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※ O conceito é que narre a situação de vários personagens.

É realmente como
um prólogo, podem levar a sério.

※ Como está dentro do reino das possibilidades, isso de ser incluído em


algum tipo de bônus de edição especial, qualquer divulgação do seguinte
material é proibida.

By – Maruyama
No Império
“Sinto informar, mas terá que aguardar um pouco. Sua Majestade está no
meio de uma conversa.”

Disse o secretário de pé na frente da porta do escritório do Imperador —


havia vários outros guardas talentosos nos arredores.

Impedindo o “Vendaval Feroz” — Nimble Arc Dale Anoch, um dos Quatro


Cavaleiros Imperais — de entrar.

Apenas Nimble — e mais um grupo escolhido a dedo pelo Imperador


Sangrento, Jircniv Rune Farlord El-Nix — tinha permissão para entrar sem
permissão prévia. Porém, ele estava sendo impedido pelo secretário sem
qualquer julgamento do Imperador. Se aquele secretário o estava impedindo, era
sinal de que alguém muito importante estava no escritório no momento.

Mas, quem seria o tal visitante?

Por exemplo, seria um mensageiro do Reino Feiticeiro— não.

Caso fosse, Nimble seria convidado a estar presente. Mesmo que não fosse
permitida sua presença, uma notificação deveria ter sido enviada para informá-lo
de sua chegada.

Então era sua concubina favorita— não.

Independentemente do que uma concubina dissesse, a entrada de Nimble


não seria interrompida. Jircniv priorizava seus deveres como imperador acima
de quaisquer encantos carnais de uma mulher.

Então quem estava no escritório com o Imperador?

Na verdade, Nimble tinha um palpite. Aliás, nem era para ter tantas
dúvidas, dado que ocorrera outras vezes.

Quem estava lá era nenhum outro senão um amigo — o único amigo do


Imperador Sangrento.

O Rei dos Quagoas, Pe Riyuro.

Quando se encontravam, o Imperador não permitia que ninguém os


perturbasse. Inclusive, até disse que era a única ocasião que se sentia à vontade.
Um de seus colegas comentou: “...Quer dizer que ele não fica à vontade nem
com a esposa e filhos?” Esse amigo podia extrair emoções do Imperador que
mais ninguém conseguia.

Nimble olhou por um momento para o pergaminho que segurava em uma


das mãos. Era um documento muito importante. Precisava ser entregue ao
Imperador o mais rápido possível. Ainda assim, ele poderia entender os motivos
de seu suserano. Nimble hesitou por um momento, mas por fim aceitou.

“—Claro. Então vou esperar um pouco.”

“Agradeço a compreensão. Se não se importar, pode esperar na sala ao


lado. Te informarei assim que o Imperador estiver disponível."

Depois de agradecê-lo, Nimble entrou na sala ao lado do escritório — uma


sala de espera para convidados importantes. Ele imaginou que deveria bater
antes, por precaução. Afinal, outros já poderiam estar esperando.

Da sala, um silencioso “Oh” foi ouvido — uma voz masculina, exatamente


como Nimble havia imaginado.

Nimble se adiantou e abriu a porta. Um homem de armadura estava sentado


em um sofá na luxuosa sala, seus olhos se encontraram.

Era seu colega, um dos Quatro Cavaleiros Imperiais, "Relâmpago"


Baziwood Peshmel.

Normalmente, Nimble ou Peshmel estaria na mesma sala com o Imperador,


protegendo-o de qualquer ameaça. Provavelmente, a única vez que não estariam
ao seu lado, seria quando estava em seu harém. Mesmo assim, o único caso que
eram instruídos a ficar nesta sala, era quando Pe Riyuro o visitava.

“Yo, Nimble. Parece que está de bom humor desde ontem.”

“Não te via há tanto tempo... bem, só que não... Mas é bom te ver,
Baziwood-...”

Ele costumava adicionar o honorífico “Dono” até um tempo atrás, mas


Baziwood disse que não era preciso, pois eram colegas de longa data. Por isso,
ele concordou em parar. No entanto, ele não se acostumara totalmente e, às
vezes, resmungava baixinho.

Ainda preciso me acostumar.

Baziwood sorriu abertamente. Talvez tenha achando a situação bem


cômica.
“Vamos, não fique aí parado, sente-se logo. Meu pescoço vai doer se eu
tiver que ficar te olhando desse jeito.”

“Ah, claro.”

Nimble sentou-se em uma chaise longue semelhante a de Baziwood,


ficando de frente para ele.

“Estou aqui faz um tempinho. Isso já aconteceu mais vezes do que a gente
pode contar, logo a conversa vai terminar. Sabe como é.”

“Acha mesmo? Espero que sim. Este pergaminho deve ser entregue a ele o
quanto antes.”

“Hoh? Mas— de onde é isso?”

Nimble mostrou a Baziwood o selo estampado na cera.

Um selo nacional.

A expressão de Baziwood ficou sombria.

“—Ei ei, é do covil daqueles monstros.”

Ele acertou em cheio. O selo ali presente era o selo real do Reino Feiticeiro
de Ainz Ooal Gown.

“Ouvi dizer que veio diretamente da Primeira Ministra, Albedo. Mas não é
uma exigência urgente, é mais para um informe oficial.”

"Ah, tá... Se for um informe, não vale a pena interromper. Bem, se não
fosse, eu ía sair daqui arrombando aquela porta... Mas...”

Baziwood ficou mais sério:

“...Que tipo de informe é?”

“Isso... é algo que eu também quero saber. É um alivio saber que não sou o
único incapaz de ler as feições deles... Digo, o mensageiro que veio era um
undead, como de costume, e quem recebeu não consegiu ler nada das feições.”

“Ah, coitado de Sua Majestade, justo agora que melhorou um pouco, vai
ficar na pior de novo... É como diz o ditado; quanto mais alto, maior a queda.
Ele pode te odiar se entrar com isso.”

Baziwood sorriu de forma irritante, ao qual Nimble sorriu em resposta.


“Nem tanto, sinto que Sua Majestade jamais faria isso. Se dependesse de
mim, entregaria esse maldito documento agora mesmo, mas estou carregando
este fardo em minhas mãos e permitindo que Sua Majestade aproveite o máximo
possível de seus momentos de felicidade. Sinto que ele vai até me agradecer por
isso.”

Os dois se entreolharam e riram levemente.

A propósito, todas as missivas do Reino Feiticeiro eram investigadas de


antemão. Uma vez que não detectassem nenhum traço de magia, a conclusão
lógica é que estavam seguras e não causariam nenhum mal a quem as tocasse —
mas isso em teoria. Havia um subconjunto de pessoas, incluindo Nimble, que
estavam sempre em guardar contra quaisquer magias estranhas ou
desconhecidas nessas missivas, ainda mais considerando o quão avançado era a
tecnologia mágica do Reino Feiticeiro se comparada a do Império.

“Bem, vamos saber logo, logo. Me diga uma coisa, não acha cansativo ter
que fazer todas essas tarefas? Sem enrolação, não concorda que estamos com
pouca mão de obra?”

“Sim. Concordo totalmente, Baziwood... Eu gostaria de tirar umas longas


férias ou algo assim.”

Atualmente, um dos dois sempre estaria servindo como guarda do


Imperador. À noite, onde não havia outros para a tarefa, seu dever era
transferido para a Guarda Imperial, permitindo que dormissem. Ainda assim,
precisavam dormir perto do palácio. Caso fossem sair em longas férias,
definitivamente precisariam se preocupar com a falta de mão de obra.

“Bem, antigamente éramos os honoráveis Quatro Cavaleiros Imperiais?


Será que se esqueceram que somos os quatro? Espero que promovam mais dois
como Cavaleiros Imperiais o quanto antes.”

Por um momento, Nimble se lembrou dos rostos daqueles que não estavam
mais lá.

“...O grande problema é que não temos ninguém tão forte para honrar o
cargo.”

“Muitos dos guerreiros fortes do Império acabam indo parar na arena... Por
falar em gente forte, um dia desses eu vi o Palantynen passeando na Capital
Imperial. Parece que ele ficou ainda mais forte com algum treino bizarro. Ele
ficou bem monstrão, mesmo se juntar nós dois nele, a gente perde feio.”

“Krelvo Palantynen, huh? Ainda não vi como ele está.”


Indagou Nimble, que inclinou a cabeça e:

“Ele é bem forte, mas será tão forte quanto o nosso trunfo?”

—Baziwood não entendeu por um momento, mas logo depois entendeu de


quem se tratava.

“Tá aí uma luta que eu queria ver. Até onde sei dos dois, é difícil dizer qual
é o mais forte... Mas acho que você está mais ou menos certo.”

“Isso é incrível!”

O assustador Reino Feiticeiro havia emprestado um grande número de


undeads ao Império. Se aquele homem pudesse se defender contra apenas um
daquele exército, poder-se-ia dizer que sua força estava no limite do
humanamente possível.

Caso fosse possível usar os soldados undeads para proteger Sua Majestade
Imperial, Nimble e os outros poderia tirar as longas férias que tanto desejavam.
Claro, ainda seria de arrepiar os cabelos deixar a proteção de Sua Majestade
entregue nas mãos de outro país. Considerando o andar das coisas, eles não
poderiam ser usados nem para guardar as portas do escritório. Isso porque
sequer poderiam ter certeza que os undeads não começariam uma rebelião a
mando do Rei Feiticeiro. Oh, como Nimble desejava que com um estalar de
dedos, pudesse mover todos os undeads que trabalhavam nas cercanias para um
lugar bem longe.

Por este motivo, a maioria não estava na cidade, apenas alguns ainda eram
mantidos no castelo para o caso de surgir alguma emergência.

“Calma aí, se o Palantynen já é forte daquele jeito, como eram os outros


antes dele? Sem contar o colecionador de itens mágicos, aquele viadinho não era
um nobre? Nem a nobreza dá a mínima pra nossa situação.”

“Quando diz “viadinho”, se refere ao terceiro filho do Visconde Zesch? Se


não me engano, ele vive na Cidade Imperial mesmo...”

Ele não sabia muito a respeito.

Mesmo participando de ciclo aristocratas, Nimble não tinha acesso a tais


informações. Aliás, nem mesmo o Departamento de Espionagem Imperial
consegiu obter tais informações.

O Departamento de Espionagem não investigava muito a fundo sobre a


vida de indivíduos poderosos dentro Império. Isso porque, no passado, era muito
difícil lidar com eles caso os ofendesse e sofressem retaliação. Sua força não era
brincadeira, pois era capaz de se garantir até mesmo com a força dos Quatro
Cavaleiros Imperiais juntos.

Sendo assim, por que não o investigaram depois de terem pegado


emprestado o temível exército dos mortos do Reino Feiticeiro? Simples, os
custos superavam os benefícios.

Se ele aparecesse voluntariamente e declarasse que desejava servir ao


Império, então é claro que seria recebido de braços abertos. Por outro lado, se o
investigassem ignorando seus sentimentos sobre o assunto e o obrigassem a
servir com o abuso de autoridade, além de receber uma servidão chula, causaria
outro problema. Usar métodos tão agressivos para fortalecer suas fileiras
levantaria suspeitas do Reino Feiticeiro, um risco que não estavam dispostos a
correr.

Mas é claro que...

Duvido muito que se importem, O Reino Feiticeiro não deve estar nem aí
para quem se junta ao Império.

“Mas por quê, hein? O que tem de tão complicado em servir o Império?
Olha pra mim, até eu consegui este emprego. Isso só mostra que o Império não
liga muito pra dogmas.”

“Ninguém é igual, não é mesmo? Eu mesmo, nasci em berço nobre e tenho


muito orgulho de poder servir à família imperial.”

“Falo no sentido de; logo cedo eu entendi que morreria cedo ou tarde
naqueles becos malditos. Então minha primeira esposa... calma aí, ela era minha
primeira naquele tempo? Ah, deixa pra lá, enfim, eu precisava de um ganha pão
mais firme por causa da patroa... Eu só queria garantir que os pirralhos tivessem
uma vida mais confortável do que a minha.”

“—Você é um bom marido e pai.”

“Eu nem sei se faço a coisa certa...”

Baziwood deu de ombros e continuou:

“Segundo às minhas esposas, por um triz eu não entro no mínimo


aceitável.”

“—Você é um bom marido e um pai exemplar.”

Recentemente, Nimble ouvira dizer que Baziwood havia se casado com


mais duas mulheres.
As nobres de outrora infelizmente foram vítimas do expurgo promovido
por Jircniv e acabaram na miserável vida de prostitutas. Por ser um dos Quatro
Cavaleiros Imperiais, ele poderia se complicar ao envolver-se com ela, por isso
foi necessário apagar qualquer vestígio de suas conexões passadas.

Nimble teve uma boa experiência com seu pai, foi uma boa pessoa. Porém,
havia alguns tipinhos que jamais deveriam ter filhos. Seria terrivelmente rude
colocar Baziwood no mesmo balaio que eles, mas se fosse mesmo para
compará-los, Baziwood era indubitavelmente um bom pai e marido. Claro, ele
não o observou em casa para julgá-lo assim, mas sentia que ele fazia tudo que
estava a seu alcance como pai.

“Acha mesmo? Fico feliz de ouvi isso. E quanto a você? Quando seu filho
vai... ei, não vai se casar não?”

“Eu sou o segundo filho de um barão, então—”

“—Ei, ei. Até eu, que sou um plebeu, me casei com uma nobre, esqueceu?
Lembro de algo como você receber tantas cartinhas de apresentação que nem
tinha mais onde colocar, vai dizer que é mentira? E você já não tem seu título de
Conde?”

“Sim, sua memória está muito boa.”

“Mas é claro. Minhas esposas falam muito dessas coisas. Além disso, até
eu tenho título de Conde. Mas e aí, desembucha, por que ainda não deu adeus à
liberdade?”

Por que isso te interessa? Pensou Nimble.

“Na verdade, as mulheres me assustam um pouco. Efeito de crescer com


minhas irmãs. No fundo eu acho que todas são como elas.”

Mas isso não poderia impedi-lo de se casar em algum momento. Para os


nobres, era muito importante fortalecer o nome da família com casamentos. Isso
estava preso profundamente em Nimble, que foi educado na nobreza desde
sempre.

“...Acho que está em um mato sem cachorro, hein. Mas, eu não me lembro
de você com esse medo todo perto dela...”

Baziwood o olhou desconfiado, seria melhor esclarecer as coisas antes que


houvesse algum mal-entendido.

“É porque eu a vejo mais como uma colega de trabalho do que como


mulher, Baziwood.”
“Claro! Ah, com certeza.”

Concordou Baziwood com empatia.

De fato, Nimble não nutria nada por ela. Como colegas, porém, ele
desejava que ela encontrasse a felicidade.

“Então—”

Baziwood estava prestes a dizer algo quando houve várias batidas na porta.
Sem esperar por uma resposta, a porta foi aberta. Era o secretário que negara a
entrada de Nimble agora a pouco. Ele já sabia, mesmo sem nenhuma palavra
dita, o que significava a intromissão do secretário.

“Lamento por esperarem tanto. Por favor, me sigam.”

Finalmente ouvindo o que queriam, ambos saíram da sala e rumaram para o


escritório do Imperador.

Lá encontraram a figura de Jircniv de muito bom humor. Ao olharem


rapidamente o ambiente, não viram o Rei Quagoa em lugar nenhum. Certamente
já tinha ido para seus aposentos enquanto ainda estavam na sala de espera.
Sempre que vinha, Pe Riyuro passava uns dias no Império.

“Nimble. Sinto muito por te deixar esperando.”

“Não há necessidade de se desculpar, Vossa Majestade.”

Ele se curvou levemente e estendeu o pergaminho para ele.

“Foi enviado do Reino Feiticeiro. Faça às honras.”

O sorriso de Jircniv congelou. Ele soltou um suspiro de desânimo.

Nimble entendia profundamente o que seu mestre estava sentindo. Ao


entregar, ele sentiu como se um peso tivesse sido tirado de suas costas.

Por outro lado, Jircniv colocou o pergaminho lentamente sobre a mesa,


como se estivesse com medo de um item mágico volátil. Ficou o encarando por
um tempo.

Em meio aos resmungos e reclamações constantes, ele ouvira os


pensamentos em voz alta de Jircniv sobre o Reino Feiticeiro.

Graças aos Deuses, eles nunca foram atacados pelo Reino Feiticeiro, que
também nunca encrencara com o Império. E sendo franco, o que recebiam do
Reino Feiticeiro era quase que uma dádiva. Por isso havia medo.
Medo de que lhe puxassem o tapete e caíssem no chão de uma vez. Jircniv
morria de medo dessa possibilidade. Quem em sã consciência confiaria
cegamente em um país cujos undeads eram funcionários públicos e demônios
chefes de estado...?

Depois de alguns momentos, ele parecia ter se decidido e tocou o


pergaminho novamente. Mas a coragem que tinha juntado desapareceu no
mesmo instante.

Ele não conseguiu abrir o pergaminho.

“Perdão, mas você não poderia abr—”

“—Hmm!? Vossa Majestade, o que é isso?”

Os olhos de Baziwood notaram algo na mesa. Havia uma base de cor


índigo coberta com uma caixa de cristal, olhando mais de perto notava-se algo
semelhante a um anel.

“É um anel que ganhei. Parece ter a habilidade de prevenir dores de


estômago.”

As recorrentes dores de estomago de Jircniv passaram por um tempo, mas


voltaram depois que soube da tragédia que acontecera no Reino.

Até certo ponto, Ainz não era um Rei Demonio Undead que mataram a bel-
prazer; e sim um Rei demônio Undead que estava disposto a aniquilar tudo, isso
caso fosse necessário. Jircniv entendeu que o que acontecera no Reino também
poderia acontecer no Império se ele não andasse na linha. Até hoje ele ainda
tinha dificuldade de entender o que ocorrera com Pe Riyuro no massacre de seu
povo, só sabia que foi um assombroso número de mortes, isso o deixou em
choque.

Quando Nimble ouviu sobre o Reino, ele se lembrou do massacre nas


Planícies Katze e teve pesadelos por várias noites. Imagine o quão grande seria o
impacto para um governante de uma nação.

“É sério que existe um anel com uma magia feita precisamente pra isso!?”

Baziwood ficou surpreso, Nimble sentiu o mesmo. O mero anel de prata


sobre a mesa poderia conter tal poder? Por que existia algo tão específico?

“Usar o Ring of Unicorn para curar minhas dores de estômago foi uma
grande perda de tempo. Já este anel foi o resultado de uma pesquisa abrangente
do mercado.”
Nimble olhou para Jircniv com sentimentos mistos. O mesmo valia para
Baziwood, que estava ao lado dele — embora não pudesse vê-lo dado o ângulo.

“...Não acha que é melhor ver do que se trata o pergaminho?”

Ele sentiu que Jircniv desejava isso. Como se para mudar de assunto — ou
talvez para renovar os ânimos de seu mestre —, ele desenrolou o pergaminho.
Por sua vez, Jircniv deu uma lida de cabo a rabo duas vezes. Depois de temrinar,
Jircniv soltou um grande suspiro. E ficou em silêncio.

Claro, em sua posição de imperador, Jircniv não precisava explicar o


conteúdo a seus subordinados, Nimble e Baziwood. Entretanto, era muito
incomum que não o fizesse.

De certo modo, o trabalho de Nimble estava concluído, ele poderia ter se


retirado. Mas ele realmente poderia sair assim, sem saber?

“Então, Vossa Majestade. O que estava escrito? Se for algo que o senhor
não deseja que saibamos, não vou mais tocar no assunto.”

“...Tudo bem. Na verdade, não é nada de mais. Está a par dos assuntos do
Reino Sacro, a Sem Rosto? Aparentemente, farão uma visita ao Reino Feiticeiro
muito em breve, farão uma cerimônia de boas-vindas. Estão nos convidando. E
este selo contém o brasão do Rei Feiticeiro.”

Jircniv deixou que ambos lessem o conteúdo, também não notaram nada de
mais nas entrelinhas.

“Bem... Acho que não tenho muito tempo, preciso ir preparando as coisas.”

Depois de ouvir Nimble dizer, Jircniv o olhou com uma expressão de dor e
disse:

“Se eu disser que estou indisposto, você iria em meu lugar como meu
representante? Guuoh! Meu estômago dói!”

“...Er, vamos evitar o teatrinho por agora. Hm, Vossa Majestade, é


impressão minha, ou o senhor mudou um pouco desde que nos tornamos estado
vassalo do Reino Feiticeiro? Eu sentia que era mais motivado antes.”

Jircniv olhou do mesmo modo para Baziwood e suas observação. Ao


mesmo tempo, era como se esse olhar refletisse como se sentia consigo mesmo.

“Temo que terei que incomodar meu amigo que veio de tão longe com
isso...”
Jircniv soltou alguns suspiros audíveis, Nimble e Baziwood ficaram se
entreolhando enquanto ocorria.

Embora lamentável, não havia nada que pudessem fazer a respeito. Não
havia como um vassalo recusar um convite direto de seu soberano.

“Não foi intenção de seu servo vê-lo tão perturbado, Vossa Majestade...
Mas permita-me começar os preparativos para sua excursão.”

“Hahah. Não guardo ódio algum por ter me entregue isso, Nimble. Comece
suas tarefas imediatamente.”

Fim
Créditos
PT:

https://ainzooalgown-br.blogspot.com

Autor:

Maruyama Kugane

En:

jtank4

Geon

Hitori

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