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N-2540 NOV / 2000

ROTULAGEM PARA USO


EM LABORATÓRIO

Padronização

Cabe à CONTEC -Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do


texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
CONTEC responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.
Comissão de Normas
Técnicas Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que
deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não seguí-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
CONTEC - Subcomissão Autora.
SC - 16 As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Segurança Industrial Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações
completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 10 páginas


N-2540 NOV / 2000

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma estabelece critérios para a identificação, por meio de rótulos ou etiquetas,
para soluções e amostras utilizados em laboratórios da PETROBRAS, com o objetivo de
informar os possíveis riscos sobre o produto a ser manipulado, visando a proteção do
técnico contra exposições a estes produtos.

1.2 Esta Norma também se aplica às etiquetas de controle de utilização de cilindros de


gases especiais usados em laboratório.

1.3 Esta Norma se aplica a rotulagens realizadas a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contém prescrições válidas


para a presente Norma.

Portaria no 3214 do Ministério do Trabalho de 08/06/78 - NR-26 - Sinalização de


Segurança;
PETROBRAS N-1219 - Cores;
PETROBRAS N-2549 - Segurança em Laboratório;
ABNT NBR 7500 - Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e
Armazenamento de Materiais;
IATA - Dangerous Goods Regulation;
ICAO - Technical Instructions for the Safe Transportation of
Dangerous Goods by Air;
IMDG CODE - International Maritime and Dangerous Goods Code;
CNEN–NE-5.01 - Transporte de Material Radioativo;
NFPA 704-M - Standard System For the Identification of the Hazards
of Materials For Emergency Response.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.4.

3.1 Rótulo

Elemento que apresenta símbolos e/ou expressões emolduradas, referentes à natureza,


manuseio ou identificação do produto.

3.2 Rótulo de Segurança

Rótulo que contém informações referentes às características do produto, ações e


orientações primárias para o manuseio, armazenagem e emergência.

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3.3 Etiqueta

Elemento de identificação preso à embalagem.

3.4 Símbolo

Figura com significado convencional usada para exprimir graficamente um risco, aviso,
recomendações ou instruções de forma rápida e facilmente identificável.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 No rótulo deve constar a identificação das soluções e as informações primárias de


manuseio, armazenamento, transporte, descarte e emergência.

4.2 Na etiqueta deve constar a identificação das amostras, as informações de controle e


amostragem.

4.3 Todas as informações dos rótulos devem ser breves, precisas, redigidas em termos
simples e de fácil compreensão.

4.4 A linguagem empregada nos rótulos/etiquetas deve ser clara, não se baseando
somente nas propriedades inerentes ao produto, mas dirigida de forma a evitar os riscos
inerentes ao uso, manipulação e armazenagem do produto.

4.5 O rótulo/etiqueta deve ser confeccionado com corpo de letra legível e ser protegido
contra possíveis agressões externas.

4.6 As embalagens e contêineres para transporte de produtos perigosos devem ser


identificadas de acordo com a norma ABNT NBR 7500. No caso de transporte aéreo e
marítimo, consultar respectivamente IATA, ICAO e IMDG.

4.7 A identificação das embalagens das amostras radioativas deve obedecer também as
normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

5 IDENTIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES

5.1 Nos rótulos das soluções devem constar as seguintes informações mínimas, de acordo
com a norma NR-26:

a) nome técnico do produto;


b) concentração;
c) prazo de validade;
d) medidas preventivas;
e) logomarca da PETROBRAS.

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5.2 Os rótulos das soluções devem ser identificados com uma das seguintes palavras de
advertência:

a) PERIGO – indica substâncias que apresentam alto risco à saúde, de


incêndio e de reatividade, devendo ser representado em letras
brancas em um fundo vermelho segurança (1547) de acordo
com o padronizado pela norma PETROBRAS N-1219;
b) CUIDADO – indica substâncias que apresentam risco médio à saúde, de
incêndio e de reatividade, devendo ser representado em letras
brancas em um fundo amarelo PETROBRAS (2386) de acordo
com o padronizado pela norma PETROBRAS N-1219;
c) ATENÇÃO – indica substâncias que apresentam risco leve à saúde, de
incêndio e de reatividade, devendo ser representado em letras
brancas em um fundo verde PETROBRAS (3355) de acordo
com o padronizado pela norma PETROBRAS N-1219.

Nota: O ANEXO A apresenta uma forma de classificação das soluções para o uso das
palavras de advertência.

5.3 Os rótulos de identificação das soluções devem conter no máximo 2 símbolos de


segurança (ver ANEXO B), priorizando as características da solução que apresentarem
maior risco.

5.4 Outras informações sobre a solução, como transporte, primeiros socorros e


armazenagem devem ser indicadas em um documento, cuja numeração deve ser
referenciada no rótulo da solução.

5.5 Os rótulos das soluções devem ter seu tamanho proporcional ao volume do recipiente.

Nota: A TABELA 1 apresenta os tamanhos de rótulos recomendados para os volumes


dos recipientes. [Prática Recomendada]

TABELA 1 - TAMANHO DOS RÓTULOS

Tamanho do Rótulo
Volume do Recipiente
(cm)
(m"")
Altura Largura
< 500 4,00 7,00
500 a 10 000 6,00 10,00
> 10 000 9,00 15,00

5.6 Recomenda-se que seja utilizada a diagramação de rótulo constante da FIGURA C-1 do
ANEXO C. [Prática Recomendada]

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6 IDENTIFICAÇÃO DE AMOSTRAS

6.1 Nas etiquetas das amostras coletadas para o laboratório devem constar as seguintes
informações:

a) amostra;
b) origem da amostra;
c) local de amostragem;
d) data e hora da amostragem;
e) solicitante;
f) amostrado por;
g) número da amostra (opcional);
h) número do lacre (opcional);
i) finalidade;
j) tipo de amostragem;
k) símbolo de segurança;
l) observações.

6.2 Recomenda-se que seja reservado nas etiquetas das amostras um campo para
informações referentes a critérios de segurança. [Prática Recomendada]

6.3 Recomenda-se que seja utilizada a diagramação da etiqueta constante da FIGURA C-2
do ANEXO C. [Prática Recomendada]

7 ETIQUETA PARA CONTROLE DA UTILIZAÇÃO DE CILINDROS DE GASES


ESPECIAIS

7.1 Nas etiquetas para controle de utilização de cilindros devem constar as seguintes
informações:

a) data inicial da utilização;


b) data final da utilização;
c) pressão inicial;
d) pressão final de utilização.

7.2 Recomenda-se que a etiqueta possua dois locais para picote, de forma que estes
possam ser destacados de acordo com sua condição de utilização. Quando o cilindro estiver
cheio, a etiqueta deve estar completa, quando estiver em uso, deve ser destacado o
primeiro picote e quando estiver vazio, deve ser destacado o segundo picote. [Prática
Recomendada]

7.3 Recomenda-se que seja utilizada a diagramação da etiqueta constante da FIGURA C-3
do ANEXO C. [Prática Recomendada]

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/ANEXO A

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ANEXO A - CLASSIFICAÇÃO DAS SOLUÇÕES PARA O USO DAS PALAVRAS


DE ADVERTÊNCIA

A-1 As soluções devem ser classificadas para o uso das palavras de advertência de acordo
com o seu grau de risco:

a) inflamabilidade (I):
- alta inflamabilidade: 3;
- média inflamabilidade: 2;
- baixa inflamabilidade: 1;
b) reatividade (R):
- alta reatividade: 3;
- média reatividade: 2;
- baixa reatividade: 1;
c) dano à saúde (DS):
- alto dano à saúde: 3;
- médio dano à saúde: 2;
- baixo dano à saúde: 1.

A-2 A classificação deve ser feita como a seguir:

a) se I ou R ou DS = 3 PERIGO;
b) se I + R + DS = 5 ou 6 CUIDADO;
c) se I + R + DS ≤ 4 ATENÇÃO.

Nota: Para avaliação do grau risco, consultar a norma NFPA 704-M.

_____________

/ANEXO B

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ANEXO B - TABELA

TABELA B-1 - SÍMBOLOS DE SEGURANÇA

Símbolo Tipo de Perigo Precauções

Explosivo Evitar batida, percussão, faíscas, fogo e ação de calor

Inflamável Manter longe de chamas, faíscas e fontes de calor

Evitar todo o contato com substâncias combustíveis.


Oxidante Perigo de inflamação pode favorecer os incêndios
começados e dificultar sua extinção

Evitar qualquer contato com o corpo humano, em caso


Tóxico
de contato, consultar imediatamente um médico

Nocivo e/ou Evitar o contato com os olhos e com a pele, não inalar
Irritante os vapores

Segundo seu potencial de perigo, não despejar em


Perigoso para o
canalização no solo ou no Meio Ambiente. Observar a
Meio Ambiente
legislação ambiental para resíduos especiais

Evitar qualquer contato com o corpo humano, em caso


Corrosivo
de contato, consultar imediatamente um médico

Evitar a exposição através de tempo, blindagem e


distância. Evitar qualquer contato com o corpo humano,
Radioativo
em caso de contato, consultar imediatamente um
médico.

Nota: As definições dos tipos de perigos encontram-se na norma PETROBRAS N-2549.

_____________

/ANEXO C

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