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Universidade do Minho

Escola de Engenharia

Bruno Miguel Pereira Garim

Bruno Miguel Pereira Garim Central Receptora de Alarmes e Diagnóstico


Central Receptora de Alarmes
e Diagnóstico

UMinho|2010

Dezembro de 2010
Universidade do Minho
Escola de Engenharia

Bruno Miguel Pereira Garim

Central Receptora de Alarmes


e Diagnóstico

Dissertação de Mestrado
Mestrado em Engenharia Electrónica Industrial
e Computadores

Trabalho efectuado sob a orientação do


Professor Doutor José Araújo Mendes

Dezembro de 2010
É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTA DISSERTAÇÃO APENAS PARA EFEITOS
DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE
COMPROMETE;

Universidade do Minho, ___/___/______

Assinatura: ________________________________________________
“Nós todos temos sonhos. Mas para tornar os sonhos realidade, é preciso uma enorme
quantidade de determinação, dedicação, auto-disciplina e esforço”.
Jesse Owens

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Agradecimentos

Ao longo desta etapa da minha formação foram inúmeras as pessoas que de alguma
forma contribuíram, beneficamente, para o desenrolar deste projecto. Esta dissertação de
mestrado foi sem dúvida uma experiência única que me permitiu passar pelo patamar
profissional onde adquiri, novos conhecimentos e complementei outros.
Como tal agradeço a disponibilidade, acompanhamento atento e colaboração
demonstrado por todos os colaboradores, sem excepção. As minhas desculpas para todos
aqueles que eu me possa esquecer de mencionar.
Primeiramente, gostaria de deixar o meu sincero agradecimento ao Professor José
Mendes por ter tornado esta experiencia uma realidade para mim, por toda a sua dedicação e
orientação, pelo seu espírito crítico e também pelos conselhos que contribuíram
significativamente, para o rendimento positivo deste projecto.
Ao Eng. Nuno Brito o meu profundo agradecimento não apenas pelo contributo
imprescindível na realização desta dissertação, mas também pela partilha de conhecimento,
amizade e paciência que sempre disponibilizou.
Ao Eng. Nuno Peixoto pela ajuda e apoio em diversos momentos, durante a realização
deste trabalho.
Ao Eng. Nuno Cardoso pelo companheirismo, disponibilidade e partilha de
conhecimentos.
Ao Eng. André Mota pela amizade e sugestões importantes neste projecto.
Ao Paulo Santos pela disponibilidade que sempre demonstrou no surgimento de
algumas dúvidas.
Orgulhosamente, aos meus pais, sem os quais toda esta caminhada não seria possível,
por toda a confiança depositada assim como todo o apoio nos momentos mais difíceis.
Não poderia terminar sem deixar uma palavra de agradecimento a todos os professores
e colegas da Universidade do Minho, que me proporcionaram os conhecimentos necessários
para a realização desta tese de mestrado.

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Resumo

A domótica é cada vez mais uma área emergente, sendo a sua evolução uma forte aposta
no mercado das tecnologias. Quando se fala em domótica não se pode deixar de lado o tema
segurança, visto que, nos dias que correm, é um factor integrante em grande parte das áreas
residenciais. A integração de sistemas de segurança já existentes no mercado, com sistemas de
domótica, permite uma redução de custos, maior robustez e maior fiabilidade.
Este projecto surge na base dos três princípios referidos anteriormente, tendo como
objectivo principal a integração de um sistema de segurança, já existente no mercado, num
sistema de domótica em desenvolvimento. A integração dos dois sistemas permite migrar para a
domótica todas as funcionalidades integradas no sistema de segurança, atribuindo a esta uma
grande gama de funcionalidades, sendo a utilização de sensores sem fios uma grande
vantagem. Neste contexto surgiu a necessidade de desenvolver um software que permitisse
proceder ao diagnóstico dos sistemas de segurança, software este capaz de receber eventos
gerados nas centrais de alarmes e fazer a sua amostragem através de um interface gráfico de
fácil utilização.
A tese encontra-se assim dividida em duas fases: numa primeira fase foi desenvolvido
uma “Aplicação Cliente” e uma “Aplicação de Controlo” que possibilita uma interacção
bidireccional entre a domótica e o sistema de segurança, sendo possível proceder à configuração
da central e receber eventos da mesma; numa segunda fase foi desenvolvido um software para
proceder ao diagnóstico de todos os eventos gerados nas centrais de alarmes.

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Abstract
Home Automation or Domotics is an emerging research and business area, where all the
recent technological evolutions has been taken into account in the design of a new generation of
software and hardware components. Home electronic security is another component of a home
automation system with ever growing relevance whether in homes or buildings.
One of the solutions for electronic home security integration is the usage of standard
products available in the market with proven reliability, lower costs and robustness.
The objective of this project is composed by two parts; the first part concerns the
development of a software application with a graphical user interface for bidirectional full control
of a standard intrusion alarm system commercially available; the second part concerns the
development of a central monitoring station where all relevant events from many home
automation systems can be recorded.
The standard intrusion alarm system commercially available is composed by several
components many of them fully wireless and battery operated. The range of sensors goes from
PIR detectors to gas detectors and many more.
The central monitoring station is meant to log all events that thousands of home automation
systems can send. The central monitoring station is also a tool for maintenance prevention as
well as a tool for human security surveillance implementation.

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Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
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Índice

Agradecimentos......................................................................................................................... v

Resumo ................................................................................................................................... vii

Abstract.................................................................................................................................... ix

Índice de Figuras ..................................................................................................................... xv

Índice de Tabelas ................................................................................................................... xvii

Lista de Acrónimos .................................................................................................................. xix

1 Introdução ....................................................................................................................... 3

1.1 Abordagem ao tema .................................................................................................. 3

1.2 Descrição do Trabalho ............................................................................................... 6

1.3 Solução Proposta ...................................................................................................... 7

1.3.1 Software de Controlo do Alarme ......................................................................... 7

1.3.2 Software de Monitorização do Alarme................................................................. 7

1.4 Organização da Tese ................................................................................................. 8

2 Estado da Arte ............................................................................................................... 11

2.1 Visão Geral dos Sistemas Existentes no Mercado ..................................................... 11

2.2 Alarmes nos Sistemas de Domótica ......................................................................... 11

2.2.1 iDom ............................................................................................................... 11

2.2.2 Mordomus ....................................................................................................... 13

3 Tecnologias envolvidas no projecto ................................................................................. 17

3.1 Introdução............................................................................................................... 17

3.2 Web Server ............................................................................................................. 18

3.2.1 Apache HTTP Server ........................................................................................ 18

3.2.2 MySQL ............................................................................................................ 19

3.2.3 PHP ................................................................................................................ 20


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3.2.4 XML ................................................................................................................ 21

3.2.5 Web Services ................................................................................................... 22

3.2.6 Flex ................................................................................................................. 25

3.2.6.1 XML Socket.............................................................................................. 26

3.2.6.2 BinarySocket ............................................................................................ 26

3.2.7 XAMMP ........................................................................................................... 27

4 Central de Alarmes......................................................................................................... 31

4.1 Introdução............................................................................................................... 31

4.2 Dispositivos ............................................................................................................. 32

4.2.1 Detector de Movimentos e Quebra de Vidros .................................................... 32

4.2.2 Abertura de Portas ........................................................................................... 32

4.2.3 Sensor de Fumo e Temperatura ....................................................................... 32

4.2.4 Sensor de Inundação ....................................................................................... 32

4.2.5 Comunicador LAN ........................................................................................... 33

4.3 Comunicações ........................................................................................................ 35

5 Central Receptora de Alarmes ........................................................................................ 39

5.1 Introdução............................................................................................................... 39

5.2 Descrição ................................................................................................................ 39

5.3 Comunicações ........................................................................................................ 40

6 Controlo da Central de Alarmes ...................................................................................... 43

6.1 Introdução............................................................................................................... 43

6.2 Funcionalidades ...................................................................................................... 44

6.3 Descrição do Trabalho Realizado ............................................................................. 46

6.4 Esquema de Funcionamento ................................................................................... 48

6.5 Aplicação de Controlo .............................................................................................. 49

6.5.1 AlarmProgrammation ....................................................................................... 49

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6.5.2 AlarmCommunication ...................................................................................... 49

6.5.3 AlarmInterface ................................................................................................. 49

6.5.4 AlarmDatabase ................................................................................................ 50

6.5.5 Configurações Domótica .................................................................................. 51

6.5.6 Menu Alarme ................................................................................................... 52

6.5.6.1 Sensores.................................................................................................. 52

6.5.6.2 Parâmetros da Central ............................................................................. 55

6.5.6.3 Código Mestre.......................................................................................... 56

6.5.6.4 Editar Alarmes ......................................................................................... 57

7 Monitorização da Central de Alarmes .............................................................................. 67

7.1 Introdução............................................................................................................... 67

7.2 Base de Dados ........................................................................................................ 68

7.3 Interface Gráfico ...................................................................................................... 69

7.3.1 Menus do Software .......................................................................................... 69

7.3.2 Menu de “Login” ............................................................................................. 70

7.3.3 Menu de Monitorização .................................................................................... 71

7.3.4 Menu de Clientes ............................................................................................. 75

7.3.5 Menu Instalador............................................................................................... 80

7.3.6 Menu de Configurações ................................................................................... 83

8 Conclusões e Trabalho Futuro ........................................................................................ 87

8.1 Conclusões ............................................................................................................. 87

8.2 Trabalho Futuro....................................................................................................... 88

Bibliografia ............................................................................................................................. 91

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Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
xiv
Índice de Figuras

Figura 1.1.1: Esquema ilustrativo da estrutura de um sistema de domótica. .............................. 4


Figura 2.2.1: Esquema do sistema de domótica “iDom”. ........................................................ 12
Figura 2.2.2: Ecrã com o software”iDom”. .............................................................................. 12
Figura 2.2.3: Ecrã com o interface gráfico proporcionado pela consola do sistema Mordomus. 14
Figura 3.1.1: Arquitectura da Central Receptora de Alarmes e Diagnóstico. ............................. 17
Figura 3.2.1: Exemplo de um extracto de código XML. ............................................................ 21
Figura 3.2.2: Exemplo de código XML correspondente a um WebService. ................................ 23
Figura 3.2.3: Funcionamento de um WebService..................................................................... 24
Figura 4.2.1: Comunicador JA-80V.......................................................................................... 33
Figura 4.3.1: Comunicações entre a Central de Alarmes e a Domótica. ................................... 35
Figura 5.3.1: Comunicações entre a Central de Alarmes e o Software de Diagnóstico. ............. 40
Figura 5.3.1: Software de Domótica. ....................................................................................... 43
Figura 6.5.1: Menu de Configurações da Domótica. ................................................................ 51
Figura 6.5.2: Configuração de Sensores .................................................................................. 52
Figura 6.5.3: Divisões do Edifício ............................................................................................ 53
Figura 6.5.4: Tipo de Sensores. .............................................................................................. 53
Figura 6.5.5: Reacção dos Sensores. ...................................................................................... 53
Figura 6.5.6: Introdução do número de série dos Sensores sem Fios. ..................................... 54
Figura 6.5.7: Registar e Apagar Sensor. .................................................................................. 54
Figura 6.5.8: Parâmetros da Central ....................................................................................... 55
Figura 6.5.9: Código Mestre. .................................................................................................. 56
Figura 6.5.10: Criação de Zonas de Alarme. ........................................................................... 57
Figura 6.5.11: Gerir Entradas da Zona de Alarme .................................................................... 58
Figura 6.5.12: Edição da Entrada............................................................................................ 59
Figura 6.5.13: Gerir Actuações das Zonas de Alarme. ............................................................. 60
Figura 6.5.14: Comportamento das Saídas ............................................................................. 61
Figura 6.5.15: Actuação de Saídas Temporizadas. .................................................................. 62
Figura 6.5.16: Armar/Desarmar Alarmes ................................................................................ 63
Figura 7.2.1: Diagrama relacional da Base de Dados. ............................................................. 68
Figura 7.3.1: Navegação entre Menus ..................................................................................... 69
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
xv
Figura 7.3.2: Correspondência ícones/menus. ........................................................................ 69
Figura 7.3.3: Login ................................................................................................................. 70
Figura 7.3.4: Menu de Monitorização. ..................................................................................... 71
Figura 7.3.5: Informação Completa dos Eventos ..................................................................... 72
Figura 7.3.6: Filtro de Eventos ................................................................................................ 73
Figura 7.3.7:Alerta de Evento Prioritário .................................................................................. 74
Figura 7.3.8: Gestão de Clientes ............................................................................................. 75
Figura 7.3.9: Associação Alarme/Cliente ................................................................................ 76
Figura 7.3.10: Alarme Introduzido com Chave Validada ........................................................... 77
Figura 7.3.11: Gestão de Contactos ........................................................................................ 78
Figura 7.3.12: Edição da Informação do Contacto ................................................................... 79
Figura 7.3.13: Gestão de Instaladores..................................................................................... 80
Figura 7.3.14: Mudança Lista de Clientes/Alarmes de Cliente ................................................. 81
Figura 7.3.15: Associar Alarme ao Instalador .......................................................................... 82
Figura 7.3.16: Configuração do Sistema. ................................................................................ 83

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xvi
Índice de Tabelas

Tabela 4.2.1: Eventos comunicados à Central de Alarmes. ...................................................... 34


Tabela 6.2.1: Configurações da Central .................................................................................. 45
Tabela 6.2.2: Configurações dos Dispositivos. ......................................................................... 45
Tabela 6.3.1: Código correspondente à acção pretendida. ....................................................... 46
Tabela 6.4.1: Funcionamento do Controlo da Central de Alarmes ............................................ 48
Tabela 6.5.1: Configurações do Alarme................................................................................... 51

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xvii
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
xviii
Lista de Acrónimos

AC - Alternate Current
API - Application Programming Interface
ASF - Apache Software Foundation
CAN -Controller Area Network
CRA - Central Receptora de Alarmes
DHCP - Dynamic Host Configuration Protocol
EOT - End of Transmission
GPS - Global Position System
GSM - Global System for Mobile Communications
GPRS - General Packet Radio Service
HTTP - Hypertext Transfer Protocol
HTTPS –HypertextTransferProtocolSecure
IP - Internet Protocol
LAN - Local Area Network
MXML –is an XML-based user interface markup language
NCSA - National Center for Supercomputing Applications
NO – Normaly Open
PC –Personal Computer
PHP – Hypertext Processer
PIR -Passive Infrared Sensor
POD - Power of Detector
PSTN - Public Switched Telephone Network
RIA - Rich Internet Applications
RF – Radio Frequency
SMS - Short Message Service
SGBD – Sistema Gestor de Base de Dados
SGML – Standard Generalized Markup Language
SDK – Software Development kit
SWF – Shockwave Flash
SQL - Structured Query Language
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xix
TCP – Transmission Control Protocol
USB – Universal Serial Bus
UPS - Uninterruptible Power Supply
V – Volts
XML - Extensible Markup Language

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xx
Capítulo I

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


1
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
2
1 Introdução

1.1 Abordagem ao tema

A presente dissertação apresenta como tema “Central Receptora de Alarmes e


Diagnóstico”. Nesse sentido, torna-se importante fazer uma pequena abordagem às principais
palavras-chave deste estudo, que são a domótica e os sistemas de segurança.
A palavra “Domótica” resulta da junção da palavra latina “Domus” (casa) com
“Robótica” (controlo automatizado de algo). É uma tecnologia relativamente recente no
continente Europeu, tendo-se implantado na 2ª metade da década de 80, mais precisamente em
França. Inicialmente pretendia-se controlar sistemas de iluminação, climatização e de segurança,
sempre num contexto mais industrial ou até mesmo militar. Nos dias de hoje, aplica-se cada vez
mais num contexto doméstico.
As mudanças no quotidiano permitem que a domótica possa ser útil num vasto leque de
novas áreas, tornando-se uma mais-valia para as pessoas, uma vez que permite o uso de
dispositivos para automatizar as rotinas e tarefas de uma casa. Normalmente permite o controlo
da temperatura ambiente, iluminação e som, distinguindo-se dos controlos normais por ter um
sistema centralizado, que, às vezes, é associado a um computador e/ou internet, Figura 1.1.1.
Nos sistemas mais avançados, com mais inteligência, não só interpreta parâmetros,
como reage a eventos (informação transmitida por sensores). Por exemplo detecta que uma
janela está aberta e avisa o utilizador, ou que a temperatura está a diminuir e liga o
aquecimento.
O controlo remoto de casas de habitação deixa de ser uma utopia, pois a domótica
permite o acesso às funções vitais da casa, a partir da Internet ou até do telemóvel.
A domótica pode também actuar em diversos níveis de segurança. O sistema, auxiliado
por sensores, permite detectar intrusões, fugas de gás, inundações e incêndios. Esta, associada
a actuadores, permite cortar imediatamente as entradas e proceder ao consequente aviso do
utilizador.

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3
Figura 1.1.1:: Esquema ilustrativo da estrutura de um sistema de domótica.

A segurança ao nível da
d detecção de intrusos também é relevante e levada em
consideração pelo sistema. Através de sistemas de segurança completos (mas de instalação
simples) é possível saber quem se encontra nas imediações
imediações da casa ou escritório. Desta forma,
é possível criar programas
gramas que desincentivem possíveis intrusos,
intrusos e mesmo quando estes últimos
são mais persistentes e se verifica a intrusão, existem mecanismos que
que alertam o proprietário ou
outras pessoas do que se está a suceder na propriedade. Com apenas alguns elementos
e de
áudio e vídeo é possível ter permanentemente
permanentemente os bens vigiados, bem como aproveitar para
tomar conta das crianças que brincam no quarto
qua ou no jardim, recorrendo
ecorrendo aos seguintes
sistemas:

 Monitorização de imagens
Sensores de intrusão dotados de câmaras capazes
capa de obter imagens,
gens, sendo estas
armazenadas numa central. Com o auxílio de uma placa com ligação à Internet,
I torna-se
possível o envio das mesmas para qualquer computador. O sistema de monitorização,
integrado no sistema de alarme, permite a utilização de
de câmaras que podem funcionar
como sensores de presença,
presença identificando qualquer situação de invasão, activando o alarme
e gravando as imagens.

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4
 Controle de acesso
Através de leitura de padrões biométricos (impressão digital, padrão da retina, padrão
de voz) é possível controlar o acesso às entradas da casa e também "personalizar" o
ambiente, segundo um perfil de utilizador.

Os sistemas de domótica, pelo conforto e comodidade que podem proporcionar,


apresentam um enorme potencial, quer a nível económico quer a nível de evolução tecnológica.
Porém enfrentam ainda alguns problemas de implantação no mercado, devido aos elevados
preços praticados actualmente. Neste sentido, é importante investir numa redução de custos de
modo a torná-los acessíveis a uma maior percentagem de utilizadores.
Os alarmes são dispositivos electrónicos capazes de proceder à detecção de
determinadas actividades. Um sistema de alarmes é normalmente constituído por uma central e
diversos sensores capazes de responder a actividades específicas. Seguidamente destacam-se
os tipos de sensores que podem ser associados a uma central de alarmes:

 Sensores de Intrusão - evitam a entrada não autorizada e/ou utilização de espaços e


objectos.

 Sensores de Roubo - evitam o roubo de objectos. Algumas vezes são confundidos


com os sensores de intrusão, uma vez que a intrusão em determinado espaço pode
evitar o roubo.

 Sensores de Incêndio - detectam a presença de gases provenientes de combustão.

 Sensores de inundações – detectam a presença de líquidos. São muito usados em


circuitos de domótica aplicada a edifícios.

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1.2 Descrição do Trabalho

Este trabalho surge num contexto de reaproveitamento da tecnologia de sistemas de


alarmes existente no mercado para integração com a domótica.
O aproveitamento de uma central de alarmes, já existente no mercado, permite uma
elevada redução de processos e custos, desde o desenvolvimento de hardware, de software e de
fabrico do material. A utilização de uma central de alarmes comercial, torna o sistema bastante
seguro e robusto, pois nesta não só estão incluídas todas as funcionalidades que um sistema de
segurança necessita, como também a possibilidade de utilizar sensores sem fios. Com base no
hardware referido anteriormente, com uma “Aplicação de Controlo” e uma “Aplicação Cliente”
baseada em Flex associada a um servidor Web, é possível criar um interface gráfico simples e
robusto que permite a comunicação cliente – servidor.
O objectivo consiste no desenvolvimento de um software de controlo de uma central de
alarmes e respectiva “Aplicação Cliente” para integração num sistema de domótica, assim como
um software que permita, remotamente, proceder à monitorização global dos diversos sistemas
de alarme.
O projecto tem as seguintes características:

 Programação na framework Flex Builder (ActionScript e MXML);

 Programação em XML (WebServices) para gestão remota;

 Programação em PHP;

 Capacidade de configuração de uma Central de alarmes, através do sistema de


domótica, local ou remotamente;

 Monitorização dos diversos sistemas de alarme instalados em diferentes habitações.

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6
1.3 Solução Proposta

1.3.1 Software de Controlo do Alarme


Para proceder ao controlo do alarme foram criadas duas aplicações: uma “Aplicação de
Controlo” e uma “Aplicação Cliente”.
A “Aplicação de controlo” é um software baseado em ActionScript, o qual é responsável
pela comunicação directa com a central (comunicação bidireccional). A aplicação permite
configurar a central e fazer a leitura de dispositivos.
Todas as configurações efectuadas na central e os estados de sensores são guardados
numa base de dados MySQL, cujo desenvolvimento não se enquadra no âmbito deste projecto.
A “Aplicação Cliente” consiste num software baseado em MXML e ActionScript, capaz de
comunicar com a “Aplicação de Controlo”, fazendo pedidos de configurações e de alterações de
estados, tais como armar/desarmar.
Para que o software esteja sempre actualizado, periodicamente são efectuados pedidos à
base de dados das configurações e estados dos sensores.

1.3.2 Software de Monitorização do Alarme


Com o objectivo de monitorizar o alarme foi desenvolvido uma aplicação Desktop na
framework Flex Builder. A aplicação monitoriza o estado do alarme (armado, desarmado, etc.), o
estado dos sensores (Tamper, Falta de Pilhas, etc.) e faz a gestão de acessos. Assim, foi criada
uma plataforma que permite gerir todos os utilizadores, atribuindo-lhes diferentes permissões.
O software permite a selecção de dois idiomas - “Português” e “Inglês”.
Os eventos gerados nas centrais são recebidos por um PC, com um software pré-
instalado dedicado ao efeito.
Após a recepção dos eventos é executado um “script” PHP para descodificação dos
dados. Em seguida esta informação é enviada para uma base de dados MySQL, onde são
armazenados todos os eventos, bem como toda a informação utilizada no sistema.

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7
1.4 Organização da Tese

A multiplicidade dos níveis de análise que esta tese de mestrado comporta, impõe que se
proceda previamente à sua organização. Esta dissertação divide-se assim em nove capítulos.
Cada capítulo descreve uma etapa diferente da realização do trabalho. Deste modo, este estudo
encontra-se exposto da seguinte forma:
No capítulo um é feita uma abordagem ao tema “Central Receptora de Alarmes e
Diagnóstico”, concomitante com a abordagem das principais palavras-chave deste estudo,
nomeadamente, a “Domótica” e “os Sistemas de Segurança”. Deste modo fica a compreender-
se o contexto em que as suas aplicações se inserem. Durante este capítulo é também efectuada
uma descrição do trabalho onde estão explícitas as principais características deste projecto. É
ainda exposta a organização da tese, uma etapa fulcral deste trabalho. E, por fim, é elaborada a
solução proposta, ou seja, a exposição do trabalho pretendido.
No segundo capítulo apresenta-se o estado da arte onde é efectuada uma visão geral dos
principais sistemas de domótica existentes no mercado, nomeadamente, os sistemas “iDom” e
“Mordomus”.
No capítulo seguinte é efectuada uma introdução ao projecto desenvolvido, bem como os
principais programas utilizados e as respectivas funcionalidades. É, ainda, efectuada uma
ilustração representativa da arquitectura do projecto.
Posteriormente, no capítulo quatro, é descrita a Central de alarmes utilizada na realização
do projecto, assim como a exposição e descrição detalhada de todos os seus componentes.
No quinto capítulo é feita uma descrição expositiva e esquemática do funcionamento da
Central Receptora de Alarmes (CRA).
No capítulo seis apresenta-se o estudo detalhado do controlo da Central de alarmes,
realçando a descrição do trabalho prático realizado, assim como as suas características e
funcionalidades.
No sétimo capítulo estão assentes as considerações funcionais sobre controlo e
monitorização da central de alarmes.
Finalmente, no capítulo oitavo, apresentam-se as principais conclusões relativamente ao
trabalho realizado.

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


8
Capítulo II

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


9
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
10
2 Estado da Arte

2.1 Visão Geral dos Sistemas Existentes no Mercado


Actualmente, existe no mercado uma grande diversidade de sistemas de domótica,
sendo que, a maioria dos sistemas incide no controlo através de uma consola táctil dedicada.
Existem também sistemas mais complexos onde há uma consola táctil centralizada, funcionando
como um servidor, onde é possível a ligação de diversas consolas, permitindo um total controlo
do sistema, de diferentes pontos da habitação. Nos sistemas de domótica onde não é utilizada
nenhuma consola, os módulos são programados através de um computador ou de dispositivos
dedicados, ficando depois a executar as funções pré-programadas.

2.2 Alarmes nos Sistemas de Domótica

2.2.1 iDom
O sistema “iDom” foi desenvolvido pela empresa portuguesa Domática - Electrónica e
Informática Lda. Este é constituído pela interligação de diferentes módulos, cada um com
funcionalidades únicas, comunicando entre si através do protocolo CAN, Figura 2.2.1.O sistema
inclui módulos de entradas, módulos de actuação, módulos entrada/actuação e um módulo de
comunicação, que permite ligação via Ethernet, GSM e GPRS. Este último proporciona uma
interacção gráfica com o sistema, não o limitando à utilização apenas com interruptores.
Neste sistema não existe um módulo dedicado à segurança, mas sim um módulo
entrada/saída onde é possível a ligação de diversos sensores e uma programação, permitindo
fazer actuações como, por exemplo, ligar uma sirene quando um sensor é activado.

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11
Figura 2.2.1:
2.2 Esquema do sistema de domótica “iDom”.

Através da utilização da consola táctil é possível oferecer uma maior potencialidade ao


sistema, permitindo executar programações mais avançadas, monitorização do estado dos
dispositivos
os e fazer actuações directamente na consola, Figura 2.2.2.
O facto de a “iDom” não ter um módulo direccionado para a segurança torna o seu
sistema bastante limitado,, atribuindo assim ao programador uma tarefa mais complexa, sendo
também o número de funcionalidades mais reduzido. No sistema “iDom” o processamento da
informação é executado localmente no módulo, o que traz vantagens quando falamos de
segurança. Quando existe
xiste uma falha de alimentação, o uso de uma bateria ou uma UPS ligada
ao módulo onde se encontram os sensores de intrusão e a sirene, é suficiente para que o
sistema se mantenha em segurança por várias horas.

Figura 2.2.2: Ecrã com o software”iDom”.

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12
2.2.2 Mordomus

A “Mordomus”, tal como a “iDom”, foi desenvolvida em Portugal e é o resultado da


cooperação das empresas “IVV Automação Lda” e “IOLine – Research and Development Lab”.
Este sistema funciona de forma centralizada, o que significa que existe uma unidade de
controlo onde estão ligados todos os módulos, sejam estes de recepção ou actuação. No sistema
“Mordomus” todo o processamento é executado na unidade central de processamento, um PC,
sendo que os módulos apenas recebem e imitem dados. É utilizado um módulo designado de
“PCCWd”, que é responsável por gerir todas as comunicações do sistema. Este encontra-se
entre os módulos entradas/saídas e o PC, sendo que toda a informação entre ambos passa
neste módulo.
Os módulos “IN22SWd” e “IN10SWd” são desenvolvidos especificamente para o
sistema de segurança. A única diferença entre ambos é o número de sensores que são possíveis
ligar, sendo 22 e 10, respectivamente. Estes módulos permitem a leitura de sensores (PIR, de
inundação e de gás), têm incluído um circuito para leitura de sensores de fumo com tecnologia
convencional até 32 unidades, estão dotados de uma saída de 12 volts para alimentação dos
sensores e vêm programados com a tecnologia – Power of Detector (POD) (detecção de falha de
energia eléctrica, quando alimentado por AC e bateria 12V).
O software que se encontra na consola principal, Figura 2.2.3, está dotado de uma série
de funcionalidades que são possíveis de programar no sistema de alarme, sendo estas:

• Tempo de Entrada
• Tempo de Saída
• Actuação de dispositivos ao Armar/Desarmar
• Possibilidade de Criação de Diferentes Zonas de Alarme
• Envio de SMS de aviso (necessita de placa GSM)

Tal como no sistema “iDom”, no “Mordomus” também não é possível a utilização de


sensores sem fios, sendo que a sua utilização tem que ser definida aquando do início da
construção da moradia.

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13
A grande desvantagem do “Mordomus” reside no facto dos seus módulos de segurança
não terem capacidade de processamento, tendo este que ser executado pela unidade central.
O módulo encontra-se ligado a uma bateria, mas quando ocorre uma falha de alimentação AC,
de pouco serve, pois o processamento é executado do lado do PC, deixando assim o alarme de
funcionar. Mesmo com uma Uninterruptible Power Supply (UPS) ligada ao PC, ao fim de alguns
minutos o problema anterior irá ocorrer. A funcionalidade POD ajudará, no entanto, a alertar o
utilizador que este tipo de situação ocorreu em sua casa e que, alguns minutos depois, o alarme
irá falhar.

Figura 2.2.3: Ecrã com o interface gráfico proporcionado pela consola do sistema Mordomus.

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14
Capítulo III

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


15
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
16
3 Tecnologias envolvidas no projecto

3.1 Introdução
O projecto desenvolvido no âmbito desta tese pode ser caracterizado como o
desenvolvimento de duas aplicações para um sistema de domótica, aplicações estas que se
complementam entre si: uma capaz de comunicar com uma central de alarmes e outra capaz de
fazer o diagnóstico, Figura 3.1.1. Esta aplicação foi toda ela baseada em linguagens de
programação para desenvolvimento Web. A “Aplicação de Controlo” foi desenvolvida em Flex,
para tratamento e armazenamento de dados foi utilizado o MySQL, e o elo de ligação entre o
Flex e o MySQL foi feito com webServices baseados em PHP. Para conseguir a interligação e
interacção entre todas as plataformas de programação, foi utilizado o servidor WebApache.

Figura 3.1.1: Arquitectura da Central Receptora de Alarmes e Diagnóstico.

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17
3.2 Web Server

3.2.1 Apache HTTP Server


O Apache HTTP Server é um servidor Web criado em 1995 por RobMcCool. Contudo foi
apenas em 1996 que começou a ter impacto no mercado, sendo ainda hoje o servidor mais
utilizado em todo mundo. Um estudo realizado em 2007 mostrou a utilização do Apache em
47,20% dos servidores activos em todo o mundo e em 2009 serviu 54,48% de todos os sites. A
Apache Software Foundation (ASF), empresa responsável por mais de uma dezena de projectos,
tem como principal tecnologia o “Apache HTTP Server”.
O Apache é constituído por diferentes módulos, os quais garantem todas as suas
funcionalidades, mas é ainda possível acrescentar módulos que não estão incluídos no pack
standard, módulos estes que se encontram disponíveis no site do Apache para download. Um
utilizador com conhecimentos de programação poderá, inclusive, criar os seus próprios módulos
através da API (ApplicationProgramming) do Apache.
A segurança, como já foi dito, é um ponto importante e como tal o Apache dispõe de um
módulo, o “mod_ssl.so”, que torna o servidor compatível com o protocolo HTTPS
(HypertextTransfer). O uso deste módulo permite que os dados sejam encriptados aquando de
uma comunicação entre cliente e servidor.
A configuração poderá ser bastante simples fazendo uso da ferramenta XAMPP (X –
Cross Platform, A – Apache, M – MySQL, P – PHP, P – 36 Perl), a qual instala e configura para
o utilizador o Apache HTTP Server e inclui todas as ferramentas necessárias para permitir tornar
um PC num servidor Web com capacidade para armazenamento de dados e conteúdo dinâmico.
O XAMMP faz com que o processo de configuração se torne bastante mais simplificado.
O Apache pode ser obtido gratuitamente em http://httpd.apache.org/.

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18
3.2.2 MySQL
O MySQL é um Sistema de Gestão de Base de Dados (SGBD) baseado na linguagem
StructuredQueryLanguage (SQL). Foi criado na década de 80 pelos suecos David Axmark e
AllanLarsson e o finlandês Michael MontyWidenius. Este é actualmente propriedade da Oracle,
empresa que em Abril de 2009 comprou a SunMicrosystems e todos os seus produtos incluindo
o MySQL.
A fácil integração com o PHP permitiu ao MySQL atingir um grande sucesso.
O sistema MySQL apresenta enorme popularidade, sendo o sistema eleito por empresas tais
como a NASA, Friendster, Banco Bradesco, Dataprev, HP, Nokia, Sony, Lufthansa, U.S Army,
US.Federal Reserve Bank, AssociatedPress, Alcatel, Slashdot, Cisco Systems, Google entre
outras. O segredo do sucesso do MySQL deriva de várias características, tais como, a sua
portabilidade, compatibilidade com diversas linguagens de programação (Delphi, Java, C/C++,
Visual Basic, Python, Perl, PHP, ASP e Ruby), suporte para vários tipos de tabelas (MyISAM,
InnoDB, Falcon, BDB, Archive, Federated, CSV), elevada estabilidade e desempenho, política
freeware e possibilidade do uso de Triggers, entre outras. O MySQL encontra-se já na
versão 5.1.48. A aplicação do MySQL neste projecto tem como objectivo armazenar toda a
informação da central de alarmes e, no que diz respeito à monitorização do alarme, o
armazenamento de toda a informação dos clientes, bem como todos os eventos da central de
alarmes. O MySQL pode ser obtido gratuitamente em
http://dev.mysql.com/downloads/mysql/5.0.html#downloads.

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19
3.2.3 PHP
O PHP (PersonalHomePage) é uma linguagem de programação orientada a objectos
server-side, ou seja, é executada do lado do servidor imediatamente antes da página ser enviada
para o cliente.
Os scripts que se executam no lado do servidor normalmente têm funcionalidades tais
como o acesso a base de dados, acesso a redes, entre outros. É, portanto, aqui que o PHP se
torna útil, podendo, assim, afirmar-se que é uma linguagem que corre em background.
O PHP pode ser utilizado na maioria dos sistemas operativos, incluindo Linux, algumas
variantes Unix (incluindo HP-UX, Solaris e OpenBSD), Microsoft Windows, Mac OS X, RISC OS e
outros. O PHP também é suportado pela maioria dos servidores Web actuais, incluindo Apache,
Microsoft Internet Information Server, Personal Web Server, Netscape e iPlanet Servers,
OreillyWebsitePro Server, Caudium, Xitami, OmniHTTPd e muitos outros. Dada a sua política
opensource, ao longo dos anos a linguagem foi tendo contribuições de vários programadores, os
quais lhe foram conferindo cada vez mais funcionalidades.
As principais características desta linguagem são a portabilidade (independente da
plataforma), a estruturação e orientação a objectos, a velocidade e robustez. O PHP apresenta
semelhanças com o C/C++ quer a nível de sintaxe, de tipo de dados ou até mesmo na criação
de funções, sendo contudo uma linguagem interpretada ao contrário do C/C++ que são
linguagens compiladas. O PHP encontra-se já na sua versão 5.3.
Neste projecto esta linguagem desempenha duas funções primordiais: o acesso à base
de dados e a “ponte” para comunicação com a Central Receptora de Alarmes (CRA) recebendo
os dados para escrita na base de dados.
O PHP pode ser obtido gratuitamente em http://www.php.net/downloads.php.

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20
3.2.4 XML
A linguagem XML (ExtensibleMarkupLanguage) é um simples formato de texto muito
flexível. Originalmente concebido para responder aos desafios das grandes publicações
electrónicas, o XML também desempenha um papel cada vez mais importante na troca de dados
na Web e também noutras aplicações.
É uma linguagem para a criação de documentos com dados organizados de forma
hierárquica, como se vê frequentemente em documentos de texto formatados, imagens
organizado em tags, torna a sua leitura
vectoriais ou bases de dados. A forma como o código é organizado,
bastante simples, tanto para seres humanos como para máquinas. Também a simplicidade da
sua sintaxe faz com que facilmente se crie e edite código nesta linguagem, tal como podemos
ver, em seguida, na Figura 3.2.1.
3.2

Figura 3.2.1: Exemplo de um extracto de código XML.

O facto de esta linguagem permitir facilmente a troca de informação entre diferentes


aplicações foi a característica principal para a sua inclusão neste projecto, permitindo assim
ass a
troca de informação entre a “Aplicação Cliente” da domótica e a “Aplicação de Controlo”
C que
comunica com a central de alarmes.

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21
3.2.5 Web Services
A utilização de Web Services é uma solução cujo intuito consiste em comunicar entre
diferentes aplicações. A interacção entre aplicações já existentes e sistemas desenvolvidos em
plataformas diferentes é possível com o uso de Web Services. A troca de dados entre aplicações,
através de Web Services, é feita em formato XML.
Os Web Services permitem que os recursos de uma aplicação estejam disponíveis sobre
a rede tornando, assim, possível, em qualquer local com acesso à internet, o uso desta
aplicação.
Uma grande vantagem dos Web Services é a possibilidade de diferentes aplicações
comunicarem entre si. Utilizando a tecnologia Web Service, uma aplicação pode invocar funções
de outra para efectuar tarefas simples ou complexas, mesmo que as duas aplicações estejam
em diferentes sistemas e escritas em linguagens diferentes. Assim, Web Services permitem que
os seus recursos estejam disponíveis para que qualquer aplicação cliente possa operar e extrair
os recursos fornecidos pelo Web Service.
Neste projecto os Web Services têm um papel fundamental, permitindo aos utilizadores
usufruírem do seu sistema de domótica de qualquer local do mundo onde tenham acesso à
internet, podendo, assim, remotamente ter acesso a todas as funcionalidades tal como se
estivessem em sua própria casa.
Na Figura 3.2.2 podemos ver um exemplo da constituição de um Web Service e na
Figura 3.2.3 está ilustrado o seu funcionamento.

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22
Figura 3.2.2:: Exemplo de código XML correspondente a um WebService.

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23
Figura 3.2.3: Funcionamento de um WebService.

O Web Service da Figura 3.2.3 recebe como parâmetro de entrada “installer” no formato
string e devolve um array de strings, “nome” e “username” de todos os clientes deste
instalador, tal como pode ser visto na tag “message”. Este Web Service tem ligação a um script
PHP, que faz a ligação à base de dados, tal como podemos ver na tag “service”
/domoserver/php/domoserver.php). A função a ser executada no script de PHP é definida na
(/domoserver/php/domoserver.php
tag “binding” sendo neste exemplo concreto “getAllInstallerClients”.

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24
3.2.6 Flex
O Adobe Flex (antes denominado de MacromediaFlash) é uma tecnologia direccionada
para o desenvolvimento de Rich Internet Applications (RIAs) lançada em Março de 2004 pela
Macromedia.
O Flex SDK traz um conjunto de componentes que são importantíssimos no
desenvolvimento gráfico e estrutural da aplicação, sendo os buttons, labels, textInput, comboBox,
checkbox, Vbox, Hbox, Panel, ViewStack, List, datagrid e ArrayCollection os mais importantes no
desenvolvimento deste projecto.
O FlexBuilder é uma Framework de desenvolvimento que oferece várias funcionalidades
ao utilizador, estando algumas delas referidas no parágrafo anterior. Os componentes podem ser
arrastados até à tela de desenvolvimento, configurando-se posteriormente os seus parâmetros e
adicionando o código correspondente à sua funcionalidade.
A construção de layouts é toda ela baseada em linguagem MXML, sendo o ActionScript
(linguagem de programação orientada a objectos, utilizada normalmente para o desenvolvimento
de RIAs) a que permite dar robustez ao software permitindo desenvolver sistemas complexos e
criar uma interactividade com o utilizador.
Os ficheiros desenvolvidos em Flex têm extensão MXML, contudo, para proceder à sua
visualização estes necessitam de ser compilados passando a ter uma extensão SWF. No Flex,
quando é criado um projecto, é necessário fazer a escolha entre “Web Application” ou “Desktop
Application”.Assim, os ficheiros SWF gerados irão correr em browser, caso a aplicação
desenvolvida seja “Web Application” ou em Adobe AIR, caso a aplicação seja “Desktop
Application”.
Este projecto foi desenvolvido em Flex devido à necessidade de incorporação com outros
projectos desenvolvidos na mesma Framework. O principal motivo da utilização desta Framework
advém da vantagem do projecto poder ser utilizado em qualquer máquina que seja capaz de
correr o flashplayer. Assim, este software pode ser utilizado nos sistemas operativos Windows e
Linux, telemóveis e em qualquer browser, podendo controlar o sistema de forma remota, através
da comunicação com a “Aplicação de Controlo”.

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25
3.2.6.1 XML Socket
XMLSocket é uma classe em ActionScript que permite que o Adobe Flash ou aplicações
AIR comuniquem com um servidor através do protocolo TCP/IP. Este socket pode ser utilizado
para conjuntos de caracteres sem formatação, embora, como o nome indica, esteja feito para
utilização com XML.
A classe XMLSocket é útil para aplicações cliente-servidor que requerem baixa latência.
O socket XML foi utilizado neste projecto para a comunicação entre a aplicação de
controlo e a aplicação gráfica.

3.2.6.2 BinarySocket
A classe Socket permite fazer conexões de socket para receber e transmitir dados
binários. É semelhante ao XMLSocket, mas não determina o formato dos dados recebidos ou
transmitidos, ou seja, envia e recebe raw data.
Para usar os métodos da classe Socket, primeiro usamos o construtor para criar um
objecto Socket. Se no construtor não for especificado o “host” e a “port”, em seguida, quando
for utilizado o método “connect”, será necessário definir os mesmos para proceder
correctamente à ligação.
O socket binário foi utilizado para efectuar a troca de dados entre o “Software de
Controlo” e a “Central de Alarmes”. Devido à não existência de suporte do Flex para ligação a
portas USB onde é conectada a “Central de Alarmes”, o fluxo de dados entre o “Software de
Controlo” e a “Central de Alarmes” é suportado por um “deamon” (não desenvolvido no âmbito
deste projecto) responsável por fazer uma conversão série para TCP/IP e vice-versa,
possibilitando, assim, o uso de um BinarySocket, que torna possível a comunicação de dados
entre o hardware e a aplicação.
A comunicação entre a “Central de Alarmes e a Aplicação de Controlo” é bidireccional
sendo o “deamon”responsável pela conversão série para TCP/IP e vice-versa, permitindo, assim,
leitura e escrita a partir da aplicação de controlo criando sincronismo entre a “Domótica” e a
“Central de Alarmes”.

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26
3.2.7 XAMMP
O XAMPP é a ferramenta que possibilita, de uma forma bastante simples, a interacção
entre as diferentes tecnologias apresentadas anteriormente, ou seja, é, por assim dizer, o
“coordenador” do Web Server. Dadas as dificuldades que existem em configurar um servidor
Web “Apache” com suporte para funcionalidades, tais como o PHP e MySQL, esta ferramenta
veio simplificar essa árdua tarefa. O XAMPP encontra-se integrado no projecto “Apache Friends”,
sem fins lucrativos, iniciado em 2002 por Kai Oswald Seidler e Kay Vogelgesang. No fundo, o
objectivo é promover o servidor Web “Apache” tornando a sua configuração bastante mais
simples em diferentes sistemas operativos.
A ferramenta XAMPP instala automaticamente o “Apache Web Server”, PHP e MySQL.
São instaladas ainda diversas aplicações, das quais se salienta o phpMyAdmin, que se mostrou
bastante útil no teste e criação da base de dados deste projecto, que permitem facilmente a
manipulação de qualquer base de dados MySQL. O phpMyAdmin permite configurar o servidor e
aceder à base de dados com capacidades de criação e edição da mesma, através de um
interface Web baseado em browser, por intermédio de scripts PHP.

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


27
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
28
Capítulo IV

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


29
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
30
4 Central de Alarmes

4.1 Introdução
A leitura dos diversos sensores ligados ao sistema de domótica, é processada por uma
central de alarmes, uma central idêntica às utilizadas em ambientes residenciais, lojas ou
mesmo indústrias.
Para a execução deste projecto foi utilizada uma central de alarmes da “Jablotron”,
empresa com sede na República Checa e representada em Portugal pela empresa “IVV
Automação”. A “Jablotron” foi fundada em 1990 por 4 elementos e inicialmente desenvolvia
aplicações industriais na área da informática. Devido a uma grave crise nesta área da empresa,
em seguida dedicou-se ao desenvolvimento e fabrico dos seus próprios produtos para o mercado
de segurança electrónica.
A central utilizada para o desenvolvimento deste projecto é uma central da série “OASIS”
mais especificamente a central “JA-83K”. O sistema “OASIS” é um moderno sistema de alarmes
que permite ligação a dispositivos com e sem fios, solução ideal tanto para habitações em fase
de construção como para habitações onde já não é possível passar cablagem. Este sistema está
preparado para alertar situações em caso de intrusão, quebra de vidros, abertura de portas,
detecção de incêndio, detecção de inundação, detecção de gás, entre outras.
As principais características destas centrais são:
• Ligação de até 50 dispositivos simultaneamente.
• Criação de até 50 códigos de utilizador distintos.
• Os dispositivos sem fios comunicam de forma encriptada na faixa de 868MHz
atingindo distâncias de algumas centenas de metros.
• A comunicação entra a central e os dispositivos foram desenvolvidas de forma
que as baterias de lítio dos dispositivos tenham uma duração de cerca de 3 anos.
• Permitem ligar comunicadores para ligação ao mundo exterior (Comunicador
GSM, Comunicador LAN, Comunicador Telefónico);
• Através destes comunicadores é possível a ligação a uma CRA (Central Receptora
de Alarmes)

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


31
4.2 Dispositivos

4.2.1 Detector de Movimentos e Quebra de Vidros


É considerado um dispositivo dois em um, incorpora um sensor PIR (Passive
InfraRed Sensor) para detecção de movimento e um sensor para quebra de
vidro. Contém 3 saídas, PIR, quebra de vidros e tamper (sabotagem).

4.2.2 Abertura de Portas


Contém um sensor magnético para detectar abertura de portas.
Funciona NF (Normalmente Fechado) para efeitos de segurança.

4.2.3 Sensor de Fumo e Temperatura


Este dispositivo tem incorporado um sensor óptico de fumos e um sensor de
temperatura. Tem também um botão de teste.

4.2.4 Sensor de Inundação


Neste dispositivo quando os seus dois terminais metálicos se encontram em
contacto com a água fecham o circuito permitindo assim detectar uma
inundação. Este dispositivo contém uma sirene incorporada permitindo assim ao
utilizador ter a possibilidade de não activar o alarme central em caso de
inundação, activando apenas esta sirene local, podendo com um comunicador
fazer um aviso via SMS.

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


32
4.2.5 Comunicador LAN

Figura 4.2.1: Comunicador JA-80V.

O comunicador “JA-80V”
80V” da Figura 4.2.1 foi o comunicador utilizado
utilizado para comunicar
entre a Central Receptora de Alarmes (CRA) e a central de alarmes “JA-83K”.Este
83K”.Este comunicador
quando conectado a uma linha telefónica PSTN e linha LAN (Ethernet) permite o seguinte:
• Relatório de Eventos SMS até 8 utilizadores;
• Evento de comunicação pelo telefone com uma mensagem sonora;
• Relatório de eventos a uma ARC;
• Controle remoto e programação pelo telefone;
• Controle
ontrole remoto e programação através da internet.

No caso concreto deste projecto, o comunicador é apenas ligado à linha LAN, um vez
que é necessário comunicar apenas com a ARC. Foram executados os seguintes passos para
ligar o comunicador à ARC:
• Ligar o comunicador à central através do cabo de BUS (O led verde do comunicador
deverá ficar ligado);
• Ligação do cabo de LAN ao comunicador (se o DHCP da rede LAN estiver activo os
parâmetros da rede Ethernet serão atribuídos automaticamente, se o DHCP não se
encontrar activo será necessário fazer a configuração manual dos parâmetros). Após
a ligação do cabo, verificar o estado do led amarelo: se este se encontrar ligado
permanentemente significa
significa que o comunicador está ligado correctamente à rede; se
este de encontrar a piscar, existe um erro nos parâmetros DHCP; se o led piscar e se
apagar após 3 segundos, significa que o comunicador não está ligado à rede. (Os
passos seguintes são executados no
no software da Jablotron, “Olink 2.0.1”, que
permite a configurar o comunicador);

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


33
• Activar a comunicação com uma ARC;
• Configurar no comunicador o IP da ARC para onde serão enviados;
• Seleccionar o protocolo IP CID;
• Escolher o número de código de conta entre “0000” e “9999”;
• Seleccionar os eventos a ser reportados à ARC. (na Tabela 4.2.1 podemos ver a lista
de todos os eventos que podem ser reportados).

Eventos Comunicados à Central de Alarmes


Alarme Zona Instantânea
Alarme Zona Atrasada
Alarme de Fogo
Alarme de Pânico
Códigos Errados
Alarme Após Recuperação AC
Alarme de Tamper
Tamper OK
Fim de Alarme
Alarme Cancelado pelo Utilizador
Armar
Desarmar
Armar Parcial
Armar Total sem Código
Falha de Comunicação Externa
Falha de Comunicação Externa Recuperada
Falha
Falha Recuperada
Falha AC superior a 30 minutos
Falha de Alimentação AC
Alimentação Central OK
Falha de Bateria de Backup
Bateria Backup OK
Entrar em modo de Serviço
Sair do modo de Serviço
PGX ON/OFF (saída que pode ser utilizada para activar relé, electroválvula, etc.)
PGY ON/OFF (saída que pode ser utilizada para activar relé, electroválvula,etc.)
Detectada interferência RF
Falha de Comunicação Interna
Falha de Comunicação Interna Recuperada
Teste Periódico
Alarme não Confirmado

Tabela 4.2.1: Eventos comunicados à Central de Alarmes.

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


34
4.3 Comunicações
A comunicação entre a central de alarmes e o sistema de domótica processa-se
processa de
forma bidireccional. Sempre que se enviam dados da domótica para a central de alarmes, é
enviada uma mensagem de “feedback” da mesma.
A Figura 4.3.1 ilustra o fluxo de dados entre a Domótica e a Central de Alarmes.

Central de Alarmes
Interface Gráfico

USB

PC Protocolo
Proprietário Web Services
(XML)
TCP/IP
(1) (2)

Aplicação de Controlo INTERNET

XML
DADOS
Web Services

Base de Dados Script PHP


DADOS

Figura 4.3.1: Comunicações entre a Central de Alarmes e a Domótica.

De seguida, é explicado ao pormenor o esquema da Figura 4.3.1


 Fluxo de dados entre a Central de Alarmes e a Aplicação de Controlo
a. Entre a “Central de Alarmes” e o “PC” existe uma comunicação série.
série
b. No PC o programa “Remserial” é responsável por fazer umaa conversão série para
TCP/IP.
ção de controlo é utilizado um BinarySocket para ler e escrever dados na
c. Na aplicação
“Central de Alarmes”.

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


35
 Comunicação entre a “Aplicação de Controlo” e a “Aplicação Cliente”:
a. Na comunicação entre a “Aplicação Cliente” e a “Aplicação de Controlo”
podemos considerar que existem dois caminhos distintos (1) e (2), tomando
como ponto de referência a “Aplicação Cliente”, (1) será um caminho de escrita
(pedidos de configuração à Central de Alarmes) através de um Socket XML e (2)
um caminho de leitura (pooling à base de dados para leitura de dados da
Central) através de Web Services.
b. A base de dados contém toda a informação da Central de Alarmes utilizada no
sistema de Domótica, permitindo assim o sincronismo entre os dois sistemas.
c. O bloco referente à Internet que se encontra entre o “Aplicação Cliente” e o PHP
(2) e a “Aplicação Cliente” e “Aplicação de Controlo” (1), deve-se ao facto de as
comunicações passarem sempre através da rede, assim com uma aplicação
apenas, conseguimos utilizar a “Aplicação Cliente” para controlo da Domótica
tanto na habitação onde se encontra o sistema como remotamente através de
um browser ou de um telemóvel.
d. No ponto 2a) foi referido que poderia ser considerado um caminho de escrita e
um caminho de leitura mas como demonstrado no esquema o fluxo de dados é
bidireccional. No caminho (1), os pedidos efectuados pelo “Aplicação Cliente” à
“Aplicação de Controlo” são bidireccionais porque após um pedido existe
sempre um feedback da “Aplicação de Controlo” para a “Aplicação Cliente”,
permitindo assim saber se a tarefa foi executada com êxito ou se ocorreu algum
erro.
e. No caminho (2), o pooling à base de dados feito pela “Aplicação Cliente”
considerou-se a comunicação bidireccional pois existe um pedido e a
correspondente resposta da base de dados a este pedido.

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


36
Capítulo V

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


37
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
38
5 Central Receptora de Alarmes

5.1 Introdução
Uma Central Receptora de Alarmes poderá ser considerada como o conjunto do software
de monitorização mais um computador com sistema capaz de receber os dados enviados pelas
centrais de alarmes e enviar os mesmos para o software de monitorização (neste caso é utilizado
um PC com um sistema operativo Linux).
O sistema contém as seguintes características:
• Fácil Instalação;
• Grande fluxo de dados – até 2.500 mensagens por segundo;
• Até 60.000 objectos ligados;
• Backup de Recuperação;
• Suporte de ligação ao ARC software (monitorização);
• Suporte para Recepção de Fotografias dos Sensores JÁ-60 com câmara incorporada.

5.2 Descrição
As Centrais Receptoras de Alarmes são sistemas que estão ligados às Centrais de
Alarmes estando constantemente a receber todos os eventos processados pelas mesmas.
Neste caso concreto, para proceder à comunicação, foi utilizado na Central de Alarmes
uma placa com ligação à internet. Desta forma a Central Receptora de Alarmes necessita
também de estar conectada para poder existir comunicação entre ambas.
Quando ocorre um evento é imediatamente gerada uma trama, trama esta que inclui
toda a informação necessária para que o software, que se encontra na Central Receptora de
Alarmes, possa fazer a descodificação da mesma e obter uma informação completa do evento
gerado, desde a “Central” que enviou o evento, o tipo de evento e a zona ou utilizador que gerou
esse mesmo evento.
Após a descodificação da mensagem, esta é guardada numa base de dados. Através de
um software com um design gráfico bastante atractivo e de fácil utilização, é permitida a
visualização de toda a informação relativa aos eventos guardados. Os eventos são recebidos logo
após a sua ocorrência permitindo assim avisar o proprietário ou alguém responsável no
momento desta.

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


39
5.3 Comunicações

Figura 5.3.1: Comunicações entre a Central de Alarmes e o Software de Diagnóstico.


Diagnóstico

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


40
Capítulo VI

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


41
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
42
6 Controlo da Central de Alarmes

Figura 5.3.1: Software de Domótica.

6.1 Introdução
Para ser possível o controlo da “Central de Alarmes” foram desenvolvidas duas
aplicações: a “Aplicação Cliente” e a “Aplicação de Controlo”.
A aplicação cliente permite seleccionar as acções que se pretendem executar. A
aplicação de controlo funciona como um intermediário entre a aplicação cliente e a central de
alarmes. A aplicação de controlo recebe os pedidos efectuados pelo utilizador na aplicação
cliente e converte os mesmos numa linguagem que é interpretada pela Central de Alarmes. Após
a Central de Alarmes executar as configurações, tudo que for alterado será guardado numa Base
de Dados, que está consecutivamente a ser lida pela aplicação cliente, permitindo, assim, que
este se actualize e o utilizador visualize as configurações actuais, criando assim um sincronismo
entre a “Domótica” e a Central de Alarmes.

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


43
A “Aplicação Cliente” foi desenvolvida de forma a tornar a tarefa do utilizador o mais
simples possível. Toda a configuração da central de alarmes se encontra numa só janela, que
está dividida em duas abas, sendo que uma delas tem a configuração dos sensores e outra a
configuração da central. O interface tem também incluída uma zona onde é possível inserir uma
planta da casa (não desenvolvido no âmbito deste projecto), a qual permite visualizar
graficamente o estado dos sensores em tempo real (actuação dos sensores PIR, sensores de
inundação, gás, etc.) através de animações gráficas.

6.2 Funcionalidades
A “Aplicação de Controlo” foi desenvolvida de forma que todas as configurações
possíveis de executar no software “Olink”, desenvolvido pela Jablotron, também pudessem ser
executadas na “Aplicação Cliente”.
No que diz respeito à configuração da central todas as configurações existentes estão
incluídas na “Aplicação de Controlo”, embora estas não estejam todas acessíveis na “Aplicação
Cliente”. Contudo, será possível futuramente adicionar funcionalidades ao sistema, de forma
rápida e simples, visto já estarem incluídas na “Aplicação de Controlo”.
Na programação dos sensores todas as funcionalidades se encontram disponíveis,
incluindo um menu para registar e remover dispositivos sem fios. Foi também incluída uma lista
onde facilmente se pode ver cada sensor e de que tipo é: PIR, inundação, gás, etc.

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


44
Configurações da Central
Tempo de Atraso de Entrada
Tempo de Atraso de Saída
Duração do Alarme
Data/Hora
Permitir Modificar os Números de Telefone em Modo de Serviço
Indicação de Interferência RF
Supervisão da Comunicação RF
Reset Permitido
Armar sem Código
Confirmação de Alarme de Intrusão
Pedido de Inspecção Anual
Alarme de Pânico Audível
Alarme de Intrusão Audível 24 Horas
Armar com Código de Serviço
Indicação de Diferenciação de Sinal de Tamper
Visualização Permanente do estado do Alarme no Sistema Armado
Registo em Memória da Activação da Saída PG
Reset Modo Técnico
Indicação de Atraso de Saída
Indicação do Atraso de Saída no Armar Parcial
Indicação de Atraso de Entrada
Acesso com Código + Cartão
Confirmar do Armar com Bip na Sirene por Cabo
Sirene Activa durante Alarmes Audíveis
Alarme nas Sirenes sem Fios Activas
Aprovação de AutoBypass através da Teca *
Modificar Código Master
Aumento na Sensibilidade da Recepção da Central de Alarmes
Indicação de Detector Activo
Mudança Automática da Hora de Verão
Controlo das Saídas PG utilizando *8 e *9
Alarme de Tamper se Desarmada
Alarme Social
Tabela 6.2.1: Configurações da Central

Configuração dos Dispositivos


Tipo de Sensor
Reacção
Nome do Sensor
Tabela 6.2.2: Configurações dos Dispositivos.

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45
6.3 Descrição do Trabalho Realizado
O trabalho realizado, até atingir o objectivo de controlar a central de alarmes através do
sistema de domótica, pode ser dividido em três fases.
Numa primeira fase o objectivo foi perceber como funcionava a comunicação com a
central de alarmes, bem como a “linguagem” compreendida pela mesma. Na tabela 6.3.1 pode
ver-se a conversão que necessita de ser executada, quando se pretende configurar a central de
alarmes.

Acção Pretendida Dados Enviados


0 0x10
1 0x11
2 0x12
3 0x13
4 0x14
5 0x15
6 0x16
7 0x17
8 0x18
9 0x19
* 0x1F
# 0x1E
Lista de Configurações 0x1A

Tabela 6.3.1: Código correspondente à acção pretendida.

Sempre que seja necessário enviar qualquer tipo de acção para a central, seja ela qual
for, é necessário recorrer à correspondência demonstrada na Tabela 6.3.1.
Sempre que é enviado um byte para a central, em seguida é gerado pela mesma um
<EOT> (End of Transmission), e não é possível iniciar outra comunicação, enquanto este não for
gerado, indicando assim fim da trama.
Para executar configurações na central é necessário o envio de um conjunto de tramas
(para executar configurações é necessário colocar a central em modo de serviço, excepto para
configurar o código mestre).
Para o bom funcionamento do sistema é necessária uma comunicação bidireccional.
Anteriormente foi explicado o processo de escrita, em seguida será explicado o processo de
leitura da mesma.

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46
Para receber dados da central apenas é necessário ficar à escuta do barramento de
dados (este processo é feito através de um BinarySocket), pois todos os eventos, que se vão
sucedendo na central, são imediatamente lançados no barramento, aquando do seu
acontecimento. Para ter acesso a todo o tipo de configurações guardadas na central é
necessário fazer um pedido dos mesmos, e logo em seguida todas as configurações são
lançadas no barramento de dados (para proceder ao pedido das configurações da central é
necessário que esta se encontre em modo de serviço).
Por motivos de confidencialidade do protocolo não é possível apresentá-lo.
Numa segunda fase foi implementada uma aplicação de controlo que permite fazer
comunicação bidireccional com a central de alarmes. Para utilização da “Aplicação de Controlo”
é necessária uma “Aplicação Cliente”, aplicação criada numa terceira fase do projecto.
A aplicação de controlo é constituída por quatro classes, (AlarmCommunication,
AlarmProgrammation, AlarmDatabase, AlarmInterface). Na classe “AlarmCommunication” foram
implementadas as comunicações com a central de alarmes, na classe “AlarmProgrammation”
foram implementados métodos com todas as configurações, na classe “AlarmDatabase” foram
implementados métodos para salvar as configurações, estados da central e sensores, na base
de dados, para posteriormente serem lidos pela “Aplicação Cliente”. Na classe “AlarmInterface”
foram implementadas as comunicações com a “Aplicação Cliente”, permitindo, assim, que esta
faça pedidos à “Aplicação de Controlo”.
Por fim, foi implementada uma “Aplicação Cliente” com um interface gráfico bastante
amigável, com um design atraente e estruturado de forma que seja fácil ao utilizador a utilização
do mesmo. Os menus são intuitivos, os ícones e botões utilizados foram seleccionados de forma
a tornar as funções executadas, o mais transparentes possíveis.

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47
6.4 Esquema de Funcionamento

Tabela 6.4.11: Funcionamento do Controlo da Central de Alarmes

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48
6.5 Aplicação de Controlo

6.5.1 AlarmProgrammation
A classe AlarmProgrammation implementa os métodos que permitem fazer todas as
configurações desejadas, sejam estas configurações da central ou dos sensores ligados à
mesma. Nesta classe está também incluído um método que permite converter as acções
pretendidas em código, que possa ser interpretado pela central, e um método que permite
converter strings de vários caracteres em strings de caracteres únicos, dado que a conversão
feita para linguagem interpretada pela central, é executada caracter a caracter.
Sempre que é alterada uma configuração existente ou feita uma configuração nova na
central, após a execução da mesma, é enviado um pedido de todas as configurações presentes
na central, podendo assim verificar se a configuração foi executada correctamente ou se ocorreu
algum erro.

6.5.2 AlarmCommunication
A classe AlarmCommunication é responsável por todas as comunicações com a central
de alarmes. Visto que a comunicação é bidireccional foi necessária implementar um método
para escrita na central, e outro que permita estar permanentemente a receber dados da mesma.
Após a recepção dos dados, os mesmos são enviados para um método que faz o parsing
de todas as tramas para que seja possível identificar qual a informação contida em cada uma
destas, pois existem diferentes tramas, podendo estas serem relativas a eventos ou às
configurações da central. Depois de se perceber se a trama é referente a um evento ou a uma
configuração, é necessário saber qual é o evento ou a configuração a que se refere, para de
seguida, fazer a leitura do valor. Quando é recolhida toda a informação da trama recebida, os
dados são enviados para a classe AlarmeDatabase para serem guardados na base de dados.

6.5.3 AlarmInterface
Esta classe permite comunicar de forma bidireccional entre a “Aplicação de Controlo” e
a “Aplicação Cliente”. As comunicações entre as duas plataformas utilizam a linguagem XML e
funcionam de forma muito simples. A “Aplicação Cliente” faz pedidos de configurações, para de
seguida serem processados e executados e, por fim, a “Aplicação de Controlo” envia um
feedback dizendo se foram executados com sucesso ou ocorreu algum erro.

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49
Todos os pedidos feitos pela “Aplicação Cliente” são descodificados, com o intuito de se
saber que tipo de pedido é. Após a sua descodificação é chamado o método da classe
AlarmProgrammation correspondente ao pedido, método este que executará a configuração
pretendida através do envio de uma trama (a trama é enviada para um método da classe
AlarmCommunication para depois ser enviada para a central de alarmes).
Exemplo de uma trama XML enviada da “Aplicação Cliente” para a “Aplicação de
Controlo”:

"<?xml version=\"1.0\" encoding=\"utf-8\"?>


<ROOT>
<NICK>INTERFACE</NICK>
<TYPE> PC</TYPE>
<TO> DOMOTIC</TO>
<RQ id="clearSensor">
<SENSOR> 1</SENSOR>
<SENSOR> 2</SENSOR>
</RQ>
</ROOT>);

Na trama apresentada acima é feito um pedido para apagar os sensores 1 e 2 da


Central de Alarmes. No “NICK” é indicado quem fez o pedido, no “TO” é indicado o receptor do
pedido e no “REQUEST”, mais concretamente no “id”, é indicado o tipo de pedido.

6.5.4 AlarmDatabase
Na classe AlarmDatabase foram implementados métodos que permitem guardar toda a
informação na base de dados. Sempre que ocorre um evento (alarme de intrusão, bateria fraca,
falta de pilhas, etc.), este é guardado na base de dados, bem como a hora a que ocorreu e o
respectivo sensor. Não só os eventos mas também todas as configurações (central, sensores,
códigos), são guardados na base de dados. No entanto as configurações só serão guardadas
após verificar se foram executadas com sucesso, pois os dados que se encontram na base de
dados têm que estar sempre sincronizados com a central de alarmes.

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50
6.5.5 Configurações Domótica

Figura 6.5.1: Menu de Configurações da Domótica.

Como é possível verificar na Figura 6.5.1 existe uma diversidade de botões que
permitem entrar nas configurações de todos os módulos do sistema de domótica. Na referida
figura está marcado a vermelho
elho o botão que permite entrar no menu de configuração do alarme.
As diversas configurações encontram-se
encontram se divididas em submenus que fazem parte do menu
“Alarme”. Na Tabela 6.5.1 temos a lista dos submenus que fazem parte deste menu.
menu

Submenus do “Alarme”
Sensores
Parâmetros da Central
Código Mestre
Editar Alarmes
Notificações

Tabela 6.5.1: Configurações do Alarme.

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51
6.5.6 Menu Alarme

6.5.6.1 Sensores
A Figura 6.5.2 apresenta o interface onde se encontram todas as funcionalidades que
tornam possível a configuração dos sensores ligados à central de alarmes.

Figura 6.5.2: Configuração de Sensores

Neste submenu está presente uma lista de 50 sensores (nº máximo de sensores que
podem ser ligados à central de alarmes), onde é possível seleccionar um sensor já adicionado
para proceder à edição do mesmo, ou então seleccionar uma posição onde não exista nenhum
sensor registado para proceder ao registo do mesmo.
Do lado direito da lista podemos ver as configurações do sensor seleccionado, desde o
seu nome, divisão à qual pertence, tipo de sensor, reacção (tipo de disparo), e se é um sensor
com ou sem fios. Para configurar o nome do sensor apenas é necessário introduzir, na caixa
correspondente, o nome que pretendemos atribuir ao sensor. A configuração da divisão, Figura
6.5.3, é feita através de uma comboBox que contém a lista das divisões adicionadas ao sistema.
Caso a divisão que se pretende seleccionar ainda não tenha sido adicionada ao sistema, é
possível adiciona-la através do botão “Nova”.

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52
Figura 6.5.3: Divisões do Edifício

Para configurar o “Tipo” e a “Reacção” o método utilizado foi exactamente o mesmo da


configuração da “Divisão”, uma comboBox que inclui todos os “Tipos” e “Reacções” que são
possíveis de atribuir ao sensor, tal como se pode verificar na Figura 6.5.4 e Figura 6.5.5.

Figura 6.5.4: Tipo de Sensores. Figura 6.5.5: Reacção dos Sensores.

Como a Central de Alarmes utilizada no desenvolvimento deste projecto permite utilizar


sensores com fios e sensores sem fios, foi necessário incluir uma funcionalidade que permita
dizer ao sistema se o sensor adicionado é com ou sem fios. Se o sensor que pretendemos
registar no sistema for um sensor sem fios, é necessário introduzir o seu número de série,
aquando do seu registo, para que a Central de Alarmes possa fazer o reconhecimento dos
sensores no momento em que estes comunicam com esta. Para isso foi utilizada uma checkbox
que, sendo seleccionada, abre uma janela para introdução do número de série, Figura 6.5.6.

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53
Figura 6.5.6: Introdução do número de série dos Sensores sem Fios.

Por baixo da checkbox, existem dois botões, Figura 6.5.7, “Actualizar Sensor” a verde e
“Reset Sensor” a vermelho. O botão “Actualizar Sensor” permite guardar as configurações
atribuídas ao sensor seleccionado, o botão “Reset Sensor” elimina o registo de um sensor da
Central, deixando este de fazer parte do sistema.

Figura 6.5.7: Registar e Apagar Sensor.

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6.5.6.2 Parâmetros da Central
Neste submenu estão incluídos todos os “Parâmetros da Central” que podem ser
configurados a partir do sistema de domótica.

Figura 6.5.8: Parâmetros da Central

A configuração dos “Parâmetros da Central” é feita de uma forma muito simples


utilizando apenas comboBox, checkbox e um botão que permite guardar as alterações. Como se
pode ver na Figura 6.5.8 são utilizadas 3 comboBox para configurar os tempos: tempo de
entrada, tempo de saída e duração do alarme. São utilizadas checkbox para todas as
configurações restantes, onde apenas é necessário activar ou desactivar funcionalidades.

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6.5.6.3 Código Mestre
O submenu “Código Mestre” permite editar o código para armar/desarmar o alarme.

Figura 6.5.9: Código Mestre.

Para proceder à alteração do código mestre é necessário, por questões de segurança,


colocar o código actual do alarme antes da colocação do novo código. É necessário também
fazer a confirmação do novo código para evitar que, em caso de erro, os dados não sejam
guardados incorrectamente.
Após os dados estarem todos preenchidos correctamente, basta premir o botão “OK”
para guardar as alterações.

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56
6.5.6.4 Editar Alarmes
O submenu “Editar Alarmes” contém uma funcionalidade muito importante no sistema
de alarme, pois permite criar zonas de alarme através da associação de sensores. Esta
funcionalidade não está directamente ligada à central de alarmes, uma vez que, quando uma
destas zonas é armada, a central continua no seu modo normal. Neste caso o processamento do
estado dos sensores é feito através do sistema de domótica, a central de alarmes apenas
fornece o estado dos mesmos. Este tipo de zonas são criadas para tornar possível armar apenas
partes da habitação, permitindo, assim, ao utilizador do sistema circular livremente nas zonas
não armadas. Podemos, por exemplo, criar um alarme chamado “Alarme Noite” onde dizemos
que todos os sensores fazem parte deste alarme, excepto os sensores dos quartos, podendo,
assim, ter a casa protegida durante a noite.
É possível criar até 9 zonas de alarmes distintas, sendo o “Alarme Geral” uma destas
zonas, e aquele que funciona autonomamente através da Central de Alarmes. Mesmo que o
sistema de domótica não se encontre em funcionamento, o alarme encontra-se activo através de
uma bateria que alimenta a Central de Alarmes. Quando o “Alarme Geral” é armado todos os
sensores que se encontram registados na “Central de Alarmes” são activados.

Figura 6.5.10: Criação de Zonas de Alarme.

Quando é criada uma zona de alarme é necessário configurar toda uma estrutura
referente à mesma para garantir o bom funcionamento do sistema.

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57
A estrutura do alarme é constituída por um conjunto de submenus: “Parâmetros”,
“Entradas”, “Actuações”, “Actuações ao Armar” e “Actuações ao Desarmar”.
Nos “Parâmetros”é possível configurar o “Nome do Alarme”, activar/desactivar um
“Alerta Sonoro, “Atraso de Tempo” ao armar e desarmar, “Código do Alarme”,
activar/desactivar “Armar com Password”, e o “Índice de Indicação” que vai de 0 a 9.No canto
superior esquerdo da Figura 6.5.10 encontram-se diversos círculos amarelos, significando cada
um o estado de uma zona de alarme. Mais à frente será explicado detalhadamente o seu
significado, onde se explicará também qual a utilidade do “Índice de Indicação”.
No submenu “Entradas”, Figura 6.5.11, é feita a gestão de todos os sensores que fazem
parte desta zona de alarmes. É possível “Adicionar”, “Editar” e “Remover” sensores ao
“Alarme” seleccionado.
Este menu inclui também um botão “Guardar Alterações” que permite guardar todas as
alterações feitas, e uma lista onde é possível visualizar todos os sensores que fazem parte do
“Alarme” seleccionado.

Figura 6.5.11: Gerir Entradas da Zona de Alarme

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58
Quando o botão “Adicionar” for premido é aberta uma popup, onde aparecem todos os
dispositivos que podem ser adicionados ao alarme. Se for premido o botão “Editar” é aberta a
mesma popup mas em vez de adicionar um dispositivo será editado o dispositivo seleccionado.

Figura 6.5.12: Edição da Entrada

Como podemos ver na Figura 6.5.12 existem diferentes botões com os diferentes tipos
de sensores. Quando seleccionamos um tipo de sensor, é mostrada uma lista com todos os
sensores deste tipo, podendo os dispositivos ser filtrados por piso ou divisão. Após o dispositivo
desejado aparecer na lista, basta seleccionar o mesmo e premir o botão “OK” para adicionar o
dispositivo ao “Alarme”.
O submenu “Actuações”, “Actuações ao Armar” e “Actuações ao Desarmar” são
idênticos, contendo uma lista com os “outputs” de actuação que fazem parte de cada um dos
submenus. Tal como no menu “Entradas” estão também disponíveis os botões “Adicionar”,
“Editar” e “Remover”. Quando o botão “Adicionar” ou “Editar” são premidos, é apresentada
uma janela de popup onde estão incluídos dois menus. A janela de popup aberta através destes
menus é diferente da janela de popup da Figura 6.5.13 porque anteriormente era pretendido
adicionar entradas e agora é pretendido adicionar actuações de saídas.

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59
Figura 6.5.13: Gerir Actuações das Zonas de Alarme.

A janela de popup da Figura 6.5.13 é aberta quando pretendemos adicionar a actuação


de uma saída ao alarme. É possível seleccionar diferentes tipos de saídas, desde luzes, tomadas,
estores, electroválvulas, sirenes ou barreiras. Como podemos ver na Figura 6.5.13, quando é
escolhida uma luz do tipo dimmer, é possível, no “Estado Desejado”, seleccionar a intensidade
de luz numa escala de 0 a 100%, com intervalos de 10%. Na maioria das saídas de actuação a
selecção do “Estado Desejado” é do tipo ON/OFF. Neste menu da janela de popup podemos
seleccionar diferentes comportamentos. Na Figura 6.5.14 é apresentado um exemplo do que faz
cada um dos comportamentos (Natural, Emular, Forçar) possíveis de seleccionar.

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60
Figura 6.5.14: Comportamento das Saídas

Tal como ilustra a Figura 6.5.14, considera-se que uma saída quando actuada,
actuad liga-se
durante 10 segundos, desligando-se
desligando em seguida. Conforme a escolha do comportamento, o
output terá o seguinte comportamento no momento da actuação:
 Natural
o O “output” reagirá da mesma forma que o seu comportamento normal pré-
pré
programado ligando-se
ligando durante 10 segundos.
 Emular
o Sendo o “output” um ON/OFF este funcionará como um toogle, ligando-se se
estiver desligado e desligando-se
desligando se estiver ligado.
 Forçar
o Neste comportamento a saída será sempre forçada a “ON”.

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61
Na janela de popup apresentada na Figura 6.5.15 é possível seleccionar um menu que
em vez de seleccionar um “Comportamento” cria actuações temporizadas.

Figura 6.5.15: Actuação de Saídas Temporizadas.

No exemplo da Figura 6.5.15, é adicionada uma tomada, que no momento de disparo


do alarme, irá estar ligada durante 5 segundos.

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62
Figura 6.5.16: Armar/Desarmar Alarmes

Na Figura 6.5.16,, encontra-se


encontra se o menu que permite armar e desarmar individualmente
as diferentes zonas de alarme existentes na domótica.
Os círculos, que neste caso se encontram a amarelo podendo também ser verde
v ou
vermelho,, presentes em cada alarme representam o seu estado, sendo
sendo o verde desarmado, o
amarelo pronto a armar e o vermelho alarme a armado
Para armar o alarme é apenas necessário pressionar o ícone vermelho que se encontra
abaixo do nome do alarme que é pretendido armar, sendo pedida a palavra-chave
palavra caso o
utilizador no momento da criação da zona de alarme assim o defina. Para desarmar basta
premir novamente o botão sendo sempre necessário introduzir a palavra-chave..
Em caso
so de o alarme “disparar” este menu é aberto não permitindo sair do mesmo
enquanto a palavra-chave
chave não for introduzida.

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63
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
64
Capítulo VII

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


65
Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico
66
7 Monitorização da Central de Alarmes

7.1 Introdução

Para proceder à monitorização das centrais de alarmes foi desenvolvido um software em


Flex que inclui um interface gráfico capaz de gerir toda a informação necessária de forma
bastante fácil, uma base de dados para guardar toda a informação e ainda um script PHP que
recebe as trama enviada pelas centrais de alarme, procede à sua descodificação e
posteriormente guarda a informação na base de dados. O software permite fazer a gestão de
utilizadores, sejam estes: clientes, instaladores, administradores ou monitores. Foram também
criados menus para a gestão alarme/cliente e instalador/alarme ficando este automaticamente
associado ao proprietário do mesmo. Neste menu foi criado um mecanismo de procuras
rápidas, bastando introduzir um nome de cliente para o encontrar. A principal vista deste
software é uma janela que disponibiliza uma listagem de todos os eventos que ocorrem nas
centrais. Sempre que ocorre um evento considerado prioritário como por exemplo um alarme
que é activado é aberta uma janela de popup que avisa imediatamente o sucedido. Na janela
dos eventos está incluída uma funcionalidade que permite fazer filtragens de eventos, podendo
por exemplo procurar eventos de um tipo característico (alarme instantâneo), ou eventos de
apenas um cliente.

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67
7.2 Base de Dados
Juntamente com o software de monitorização foi criada uma base de dados, onde é
guardada toda a informação utilizada, desde a informação de utilizadores, equipamentos,
contactos e eventos.
Para criar um elo de ligação entre as diversas tabelas foram utilizadas chaves estrangeiras.
Estas ligações estão bem explícitas no diagrama relacional da Figura 7.2.1.

Figura 7.2.1: Diagrama relacional da Base de Dados.

Na tabela “users” está guardada toda a informação relativa aos utilizadores, podendo este
ser um cliente, instalador, administrador ou monitor. A tabela “equipments” é responsável por
guardar a informação relativa aos equipamentos ligados à “Central Receptora de Alarmes”. Cada
equipamento tem associado um código, um proprietário, um nome que permita a sua fácil
identificação, o tipo de equipamento, a data em que foi registado no sistema, e pode ou não ter
associado um instalador e uma localização GPS. Na tabela “Equipment_Events” é guardada
toda a informação relativa aos eventos gerados nas centrais de alarmes e na tabela “Contacts”
está guardada a informação das pessoas a contactar, caso seja necessário. Nesta tabela estão
guardadas as palavras-chave que serão pedidas no momento do contacto em caso de alarme e a
utilização de duas deve-se ao facto de existir uma palavra-chave em caso da pessoa estar a ser
ameaçada.

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68
7.3 Interface Gráfico

7.3.1 Menus do Software

Figura 7.3.1: Navegação entre Menus

Na Figura 7.3.1 é possível ver os ícones que permitem fazer a navegação entre os
diferentes menus do software de monitorização. Como é possível verificar estão disponíveis 6
menus, sendo que alguns deles contêm submenus. Seja qual for o menu presente, o acesso a
estes ícones está sempre disponível permitindo assim uma navegação rápida e fácil entre
menus. Na Figura 7.3.2 é possível ver a correspondência entre ícones e menus.

Figura 7.3.2: Correspondência ícones/menus.

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69
7.3.2 Menu de “Login”

Neste menu o utilizador insere os seus dados de acesso, neste caso nome de utilizador
e palavra-chave para depois ter acesso aos outros menus do sistema. Neste momento todos os
menus do sistema se encontram bloqueados, sendo o seu acesso possível apenas após a
autenticação no sistema. O acesso aos diferentes menus será disponibilizado conforme o tipo de
utilizador (Administrador, Cliente, Instalador ou Vigilante).

Figura 7.3.3: Login

Após uma correcta introdução dos dados de acesso os utilizadores serão direccionados
para o menu de monitorização.

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70
7.3.3 Menu de Monitorização

O menu de monitorização mostra uma visão geral do sistema onde é possível ver todos
os alarmes ligados ao mesmo.

Figura 7.3.4: Menu de Monitorização.

Este menu permite fazer a interligação a um submenu onde é possível ver com detalhe
toda a informação acerca dos eventos enviados pelas centrais de alarme.
É possível ter acesso ao submenu de duas formas diferentes, uma delas é carregando
numa das imagens correspondentes a um alarme, a outra é carregando no ícone world que se
encontra na parte lateral esquerda, tal como se pode ver na Figura 7.3.4. Como seria de
esperar, aquilo que será mostrado no submenu é diferente, dependendo se o acesso é feito a
partir do ícone world ou da imagem correspondente a um dos alarmes. Se o acesso for feito a
partir de um dos alarmes apenas será mostrado em detalhe os eventos correspondentes a esse
mesmo alarme, se o acesso for feito através do ícone world serão mostrados os eventos
correspondentes a todos os alarmes ligados ao sistema.

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71
Figura 7.3.5: Informação Completa dos Eventos

Como é possível ver na Figura 7.3.5, neste submenu temos acesso a toda a informação
necessária relativamente aos eventos gerados pelas centrais.
A tabela que faz a amostragem dos eventos tem disponível a seguinte informação: data e
hora a que estes sucederam, em que equipamento foi, o proprietários do alarme, o instalador, o
tipo de evento e em que zona ou que utilizador provocou o mesmo.
Logo acima da tabela estão disponíveis quatro checkbox que permitem seleccionar
individualmente se as colunas dos equipamentos, clientes, instaladores e zonas/utilizadores
estão visíveis ou não.
Ainda na lateral direita da Figura 7.3.5 é possível ver uma imagem que corresponde a
um filtro, permitindo este facilmente fazer procuras de eventos.

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72
Figura 7.3.6: Filtro de Eventos

Como é possível verificar através da Figura 7.3.6 o filtro está dotado de todas as
funcionalidades para fazer qualquer tipo de procura. Uma grande vantagem deste filtro é a
possibilidade de fazer associações de filtragens, pois pode-se querer ver todos os eventos que
ocorreram entre uma certa data, mas também querer ver esses mesmos eventos associados
apenas a um cliente.
O filtro tem disponíveis 5 tipos de filtragem: data, cliente, instalador, alarme e o tipo de
evento ou eventos.
Quando é realizada uma filtragem ao pressionar o ícone “Aplicar”, a tabela é
imediatamente actualizada mostrando apenas a informação filtrada.
O ícone “Fechar” permite fechar o filtro mantendo na tabela a informação filtrada e o
ícone “Remover” permite remover a informação filtrada mostrando novamente a informação que
se encontrava na tabela anterior.
Algo que é bastante importante de referir é o facto de o sistema continuar em alerta
mesmo quando fazemos uma filtragem de informação, pois se ocorrer um evento considerado
prioritário (alarme de intrusão, alarme de pânico, etc.), o sistema imediatamente abre uma
popup alertando a ocorrência do mesmo. O aviso de eventos considerados prioritários não só é
feito desta forma quando está a ser visualizada informação prioritária, como também em

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


73
qualquer menu do software que se encontre activo, exceptuando quando se está no menu de
“login”.
Na Figura 7.3.7 é possível ver a popup gerada no momento em que é despoletado um
evento considerado prioritário.

Figura 7.3.7:Alerta de Evento Prioritário

Como é possível verificar, quando ocorre um evento deste tipo, é disponibilizada


imediatamente toda a informação necessária relativamente ao mesmo, desde o tipo de evento, a
zona/utilizador, o alarme correspondente, o proprietário, a data/hora em que se sucedeu, e
ainda a informação relativa a quem deve ser contactado. A lista de pessoas a contactar, em caso
de ser mais do que uma, é apresentada tendo em consideração um factor de prioridade
atribuído no momento em que foram adicionados ao sistema.

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74
7.3.4 Menu de Clientes
Neste menu estão listados todos os clientes bem como os alarmes que cada um destes
tem registado no sistema. Na Figura 7.3.8 está ilustrada a composição deste menu.

Figura 7.3.8: Gestão de Clientes

No lado esquerdo é apresentada uma lista onde se encontram ordenados por ordem
alfabética todos os clientes do sistema. Logo acima encontra-se uma textInput que permite
executar procuras rápidas, quando se torna necessário configurar um cliente específico.
Colocando a letra inicial do nome de um cliente, apenas ficam disponíveis todos os clientes cujo
nome é iniciado por essa mesma letra, e assim sucessivamente, até identificar o cliente
pretendido.
Quando um cliente é seleccionado, é apresentada uma lista composta por todos os
alarmes associados a este, lista esta que é composta por uma imagem de um alarme e logo em
seguida uma descrição referente ao alarme, tornando a sua identificação mais simples.

A imagem correspondente ao caixote do lixo permite remover alarmes associados ao


sistema. Para proceder à remoção de um alarme do sistema, basta dirigir-se à lista dos alarmes

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


75
do cliente e arrastar o alarme que se pretende remover até ao caixote do lixo. Quando é feita a
remoção de um alarme, é removida toda a informação associada ao mesmo. De referir que um
alarme está associado a um cliente e não o contrário, sendo que apenas os eventos e as
pessoas a comunicar em caso de eventos prioritários estão associados ao alarme.
O botão “adicionar” permite, tal como o nome o indica, adicionar alarmes aos clientes,
bastando para isso seleccionar o cliente ao qual é pretendido adicionar um alarme e em seguida
premir o botão “adicionar”. Quando este botão é premido a lista de alarmes do cliente
desaparecerá e o menu ficará como ilustrado na Figura 7.3.9.

Figura 7.3.9: Associação Alarme/Cliente

Para proceder à introdução de um alarme é necessário atribui-lhe um nome e possuir a


chave de acesso para introdução do mesmo. É também possível, mas não necessário introduzir,
a localização GPS do alarme, pois sendo necessária uma deslocação ao local, através destas
coordenadas será bastante mais fácil.
A textInput que permite introduzir a chave do equipamento está dotada com um sistema
que faz uma verificação imediata, o que permite ao utilizador, que está a introduzir a chave,
saber se esta está correcta ou não.
O botão “Cancelar” permite voltar à lista dos alarmes, se por algum motivo o utilizador
premir “Adicionar” por engano, ou entrar e não souber a chave de acesso.

Central Receptora De Alarmes e Diagnóstico


76
O botão “Guardar” encontra-se inactivo tal como é possível verificar na Figura 7.3.9 pois
este só ficará disponível após uma correcta inserção da chave de equipamento. Na Figura
7.3.10 está demonstrado o aspecto desta janela após uma correcta inserção da chave.

Figura 7.3.10: Alarme Introduzido com Chave Validada

Após o botão “Guardar” estar disponível, se estiver premido, o alarme será adicionado
ao sistema e voltará a aparecer a lista dos alarmes do cliente, já com o novo alarme incluído.
Neste menu está presente ainda um submenu que permite adicionar aos alarmes as
pessoas a contactar em caso de eventos prioritários. Para aceder a este menu basta dar um
click, na lista dos alarmes, sobre o alarme ao qual é pretendido adicionar uma pessoa a
contactar.

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Figura 7.3.11: Gestão de Contactos

Neste submenu, logo no topo, encontra-se o nome do alarme ao qual é pretendido


adicionar contactos.
Na tabela presente neste submenu estão listados todos os contactos associados ao
alarme, estando estes listados por ordem de prioridade de contacto. A prioridade, já referida
anteriormente, o nome da pessoa a contactar, o contacto, uma senha e uma senha de coacção,
são os elementos integrantes desta tabela.
Os três botões que se encontram à direita da tabela permitem fazer a gestão da
informação da mesma, sendo o ícone “+” para adicionar, o “lápis” para editar, e o “-” para
remover contactos.
Quando é seleccionado um contacto e em seguida é premido o ícone “-”, este será
removido imediatamente e se for premido o ícone “lápis”, abre uma popup já com os dados do
contacto preenchidos para que possa ser feita a edição do mesmo. Sendo necessário adicionar
um novo contacto é utilizado o ícone “+” que faz abrir uma popup idêntica à de editar mas com
a informação por preencher.

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Figura 7.3.12: Edição da Informação do Contacto

Nesta popup todos os campos são de preenchimento obrigatório, sendo que se algum
campo não for preenchido, quando for premido o ícone para salvar, o utilizador é avisado e os
dados não são salvos até este preencher todos os campos.

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7.3.5 Menu Instalador
Neste menu encontra-se toda a informação relativa aos alarmes e clientes de
instaladores. Para a elaboração deste menu é preciso ter em conta que um instalador está ligado
a um alarme, estando assim indirectamente ligado a um cliente, o proprietário desse mesmo
alarme. Se um cliente tiver dois alarmes ligados ao sistema, e os dois forem instalados por o
mesmo instalador, o instalador está associado a dois alarmes mas apenas a um cliente.

Figura 7.3.13: Gestão de Instaladores

Neste menu são apresentadas duas listas, a lista do lado esquerdo representa os
instaladores e a lista do lado direito representa os clientes. Sempre que é seleccionado um
instalador na lista da esquerda, aparece automaticamente, na lista da direita, todos os clientes
associados a este. Mas ainda não está disponível a informação necessária, pois o cliente pode
ter mais que um alarme instalado por um mesmo instalador.
Para visualizar todos os alarmes, que um instalador tem de um certo cliente, foi
necessária a criação de uma lista para proceder à visualização dos mesmos. Para fazer esta
visualização foi utilizado um método que permite rodar a lista de clientes, ficando disponível no
ecrã a lista de alarmes desse mesmo cliente.

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Figura 7.3.14:
7.3 Mudança Lista de Clientes/Alarmes de Cliente

Para proceder à navegação desde a lista dos clientes até à lista dos alarmes basta um
simples clique no cliente sobre o qual é pretendida a visualização dos
d alarmes.
A razão da criação de duas listas, e não de apenas uma, onde seriam visualizados
imediatamente todos os alarmes do instalador, deve-se
deve se ao facto de tornar o sistema mais
amigável para o instalador, pois, se este tivesse no sistema 50 alarmes, de apenas 30 clientes,
em que alguns deles eram proprietários de vários alarmes, para saber a quem pertenciam os
alarmes, seria bastante complexo. Assim basta seleccionar o cliente para visualizar
imediatamente todos os alarmes pertencentes a este.

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Se por algum motivo o cliente não pretender mais que o instalador tenha acesso ao
sistema, caso o instalador não tenha a iniciativa de fazer a sua própria remoção do alarme em
questão, o cliente comunica ao “Administrador” e este removerá o acesso do instalador ao
alarme, procedendo em seguida a uma mudança de chave para que seja possível associar um
novo instalador, se pretendido pelo cliente.
Para associar um novo alarme a um instalador, será necessário seleccionar o instalador
ao qual é pretendido associar o alarme e, em seguida, premir o botão “Adicionar”. Será utilizado
o mesmo método de mudança de submenus referido anteriormente através de uma rotação.

Figura 7.3.15: Associar Alarme ao Instalador

Neste submenu é apenas necessário colocar a chave do alarme que é pretendido


associar, e em seguida premir o botão “Guardar”. Após premir o botão é novamente executada
uma rotação do submenu, onde aparece já a informação actualizada referente ao novo alarme.
Quando um novo alarme é introduzido é feita uma associação automática ao seu cliente. Se for o
primeiro alarme referente a um cliente este aparece automaticamente na lista, caso seja um
alarme de um cliente já associado ao instalador é necessário seleccionar o cliente para visualizar
o novo alarme juntamente com os demais já anteriormente listados.

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7.3.6 Menu de Configurações
Este menu é bastante simples pois apenas existe uma configuração possível, sendo esta
a alteração da linguagem do sistema. Existe a possibilidade se seleccionar dois idiomas,
“Português” ou “Inglês”. Para proceder à mudança de linguagem foi utilizado uma propriedade
do “Flex”, que possibilita a criação de ficheiros de linguagem, permitindo, posteriormente,
através de uma simples escolha mudar o idioma de todo o sistema de uma só vez.

Figura 7.3.16: Configuração do Sistema.

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84
Capítulo VIII

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8 Conclusões e Trabalho Futuro

8.1 Conclusões

O projecto desenvolvido no âmbito desta tese demonstra que a utilização de material já


implementado no mercado em vez do desenvolvimento de material novo pode por vezes trazer
enormes vantagens. Nas diversas pesquisas efectuadas não foi encontrado qualquer produto no
mercado com características semelhantes, sendo que todos utilizam módulos dedicados para
este efeito.
No caso da segurança na domótica este sistema mostrou-se bastante seguro e capaz de
oferecer uma grande diversidade de funcionalidades que os sistemas de segurança incorporados
na domótica normalmente não têm. A possibilidade de utilizar sensores sem fios trouxe uma
enorme flexibilidade ao sistema podendo assim ser instalado em moradias onde o sistema não
foi projectado de raiz. A maior desvantagem deste sistema é possuir um protocolo fechado, o
que torna o uso das centrais de alarme da “Jablotron” uma obrigação. O interface desenvolvido
em Flex mostrou ser bastante amigável tornando a tarefa do utilizador mais fácil. Os menus são
de fácil navegação e foram estruturados de forma a agrupar as configurações.
O sistema de diagnóstico complementa o sistema de segurança permitindo receber toda
a informação gerada nos sistemas de alarmes ligados à domótica, gerir a informação relativa a
todos os utilizadores e criar contactos para comunicar tudo que seja relevante no que diz
respeito aos eventos gerados. Este sistema apesar do seu bom funcionamento ainda pode ser
bastante melhorado, através da introdução de novas funcionalidades. Comparativamente com os
sistemas existentes no mercado ainda se encontra bastante limitado.

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8.2 Trabalho Futuro

A utilização de um sistema de alarmes existente no mercado permite oferecer à domótica


um grande leque de funcionalidades tornando assim o sistema mais completo. Nem todas as
funcionalidades estão incluídas no sistema de domótica mas este ficou preparado para as poder
integrar a qualquer momento.
O software de diagnóstico pode ainda ser melhorado, ficando aqui algumas sugestões
daquilo que pode ser feito:

 Timeline com demonstração do estado do alarme (armado/desarmado);

 Sistema de comunicação por mensagens e emails;

 Envio automático de relatórios;

 Permitir integrar planta da casa com localização de todos os dispositivos;

 Desenvolvimento de sistema onde através das coordenadas GPS apareceria


num mapa a localização do alarme;

 Criação de relatórios em formato de gráficos para melhor percepção ao longo do


tempo.

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Bibliografia

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Flex List. (s.d.). Obtido de
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Flex Panel. (s.d.). Obtido de
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Flex Socket. (s.d.). Obtido de
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