Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Sumário
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6
1.1 Principais Equipamentos 6
1.2 Objetivo 8
2. SEGURANÇA ........................................................................................................... 9
2.1 Manual de Operação 9
2.2 Inspeção Diária no Equipamento 10
2.3 Etiquetagem e Bloqueio 11
2.4 Sistema de Isolamento 11
2.5 Definições 12
2.5.1 Etiquetamento ......................................................................................... 12
2.5.2 Responsabilidade ..................................................................................... 12
2.6 Equipamentos de Proteção Obrigatórios 13
2.7 Riscos Adicionais 14
2.7.1 Pressão .................................................................................................... 14
2.7.2 Poeira ...................................................................................................... 15
2.8 Descarte de Resíduos 16
2.9 Prevenção contra Incêndio 16
2.9.1 Abastecimento ........................................................................................ 17
2.9.2 Extintor de Incêndio ................................................................................. 17
2.9.3 Raios e Descargas Atmosféricas ................................................................ 18
2.10 Procedimentos Operacionais 18
2.10.1 Partida no Motor ..................................................................................... 18
2.10.2 Conectar Baterias..................................................................................... 19
2.10.3 Sistema de Pressurização ......................................................................... 19
2.10.4 Operação ................................................................................................. 20
2.10.5 Trabalho em Encostas .............................................................................. 22
2.10.6 Operação em Aclive ou Declive ................................................................ 22
2
2.10.7 Vias de Acesso ......................................................................................... 23
2.10.8 Leiras....................................................................................................... 23
2.10.9 Soldas em Máquinas ................................................................................ 24
2.10.10 Desligamento do Motor ........................................................................... 25
2.10.11 Estacionamento da Máquina .................................................................... 26
2.10.12 Acesso a Cabine do Equipamento ............................................................. 26
2.10.13 Aviso Importante ..................................................................................... 27
2.10.14 Cinto de Segurança .................................................................................. 28
2.10.15 Pontos Cegos ........................................................................................... 28
2.10.16 Transporte de Equipamento ..................................................................... 29
3. SIMBOLOGIA ........................................................................................................ 31
4. CABINE ................................................................................................................. 38
4.2 Comandos da Cabine 40
4.2.1 Painel de Instrumentos ............................................................................ 41
4.3 Chave Interruptora da Partida do Motor 42
4.4 Advertências 43
5. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO .................................................................................. 45
5.1 Motor 46
5.1.1 Óleo do Motor 47
5.1.2 Sistema de Arrefecimento – Nível de Líquido Arrefecedor 49
5.1.3 Filtro de ar do Motor – Limpeza e Substituição 50
5.2 Sistema de Combustível – Escorve 52
5.3 Sistema Separador de Água do Combustível. 53
5.4 Chassis 54
5.5 Inspecionar limpador de para-brisa e limpar os vidros 54
5.6 Completar o reservatório do lavador de para-brisa se necessário 54
5.7 Limpar colmeia do radiador 55
5.8 Tampas 56
5.9 Pontos de lubrificação 56
3
5.10 Óleo Hidráulico 57
5.11 Inspeção de Mangueiras 59
5.12 Baterias 59
5.13 Fusíveis 60
5.14 Sujeira 60
5.15 Check List 61
5.15.1 Antes de subir no compactador .................................................................... 61
5.15.2 Ao subir no compactador .............................................................................. 61
5.15.3 Ao entrar na cabine ...................................................................................... 61
5.15.4 Ao dar a partida ........................................................................................... 62
5.15.5 Ao estacionar o compactador ....................................................................... 62
5.15.6 Cuidados importantes .................................................................................. 62
6. TÉCNICAS DE OPERAÇÃO ...................................................................................... 63
6.1 Introdução 63
6.2 Custo da Compactação 65
6.3 Forças de Compactação 66
6.3.1 Pressão Estática ....................................................................................... 66
6.3.2 Força de Manipulação .............................................................................. 68
6.3.3 Forças de Impacto .................................................................................... 69
6.3.4 Forças Vibratórias .................................................................................... 70
6.3.4.1 Amplitude x Frequência ........................................................................... 70
6.3.4.2 Amplitude x Força Centrífuga ................................................................... 73
6.3.5 Equilibrio de Vibração .............................................................................. 73
6.4 Processo de Compactação 75
6.4.1 Composição da Mistura............................................................................ 76
6.4.1.1 Misturas Brutas ....................................................................................... 77
6.4.1.2 Misturas Finas ......................................................................................... 78
6.4.1.3 Formato do Agregado .............................................................................. 80
6.4.1.4 Espessura da Camada x Tamanho do Agregado ......................................... 81
4
6.4.2 Estrutura do Pavimento ........................................................................... 83
6.4.3 Temperatura da Mistura .......................................................................... 84
6.4.4 Condições Climáticas................................................................................ 87
6.4.5 Tempo Disponível para Compactação ....................................................... 88
6.5 Estágio de Compactação 90
6.5.1 Compactação de Ruptura ......................................................................... 91
6.5.2 Compactação Intermediária ..................................................................... 92
6.5.3 Compactação de Acabamento .................................................................. 93
6.6 Compactação de Camada Frágil 95
6.7 Compactação de Camada Macia 96
6.8 Compactação de Juntas Tranversais 98
6.9 Compactação de Juntas Longitudinais 98
6.10 Compactação de Bordas Não Confinadas 100
6.11 Compactação de Abaulamento 100
6.12 Compactação Pneumática 101
6.13 Padrão de Rolamento 103
6.14 Direção de Reversão 103
6.15 Sobreposições de Tambores Duplos 104
5
1. INTRODUÇÃO
1.1 Principais Equipamentos
6
7
1.2 Objetivo
O objetivo deste treinamento é demonstrar os procedimentos de segurança,
simbologia, parte interna da cabine, a inspeção e manutenção e as técnicas de
operação DE MAQUINAS PESADA.
8
2. SEGURANÇA
Não seguir às instruções ou ignorar os avisos pode resultar em ferimentos ou
morte. É sua responsabilidade certificar-se de que sejam tomadas as medidas de
segurança e cuidados adequados.
9
2.2 Inspeção Diária no Equipamento
A fim de garantir a segurança na execução das atividades de trabalho, o operador
deverá inspecionar diariamente seu equipamento, registrando em formulário
específico possíveis anomalias. Caso sejam constatadas anomalias, o operador
deverá informar imediatamente seu superior. O Formulário de inspeção deverá
ser recolhido pelo menos uma vez por semana e arquivado, sendo disponibilizado
caso solicitado pela fiscalização.
10
2.3 Etiquetagem e Bloqueio
Antes de fazer manutenção ou reparo no equipamento, prenda no interruptor de
partida ou nos controles uma etiqueta de advertência com os dizeres NÃO OPERE.
Qualquer empregado que descumprir esta norma cometerá uma infração grave e
estará sujeito a ações disciplinares adequadas.
11
2.5 Definições
2.5.1 Etiquetamento
Ato de colocar uma etiqueta de segurança em uma chave, alavanca, válvula,
portinhola ou qualquer outro dispositivo de isolamento. A etiqueta indica que
aquele dispositivo ou equipamento não pode ser ligado ou manuseado, até que
esta seja removida.
2.5.2 Responsabilidade
Todos os funcionários envolvidos na prática do etiquetamento, bloqueio, teste
de verificação devem saber aplicar o procedimento em todos os seus estágios.
12
2.6 Equipamentos de Proteção Obrigatórios
Para execução da atividade é obrigatório à utilização dos seguintes EPI`s.
13
2.7 Riscos Adicionais
2.7.1 Pressão
Após o desligamento do motor, o circuito hidráulico poderá permanecer sob
pressão por um longo período. Se não for devidamente aliviada, a pressão poderá
causar a expulsão de fluidos hidráulicos ou de outros itens, como bujões e
tubulações.
Para evitar ferimentos ou ate acidentes fatais, não remova qualquer peça ou
componente hidráulico até que toda a pressão tenha sido aliviada.
14
Use sempre uma tábua ou papelão quando verificar se há vazamentos em
tubulações ou canos. Exemplo na figura abaixo:
2.7.2 Poeira
A inalação dessa poeira do amianto pode causar serias doenças respiratórias
como a Silicose, que trocando em miúdos, nada mais é que o enrijecimento das
paredes pulmonares, reduzindo a capacidade respiratória, podendo levar a
morte.
15
2.8 Descarte de Resíduos
O descarte incorreto de detritos pode causar danos ao meio ambiente. Os fluidos
potencialmente prejudiciais ao meio ambiente deverão ser descartados em locais
apropriados definidos pela empresa. Quando identificar um vazamento,
comunique imediatamente à manutenção e a segurança do trabalho.
16
2.9.1 Abastecimento
O Abastecimento da maquina deve ser realizado por profissional pré-definido
pela empresa. Não é permitido ao operador realizar o abastecimento do
equipamento. Não fume, nem permita que outros fumem perto do equipamento,
os vapores liberados durante o processo de abastecimento são altamente
voláteis. Desligue o motor do equipamento durante o abastecimento. Procure
reabastecer as maquinas em ambientes abertos.
17
2.9.3 Raios e Descargas Atmosféricas
No evento de tempestades com queda de raios nas imediações da máquina, o
operador nunca deve tentar: Subir na máquina ou descer da máquina.
Evite operar a máquina nestas condições, pois podem ocorrer danos ao sistema
eletrônico da máquina.
Opere o equipamento somente com a certeza que você não esta expondo outras
pessoas a algum risco. Afaste todo o pessoal que esteja na área de atuação da
maquina.
18
Coloque todos os controles na posição RETER antes de dar partida no motor.
OBS: Os escapes de motores a diesel contêm produtos de combustão que podem
ser prejudiciais a sua sáude. Sempre opere o motor em áreas bem ventiladas.
19
2.10.4 Operação
Não se aproxime de bordas de barrancos, escavações ou penhascos, o solo nesse
local é instável. Evite operar a máquina transversalmente à rampa. Sempre que
possível, opere a máquina para cima ou para baixo nas rampas. Se a máquina
começar a deslizar para o lado em um declive, remova imediatamente a carga e
vire a máquina no sentido do declive.
20
Evite qualquer condição que possa levar ao tombamento da máquina.
OBS: A máquina pode tombar quando se trabalha em encostas, bancadas,
rampas, valas, lombadas e outros obstáculos inesperados.
21
2.10.5 Trabalho em Encostas
Fique Tome cuidado especial perto de beiras, pés de penhascos, pois há perigo de
quedas de rochas. Evite operar próximo a encostas íngremes e beiradas de
barrancos, pois o solo é pouco consistente e de fáceis desmoronamentos. O peso
do equipamento e o movimento vibratório podem provocar desmoronamentos e
a possibilidade de rolar talude abaixo é grande.
Em declives muito íngremes, o rolo necessita ser guinchado para ser tracionado.
Neste caso uma grade de proteção deverá ser usada para a proteção do
operador. Um cabo de segurança deverá ser conectado à máquina caso o cabo do
guincho quebre. Opere sempre na direção do declive, ou seja, subindo ou
descendo. Evite operar na posição transversal ao declive.
22
2.10.7 Vias de Acesso
2.10.8 Leiras
Nas laterais das bancadas ou estradas onde houver riscos de quedas de veículos /
equipamentos. Estas leiras devem possuir um plano de manutenção periódica.
23
Quanto a construção de leira, pode-se utilizar 3 (três) tipos de materiais:
Linha de Matacos;
Por materiais de diâmetros maiores;
Por materiais de diâmetros menores.
IMPORTANTE: Nunca utilizar materiais finos (ex. Areia, Pedrisco, etc.), pois a
finalidade das leiras é criar uma barreira que suporte impacto (devido a sua
densidade maior) e que impeça que o (s) rodado (s) do veículo / equipamento
desfaça a proteção, transpondo a leira possibilitando a um gravíssimo acidente.
Para evitar danos aos controles eletrônicos da máquina, do motor e também aos
mancais do equipamento é necessário usar corretamente os procedimentos de
soldagem.
24
Na sequência os passos para se realizar uma solda com segurança:
Desligue o motor;
Gire a chave geral da bateria para a posição DESLIGAR. Se não houver uma
chave geral da bateria, remova da bateria o cabo negativo;
Fixe o cabo de terra proveniente da máquina de soldagem no componente
que será soldado;
Faça a fixação tão perto quanto possível da solda;
Certifique-se de que o caminho elétrico do cabo de terra até o componente
não atravesse nenhum mancal.
Não desligue o motor imediatamente após a máquina ter funcionado. Isso pode
causar superaquecimento e desgaste acelerado dos componentes do motor. Pare
a máquina e deixe o motor operando em marcha lenta por cinco minutos. Nunca
coloque a chave geral da bateria na posição DESLIGAR enquanto o motor estiver
funcionando, pois isso pode causar sérios danos ao sistema elétrico. Estacione a
máquina em uma superfície nivelada.
25
2.10.11 Estacionamento da Máquina
26
2.10.13 Aviso Importante
Não entregue a chave de equipamentos para pessoas que não são treinadas.
27
2.10.14 Cinto de Segurança
28
2.10.16 Transporte de Equipamento
29
SEGURANÇA, obrigação de todos!
30
3. SIMBOLOGIA
31
32
33
34
35
36
37
4. CABINE
O que é cabine?
38
CB 434D (Compactador chapa/chapa) PS 360C (Compactador de Pneus Pneumático)
39
Estas estruturas não devem ser alteradas sem prévia consulta ao
fabricante.
Inspecione a estrutura.
Ao encontrar parafusos frouxos, danificados ou faltantes, os
substitua.
Substitua os suportes de montagem se a Estrutura estiver a ranger
ou fazendo ruídos.
Não endireite ou faça reparos da estrutura através de soldagem de
placas de reforço.
CB 434D
40
Os indicadores e controles acompanham o movimento do assento e do
console do operador para facilitar a operação.
O posto do operador de várias posições (opcional) desliza em três posições
diferentes, e o assento é articulado em 30° nos dois sentidos para
proporcionar o máximo de visibilidade.
Lembrando que a existência das funcionalidades variam para cada tipo de
rolo.
CW 34
O painel de instrumentos inclui indicadores de horômetro, temperatura do
óleo da transmissão, temperatura do líquido arrefecedor do motor,
pressão do óleo do motor e nível do combustível.
41
CW 14
1 – Ativar / Desativar Regeneração
2 – Indicador de Regeneração
(1) – Desligar: Nesta posição se desliga toda a parte elétrica da cabine e motor.
42
4.4 Advertências
Advertências tipo 1
Tipos de falhas: São falhas que não trazem problemas graves para o
equipamento.
Sinal dado pelo Painel Monitor: Acenderá a luz de alerta ou indicador entrará na
faixa vermelha.
Advertências tipo 2
43
Advertências tipo 3
Tipos de falhas: São falhas que trazem problemas graves para o Equipamento.
44
5. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
45
5.1 Motor
Verifique vazamentos:
Parafuso de fixação
Parafuso de retenção
Parafuso esticador
46
5.1.1 Óleo do Motor
Com o motor parado e a temperatura ambiente é possível verificar o nível do
óleo do motor.
Com estas condições satisfeitas retire a vareta e limpe-a com um pano limpo.
Introduza novamente e espere alguns segundos, retire e confira se o nível esta de
acordo com a faixa de segurança.
47
Limpe toda a sujeira na canaleta do anel de vedação.
Aplique uma camada fina de óleo, aos retentores dos novos filtros; este óleo é o
mesmo óleo do motor limpo.
Sempre verifique as condições de vedação dos filtros.
48
5.1.2 Sistema de Arrefecimento – Nível de Líquido Arrefecedor
49
5.1.3 Filtro de ar do Motor – Limpeza e Substituição
50
Observe as seguintes diretrizes ao limpar o elemento filtrante:
Não perfure ou bata para remover a poeira;
Não lave;
Use ar comprimido de baixa pressão para remover a poeira do elemento
filtrante, sempre de dentro para fora;
51
IMPORTANTE
52
5.3 Sistema Separador de Água do Combustível.
Aviso
É extremamente importante drenar a água do separador de água diariamente ou
a cada dez horas.
53
Drenar a água do tanque de combustível semanalmente ou a cada 50 horas é de
extrema importância.
A inobservância dessa recomendação pode resultar em danos ao sistema de
combustível.
5.4 Chassis
54
5.7 Limpar colmeia do radiador
55
5.8 Tampas
Caso a tampa esteja suja deve-se fazer a limpeza antes de fechar, pois, o sistema
pode ser contaminado.
Usar graxa recomendada pelo fabricante e evitar o excesso para não sujar a
máquina, evitar a contaminação e o desperdício.
56
Lubrifique a escavadeira nos intervalos recomendados pelos manuais, ou pelo
plano de manutenção do equipamento.
Graxas que contém molibdênio são graxas que não saem do pino quando em
movimento ou quando submetido a esforços.
57
Mantenha o nível do óleo no visor de nível entre as marcas “MIN” e “MAX”.
Para adicionar óleo hidráulico ao sistema abrir a tampa azul localizada junto ao
compartimento do motor.
58
5.11 Inspeção de Mangueiras
5.12 Baterias
59
5.13 Fusíveis
5.14 Sujeira
Verifique diariamente e limpe se for necessário.
Sujeiras como folhas e papéis podem causar incêndio
60
5.15 Check List
Apresentamos a seguir, um check list para ser utilizado no dia-a-dia. Este check
list geral foi elaborado para atender os modelos de rolo compactador vibratório
e pé-de-carneiro. Faça as seguintes verificações:
61
5.15.4 Ao dar a partida
62
6. TÉCNICAS DE OPERAÇÃO
6.1 Introdução
A compactação do asfalto pode ser definida de diversas maneiras, porém esta é a
maneira mais simples de defini-la: compactação é o processo de aumentar
mecanicamente a densidade de uma camada de material. Quando falarmos em
tapete de asfalto é a camada do pavimento feita pela vibroacabadora.
Cada camada da estrada é projetada para suportar a carga colocada sobre ela.
Desde a fundação à base, à base pavimentada, à superfície final, cada camada
deve ser construída com o material correto e com a espessura e a densidade
apropriada. Se uma camada não for resistente o suficiente, a estrada será
deformada prematuramente.
63
O tapete de asfalto produzido pela pavimentadora normalmente tem 15% de
lacunas de ar. Essa é uma quantidade muito grande de ar e pode causar diversos
problemas. As lacunas de ar permitem a entrada de água no tapete de asfalto,
que pode se expandir e contrair de acordo com as mudanças de temperatura.
Antes da Compactação
Após a Compactação
64
6.2 Custo da Compactação
É interessante observar que o elemento de custo mais baixo no processo de
extensão da vida útil de uma estrada é a compactação. Os agregados e o cimento
de asfalto se tornam caros se comparados ao custo da compactação. Aumentar a
densidade das camadas de asfalto durante o processo de construção custa muito
pouco em termos de porcentagem por tonelada de mistura.
Uma boa densidade ajuda a economizar muito nos custos com manutenção e
repavimentação da estrada. Todos os elementos – agregados, cimento de asfalto
e compactação têm a mesma importância na extensão da vida útil do pavimento.
65
6.3 Forças de Compactação
Quatro forças são usadas no processo de compactação de material de um volume
maior em um volume menor: carga estática, manipulação, impacto e vibração.
66
Em geral, um compactador de tambor de aço estático tem uma quantidade fixa
de carga linear que depende do peso e da largura do tambor.
67
Quando a pressão do pneu é aumentada, o pneu fica menos achatado e a área de
contato é menor. Uma menor área de contato resulta em maior pressão sobre o
solo no tapete de asfalto.
68
Quando a pressão dos pneus é alta, a pressão exercida pelos pneus empurra o
material para baixo e para os lados. Assim provavelmente haverá mais marcas de
pneus no tapete de asfalto. A baixa pressão dos pneus tende a empurrar o
material para baixo, por isso as marcas de pneu são menos evidentes.
69
6.3.4 Forças Vibratórias
A força de vibração é provavelmente a mais complexa das quatro forças de
compactação. As forças vibratórias aumentam o esforço de compactação
desenvolvido pelo peso e pelo impacto.
70
A distância que o tambor se move no tapete de asfalto é definida como amplitude
vibratória. A amplitude influência tanto a força de impacto como a energia de
vibração. Os ajustes de amplitude podem ser alterados em compactadores
vibratórios mais modernos. Quanto maior a amplitude, maior a força de impacto.
71
Vamos analisar a relação entre a amplitude e a frequência. É possível pensar em
alta amplitude como um martelo grande e em baixa amplitude como um martelo
pequeno. Ao usar o martelo grande que representa a alta amplitude, o tambor se
move mais além no tapete de asfalto.
72
6.3.4.2 Amplitude x Força Centrífuga
Amplitude e freqüência trabalham juntas para produzir um fator conhecido como
força centrífuga. Deve haver equilíbrio entre os dois fatores de modo que a força
centrífuga que é gerada seja controlável pelo sistema vibratório. O design do
sistema vibratório não pode combinar alta amplitude com alta freqüência. A
figura a seguir mostra caracteristicas de dois rolos trabalhando;
73
Vibração Equilibrada
Vibração Desequilibrada
74
Caso ocorra solavanco do tambor, tente uma das opções a seguir:
• Verifique a velocidade de trabalho para certificar-se de que esteja
operando em uma margem de 8 a 14 impactos por pé.
• Ajuste a amplitude para um nível mais baixo.
• Se possível, tente reduzir a frequência da máquina.
• Opere no modo estático.
• Opere com um tambor vibrando e o outro na condição estática.
75
6.4.1 Composição da Mistura
76
6.4.1.1 Misturas Brutas
As composições das misturas com agregados maiores geralmente apresentam
menos enchimentos e quantidades menores de cimento de asfalto para agirem
como aglutinadores. Geralmente são chamadas de misturas brutas. Muitas das
novas misturas Superpave são misturas brutas.
77
Note que a pressão de compactação ainda apresenta uma eficiência de 90%
(figura a seguir) a uma profundidade de 10 cm (4 pol). Pneus largos são mais
eficientes no caso de camadas espessas e também produzem um acabamento
mais liso.
78
Para camadas mais finas e misturas macias, utiliza-se um esforço de compactação
menor. Muita força pode danificar o tapete de asfalto. Compactadores vibratórios
devem ser operados com uma amplitude baixa ou no modo estático para
camadas finas e misturas macias. Freqüentemente, são necessários
compactadores estáticos com rodas de aço ou compactadores pneumáticos leves
para misturas macias.
79
6.4.1.3 Formato do Agregado
80
6.4.1.4 Espessura da Camada x Tamanho do Agregado
81
Aplica-se o oposto ao se compactar um tapete com pouca espessura para a
razão de tamanho do agregado. Um tapete de 5 cm (2 pol) com agregados de
até 25 mm (1 pol) podem ser os mais difíceis de serem compactados. A razão
de 2:1 (figura a seguir) é considerada como o mínimo aceitável, pois os
agregados têm pouco espaço para serem deslocados verticalmente. O uso de
força excessiva quebrará os agregados e pedras expostas irão aparecer no
tapete de asfalto. Isso pode resultar em uma falha prematura do tapete de
asfalto. Para esse tipo de tapete, são necessárias forças menores de
compactação, especialmente se os agregados forem macios ou frágeis.
82
6.4.2 Estrutura do Pavimento
83
6.4.3 Temperatura da Mistura
Agora vamos apresentar outro fator que tem grande impacto sobre a
compactação: a temperatura da mistura.
84
Em contrapartida quando a temperatura do tapete tiver caído para cerca de 85°C
(185°F), a maior parte da compactação já deve ter sido concluída. Nesta faixa de
temperatura o cimento de asfalto encontra-se tão rígido que não é possível
nenhum movimento adicional dos agregados. É possível que você consiga aplainar
as marcas na superfície, mas dificilmente irá reduzir muito a densidade.
Se o tapete começar a esfriar antes de a densidade desejada ser alcançada,
trabalhe o mais próximo possível da traseira da pavimentadora, ou aumente a
força de compactação dos equipamentos utilizados, ou utilize mais
compactadores no trabalho.
85
Quando estiver diante de uma mistura que apresenta uma zona macia, obtenha o
máximo possível de densidade na faixa de alta temperatura. Talvez seja
necessário cessar o rolamento por completo na zona macia. Dessa forma, será
possível obter a densidade e o alisamento finais após o tapete ter esfriado abaixo
da zona macia. Geralmente, é possível trabalhar no tapete em temperaturas
abaixo de 85°C (185°F), se houver apresentado uma zona macia.
Assim sendo, como saber se o tapete está na temperatura certa para ser
compactado? Uma forma é observar como a mistura se comporta em frente ao
tambor ou aos pneus. Outra é utilizar um termômetro infravermelho que realiza
um escaneamento rápido da temperatura da superfície e pode informar o quão
rapidamente o tapete está perdendo calor. O dispositivo mais preciso é a sonda
de temperatura que mostra a temperatura interna do tapete. A temperatura
interna é maior do que a da superfície e é a que melhor indica a reação da mistura
sob as forças de compactação.
86
6.4.4 Condições Climáticas
87
6.4.5 Tempo Disponível para Compactação
Este gráfico mostra como o tempo disponível para compactação varia de acordo
com a espessura do tapete. À medida que a temperatura da mistura passa por
baixo da régua vibratória da pavimentadora, ela atinge uma temperatura de 150°
C (300°F). A temperatura ambiente e a da base são iguais - 15°C (60°F).
Um tapete com espessura de 7,5 cm (3') terá sua temperatura reduzida a 85°C
(185F) em aproximadamente 36 minutos. Um tapete com espessura de 5 cm (2
pol) terá sua temperatura reduzida a 85°C (185F) em aproximadamente 20
minutos. O tapete de 7,5 cm (3 pol) permanece manuseável por quase o dobro
do tempo.
E lembre-se de que normalmente podemos utilizar mais força de compactação
em um tapete grosso sem termos de nos preocupar com possíveis quebras dos
agregados. Para obter densidade mais rapidamente em tapetes finos, acrescente
rolos. Não utilize mais força. A força extra pode danificar os agregados de um
tapete fino.
88
Outro exemplo:
89
6.5 Estágio de Compactação
90
6.5.1 Compactação de Ruptura
91
Para o estágio de ruptura, os tipos mais comuns de compactadores são os de
tambores duplos vibratórios. O aumento mais significativo de densidade
normalmente ocorre quando são utilizadas forças dinâmicas produzidas pelos
equipamentos vibratórios de compactação. Os rolos vibratórios são os mais
produtivos durante o estágio de ruptura e os que obtêm a densidade desejada
com o menor número de passagens, especialmente em camadas grossas.
Os rolos pneumáticos, geralmente, são restritos aos aglutinadores e às camadas
de base e não são utilizados para a compactação de ruptura da superfície ou da
camada de desgaste. Em alguns projetos, é possível ver também rolos estáticos
pesados com rodas de aço. Cada tipo de compactador, quando devidamente
ajustado para o trabalho, irá fornecer a força necessária para que se obtenha um
alto grau de densidade.
O tapete deve estar quente o suficiente para que ainda haja algum deslocamento
dos agregados e aglutinadores. Por isso, com freqüência, os compactadores
permanecem muito próximos das unidades de ruptura.
Dependendo da espessura do tapete, pode ser necessário ter cuidado para não
utilizar muita força de compactação. A densidade do tapete estará próxima da
desejada, e força em excesso pode fazer com que os tambores se separem ou
com que os agregados se quebrem.
92
Para o estágio intermediário, mais uma vez é freqüente vermos compactadores
vibratórios e rolos pneumáticos. Rolos pneumáticos têm a vantagem de gerar
uma certa quantidade de compactação continuamente sem provocar quaisquer
danos aos agregados. Rolos com pneus de borracha também são populares na
posição intermediária, pois a ação manipulativa dos pneus ajudam a vedar a
superfície e a reduzir a permeabilidade. As unidades vibratórias são ajustadas no
modo vibratório de baixa amplitude ou no modo estático, dependendo da
espessura da camada e da quantidade de força necessárias para concluir a
compactação. Um compactador vibratório pode triturar os agregados da
superfície, se for utilizado no modo vibratório na posição intermediária.
O rolo de acabamento deve ser realizado enquanto o tapete ainda estiver quente
o suficiente para permitir a remoção de quaisquer marcas na superfície deixadas
pelos compactadores durante os estágios anteriores.
93
Assim que o tapete estiver liso, pare o rolo de acabamento. A continuidade do
rolamento após ter sido alcançada a densidade e o alisamento desejados consiste
em desperdício e, em alguns casos, até mesmo em danos ao tapete.
94
6.6 Compactação de Camada Frágil
Ao compactar camadas frágeis, utilize menos força para evitar danos aos
agregados. Na posição de ruptura, use um tambor duplo vibratório ajustado em
baixa amplitude ou experimente um pneumático pesado, caso as marcas no
tapete de asfalto não sejam tão profundas. Prossiga com um rolo pesado com
pneus de borracha na posição média e termine com um tambor duplo meio
vibratório ou no modo estático.
95
6.7 Compactação de Camada Macia
96
Na posição intermediária um tambor duplo vibratório ajustado em baixa
amplitude também pode ser utilizado.
Além disso, faça experiências com o ajuste de amplitude e com a pressão do pneu
do rolo pneumático para encontrar as forças que obtêm densidade sem marcar o
tapete.
97
6.8 Compactação de Juntas Tranversais
Para compactar a junta transversal, use força estática. Comece com a maior parte
do tambor no lado frio da junta. Com cada passagem sucessiva, gradualmente
sobreponha o rolo no lado quente, até que todo o tambor esteja no lado quente.
Normalmente, são colocadas tábuas em ambos os lados do pavimento para que o
compactador possa ser retirado do tapete de asfalto. Se as limitações de espaço
impedirem que se opere de modo transversal, a junta pode ser compactada em
um ângulo. Assim que toda a junta estiver compactada, o padrão normal de
rolamento e a compactação vibratória podem ser iniciados.
Faça o rolamento lentamente nas juntas transversais. A velocidade reduzida pode
ajudar a uniformizar pontos elevados na junta.
98
Uma exceção a esse padrão é quando se está compactando camadas com
espessuras de 20 cm (4 pol) ou mais. Para fechar a junta, é necessário sobrepô-la
levemente na primeira passagem no modo estático.
Durante a segunda passagem, sobreponha o tapete frio em aproximadamente 15
cm (6 pol). Faça o rolamento no modo estático durante a segunda passagem.
Operar no modo vibratório concentra a maior parte das forças no lado frio e
esmaga os agregados no lado frio. A faixa de sobreposição danificada torna-se
uma área degradada, podendo provocar falhas na junta.
99
6.10 Compactação de Bordas Não Confinadas
100
6.12 Compactação Pneumática
A idéia é aquecer os pneus rapidamente para que o asfalto não grude nos
pneus. Dependendo da aplicação de uma emulsão não aderente, pode haver
alguma aderência inicial. Mas assim que os pneus estiverem quentes, a
máquina pode retornar para a posição intermediária, onde é possível operar
normalmente.
O compactador pneumático deixará marcas mais profundas quando se estiver
operando no asfalto mais quente. Assim, é preciso certificar-se de que as
marcas de pneu serão corrigidas o suficiente durante o estágio final da
compactação.
Em geral, os pneus estarão aquecidos o suficiente para que a aderência seja
eliminada após 3 a 5 minutos de rolamento diretamente atrás da
pavimentadora.
101
Quando os pneus estiverem quentes, mantenha-os quentes. Evite paradas
prolongadas do compactador pneumático. A parte dos pneus que não estiver
em contato com o tapete irá esfriar, se a máquina permanecer parada por
muito tempo. Assim que o rolamento começar de novo, provavelmente o
asfalto irá aderir à porção mais fria dos pneus.
Procure desenvolver uma velocidade e um padrão de rolamento que sejam
compatíveis com a produção da pavimentadora e de outros compactadores
sem parar o compactador pneumático. Se a operação de pavimentação parar -
caso esteja esperando mais caminhões, por exemplo - encontre uma porção
do tapete compactado que ainda esteja quente e lentamente faça o rolamento
nessa área para manter os pneus uniformemente aquecidos.
A colocação dos protetores de pneus também ajuda a reter o calor quando os
pneus estão quentes.
102
6.13 Padrão de Rolamento
103
Quando estiver se preparando para parar e fazer a reversão sobre o tapete de
asfalto, não pare em linha reta. Em vez disso, gire lentamente em direção ao
centro do tapete e não gire o tambor até que tenha parado. Qualquer marca
deixada pelo tambor estará em um ângulo na direção de deslocamento do rolo e
será mais fácil de ser corrigida em passagens sucessivas. Alguns tapetes são
bastante rígidos, Superpave por exemplo, e suportam uma parada em linha reta
sem serem deformados. A técnica de reversão pode ser determinada por meio de
experiências cuidadosas.
Há diferentes formas de se reverter o compactador, mas o objetivo é sempre o
mesmo: não deixar no asfalto marcas que não possam ser alisadas por passagens
subseqüentes.
104
105