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E para atender essa necessidade, existem diferentes tipos de mapas com suas
respectivas funções, que foram apresentados no capítulo 16.
Destaco aqui os ultradetalhados; detalhados; semidetalhados; de reconhecimento;
exploratórios; generalizados e esquemáticos.
Os mapas detalhados e ultradetalhados são os que contêm um maior número de
informações, que são os que auxiliam no planejamento de propriedades agrícolas, de
projetos de irrigação e de aterros sanitários. Os mapas exploratórios e de
reconhecimento não são completos para detalhes que atendam a propriedades
agrícolas ou áreas urbanas específicas, mas eles que permitem uma avaliação
generalizada do potencial dos solos de uma determinada região que englobe, por
exemplo, vários municípios.
Esses mapas, em resumo, são levantamentos que sintetizam as informações sobre
formação, constituição e distribuição espacial dos solos de uma determinada região.
As informações geradas a partir deles são úteis aos profissionais de diversas áreas, que
atuam direta ou indiretamente com o solo. Isso inclui os agrônomos e vários outros
profissionais como engenheiros florestais, civis, ambientais, geólogos, ecólogos,
biólogos, geógrafos e urbanistas.
Mas obviamente só será útil aos que tem um conhecimento prévio de pedologia,
fatores de formação do solo e que desenvolvem a habilidade de ler tais mapas.
Ainda nesse capítulo foi abordado sobre as unidades de mapeamento que agrupa as
áreas de solos e possibilita a representação em bases cartográficas, mostrando a
distribuição espacial, a extensão e os limites dos solos.
Essas unidades podem ser constituídas tanto por classes de solos como por tipos de
terreno, em grupo ou individualmente. E são definidas como:
1. Unidade simples – com dominância de um só componente, com limites difusos
Neste capítulo o foco foi mostrar a grande necessidade de não somente conhecer os
solos, mas trabalhar respeitando as suas peculiaridades e buscando formas de uso
mais consciente e sustentável.
Felizmente levar esses pontos em consideração tem se tornado mais comum
atualmente, o que tem trazido novas abordagens e alternativas de uso e manejo do
solo.
Como resultado um plano conservacionista do uso da terra foi elaborado, levando em
consideração as características do solo, do relevo e do clima que serviram de base para
formular oito classes de capacidade de uso da terra.
O objetivo com isso é definir quais são as melhores opções de uso para cada terra,
bem como quais práticas devem ser implantadas para controlar melhor a erosão do
solo e, ao mesmo tempo, assegurar boas colheitas.
Para chegar nisso, faz-se uso prévio de um mapa detalhado que mencionei
anteriormente.
E copiando a definição dada pelo livro, essas classes I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII também
podem ser agrupadas em três subdivisões: (a) Terras próprias para todos os usos,
inclusive cultivos intensivos (classes I, II e III);
(b) Terras impróprias para cultivos intensivos, mais aptas para pastagens e
reflorestamento ou manutenção da vegetação natural (classes IV, V, VI e VII);
(c) Terras impróprias para cultivo, recomendadas para proteção da flora, da fauna ou
para ecoturismo (classe IIIV).
Saber disso tudo é muito útil para identificar quais melhores práticas e planejar a sua
execução, tanto em uma como em várias propriedades agrícolas. Porque nesse
planejamento se leva em conta além da capacidade de uso como também os fatores
econômicos e sociais, bem como a legislação ambiental que é importantíssima.
E essa é somente uma das formas que pode contribuir para a conservação do solo e da
biodiversidade do nosso país. O ponto é: entender que os recursos disponíveis não são
ilimitados, e que o uso constante e não criterioso vai sim resultar em degradação e
uma crise irreversível na agricultura. Mas práticas preventivas de respeito as condições
do solo e que visem circular os nutrientes, manter devidamente coberto e
propriamente manejado, trarão resultados ecológicos, sociais e econômicos muito
mais satisfatórios.
A motivação para tais ações virá no momento que houver uma crescente
conscientização que nosso maior bem é o solo, e assim como os pais prezam para
garantir uma herança para seus filhos, é nossa responsabilidade cuidar para que a
próxima geração tenha acesso a essa riqueza.
Hoje está em nossas mãos, não somente preservar como recuperar. É um longo trajeto
que começa aqui, com o estudo e compreensão da pedologia.