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PROJETO 2017:PANTANAL-BIOMAS DO BRASIL

Pantanal - Bia
Um dos ecossistemas mais ricos do Brasil, o Pantanal, estende-se pelos territórios do
Mato-Grosso (região sul), Mato-Grosso do Sul (noroeste), Paraguai (norte) e Bolívia
(leste). Ao todo são aproximadamente 228 mil quilômetros quadrados. Em função de
sua importância e diversidade ecológica, o Pantanal é considerado pela UNESCO como
um Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.

Aspectos Geográficos - André


O Pantanal é formado por uma planície e está situado na Bacia Hidrográfica do Alto
Paraguai. Recebe uma grande influência do Rio Paraguai e seus afluentes, que alagam
a região formando extensas áreas alagadiças (pântanos) e favorecendo a existência de
uma rica biodiversidade. A época de chuvas e cheias dos rios ocorre durante os meses
de novembro a abril.

O clima do Pantanal é úmido (alto índice pluviométrico), quente no verão e seco e frio
na época do inverno.

Fauna do Pantanal - Gudão


O ecossistema do Pantanal é muito diversificado, abrigando uma grande quantidade de
animais, que vivem em perfeito equilíbrio ecológico. Podemos encontrar,
principalmente, as seguintes espécies: jacarés, capivaras, peixes (dourado, pintado,
curimbatá, pacu), ariranhas, onça-pintada, macaco-prego, veado-campeiro, lobo-guará,
cervo-do-pantanal, tatu, bicho-preguiça, tamanduá, lagartos, cágados, jabutis, cobras
(jibóia e sucuri) e pássaros (tucanos, jaburus, garças, papagaios, araras, emas, gaviões).
Além destes citados, que são os mais conhecidos, vivem no Pantanal muitas outras
espécies de animais.

Flora do Pantanal - Natália


Assim como ocorre com a vida animal, o Pantanal possui uma extensa variedade de
árvores, plantas, ervas e outros tipos de vegetação. Nesta região, podemos encontrar
espécies da Amazônia, do Cerrado e do Chaco Boliviano.

Nas planícies (região que alaga na época das cheias) encontramos uma vegetação de
gramíneas. Nas regiões intermediárias, desenvolvem-se pequenos arbustos e vegetação
rasteira. Já nas regiões mais altas, podemos encontrar árvores de grande porte.

As principais árvores do Pantanal são: aroeira, ipê, figueira, palmeira e angico.


Economia do Pantanal - Bia
Uma das principais atividades econômicas do Pantanal é a pecuária. Nas regiões de
planícies, cobertas por formação vegetal de gramíneas (alimentação para o gado), estão
estabelecidas diversas fazendas de gado. Há também a atividade da pesca, uma vez que
é grande a quantidade de rios e de peixes na região pantaneira.

O turismo também tem se desenvolvido muito na região. Atraídos pelas belezas do


Pantanal, turistas brasileiros e estrangeiros têm comparecido cada vez mais, gerando
renda e empregos no Pantanal. A região é muito bem servida em hotéis, pousadas e
outros serviços turísticos.

Desmatamento - André
De acordo com dados do ano de 2009, 15,4% da vegetação nativa (original) do pantanal
já havia sido desmatada. Dos 150.457 km² da área original do pantanal, 127.298 km²
(84,6%) encontra-se preservada. O pantanal é o segundo bioma mais preservado do
Brasil, ficando atrás apenas da Amazônia Legal (84,96% preservada - dado de 2013).

Curiosidades - Natália
- Animais do Pantanal em risco de extinção: cervo-do-pantanal, tuiuiú e capivara.

- Você sabia que a maior planície inundável do mundo é o pantanal matogrossense?

A maior cobra do Pantanal é a sucuri amarela. Mede até 4,5 metros e se alimenta de
peixes, aves e pequenos mamíferos.

Tuiuiú, ave-símbolo do Pantanal, tem mais de 2 metros de envergadura com as asas


abertas.

O jacaré do Pantanal mede até 2,5 metros de comprimento, alimentando-se


principalmente de peixes.

O maior peixe do Pantanal é o jaú, um bagre gigante que chega a 1,5 metro de
comprimento, pesando até 120 quilos.

O Pantanal apresenta grande diversidade de espécies de plantas superiores, como


árvores e arbustos (1.647 espécies) e alta diversidade de fauna: 263 espécies de peixes,
122 espécies de mamíferos, 93 espécies de répteis, 1.132 espécies de borboletas e 656
espécies de aves.

As cheias anuais dos rios da região atingem cerca de 80% do Pantanal e transformam a
região em um impressionante lençol d'água, afastando parte da população rural que
migra temporariamente para as cidades ou vilas.
PANTANAL(Telenovela) - Gudão
A saga da família Leôncio, desde os anos 40, quando Joventino chega ao Pantanal do
Mato Grosso acompanhado de seu filho de 10 anos, José Leôncio. Este se estabelece na
região e torna-se um dos principais criadores de gado, iniciando um clã de peões de
boiadeiro. Com o desaparecimento de Joventino, José Leôncio leva adiante o sonho do
pai e se transforma em um dos maiores fazendeiros do país.

Principais Cidades – Natália


As principais cidades brasileiras do Pantanal são Corumbá, Aquidauana, Miranda,
localizadas em Mato Grosso do Sul. E os principais rios da região pantaneira, todos
pertencentes à Bacia do Rio Paraguai, são: Aquidauana, Apa, Miranda,Cuiabá, Piquiri,
São Lourenço, Taquari.

HISTÓRIA - André

A origem do Pantanal não é, como se pensava, resultado da separação do oceano há


milhões de anos. Todos os geólogos concordam que não há ali indícios da presença do
mar, e um dos que melhor conhecem a região, Fernando Flavio Marques de Almeida,
diz que ele representa uma área que se abateu por falhamentos de blocos durante o
período Terciário. Animais que estão presentes no mar também existem no pantanal,
formando o que se pode chamar de mar interior. A área alagada do pantanal se deve a
lentidão de drenagem das águas que fluem lentamente, pela região do médio Paraguai,
num local chamado de Fecho dos Morros do Sul. Atraído pela existência de pedras e
metais preciosos (que eram usados por indígenas, que já povoavam a região, como
adornos), entre eles o ouro, o português Aleixo Garcia, em 1524, acabou sendo o
primeiro a visitar o território, e alcançou o rio Paraguai através do rio Miranda,
atingindo a região onde hoje está a cidade de Corumbá. Nos anos de 1537 e 1538, o
espanhol Juan Ayolas e seu acompanhante Domingos Martínez de Irala seguiram pelo
rio Paraguai e denominaram Puerto de los Reyes à lagoa Gayva. Por volta de 1542-
1543, Álvaro Nunes Cabeza de Vaca (espanhol e aventureiro) também passou por aqui
para seguir para o Peru. Entre 1878 e 1930, a cidade de Corumbá/MS (situada dentro do
Pantanal) tornou-se o principal eixo comercial e fluvial no Mato Grosso (antes da
divisão dos estados, ocorrida em 1977). Depois acabou perdendo sua importância para
as cidades de Cuiabá e Campo Grande, iniciando assim um período de decadência
econômica.

O incentivo dado pelos governos a partir da década de 1960 para desenvolver a região
Centro-Oeste, onde se localiza Mato Grosso, através da implantação de projetos
agropecuários, trouxe muitas alterações nos ambientes do cerrado, ameaçando a sua
biodiversidade. Preocupada com a conservação do Pantanal, a Embrapa instalou, em
1975, em Corumbá, uma unidade de pesquisa para a região, com o objetivo de adaptar,
desenvolver e transferir tecnologias para o uso sustentado dos seus recursos naturais. As
pesquisas se iniciaram com a pecuária bovina, principal atividade econômica, e hoje,
além da pecuária, abrange as mais diversas áreas, como recursos vegetais, pesqueiros,
faunísticos, hídricos, climatologia, solos, avaliação dos impactos causados pelas
atividades humanas e sócio-economia. Nos últimos anos houve investimentos maciços
no setor do ecoturismo, com diversas pousadas pantaneiras praticando esta modalidade
de turismo sustentável. E hoje o maior pecuária, agricultura entre outros estão em Mato
Grosso.

Cultura - Bia
Alimentação: O pantaneiro tem hábito de acordar muito cedo, para as lidas dos seus
afazeres, como por exemplo: a lida dos seus animais na grande planície da sua região.
No seu alimento matutino, logo na manhã antes de ir à lida, tem o hábito de se alimentar
muito bem. Esse hábito tem o nome de quebra-torto, que é praticamente um café
reforçado, com pão, arroz com carne seca, café e outras delícias proporcionadas pela
vasta planície.

O Tereré: Herdado da tradição guarani, o Tereré é uma bebida servida em cuia, com
erva-mate e água gelada. É bastante consumido pelos pantaneiros, principalmente antes
do meio-dia, depois da realização do trabalho matutino. Na região norte de Mato Grosso
do Sul o tereré tem como objetivo resgatar lendas, mitos, músicas regionais e outros.

Jacarés: Os jacarés do Pantanal são diferentes dos da Amazônia. O do Pantanal mede


até 2,5m e se alimenta de peixes e é quase inofensivo ao homem. Enquanto o da
Amazônia é um pouco maior (quase 6 metros) e ataca quando ameaçado. Sua carne é
comestível, a parte mais nobre do corpo do animal que é aproveitada é o rabo. É uma
carne branca e consistente. Lembra muito a carne de frango, mas tem um leve sabor de
carne de peixe de água doce. Pode ser servida frita ou ensopada como os peixes.

Caldo de piranha pantaneiro: Piranhas são um grupo de peixes carnívoros de água


doce que habitam alguns rios do pantanal e demais regiões brasileiras, existem 3
espécies de piranha no Pantanal e elas podem ser perigosas. Por isso, em local onde se
costuma limpar peixes não é aconselhável mergulhar, pois ela poderá mordê-lo por
engano. A piranha também pode morder depois de morta. Seus dentes afiados podem
cortar carne e até osso num movimento brusco. Na região do Pantanal sua carne é
utilizada para se fazer o famoso Caldo de Piranha.

Na música, existem registros de ritmos únicos da região, como o siriri e o cururu, sons
tirados da viola-de-cocho - instrumento rústico, feito do tronco de árvores e que
antigamente tinha cordas de tripa de bugio.

É grande a influência dos ritmos paraguaios, como a guarânia, a polca e o rasqueado,


disseminados no Mato Grosso. Bailes com esses ritmos, associados ao vanerão e ao xote
dos gaúchos, são frequentes nos municípios do Pantanal. Também foram criados muitos
Clubes de Laço e feiras agropecuárias.

Considerado um povo festeiro, aniversários e datas religiosas eram motivos para


promover grandes festas nas fazendas para as quais as famílias se deslocavam em carros
de boi. Alguns fazendeiros procuram manter essa tradição, mesmo com nuances mais
modernas.

Muitas festas de cunho religioso católico são registradas na planície, como os


Mascarados, de Poconé (MT), e a festa do Divino Espírito Santo, de Coxim (MS).
Houve também integração com confraternizações do Paraguai e da Bolívia, como o
Touro Candil, de Porto Murtinho, e a festa de Nossa Senhora de Caacupé, em Bela
Vista, Caracol e Porto Murtinho, municípios de Mato Grosso do Sul.

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