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Universidade Federal do Amazonas – UFAM

Loteamentos

Taís Furtado Pontes


Disciplina arquitetura e urbanismo
Graduação Engenharia Civil
OBJETIVO

• compatibilização do desenho de loteamento


ao sítio, à legislação vigente e à diversidade
morfológica de traçados.
LEGISLAÇÃO

LEI 6.766-1979

LOTEAMENTO

resultante da subdivisão de uma


gleba em lotes
LEGISLAÇÃO
LEI 6.766-1979

LOTE
“o terreno servido de infraestrutura básica cujas
dimensões atendam aos índices urbanísticos
definidos pelo plano diretor ou lei municipal
para a zona em que se situe” (6.766/79, art.
2º, inciso 4º).
LEGISLAÇÃO
LEI 6.766-1979

INFRAESTRUTUTRA

Equipamentos urbanos de escoamento de águas


pluviais, iluminação pública, esgotamento
sanitário, abastecimento de água potável,
energia elétrica e vias de circulação
Projeto de Loteamento
• Base topográfica em escala adequada (1:1000
ou 1:500), com curvas de nível;
• Visita de campo para verificação, das feições
topográficas (linhas de drenagem, taludes e
cortes já existentes);
• Condições do entorno em relação à
superestrutura, vias de circulação e redes de
infraestrutura;
• Restrições legais.
IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO
CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS DA
GLEBA
Áreas de preservação ecológica
Lei Federal 4771/65 – Código Florestal:
“Consideram-se de preservação permanente,
pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais
formas de vegetação situados:

A) ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água


desde seu nível mais alto em faixa marginal
cuja largura mínima seja:
1 – de 30 metros para cursos d’água de menos
de 10 metros de largura;
2 – de 50 metros para cursos d’água que
contenham 10 metros a 50 metros de largura;
3 – de 100 metros para cursos d’água que
tenham 50 metros a 200 metros de largura;
4 – de 200 metros para cursos d’água que
tenham de 200 metros a 600 metros de
largura;
5 – de 500 metros para cursos d’água que
tenham largura superior a 600 metros.
B) ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios de
águas naturais ou artificiais.

C) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos


chamados olhos d’água qualquer que seja sua
situação topográfica, num raio mínimo de 50
metros de largura.
Represa Billings - SP
Educandos – Manaus/AM
Lei Federal 6766/79
• “Artigo 4 – Os loteamentos deverão atender ,
pelo menos os seguintes requisitos.
• III – ao longo das águas correntes e dormentes
e das faixas de domínio público das rodovias,
ferrovias e dutos, será obrigada a reserva de
faixa “non aedificandi”de 15 metros de cada
lado, salvo maiores exigências da legislação
específica.
BR 153 - GO
Loteamentos
Objetivo formal:
• Criar um espaço adequado para a habitação humana,
atendendo a necessidades de mercado;

Objetivos reais:
• Garantir maior rentabilidade do investimento empregado ou
maior taxa de aproveitamento do terreno;
• Garantir um retorno do capital no menor tempo possível;
• Rápido início de vendas.

Conflito entre OBJETIVOS REAIS E OBJETIVO REAL DA


SOCIEDADE
Exercício
Análise do terreno e levantamento
• Parâmetros urbanísticos do Plano Diretor;
• Restrições ambientais;
• Levantamento do Entorno (raio de 500m) –
principais acessos, uso do solo, equipamentos
urbanos
• Caracterização da paisagem urbana
(volumetria e padrões de ocupação)
• Breve caracterização socioeconômica
Produto: Apresentar na próxima aula
Terreno - loteamento
Curvas de nível (5,00 metros)
ELEMENTOS ESTRUTURANTES DO
ESPAÇO URBANO
Loteamento
Sítio e seus condicionantes
TOPOGRAFIA E ECOSSISTEMAS

Declividade – escoamento de águas,


acessibilidade, clima...

Meio ambiente – Águas superficias, vegetação,


solo....
Topografia
Declividade
Declividade – percentagem (%)

RAZÃO ENTRE A VARIAÇÃO DE ALTITUDE E A


DISTÂNCIA HORIZONTAL QUE HÁ ENTRE DOIS
PONTOS
Declividade e aproveitamento do
sítio
• 2% - declividade muito baixa, dificuldade de
drenagem;
• 2% a 7% - ideais para qualquer uso, parecem
planos;
• 8% a 15% - terrenos com certas restrições,
necessitam cortes e aterros;
• 16% a 30% - devem ser evitados, são
necessárias obras especiais para sua utilização;
• Acima de 30% - áreas inadequadas
Terreno de alta declividade
Favela do Papagaio, BH/MG

Terreno de baixa declividade


Itanhanhém-SP
Traçado Urbano
O traçado urbano começa pela definição de
avenidas, ruas e caminhos para pedestres,
necessários para tornar acessíveis as
diferentes partes do espaço a serem
organizadas.
Essas avenidas, ruas ou caminhos assumem
traçados e desenhos muito diferentes,
conforme a topografia do local, as
características do usuário e o motivo pelo qual
transita nestas vias. (Mascaró, p. 15)
• Existem diversos tipos de traçados e retículas urbanas, sendo
o modelo da quadrícula ortogonal o mais econômico.
• Malhas não ortogonais são em média 20 a 50 % mais caras do
que malhas ortogonais, considerando-se a quantidade de
metros de vias e redes em geral por lote servido.
• A ilustração abaixo demonstra como os lotes irregulares terão
importantes perdas de área útil.

Estrutura de um
quarteirão triangular da
cidade de Paris – Modelo
Moscou-Clapeyron
Malha Aberta Malha Semi-aberta
Combinação de
traçados
Malha aberta

Malha fechada

Planta da cidade de Radburn, New Jersey, USA.


Vias Urbanas e Redes Viárias
VIAS URBANAS

LEITO CARROÇÁVEL
destinado ao trânsito de veículos e ao
escoamento das águas pluviais através do
conjunto meio-fio- sarjeta até a boca de lobo e
desta para o esgoto pluvial;
Leito carroçavel
Vias Urbanas e Redes Viárias
VIAS URBANAS

PASSEIOS
Adjacentes ou não ao leito carroçável,
destinados ao trânsito de pedestres
Vias Urbanas e Redes Viárias
PASSEIOS E VIAS EXCLUSIVAS PARA PEDESTRES
Largura mínima recomendada 1,20 m
Mobiliário faixa mínima 0,60m
Espaço morto 0,60m da linha da edificação

Deficientes Físicos Acréscimo 0,20 a 0,30 m


Arborização e redes aéreas 0,80 e 1,40m
Vias Urbanas e Redes Viárias
DECLIVIDADE PARA VIAS DE PEDESTRES

Declividades verticais máximas de 20%


Entre 20% e 40% rampas + escadas
40% a 60% escadas
Vias Urbanas e Redes Viárias
CICLOVIAS
VIAS CICLÁVEIS
1. Alargamento de vias veiculares
2. Ciclofaixa
3. Ciclovia
• Sentido único
• Separaçao das outras vias – sinalização no piso
• Junto ao meio fio ou entre linha de
estacionamento e a faixa de tráfego
CICLOFAIXA
Vias Urbanas e Redes Viárias
CICLOVIAS
Ciclovias:
• Faixa exclusiva
• Separada fisicamente das outras faixas de
veículos
• Unidirecional ou bidirecional
Vias Urbanas e Redes Viárias
CICLOVIAS
Ciclovias independentes:
• Desvinculada do sistema viário existente
Vias Urbanas e Redes Viárias
VIAS PARA VEICULOS

Tipologia da via depende:


• volume do tráfego
• Sentido do fluxo (unidericional, bidirecional)
• Interferências no tráfego (cruzamentos,
estacionamentos, garagens...)
• Velocidade de circulação
Vias Urbanas e Redes Viárias
DNER – CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS VIAS

• Sistema Arterial Principal;


• Sistema Arterial Secundário;
• Sistema de Vias Coletoras;
• Sistema Viário Local;
• imagem
Sistema Viário
SISTEMA ARTERIAL PRINCIPAL
Vias Expressas Primárias
controle total de acessos, interseções em
desnível, ruas locais transversais são
bloqueadas ou conectadas a vias marginais

Vias expressas secundárias


Interseções em nível com algumas vias
transversais
Sistema Viário
VIAS ARTERIAIS PRIMÁRIAS

• Tráfego direto
• Percurso contínuo
• Interseções em nível
• Pode ou não ter canteiro central
• Restrições de estacionamento junto ao meio-
fio
Est. Torquato Tapajós, Manau/AM
Sistema Viário
VIAS ARTERIAIS SECUNDÁRIAS
• Atende percursos de viagens de distâncias
intermediárias;
• Maior acesso às propriedades
• Interconecta o sistema arterial
• Distribui o tráfego para áreas de menor
densidade
Sistema Viário
VIAS COLETORAS
• Coleta tráfego de ruas locais, canalizando para
as vias arteriais
• Acesso amplo às propriedades adjacentes
• Acolhe alguns itinerários de ônibus
• Tráfego de baixa velocidade
• Estacionamento permitido em um ou ambos
os lados
• Cruzamentos controlados por sinais ou placas
Sistema Viário
VIAS LOCAIS
• Acesso para propriedades particulares
• Desestimula o tráfego de passagem
• Falta de continuidade no traçado
Sistema Viário
ESTACIONAMENTO
NAS VIAS
RAIO DE
CURVATURA
DE
ENTRONCAM
ENTOS
• RAIO DE
CURVATURA
DAS VIAS
Sistema Viário
Declividade das vias
Sistema Viário
Declividade de entroncamento
Vias segundo o Uso do Solo
• Rua residencial
• Comercial
• Uso Misto – Serviço/Comércio/residência
• Uso industrial
Uso do solo – Águas Lindas de Goiás/GO
Coleta de águas pluviais
Sistema de drenagem:
•Ruas pavimentadas +
guias e sargetas
•Rede de tubulações e
sistemas de captação;
Outras redes
• REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
• REDE DE ESGOTO SANITÁRIO
• REDE DE ENERGIA ELÁTRICA
• REDE DE GÁS COMBUSTÍVEL
Zoneamento
•Instrumento de planejamento urbano
•Por meio de legislação regula o Uso e a Ocupação do Solo

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