ou sub-base de agregados e normalmente
consiste em mistura quente com agregados consideravelmente grandes. Essa
costuma ser a camada mais grossa da mistura quente e é aplicada em uma base
flexível, de modo que é necessário um alto esforço de compactação para obter a
densidade desejada.
Geralmente, uma outra camada de mistura quente chamada de camada
intermediária é utilizada. Com espessura e agregados menores, a camada
intermediária requer menos esforço de compactação para obter densidade.
Por fim há uma camada superficial chamada de camada de desgaste ou de
fricção. Essa camada será composta dos menores agregados e é normalmente a
camada mais fina. Baixa força de compactação é utilizada ao se compactar a
camada de desgaste.

83
6.4.3 Temperatura da Mistura

Agora vamos apresentar outro fator que tem grande impacto sobre a
compactação: a temperatura da mistura.

O único momento em que a compactação pode ser realizada é quando o tapete


ainda está quente. O cimento do asfalto, que é parte da mistura, deve estar fluido
o suficiente para permitir que os agregados se desloquem, reduzindo assim as
lacunas de ar. Quando o tapete esfriar, o cimento de asfalto se tornará grosso, os
agregados se fixarão no lugar e o ar não poderá ser expelido.

Dependendo do desempenho da mistura quente a uma alta temperatura, o limite


máximo que permite a compactação é de aproximadamente 160°C (320°F). Se a
mistura estiver quente demais é provável que haja uma grande saliência na frente
do tambor pois em vez de compactar, o tapete de asfalto simplesmente irá se
deslocar e haverá nele marcas profundas que não poderão ser corrigidas pelo
rolo de acabamento. Caso isso aconteça a solução é permanecer atrás da
pavimentadora a uma distância grande o bastante para que o tapete esfrie o
suficiente para permitir a compactação.

84
Em contrapartida quando a temperatura do tapete tiver caído para cerca de 85°C
(185°F), a maior parte da compactação já deve ter sido concluída. Nesta faixa de
temperatura o cimento de asfalto encontra-se tão rígido que não é possível
nenhum movimento adicional dos agregados. É possível que você consiga aplainar
as marcas na superfície, mas dificilmente irá reduzir muito a densidade.
Se o tapete começar a esfriar antes de a densidade desejada ser alcançada,
trabalhe o mais próximo possível da traseira da pavimentadora, ou aumente a
força de compactação dos equipamentos utilizados, ou utilize mais
compactadores no trabalho.

Há exceções para essas regras gerais referentes aos limites de temperatura de


compactação.
Algumas misturas, em sua maioria de composição Superpave, apresentam uma
zona macia entre os limites normais máximo e mínimo de temperatura. Nessa
situação, o tapete poderá ser compactado normalmente em uma faixa de alta
temperatura. A seguir, ele se tornará instável em uma faixa de temperatura
intermediária. Na zona macia, é possível ver uma grande saliência em frente ao
tambor ou aos pneus.

85
Quando estiver diante de uma mistura que apresenta uma zona macia, obtenha o
máximo possível de densidade na faixa de alta temperatura. Talvez seja
necessário cessar o rolamento por completo na zona macia. Dessa forma, será
possível obter a densidade e o alisamento finais após o tapete ter esfriado abaixo
da zona macia. Geralmente, é possível trabalhar no tapete em temperaturas
abaixo de 85°C (185°F), se houver apresentado uma zona macia.

Assim sendo, como saber se o tapete está na temperatura certa para ser
compactado? Uma forma é observar como a mistura se comporta em frente ao
tambor ou aos pneus. Outra é utilizar um termômetro infravermelho que realiza
um escaneamento rápido da temperatura da superfície e pode informar o quão
rapidamente o tapete está perdendo calor. O dispositivo mais preciso é a sonda
de temperatura que mostra a temperatura interna do tapete. A temperatura
interna é maior do que a da superfície e é a que melhor indica a reação da mistura
sob as forças de compactação.

86
6.4.4 Condições Climáticas

Os últimos fatores que influenciam a compactação são as condições da


temperatura ambiente e do vento. Em dias quentes e ensolarados, o tapete de
asfalto retém calor por mais tempo de modo que a maleabilidade da mistura
aumenta. Em dias nublados, frios e ventosos, o tapete perde calor mais
rapidamente, podendo formar - se uma crosta sobre a superfície da mistura. A
crosta gera um efeito de conexão que evita que as forças de compactação
penetrem uniformemente no tapete de asfalto.
Um operador experiente sabe ajustar o padrão de rolamento conforme as
mudanças climáticas.

87
6.4.5 Tempo Disponível para Compactação

Todos esses fatores relativos a temperatura e estrutura do tapete são


importantes, pois determinam o tempo necessário para obter a densidade
requerida enquanto o tapete ainda está manuseável. Por exemplo, um tapete fino
perde calor mais rapidamente do que um grosso.

Este gráfico mostra como o tempo disponível para compactação varia de acordo
com a espessura do tapete. À medida que a temperatura da mistura passa por
baixo da régua vibratória da pavimentadora, ela atinge uma temperatura de 150°
C (300°F). A temperatura ambiente e a da base são iguais - 15°C (60°F).
Um tapete com espessura de 7,5 cm (3') terá sua temperatura reduzida a 85°C
(185F) em aproximadamente 36 minutos. Um tapete com espessura de 5 cm (2
pol) terá sua temperatura reduzida a 85°C (185F) em aproximadamente 20
minutos. O tapete de 7,5 cm (3 pol) permanece manuseável por quase o dobro
do tempo.
E lembre-se de que normalmente podemos utilizar mais força de compactação
em um tapete grosso sem termos de nos preocupar com possíveis quebras dos
agregados. Para obter densidade mais rapidamente em tapetes finos, acrescente
rolos. Não utilize mais força. A força extra pode danificar os agregados de um
tapete fino.

88
Outro exemplo:

Desta vez, a espessura do tapete é a mesma: 7,5 cm (3 pol). A temperatura da


base é novamente de 15 °C (60°F). A mistura que flui subjacente à pavimentadora
é em um momento de 150°C (300°F) e em outro momento, 120°C (250°F).
A mistura de 150°C (300°F) permanece manuseável por cerca de 36 minutos. A
mistura de 120°C (250°F) permanece manuseável por cerca de 16 minutos.
Quando a temperatura do tapete estiver relativamente baixa, trabalhe mais
próximo da pavimentadora. Acrescente rolos ao padrão, se estiverem disponíveis.
Ou então use mais força, caso seja possível fazer isso sem danificar o tapete.

89
6.5 Estágio de Compactação

Sempre que aplicamos mistura de asfalto quente, precisamos compactá-la,


independentemente do tipo de estrutura que está sendo pavimentada. Os
equipamentos e as técnicas de compactação variam um pouco de acordo com o
projeto. Os ajustes realizados para compactar um projeto para rodovias diferem
daqueles para vias urbanas, estradas municipais ou estacionamentos.

Independentemente da pavimentação e da compactação ocorrerem em uma


rodovia interestadual ou de fluxo reduzido, ou de tratar-se de uma obra nova ou
de recuperação, os estágios do processo de compactação costumam ser os
mesmos.

Geralmente há três estágios envolvidos na compactação de qualquer camada de


asfalto: ruptura, intermediário e acabamento. Diferentes tipos de equipamentos e
técnicas de compactação podem ser utilizados em cada estágio.

90
6.5.1 Compactação de Ruptura

A compactação de ruptura é a primeira etapa do processo de compactação e deve


gerar a maior parte da densidade desejada no tapete de asfalto. Por exemplo, se
a densidade desejada é 95% da densidade máxima hipotética, após o rolo de
ruptura a densidade deve estar entre 92 e 93%.

A compactação de ruptura deve começar com o tapete na temperatura mais


elevada possível, que possa sustentar o peso do rolo sem distorcer o tapete.
Lembre-se de que, quando o tapete começar a esfriar, o cimento de asfalto na
mistura se tornará mais rígido e ficará mais difícil de se obter densidade. Por essa
razão, talvez o rolo de ruptura tenha de operar em uma zona muito próxima à
pavimentadora.

Máquinas com tambores duplos são as mais indicadas para rolamentos de


ruptura, pois um tambor acionado tende a puxar material para baixo do tambor,
reduzindo o deslocamento de material. Um tambor não acionado pode gerar uma
saliência em frente ao tambor, especialmente quando a mistura estiver tão
quente quanto for possível durante o estágio de ruptura.

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Para o estágio de ruptura, os tipos mais comuns de compactadores são os de
tambores duplos vibratórios. O aumento mais significativo de densidade
normalmente ocorre quando são utilizadas forças dinâmicas produzidas pelos
equipamentos vibratórios de compactação. Os rolos vibratórios são os mais
produtivos durante o estágio de ruptura e os que obtêm a densidade desejada
com o menor número de passagens, especialmente em camadas grossas.
Os rolos pneumáticos, geralmente, são restritos aos aglutinadores e às camadas
de base e não são utilizados para a compactação de ruptura da superfície ou da
camada de desgaste. Em alguns projetos, é possível ver também rolos estáticos
pesados com rodas de aço. Cada tipo de compactador, quando devidamente
ajustado para o trabalho, irá fornecer a força necessária para que se obtenha um
alto grau de densidade.

6.5.2 Compactação Intermediária

A compactação intermediária ocorre logo após o estágio de ruptura para a


maioria das misturas e consiste na etapa seguinte para obtenção da densidade
planejada e na etapa inicial para o alisamento da superfície.

O tapete deve estar quente o suficiente para que ainda haja algum deslocamento
dos agregados e aglutinadores. Por isso, com freqüência, os compactadores
permanecem muito próximos das unidades de ruptura.

Dependendo da espessura do tapete, pode ser necessário ter cuidado para não
utilizar muita força de compactação. A densidade do tapete estará próxima da
desejada, e força em excesso pode fazer com que os tambores se separem ou
com que os agregados se quebrem.

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Para o estágio intermediário, mais uma vez é freqüente vermos compactadores
vibratórios e rolos pneumáticos. Rolos pneumáticos têm a vantagem de gerar
uma certa quantidade de compactação continuamente sem provocar quaisquer
danos aos agregados. Rolos com pneus de borracha também são populares na
posição intermediária, pois a ação manipulativa dos pneus ajudam a vedar a
superfície e a reduzir a permeabilidade. As unidades vibratórias são ajustadas no
modo vibratório de baixa amplitude ou no modo estático, dependendo da
espessura da camada e da quantidade de força necessárias para concluir a
compactação. Um compactador vibratório pode triturar os agregados da
superfície, se for utilizado no modo vibratório na posição intermediária.

6.5.3 Compactação de Acabamento

O estágio final consiste no rolo de acabamento. Ocorre uma compactação


adicional mínima, se ocorrer compactação. O objetivo principal do rolo de
acabamento é alisar o tapete e remover quaisquer marcas deixadas pelos
compactadores durante os estágios anteriores.

O rolo de acabamento deve ser realizado enquanto o tapete ainda estiver quente
o suficiente para permitir a remoção de quaisquer marcas na superfície deixadas
pelos compactadores durante os estágios anteriores.

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Assim que o tapete estiver liso, pare o rolo de acabamento. A continuidade do
rolamento após ter sido alcançada a densidade e o alisamento desejados consiste
em desperdício e, em alguns casos, até mesmo em danos ao tapete.

Antigamente, os rolos estáticos com rodas de aço eram o equipamento favorito


para o estágio de acabamento. Hoje, no entanto, os compactadores vibratórios
operados no modo estático são as máquinas utilizadas com mais freqüência para
rolamentos de acabamento. Algumas vezes, compactadores pneumáticos com
pneus largos são usados para dar acabamento à base ou às camadas
intermediárias. A função principal do rolo de acabamento é alisar quaisquer
marcas deixadas pelas operações anteriores de rolamento, porém caso seja
necessário um pouco mais de densidade neste estágio, é possível fazer uma
passagem usando baixa amplitude e fazer o acabamento no modo estático.

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6.6 Compactação de Camada Frágil

Misturas frágeis são aquelas que tendem a apresentar quebra de agregados


durante a compactação. Misturas com agregados macios como calcário ou
dolomita podem ser quebradas por um rolo vibratório durante a compactação.
Agregados quebradiços podem ser quebrados, caso seja aplicada muita força
durante a compactação. A probabilidade de danos é maior no caso de misturas
com uma razão entre agregado e espessura do tapete de asfalto de 2:1 ou menos.
Se possível, aumente a espessura do tapete de asfalto para aumentar a razão
entre a espessura do tapete de asfalto e o tamanho do agregado.

Ao compactar camadas frágeis, utilize menos força para evitar danos aos
agregados. Na posição de ruptura, use um tambor duplo vibratório ajustado em
baixa amplitude ou experimente um pneumático pesado, caso as marcas no
tapete de asfalto não sejam tão profundas. Prossiga com um rolo pesado com
pneus de borracha na posição média e termine com um tambor duplo meio
vibratório ou no modo estático.

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6.7 Compactação de Camada Macia

As misturas que são deformadas ou se deslocam durante a compactação são


chamadas de misturas macias. Uma mistura pode fornecer indicações de maciez,
caso seja utilizada energia de compactação em excesso. A solução para essas
condições é usar um amplitude mais baixa, ou compactar no modo estático, ou
usar um rolo pneumático mais leve.

As características da composição de uma mistura macia incluem o uso de


agregados com muita umidade, agregados que desenvolvem uma película de
proteção espessa durante a produção, uma alta porcentagem de cimento de
asfalto e o uso de um cimento de asfalto de baixa rigidez. As altas temperaturas
da mistura e do ambiente também contribuem para a maciez.

Para misturas completamente macias, o padrão de rolamento recomendado é o


de um tambor duplo vibratório na posição de ruptura, um rolo com pneu de
borracha intermediário e um acabamento com tambores duplos no modo
estático. Um rolo leve com pneus de borracha também pode ser utilizado,
dependendo do quão macia a mistura está e da existência de marcas no tapete.

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Na posição intermediária um tambor duplo vibratório ajustado em baixa
amplitude também pode ser utilizado.

Ao compactar uma mistura macia devido a alta temperatura, mantenha o


processo de compactação atrás da pavimentadora e longe o suficiente para
trabalhar em uma zona em que o tapete esteja frio o bastante para que se possa
compactar sem o risco de deformações. Monitore a temperatura do tapete de
asfalto para manter o trem de compactação na zona correta atrás da
pavimentadora.

Além disso, faça experiências com o ajuste de amplitude e com a pressão do pneu
do rolo pneumático para encontrar as forças que obtêm densidade sem marcar o
tapete.

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6.8 Compactação de Juntas Tranversais

Para compactar a junta transversal, use força estática. Comece com a maior parte
do tambor no lado frio da junta. Com cada passagem sucessiva, gradualmente
sobreponha o rolo no lado quente, até que todo o tambor esteja no lado quente.
Normalmente, são colocadas tábuas em ambos os lados do pavimento para que o
compactador possa ser retirado do tapete de asfalto. Se as limitações de espaço
impedirem que se opere de modo transversal, a junta pode ser compactada em
um ângulo. Assim que toda a junta estiver compactada, o padrão normal de
rolamento e a compactação vibratória podem ser iniciados.
Faça o rolamento lentamente nas juntas transversais. A velocidade reduzida pode
ajudar a uniformizar pontos elevados na junta.

6.9 Compactação de Juntas Longitudinais

Em geral, o procedimento recomendado para a compactação de uma junta


longitudinal é primeiro fazer o rolamento com ambos os tambores vibrando ao
longo da junta com toda a superfície do tambor no lado quente. Os tambores
forçam o asfalto quente para dentro da junta.

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Uma exceção a esse padrão é quando se está compactando camadas com
espessuras de 20 cm (4 pol) ou mais. Para fechar a junta, é necessário sobrepô-la
levemente na primeira passagem no modo estático.
Durante a segunda passagem, sobreponha o tapete frio em aproximadamente 15
cm (6 pol). Faça o rolamento no modo estático durante a segunda passagem.
Operar no modo vibratório concentra a maior parte das forças no lado frio e
esmaga os agregados no lado frio. A faixa de sobreposição danificada torna-se
uma área degradada, podendo provocar falhas na junta.

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6.10 Compactação de Bordas Não Confinadas

A compactação de bordas não confinadas é feita diferente. Uma borda não


confinada pode ser pressionada para fora excessivamente. Desta forma, faça o
primeiro passe cerca de 15mm (6 pol) distante da borda. O primeiro passe irá
criar resistência no tapete de asfalto. Durante o segundo passe você pode
compactar direto em cima da borda. A porção já compactada suporta o peso do
rolo de maneira que a borda seja compactada sem ser pressionada para fora.

6.11 Compactação de Abaulamento

Quando for compactar uma estrada com um abaulamento estabelecido pela


pavimentadora, comece pela borda externa, subindo em direção ao
abaulamento central. Esse padrão cria resistência no lado externo do tapete
de asfalto para que possa sustentar o compactador à medida que avança para
o centro. A sobreposição do abaulamento deve ter no máximo 15 cm (6 pol)
para evitar que seja distorcido. Nunca passe por cima do abaulamento para
tentar poupar uma passagem do rolo.
O padrão requisitado para compactar uma estrutura abaulada pode ser menos
eficiente, mas passar pelo abaulamento com o rolo deve ser evitado.

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6.12 Compactação Pneumática

Quando começar a utilizar compactadores pneumáticos em um projeto, o


padrão de rolamento poderá ser alterado. Às vezes, para aquecer os pneus, os
pneumáticos são utilizados antecipadamente na seqüência de rolamento e
operados logo atrás da pavimentadora onde o asfalto está mais quente.

A idéia é aquecer os pneus rapidamente para que o asfalto não grude nos
pneus. Dependendo da aplicação de uma emulsão não aderente, pode haver
alguma aderência inicial. Mas assim que os pneus estiverem quentes, a
máquina pode retornar para a posição intermediária, onde é possível operar
normalmente.
O compactador pneumático deixará marcas mais profundas quando se estiver
operando no asfalto mais quente. Assim, é preciso certificar-se de que as
marcas de pneu serão corrigidas o suficiente durante o estágio final da
compactação.
Em geral, os pneus estarão aquecidos o suficiente para que a aderência seja
eliminada após 3 a 5 minutos de rolamento diretamente atrás da
pavimentadora.

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Quando os pneus estiverem quentes, mantenha-os quentes. Evite paradas
prolongadas do compactador pneumático. A parte dos pneus que não estiver
em contato com o tapete irá esfriar, se a máquina permanecer parada por
muito tempo. Assim que o rolamento começar de novo, provavelmente o
asfalto irá aderir à porção mais fria dos pneus.
Procure desenvolver uma velocidade e um padrão de rolamento que sejam
compatíveis com a produção da pavimentadora e de outros compactadores
sem parar o compactador pneumático. Se a operação de pavimentação parar -
caso esteja esperando mais caminhões, por exemplo - encontre uma porção
do tapete compactado que ainda esteja quente e lentamente faça o rolamento
nessa área para manter os pneus uniformemente aquecidos.
A colocação dos protetores de pneus também ajuda a reter o calor quando os
pneus estão quentes.

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6.13 Padrão de Rolamento

Antes que o processo de compactação possa começar, os operadores do


compactador precisam ter desenvolvido um padrão de rolamento. O padrão deve
satisfazer os seguintes requisitos:
 Acompanhar a produção da pavimentadora,
 Obter a densidade desejada
 Produzir uma superfície lisa.
Quando o padrão de rolamento tiver sido estabelecido, ele não deve apresentar
variações, a menos que haja mudanças em algum fator externo. Vamos começar
certificando-nos de que o processo de compactação seja compatível com a
produção da pavimentadora.

6.14 Direção de Reversão

Como o compactador opera atrás da pavimentadora, ele se move e pára


constantemente, revertendo a direção. A reversão feita de modo incorreto pode
causar falhas no tapete de asfalto.

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Quando estiver se preparando para parar e fazer a reversão sobre o tapete de
asfalto, não pare em linha reta. Em vez disso, gire lentamente em direção ao
centro do tapete e não gire o tambor até que tenha parado. Qualquer marca
deixada pelo tambor estará em um ângulo na direção de deslocamento do rolo e
será mais fácil de ser corrigida em passagens sucessivas. Alguns tapetes são
bastante rígidos, Superpave por exemplo, e suportam uma parada em linha reta
sem serem deformados. A técnica de reversão pode ser determinada por meio de
experiências cuidadosas.
Há diferentes formas de se reverter o compactador, mas o objetivo é sempre o
mesmo: não deixar no asfalto marcas que não possam ser alisadas por passagens
subseqüentes.

6.15 Sobreposições de Tambores Duplos

Ao realizar passagens sucessivas em um tapete quente, sobreponha o tambor 15


cm (6 pol) em cada passagem para garantir uma compactação uniforme por toda
extensão do tapete de asfalto. Certifique-se de calcular a sobreposição do tambor
ao selecionar o tamanho do compactador a ser utilizado no projeto. O objetivo
normal é poder cobrir a largura do tapete com no máximo 3 passagens lado a
lado, para que se obtenha uma produtividade maior.

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