Você está na página 1de 40

Fundação Francisco Mascarenhas

Faculdades Integradas de Patos

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação

GUSTAVO DA SILVA DANTAS

CRIAÇÃO DE UMA ONTOLOGIA DE DOMINIO PARA AS


DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS DST.

Patos – PB

2010
GUSTAVO DA SILVA DANTAS

CRIAÇÃO DE UMA ONTOLOGIA DE DOMINIO PARA


AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS DST.

Monografia apresentada ao Curso de


Bacharelado em Sistemas de Informação
da Fundação Francisco Mascarenhas das
Faculdades Integradas de Patos, como
requisito para obtenção do Grau de
Bacharel em Sistemas de Informação.

ORIENTADOR: Wendell Campos Veras.

Patos – PB

2010
AGRADECIMENTOS

Em breve
Resumo

As doenças sexualmente transmissíveis é um problema que atinge


milhões de pessoas em todo mundo, desde os primórdios da humanidade.
Ontologia pode ser uma forte aliada para representar o conhecimento sobre
este domínio por ser um modelo que impõe um vocabulário claro e preciso de
informações e entendível por um grupo de usuários. Com isso vamos
desenvolver uma ontologia de domínio para DST utilizando a linguagem OWL e
o ambiente protégé, entre outras tecnologias que possibilitem esse
desenvolvimento. Para que com isto a troca de informações entre os
interessados no assunto venha trazer um conteúdo rico em informações, além
de fácil entendimento para todos.

Palavras chaves: ontologia, web semântica, representação de conhecimento.


Sumário

1. Introdução
1.1 Considerações Iniciais
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivos Gerais
1.2.2 Objetivos Específicos
1.3 Justificativa
1.4 Organização da Monografia
2. Fundamentação Teórica
2.1 Doenças Sexualmente Transmissíveis DST
2.2 Ontologia
2.3 Web Semântica e Ontologias
3. Aspectos Tecnológicos
3.1 Padrão RDF
3.2 Linguagem OWL
3.3 Ferramenta Protégé
4. Ontologia Desenvolvida
5. Conclusões, contribuições e trabalhos futuros

Referências Bibliográficas

Lista de figuras

Em breve

Lista de tabelas

Em breve

Lista de Abreviações

Em breve
1. Introdução
1.1 Considerações iniciais

Na Grécia antiga as doenças sexualmente transmissíveis ou como as


pessoas costumam abreviar DST, antes chamadas de doenças veneras, em
homenagem a Vênus, a Deusa do amor. Desde a existência da humanidade
vem preocupando pessoas de todas as classes, sexo e religião. DST são
doenças que tem em comum o modo de transmissão, pelo contato sexual e
apesar dos avanços em pesquisas, para algumas doenças ainda não se
conhece um tratamento que leve a cura. Outro grande problema encontrado
atualmente é a falta de um modelo formal e padronizado de informações que
represente o conhecimento a respeito dessas doenças, dificultando assim a
troca de informações entre os interessados neste assunto, ou seja,
especialistas, pacientes, etc. A forma de representação de conhecimento mais
estudada atualmente é a ontologia, que tem sua origem da filosofia e está
relacionado com a existência do ser, assim Aristóteles definiu ontologia como
sendo a ciência da existência. Mas há alguns anos diferentes áreas vêm
adotando o termo, levando em conta justamente o poder de representação que
as ontologias têm sobre diferentes domínios. Hoje o que se observa é que cada
área apresenta uma definição que melhor se encaixe com ela. No entanto
ainda não se tem uma definição genérica para ontologia, ou seja, uma que se
encaixe com todas as possíveis áreas que de uma forma ou de outra utilizem
ontologia.

Na computação e em especial na inteligência artificial a ontologia está


sendo utilizada para o desenvolvimento de sistemas baseados em
conhecimento, os quais esses tipos de sistemas permitem que modelos
computacionais possam descrever o raciocínio humano. Segundo [Falbo,
1998], os sistemas baseados em conhecimento são utilizados como uma
ferramenta que torna possível capturar e organizar o conhecimento de forma a
reproduzir a inteligência humana, assim a máquina poderia entender o
raciocínio das pessoas, tornando uma atividade como busca uma tarefa menos
desgastante. Ainda na computação a W3C, Word Wide Web consortium, que é
um consórcio internacional que visa desenvolver padrões para a criação e
interpretação de conteúdos da web, tem como proposta utilizar sistemas
baseados em ontologia para impor semântica na web, à falada web semântica.

Entretanto o poder da ontologia não fica só em descrever e organizar o


conhecimento. Segundo Noy e McGuinness, ontologia também permite o reuso
do conhecimento sobre determinado domínio, de forma que caso exista uma
ontologia criada para um determinado domínio, essa poderá ser compartilhada,
reutilizada ou reimplementada para a construção de outras ontologias neste, ou
em outros domínios.

Diante deste contexto a proposta aqui é desenvolver uma ontologia para


o domínio das DST, onde tem como objetivo servir como base comum de
conhecimento para todos os interessados nessas doenças. E assim auxiliá-los
na troca de informações, na tentativa de encontrar as melhores formas de
tratamento e atenção com os pacientes, métodos de prevenções, além de
identificar os agravos referentes às DST. Para desenvolver essa ontologia
utilizaremos a linguagem de desenvolvimento de ontologia OWL, por ser a
linguagem mais atualizada, onde uma ontologia OWL pode incluir descrições
de classes e suas respectivas propriedades, além de seus relacionamentos,
bem parecida com as linguagens de desenvolvimento de software orientadas a
objetos conhecidas atualmente, Java, phyton, etc, e também por ser a
linguagem padrão da W3C. A ferramenta utilizada para construção da ontologia
será o ambiente de desenvolvimento protégé por ser um framework que trás
em sua biblioteca centenas de ontologias já criadas e que podem ser
exportadas de acordo com o desenvolvedor necessite, permite a instalação de
plug-ins, o que torna o ambiente ainda mais poderoso, além de trazer uma
interface interativa. Não vamos seguir uma metodologia, pois optamos por
seguir um pouco de cada uma das disponíveis. Entre outras tecnologias
descritas em outras sessões deste trabalho.

1.2 Objetivos
1.1.1 Objetivos gerais

Este trabalho tem como principal objetivo o desenvolvimento de uma


ontologia de domínio para doenças sexualmente transmissíveis DST.
1.2.2 Objetivos específicos

Objetiva-se com este trabalho representar o conhecimento sobre as


doenças sexualmente transmissíveis DST, através de uma ontologia de
domínio, busca-se utilizar um vocabulário claro e um conteúdo de informações
que apresente facilidade no entendimento daqueles que irão utilizar a
ontologia. Além de tornar a troca de informações entre os usuários uma tarefa
interativa. Também iremos utilizar as melhores técnicas disponíveis e
atualizadas para que essa ontologia possa ser reimplementada futuramente, ou
até mesmo servir de complemento para outras ontologias.

1.3 Justificativas

A saúde da população é um assunto que deve ser tratado com total


atenção, e por que não utilizar a tecnologia para desenvolver sistemas que
ajudem as pessoas, a ficarem mais bem informadas sobre certos assuntos de
interesses delas. Sabendo disto diversos trabalhos com ontologia vem sendo
estudado para melhorar a forma de como são passadas as informações para
as pessoas interessadas em certos problemas, que se referem não só à saúde
dessas pessoas, como também diversos outros assuntos de interesses delas.

Todos sabem que existe um problema que atinge milhões de pessoas


em todo mundo, esse problema são as doenças sexualmente transmissíveis
DST. Baseado nisto, este trabalho visa desenvolver uma ontologia, para que
todo o conhecimento sobre as DST seja transmitido de forma padronizada e as
informações contidas nesse modelo, possam trazer um vocabulário que facilite
o entendimento natural para qualquer tipo de pessoa, seja ela especialista no
assunto, ou apenas uma pessoa que deseja se atualizar sobre este. Além
disto, outros trabalhos podem surgir em áreas distintas, se baseando nessa
ontologia, além de servir de base, ela ainda pode servir de complemento, ou
seja, reutilizar a ontologia sobre DST como complemento de uma ontologia
para qualquer outra área da saúde.
1.4 Estruturas da monografia

Este trabalho segue da seguinte forma: no capitulo 2 é apresentado a


fundamentação teórica sobre ontologia, o seu conceito, seus benefícios e os
tipos de ontologias, na próxima sub-seção será abordada a web semântica,
qual o seu conceito, bem como sua arquitetura. Nas próximas subseções
vamos apresentar as linguagens de desenvolvimento, os ambientes
disponíveis, o ambientes para raciocínio automático ou motor de inferência e
às metodologias que podem ser seguidas. No capitulo 3 será mostrado a
ontologia desenvolvida para DST, a forma como ela está apresentada, e as
tecnologias utilizadas. Logo em seguida no capitulo 4 serão apresentadas as
considerações finais e conclusões, além das sugestões para trabalhos futuros.
2. Fundamentação teórica

2.1 Doenças sexualmente transmissíveis DST – problema motivador

Estamos no início de mais um milênio e um velho conhecido de toda a


população mundial não deixa de nos preocupar. Estamos falando das doenças
sexualmente transmissíveis ou DST. Nesta sessão abordaremos o tema
doenças sexualmente transmissíveis.

No surgimento das primeiras civilizações existiam culturas onde pessoas


realizavam cultos a deuses e deusas da fertilidade, esses então eram
festejados com rituais de prostituição, em que várias pessoas mantinham
relações sexuais ao mesmo tempo. Isso contribui para o surgimento das
primeiras doenças sexualmente transmissíveis, antes conhecidas como
doenças venéreas, em homenagem a Vênus deusa do amor, essa
denominação vem das sacerdotisas dos templos de Vênus, que exerciam a
prostituição para homenagear a deusa.

As doenças sexualmente transmissíveis ou como são abreviadas, DST


são doenças que tem em comum o modo de transmissão, pelo contato sexual
e atinge milhões de pessoas em todo mundo. Este é um problema que sempre
preocupou a sociedade, devido o fato de que para algumas dessas ainda não
se conhece um tratamento que chegue a curar o paciente. No entanto com o
avanço da medicina e diversas pesquisas voltadas a elas, podemos dizer que
já demos um grande passo na tentativa de soluções para as DST,
consideramos isto, por que antes uma doença como a sífilis era praticamente
incurável e já se conseguiu uma forma para tratá-la. Hoje a maior preocupação
é em relação a AIDS, DST que ainda não é possível que um paciente
contaminado venha a ser curado podendo levar esse a morte.

Mesmo que exista uma solução para a maioria das DST, o problema é
que elas trazem diversas complicações que podem acompanhar o paciente por
toda a vida, como problemas emocionais e físicos. Além de tornar o organismo
humano mais vulnerável a outras doenças, inclusive a AIDS.

As principais doenças sexualmente transmissíveis são:

 Cancro duro (sífilis)


 Cancro mole
 Candidíase
 Herpes simples genital
 Gonorréia
 Condiloma acuminado/HPV
 Linfogranuloma venéreo
 Granuloma Inguinal
 Pediculose do púbis
 Hepatite B
 AIDS
 Infecção por clamídia
 Infecção por trichomonas
 Infecção por ureaplasma
 Infecção por gardnerella
 Molusco contagioso

A principal solução para não contrair alguma dessas doenças ainda é a


prevenção, ou seja, manter a higiene pessoal, relações sexuais com
preservativos e evitar contato com pessoas contaminadas. Porém as
contaminações podem vir por outros meios que não sejam através da relação
sexual.

No Brasil segundo o programa de prevenção as DST e AIDS do


ministério da saúde (dados de 2003) estima-se que anualmente o índice de
transmissão sexual na população sexualmente ativa são:

Sífilis 937.000

Gonorréia 1.541.800

Clamídia 1.967.200
Herpes genital 640.900

Dados da mesma fonte ainda informam que foram diagnosticados no


Brasil 433.000 casos de AIDS, desde o primeiro caso em 1980 até 2006.

2.2 Ontologia

Ontologia é um assunto bastante discutido em diversas áreas e talvez a


principal área que utilize ontologia na atualidade seja a computação, mais
especificamente a inteligência artificial devido o poder de representação de
conhecimento e de reutilização da informação. Nesta sessão vamos abordar
temas importantes sobre ontologia.

2.2.1 Conceito de ontologia

O termo ontologia remonta da filosofia de Aristóteles, relacionado com a


existência do ser, ou “conhecimento do ser”, tendo sido, a partir dos anos 80,
adotado para a área de Inteligência Artificial (IA). Nessa época, vários
pesquisadores e estudiosos de Representação do Conhecimento viram a
importância das ontologias na área, adotando vários termos em busca do
significado de ontologia para Ciências da Computação e Sistemas de
Informação. Especificamente, uma ontologia seria um conjunto de entidades
com suas relações, restrições, axiomas e vocabulário (Guarino, 2001).

No entanto, na computação, ainda não se tem uma definição clara do


que vem a ser uma ontologia. Para Guizzardi (2000), o termo ontologia é usado
em concordância com Guarino (1998), sendo que, ontologias são tratadas
como um artefato computacional composto por um vocabulário de conceitos,
suas definições e suas possíveis propriedades, bem como um modelo gráfico
mostrando todas as relações entre os conceitos e um conjunto de axiomas
formais que restringem a interpretação dos conceitos e relações,
representando de maneira clara, e não ambígua, o conhecimento do domínio.

De acordo com Gruber (1995), “uma ontologia é uma especificação


explícita e formal de uma conceitualização compartilhada” onde ser formal
significa ser declarativamente definido e compreensível para um computador.
Explicita indica que os conceitos devem ser claramente definidos e
conceitualização trata de uma visão abstrata de um mundo restrito ao qual
desejamos representar para algum propósito. Finalmente, compartilhada indica
que o conhecimento deve entrar em um consenso para ser compreensível por
um grupo de pessoas.

Representar uma ontologia para computação não é trivial, entretanto,


pode-se representá-la basicamente como um dicionário de termos e conceitos.
A relação entre esses termos representa o conhecimento sobre determinada
área em estudo, facilitando a reutilização desses no auxilia em outras áreas.
Em sistemas baseados em representação de conhecimento, a escolha de uma
ontologia clara e definida pode ser crucial para o sucesso desse sistema.
Essencialmente, a ontologia estabelece uma relação semântica dos conceitos,
facilitando o compartilhamento de informações entre agentes de software e
pessoas, fornecendo um vocabulário entendível por ambos.

2.2.2 Tipos de ontologias

Na literatura atual existem vários tipos de ontologias representadas de


acordo com seu nível de generalidade. Guarino (1998) define a importância de
três tipos de ontologias, representadas de acordo com o grau de dependência.
A figura 1 a seguir mostra os principais tipos de ontologias. No
desenvolvimento de uma ontologia, há a necessidade de definir em qual tipo
ela está enquadrada. Assim, a seguir, fazem-se as definições do autor:
Figura 1: Classificação das Ontologias
Fonte: (GUARINO, 1998, p.7)

 Ontologias genéricas ou nível topo: descreve uma visão global como


espaço, tempo, evento, ação, entre outros, não restritas a um problema
particular;
 Ontologias de domínio: limitada a um domínio específico, por exemplo,
matemática, direito, medicina, arquitetura, veículos dentre outros, a
ontologia de domínio especifica os termos estabelecidos na ontologia de
nível topo, descreve o conhecimento acerca de um mundo restrito;
 Ontologias de tarefa: mostram um vocabulário de tarefas ou atividades
genéricas que poderão auxiliar a resolução de problemas, através da
especialização dos conceitos, independentemente do domínio em que
ocorram.
 Ontologias de aplicação: são ontologias mais específicas usadas em
aplicações utilizando-se as especificações das ontologias de domínio.
Pode-se citar como exemplo desse tipo de ontologia, uma ontologia que
represente o trabalho com caminhões, especificando o conceito das
ontologias de veículos, sendo esta, uma ontologia de domínio.

Guizzardi (2000), baseado em Guarino (1998), comenta sobre a


definição e existência de outros tipos de ontologias, entretanto, na comunidade,
essas são as mais conhecidas.

2.2.3 Benefícios do uso de ontologias

As ontologias fornecem um vocabulário comum para representação do


conhecimento do domínio em questão, além de um conjunto de termos
definidos necessários para impor semântica ao significado das palavras,
possibilitando afirmar que as ontologias organizam o conhecimento em uma
hierarquia. Estruturando esse conhecimento, é possível a reutilização por
especialistas no auxílio e troca de informações, gerando um ambiente
confiável, com informações seguras e de fácil reutilização e manutenção.
Uma ontologia descreve um domínio de uma maneira simples,
possibilitando o entendimento de todos aqueles que venham a utilizá-la, ou
seja, a partir de uma ontologia, um usuário terá a capacidade de um
entendimento acerca do domínio descrito, dispensando consultas à
especialistas na área.

De fato, o uso de ontologias oferece inúmeras vantagens e benefícios, dentre


eles, destacam-se os seguintes (FREITAS, 2003, p.17):
 A oportunidade para os desenvolvedores reusarem ontologias e bases de
conhecimento, mesmo com adaptações e extensões.

 O acesso on-line a servidores de ontologias, servindo a várias empresas ou


grupos através da capacidade de armazenamento de milhares de classes e
instâncias, o que pode funcionar como ferramentas para manter a integridade do
conhecimento compartilhado entres elas, garantindo um vocabulário uniforme.
 Ampla diversidade de “ontologias de prateleira” disponíveis, prontas para uso,
reuso e comunicação entre pessoas e agentes. Algumas das ontologias existentes
contam com mais de 2.000 definições e podem ser reutilizadas, estendidas e
complementadas para adaptação em domínios específicos.
 A possibilidade de tradução entre diversas linguagens e formalismos de
representação do conhecimento.

2.2.4 Critérios para se projetar ontologias

Para se criar uma ontologia é crucial que haja um propósito específico,


sendo esse o ponto de vista da Engenharia de Ontologias. Desta forma, é
preciso definir critérios de avaliação para a ontologia. (Gruber, 1993) em seu
trabalho fez uma lista desses critérios, a seguir definidos.

 Clareza: ao definir um significado a algum termo, é preciso descrevê-lo


com uma linguagem simples, de maneira a possibilitar o a correta
significação às pessoas interessadas;
 Coerência: não deve haver contradições no significado dos termos
descritos na ontologia. Para casos em que isso ocorra, diz-se que a
ontologia é incoerente. Para evitar incoerências, todos os termos devem
ser avaliados e discutidos;
 Extensível: se houver necessidade de adicionar novos termos para
algum uso especial, a ontologia deve permitir estas inserções sem
necessidade de revisar as definições dos termos já existentes;
 Mínimo compromisso com a codificação: a ontologia não deve
depender de uma tecnologia especifica;
 Mínimo compromisso com ontologia: a ontologia deverá fazer apenas
o papel de dar suporte ao nível de conhecimento.

2.3 Web semântica

O objetivo desta seção é mostrar a definição da web semântica e como


(TIM Barners-Lee et.al. 2001) pretende estender a web atual, proporcionando
uma estrutura semântica (estudo do significado) para as páginas da web.

A web atual está organizada em um imenso número de informações


contendo textos e documentos sem especificações de assunto, propósitos ou
referências. Na realidade, diz-se que a web está desorganizada. Assim,
agentes de busca têm grande dificuldade em retornar informações realmente
relevantes.

A web semântica não será uma nova versão da web atual. Entretanto, é
mais racional ter a web semântica como um complemento, de maneira a
organizar o conteúdo hoje existente, facilitando o entendimento das
informações aos agentes computacionais e, conseqüentemente, às pessoas.

A W3C (Word Wide Web consortium) é uma das principais entidades


interessadas nesse trabalho de organização. Para isso em 2000 propôs
algumas novas camadas para a web (KOIVUNEN & MILLER, 2001), detalhadas
na Figura 2, objetivando a padronização das tecnologias web. A exemplo de
RDF, XML e OWL. Estas tecnologias citadas serão definidas em seções
posteriores neste trabalho. Com a proposta da W3C, ressalta-se a necessidade
da ciência por parte das pessoas, no sentido de assumir a autoria das suas
publicações, gerando maior confiança para quem venha a utilizá-las.

Figura 2: Arquitetura da Web Semântica


Fonte: (W3C, 2001, p1)

 UNICODE URI: Na primeira camada de arquitetura o Unicode é um


padrão universal de codificação, onde permite que todos os
computadores independentes de plataforma e tecnologia possam ler
textos e imagens fornecidos pela web. Enquanto URI fornece um
endereço global definido como um mecanismo de identificação único,
para os recursos disponibilizados na web.
 XML+NS+XML Schema: Na segunda camada o eXtensible Markup
Language (XML) ou linguagem de formatação extensível é uma
metalinguagem para definir outras linguagens, é basicamente idêntica
com o HyperText Markup Language (HTML), porém, é bastante simples,
flexível e não depende de plataforma, além de estruturar os documentos
da web em uma hierarquia de árvore. O NameSpace (NS) é um padrão
que prove um método onde permite que nomes de elementos e atributos
em documentos XML sejam únicos, preservando a individualidade
desses nomes e evitando que não haja conflitos quando dois
documentos XML forem colados juntos num mesmo documento. Já o
XML Schema é uma linguagem de definição que foi criada para definir
regras de validação no formato XML.

 RDF + RDF Schema: Na Terceira camada Resource Description


Framework (RDF) ou Estrutura de Descrição de Recursos, linguagem
que permite representar dados semânticos na web (MANOLA 2004). É
uma linguagem simples e capaz de fazer relacionamentos entre as
informações, a RDF pode ser aplicada a vários serviços tais como:
buscas, comércio eletrônico, dispositivos de mídia, bibliotecas digitais,
etc. RDF Schema estende o RDF com hierarquia de classes e
propriedades semelhante ao conceito de orientação a objetos e é usada
para a representação de ontologias simples.
 Ontology vocabulary (vocabulário de ontologia): Para Freitas (2003),
essa camada é a mais importante por oferecer a expressividade
necessária à representação de ontologias, visto que a mesma fornece
um vocabulário compartilhado acerca de um determinado domínio,
modelando os conceitos, propriedades e relações
 Logic (Lógica): é nessa camada que é permitido a especificação de
regras que atuam sobre instancias e recursos, além de permitir a
realização de inferências automáticas.
 Proof (prova): sexta camada da arquitetura web semântica, essa é uma
especificação de uma linguagem que como o próprio nome já diz, prova
que as informações trocadas entre agentes e máquinas são verdadeiras,
é nesta camada que são executadas e avaliadas as regras de inferência
descritas na camada de lógica.
 Digital Signature (Assinatura Digital): essa camada é de fundamental
importância, pois garante a autenticidade dos documentos, de forma que
sua finalidade é verificar e decidir se a informação é confiável ou não.
 Trust (validação): ultima camada da arquitetura que a, pois a informação
passar pelas camadas de prova e assinatura digital a camada de
validação garante a procedência da informação, definindo se ele é ou
não confiável.
Analisando todas essas camada pode-se concluir que a web semântica
visa promover um serviço seguro, onde pessoas e computadores podem
estabelecer uma relação de confiança, além de promover um ambiente mais
colaborativo. Entre as diversas tarefas a serem desempenhadas pelas páginas
web, a principal será a busca da informação, retornando apenas o que
realmente é importante para o usuário. Para isso as ontologias irão
desempenhar um importante papel: a estruturação e organização das
informações contidas na web, possibilitando aos computadores a capacidade
de processar tais informações.

Com a reformulação do formato da web, acredita-se na troca de papel


das máquinas, hoje apenas com papéis de direcionamento e entrega da
informação e, conseqüentemente, o não entendimento da forma de
estruturação das páginas. Assim, agentes de software poderão interagir com as
páginas web, desempenhando tarefas inerentes apenas aos usuários.

2.4 Linguagens para Desenvolvimento de Ontologias

Esta seção descreve algumas das várias linguagens existentes para


construir ontologias.

2.4.1 KIF

KIF (Knowledge Interchange Format) (GENESERETH; FIKES, 1992),


Formato de Intercâmbio de Conhecimento, é uma linguagem utilizada para
construção de ontologias, facilitando expressar os dados de um domínio de
conhecimento usando a lógica de primeira ordem, além de facilitar o aumento
da capacidade de expressão dos axiomas.

2.4.2 OIL

OIL (Ontology Interchange Language) (FENSEL et al., 2000), de


Linguagem de Intercâmbio de Ontologia, foi criada para representar a
semântica de forma a possibilitar às máquinas o entendimento da modelagem
do conhecimento em forma de ontologias. Foi desenvolvida pela W3C para ser
compatível com seus padrões, incluindo XML e RDF.

2.4.3 DAML+OIL

A DAML (Darpa Agent Markup Language) (ANKOLEKAR et al., 2001),


Linguagem de Marcação de Agentes), foi criada com o objetivo de habilitar a
web semântica, tendo sido logo substituída pela DAML+OIL essa criada por um
projeto da DARPA (Defense Advanced Research Project Agency) (GIL;
RATNAKAR, 2002). É uma linguagem para modelagem de domínios de
conhecimento, baseada em RDF. Foi planejada devido à incapacidade de
expressão da XML das relações existentes entre os conceitos representados
em seus documentos.

2.4.4 XML e XML Schema

XML, acrônimo para eXtensible Markup Language (linguagem de


marcação estendida), é um conjunto de regras para definir etiquetas
semânticas (semantic tags) que divide um documento em partes e identifica as
diferentes partes de um documento [HAROLD 1999]. Foi criada em 1998 pela
W3C, derivando-se da SGML (Standard Generalized Markup Language). A
SGML, criada em 1986, é muito extensa, possuindo sua referência com 600
páginas, enquanto a referência de XML, muito mais simplificada, possui apenas
26 páginas. Assim sendo, XML torna-se mais simples para trabalhar, fator
essencial para sua construção. A partir da sua criação todas diversas outras
linguagens de representação de ontologias usam o XML com uma pequena
diferença nas tags.
A XML possui um formato auto-descritivo para troca de dados, sendo
bem semelhante à HTML (HiperText Mark-up Language)(também derivada da
SGML). Ambas, XML e HTML, utilizam tags (ou marcadores) para fazer a
marcação de início e de fim dos comandos descritivos. Uma tag de início de
comando é representada por <comando>. A tag respectiva de finalização do
comando é representada por </comando>. Entre as tags de início e fim, fica o
conteúdo a ser apresentado às páginas. A XML estende a HTML pois, a HTML
possui elementos pré-definidos para a criação de hipertextos, enquanto a XML
permite a criação de diversos elementos e atributos. A diferenciação entre uma
e outra, está na descrição. Enquanto HTML descreve a aparência e as ações
das páginas na rede, XML descreve o que cada trecho de dados é ou
representa (Freitas 2003).

Por prover uma representação estruturada dos dados, a XML mostrou


ser de fácil desenvolvimento, sendo definida como formato universal para
estrutura de dados na web, pois trata de definir regras para os documentos da
web onde esses sejam adequadamente interpretados pelo computador.

XML Schema é uma linguagem sucessora da DTD (Document Type


Definition), porém com mais recursos, e é definido na própria linguagem XML, o
que dispensa a necessidade de aprender outras linguagens.

. A partir desta linguagem, define-se o formato válido de documentos


XML, contendo permissões e características como a localização e número de
ocorrências referentes aos elementos e atributos (AZEVEDO, 2008). De
maneira a garantir o envio de dados de um ponto para outro, ou seja, o
remetente pode escrever um dado de forma que o receptor possa entender.
Um exemplo de código XML poder ser visualizado no Quadro 1.

<carta>
<de>Joãozinho</de>
<para>Maria</para>
<mensagem>Eu Te amo</mensagem>
</carta>

Quadro 1: Exemplo de código XML.

Nesse exemplo Joãozinho que é o transmissor escreve a mensagem


“EU TE AMO” para Maria que no caso é a receptora. Isso é apenas uma
demonstração do que possa ser um documento XML, pois, ele pode fazer
muito mais do que isso.
2.4.5 RDF

RDF (Resource Description Framework), Estrutura de Descrição de


Recursos, assim como a maioria das linguagens desenvolvidas pelo W3C,
permite representar dados semânticos na web (MANOLA 2004). Por ser uma
linguagem simples e capaz de fazer relacionamentos entre as informações, a
RDF pode ser aplicada a vários serviços tais como: buscas, comércio
eletrônico, dispositivos de mídia, bibliotecas digitais etc.

RDF é basicamente uma lista de descrições de recursos em XML,


permitindo descrever semanticamente esses recursos na web, servindo como
base para processamento de metadados comunicando-se entre os aplicativos
web e a máquina, de forma que esta possa processar as informações.

Uma declaração RDF em XML pode ser vista no Quadro 2.

<rdf: RDF xmlns: rdf=www.infor.ffm.com.br>


<rdf:Description about = “www.infor.ffm.com.br”>
<curso> Sistemas de informação</curso>
</rdf:Description>
</rdf:RDF>
Quadro 1: Exemplo de código RDF.

Nesse exemplo, pode-se visualizar que na página www.infor.ffm.com.br


tem o curso sistemas de informação.

RDF Schema
O RDF Schema é uma extensão da RDF com primitivas baseadas
em frames (um frame oferece o contexto para a modelagem referente a um
aspecto do domínio), responsável por fornecer mecanismos para declaração de
relacionamentos entre recursos que, mesmo sem especificar ontologias,
podem ser utilizados diretamente na descrição dos recursos da Web (ARAUJO
e FERREIRA, 2004). Ao contrário do RDF, o RDF Schema possui um poder
limitado de expressividade e contém um conjunto fixo de primitivas de
modelagem para a construção de ontologias, tais como classes, propriedades,
relacionamentos e recursos.
2.4.6 OWL

Essa é a linguagem padrão da W3C, sendo uma revisão da linguagem


DAML+OIL baseada em RDF. Possui melhor interpretação das informações
contidas na web e trás consigo um vocabulário com possibilidade de ser
representado explicitamente, bem como as relações entre as entidades
contidas nesse vocabulário (OWL 2008).

A OWL (Web Ontology Language) (W3C, 2002h), Linguagem de


Ontologia da Web, vai muito além das linguagens já construídas pelo W3C,
pois termos de vocabulário podem ser representados explicitamente, assim
como as relações entre as entidades do vocabulário. Desta forma, a máquina
tem uma maior facilidade de interpretar essa linguagem.

A OWL foi criada para desenvolver ontologias com mais facilidade pois,
além de descrever as classes e suas relações, possibilita a reutilização desses
componentes no conceito de herança. A idéia da W3C com a construção da
OWL era basicamente capacitá-la à capturar a semântica nos dados.

A OWL possui três sublinguagens: (i) OWL LITE (OWL 2008), uma
sublinguagem mais simples recomendada para iniciantes em ontologias, com
uma restrição para representação de cardinalidade, permitindo apenas a
cardinalidade de 0 para 1 e, portanto, facilita a construção de ferramentas que
a suportem; (ii) OWL-DL (OWL 2008), uma sublinguagem que utiliza-se da
lógica de descrição (Description Logic), sendo mais ideal do que a OWL LITE
por garantir ao usuário o máximo de expressividade e a possibilitar que todas
as suas conclusões sejam computadas; e (iii) OWL-FULL (OWL 2008), a sub
linguagem mais expressiva da OWL, sendo utilizada quando deseja-se obter o
máximo de expressividade, não se importando com a garantia computacional e
permitindo que o vocabulário cresça significativamente o que, portanto, dificulta
a tarefa de criar uma ferramenta que dê suporte a essa sublinguagem.

Uma ontologia definida em uma linguagem como OWL-LITE é aceita nas


linguagens OWL-DL e OWL-FULL, ou seja, a linguagem com mais
expressividade aceita uma linguagem com menos expressividade. A recíproca
não é possível.
2.5 Ambiente para edição e construção de ontologias

A construção de uma ontologia não é uma tarefa simples, exigindo um


determinado número de etapas. (Freitas 2003) em sua tese, comenta que
diversas ferramentas estão em desenvolvimento para facilitar a construção de
ontologias, entretanto, algumas dessas ferramentas não auxiliam
completamente o desenvolvedor em suas tarefas. Outras trazem um número
considerado de ontologias prontas, servindo de referência para a construção de
novas ontologias. Nesta seção vamos mostrar o conceito de algumas
plataformas para auxiliar o desenvolvimento das ontologias.

2.5.1 Jena

A API Jena é um framework utilizado na construção de ontologias


para a Web Semântica, que se caracteriza por ser um ambiente de
desenvolvimento para RDF, RDFSchema, OWL, possuindo também um
mecanismo de inferência baseado em regras (SILVESTRE, 2005). É open
source construído utilizando-se a linguagem Java e foi desenvolvido nos
laboratórios da HP e possui uma vasta documentação.
A proposta foi desenvolver um framework para a web semântica,
possibilitando sua utilização em qualquer aplicativo com suporte a ele. O Jena
demonstra-se como uma ferramenta de alto nível, sendo pouco recomendada
para usuários inexperientes.

2.5.2 OilEd

É um editor de ontologias simples, gratuito, possuindo como principal


característica o fato de que estimula o uso da linguagem DAML+OIL e OIL,
além de permitir a consistência e verificação automática da linguagem. Esse
editor não está na lista de ambientes de desenvolvimento de ontologias, pois
nele não há a possibilidade do desenvolvedor exportar outras ontologias nem
do desenvolvimento em larga escala, além de outras atividades que envolvem
a construção de uma ontologia, o que o restringe a pequenas ontologias.

2.5.3 Ontolíngua

É tanto um ambiente para edição colaborativa de ontologias, quanto uma


linguagem de desenvolvimento de ontologias. (GRUBER, 1993) Foi estendida
da KIF, tendo sido desenvolvida pelo KSL (Knowledge Systems Laboratory –
Laboratório de Sistemas de Conhecimento). A Ontolíngua, como ambiente,
destaca-se por permitir o compartilhamento da construção das ontologias entre
grupos, sendo portanto, um ambiente colaborativo. Possui tradutores para
diversas linguagens, como OWL, RDF, XML, etc. Possuindo ainda uma
biblioteca de ontologias acessíveis ao desenvolvedor, permitindo acesso a
essas ontologias através de um navegador padrão. Isto possibilita a qualquer
usuário da internet ter acesso às ontologias aplicadas na biblioteca da
Ontolíngua, sendo possível a contribuição desses com novos conhecimentos.
Assim, pode-se dizer que a Ontolíngua é um editor de ontologias que facilita o
desenvolvimento em grupo. Além dessas características o ambiente ainda
possui um gerador gráfico de ontologias.

2.5.4 OntoEdit

O OntoEdit é caracterizado por ser um ambiente gráfico para edição de


ontologias que possibilita ao usuário ajuste nas ontologias como inspeção,
navegação, codificação e alteração. O OntoEdit foi desenvolvido na
Universidade de Karlsruhe, pelo Institut für Angewandte Informatik und Formale
Beschreibungs-verfahren - AIFB, e, atualmente, está disponível em duas
versões, OntoEdit Free que é uma versão limitada gratuita, onde possibilita a
construção de pequenas ontologias, um número restrito de conceitos e
OntoEdit Professional que é a versão comercial(MORAIS, 2007).
De acordo com Carlan (2006), o OntoEdit utiliza modelo de ontologias que
possibilita o mapeamento em diversas linguagens de representação como
XML, Flogic, RDF Schema, DAML + OIL, onde as ontologias podem ser
armazenadas em bancos de dados relacionais. O OntoEdit possui uma
arquitetura baseada em plugins e oferece correspondência entre a metodologia
On-To-Knowledge, fornecendo suporte a mesma.
A figura a seguir mostra o ambiente OntoEdit em sua versão free 2.5:

Figura 3: plataforma OntoEdit


Fonte: Edison, 2007

2.5.5 WebOde

O WebOde (Web Ontology Design Enviroment), foi desenvolvido na


Universidade Politécnica de Madri, precisamente no laboratório de Inteligência
Artificial, sendo caracterizado por ser uma aplicação Web em que as ontologias
são armazenadas em bases de dados relacionais (MORAIS, 2007).

Ambiente Web de Desenvolvimento de Ontologias suporta a


metodologia Methontology, possuindo a arquitetura dividida em camadas, onde
cada camada tem sua responsabilidade dando suporte à grande maioria de
atividades para construção de ontologias. Sua biblioteca é extensa, chegando a
mais de 100 ontologias. Além de poder manipular linguagens como RDF
Schema, XML, OIL, F-Logic, Prolog e DAML+OIL.

A figura a seguir mostra o ambiente WebOde em sua versão 2.0:


Figura 4: interface gráfica do ambiente WebOde
Fonte: Edison, 2007

A figura mostra o ambiente de desenvolvimento WebOde na versão 2.0,


abordando alguns detalhes como: Edition area (área de edição), Browsing area
(área de navegação) e a seu browsing (prancheta).

2.5.6 Framework Protégé

O framework Protégé é um ambiente integrado para edição de


ontologias e construção de sistemas baseados em conhecimento, podendo ser
usado também para carregar, editar e salvar ontologias em vários formatos,
tais como, RDF, XML, OWL, Unified Modeling Language – Linguagem de
Modelagem Unificada (UML), entre outros. O Protégé foi desenvolvido pelo
Grupo Médico de Informática da Universidade de Stanford, nos Estados
Unidos, Stanford Medical Informatics Group (SMI, 2006), sendo uma
ferramenta padrão de código aberto, trazendo diversas vantagens para auxiliar
a construção das ontologias. Como exemplo, podemos citar a facilidade na
usabilidade e um imenso banco de dados, já testado, e sem perda dos dados,
permitindo ainda suportar o uso de “plug-ins”, aumentando as funcionalidades
do ambiente.
Através da interface do Protégé, a entrada de conhecimento é muito
simplificada. Sua biblioteca atualmente possui cerca de 55 ontologias para
auxílio no desenvolvimento.

A modelagem na plataforma pode ocorrer de duas maneiras: na forma


de frames, conhecido por Protégé-Frames, ou na forma da linguagem OWL,
conhecida por Protégé-OWL. Esta última permite a construção de ontologias
para web semântica.

Uma desvantagem da plataforma Protégé é não permitir a importação de


ontologias criadas em DAML+OIL. Na Figura X, tem-se a interface principal da
plataforma do framework Protégé.

Figura 5: Interface gráfica do Framework Protégé


Fonte: (PROTEGE, 2002)

Essa figura mostra a interface principal da plataforma protégé na sua


versão 3.4 que atualmente O framework Protégé encontra-se na versão 4.0
para desenvolvimento de ontologias em OWL, possuindo assim tutoriais para
auxiliar a instalação e manipulação do mesmo, pois nesta versão, o usuário
pode escolher entre um programa instalador independente de plataforma ou
um simples arquivo ZIP para instalar o Protégé (PROTÉGÉ, 2009).
2.6 Ambientes para raciocínio automático com ontologias

Ambientes para raciocínio automático com ontologias São os softwares


geradores de hipóteses a partir das informações nas bases de conhecimento.
Também conhecido como motores de inferência ou mecanismos de inferência
são softwares capazes de verificar se novas informações podem ser derivadas
de uma ontologia, pois conseguem processar o conhecimento expresso e, a
partir dele, localizar informações que estão implícitas, possibilitando a geração
de hipóteses a partir das mesmas (CASARE, 2005).

Nas subseções a seguir serão detalhados alguns desses Ambientes


para raciocínio automático.

2.6.1 Fact

De acordo com Horrocks (1999), o Fast Classification of Terminologies


(FaCT) (Classificação Rápida de Terminologias) pode ser entendido como um
mecanismo de inferência para raciocínio automático de ontologias, escrito em
Linguagem de Descrição que possibilita executar tanto a classificação de
ontologias quanto a verificação de consistência das classes.

Por implementar uma lógica de descrição de alto nível e, com isso, dá


suporte à linguagem OWL-DL. É responsável pela verificação de consistência
das ontologias. Seu sistema é baseado na linguagem funcional LISP,
possuindo uma interface DIG (Description Logics Implementors Group
Interface, Grupo de Implementação de Interface para Lógica de Descrição).

2.6.2 RACER

O Racer foi desenvolvido pela Universidade de Hamburgo e


Universidade de Ciências Aplicadas de Weddel, ambas na Alemanha, em
conjunto com a Universidade de Concórdia no Canadá, podendo acessar
ontologias escritas nas linguagens DAML+OIL e OWL, a partir de arquivos
locais ou servidores remotos, podendo também ser chamado de forma
automática por diversos ambientes, dentre eles o Protégé (HAARSLEV e
MOLLER, 2003).
é um motor de inferência com suporte à linguagem OWL-DL, possuindo
um verificador de consistência para OWL-LITE. É baseado na linguagem LISP,
muito utilizada na Inteligência Artificial.

Possui um mecanismo próprio de consulta chamado Racer Query


Language, além de utilizar interfaces Java e GUI (Graphical User Interface –
Interface Gráfica para Usuários).

2.6.3 Pellet

É uma máquina ou motor de inferência que avalia ontologias


desenvolvidas na linguagem OWL-DL, tendo como principal característica ser
uma ferramenta open source (de código aberto). Possui recursos para a
linguagem OWL-FULL, permitindo o compartilhamento do vocabulário entre
grupos de usuários, verificando a coerência da ontologia. Pellet cria uma
hierarquia de classes capaz de computar todas as relações de subclasses, e
ainda verifica se o documento RDF está de acordo com todas as restrições da
ontologia, detectando e corrigindo erros nos conceitos no tempo real da
ocorrência da inconsistência na ontologia.

2.7 Lógica de descrição

A Lógica de Descrição, Description Logic (DL), é uma variante da lógica de


primeira ordem, porém com um grau de expressividade menor, que
corresponde a uma evolução dos formalismos de conhecimento baseado em
frames ou redes semânticas (CASARE, 2005). A lógica de descrição descende
das redes de heranças estruturadas e possui uma família de formalismos de
representação de conhecimento, em áreas específicas de um domínio,
apropriada para a representação e explicação de ontologias. (Lídia, 2009).
A DL apresenta capacidade de representação elevada para os sistemas
baseados em conhecimento, podendo também ser usada como uma linguagem
de modelagem, pois embora sua sintaxe seja semelhante à linguagem natural,
possui uma semântica intuitiva. A lógica de descrição pode ser entendida como
um formalismo utilizado para representar o conhecimento, sendo capaz de
raciocinar sobre este conhecimento, realizar inferências sobre o mesmo,
tornando o raciocínio menos custoso. (VIEIRA et al, 2005).

2.8 Metodologias para construção de ontologias

O desenvolvimento, ou construção, de ontologias deve seguir alguns


passos formalizados para alcançar o mínimo de qualidade. Muitos
desenvolvedores têm utilizado técnicas próprias e não documentadas de
desenvolvimento, dificultando o entendimento técnico acerca das ontologias,
demonstrando a real necessidade de utilizar metodologias formalizadas e
consistentes, que no caso uma metodologia seria uma serie de passos que o
desenvolvedor deve seguir para guiar, avaliar, facilitar e garantir que a
ontologia corresponda ao propósito das suas questões. Nesta seção
apresentam-se algumas dessas metodologias para a criação e
desenvolvimento de ontologias.

2.8.1 CYC

Considerada a primeira metodologia criada para desenvolver ontologias,


com o objetivo de construir uma base de conhecimento de “senso comum”
(REED e LENAT, 2002). Sua concepção tinha o objetivo de desenvolver uma
ontologia de mesmo nome, com alto nível de recuperação de dados na web.
Essa metodologia é dividida em três fases distintas:

1. Extração manual do conhecimento: responsável por adquirir todo


o conhecimento de forma manual, tendo em vista as máquinas
ainda não serem capazes de extrair todas as informações das
fontes pesquisadas, a exemplo do conhecimento do senso comum;
2. Extração do conhecimento apoiado por computadores: onde
com apoio de ferramentas de processamento natural, novos
conceitos e relações são acrescentados, haja vista na primeira fase
ter sido extraído o conhecimento do senso comum;

3. Extração do conhecimento gerenciado por computadores:


responsável pela extração de toda a informação através de
ferramentas computacionais.

Devido sua simplicidade, não se aconselha sua utilização em domínios


com um grau maior de complexidade.

2.8.2 KACTUS

Com a intenção de investigar a reutilização do conhecimento em termos


técnicos e utilizando-se de ontologias com possibilidade de representar o
domínio de redes elétricas, Amaya Bernaras, juntamente com outros colegas
(BERNARAS, LARESGOITI e CORERA, 1996), criaram um método para
construção de ontologias, visando aplicar o reuso do conhecimento em
ontologias mais complexas. Assim, esse método utiliza-se de ontologias
existentes, não importando o domínio, integrando-se às novas ontologias. Essa
metodologia possui as seguintes fases:

1. Especificação da aplicação: definir e lista os principais termos e


tarefas do domínio a ser explorado;

2. Desenvolvimento preliminar baseado nas ontologias de


relevância: nesta fase, utiliza-se a lista criada na fase anterior como
entrada para obtenção da visão geral do modelo. Ainda nesta fase, há a
necessidade de se verificar a existência de ontologias relacionadas, com
o intuito de auxiliar na construção da ontologia atual. Se não houver, a
ontologia é desenvolvida será então criada do início;

3. Refinamento e estruturação da ontologia: definição de uma


ontologia definitiva. É necessário o mínimo de dependência entre os
módulos dessa ontologia, de maneira a obter o máximo de
homogeneidade para cada módulo
Nesta metodologia de Bernaras, observa-se a não intenção de construir
novas ontologias, e sim, fazer uma integração das ontologias já existentes,
obtendo-se um refinamento do conhecimento sobre elas. Ademais, não há
especificação, em qualquer uma das suas fases, acerca da importância da
documentação nem das técnicas para construir a ontologia.

2.8.3 Metodologia proposta por Uschol&King

Criada a partir da experiência adquirida com a construção da ontologia


Enterprise, ou Enterprise Ontology, pela equipe do pesquisador Mike Uschold
(USCHOLD e KING, 1995), foi concebida para fins empresariais. A metodologia
possui quatro fases distintas, estas descritas a seguir:

1. Identificação do propósito: nesta fase o desenvolvedor irá levantar


as questões: para que fazer e como fazer. Esta é a fase onde o
desenvolvimento está voltado para levantar os requisitos sobre a
ontologia;

2. Construção da ontologia: esta fase tem três sub-etapas: (i) definição


e descrição dos relacionamentos entre os conceitos; (ii) codificação das
relações utilizando uma linguagem formal de representação; (iii) feita em
paralelo com as outras duas, faz-se a reutilização de outras ontologias já
existentes para facilitar o desenvolvimento;

3. Avaliação da ontologia: definição dos critérios técnicos de


especificação da ontologia, de maneira a verificar se a ontologia está
realmente voltada ao domínio descrito, além de verificar a inconsistência
da ontologia;

4. Documentação: nesta fase realiza-se toda a descrição de como o


projeto da ontologia foi construído. Essa documentação é fundamental
para o entendimento por parte da equipe, além de proporcionar a
reutilização na construção de outras ontologias.

Essa metodologia não detalha as etapas da ontologia, realizando a


integração de ontologias já existentes antes da codificação. Ela é restrita
apenas a domínios empresarias, haja vista ter sido criada para um projeto
específico desse domínio, além de não especificar as técnicas utilizadas para
construção das ontologias.

2.8.4 Methontology

A Methontology foi desenvolvida no laboratório de Inteligência Artificial


do Politécnico de Madri por Assunción Goméz-Pérez, Mariano Fernandéz e
Natalia Juristo, podendo ser considerada, dentre todas as metodologias, a de
maior abrangência, pois define todo o ciclo de uma ontologia (BREITMAN,
2005). Baseada na norma IEEE para o desenvolvimento de sistemas, sugere
um ciclo de vida para o modelo evolutivo e através do método de reengenharia
possibilita o reuso de outras ontologias [Fernández et al., 1997].
A Methontology tem como finalidade auxiliar no processo de
desenvolvimento de ontologias, de modo a facilitar a integração das pessoas
que pertencem à equipe, definindo e alocando pacificamente as atividades em
três grupos, para construir a ontologia (BREITMAN, 2005). Estes três grupos
podem ser descritos como:

 Atividades de Gerenciamento de ontologias;


 Atividades ligadas ao desenvolvimento de ontologias;
 Atividades de suporte.

Tem-se como característica também deste método, a sua forma


estruturada para a construção de ontologias, que é composta por alguns
estágios descritos a seguir (ARAÚJO, 2003):
 Especificação: objetiva a elaboração de um documento, utilizando-se
linguagem natural, contendo informações como: o principal objetivo da
ontologia e seus demais propósitos;
 Aquisição de conhecimento: busca as possíveis fontes de
conhecimentos, tais como entrevistas com especialistas do domínio,
consulta a livros, ontologias já existentes, entre outros. Apesar de ser
um estágio inicial, deve estar presente em todos os outros;
 Conceitualização: considerada como a principal fase desta
metodologia. Trata da estruturação do domínio do conhecimento, em
um modelo conceitual. Baseia-se no vocabulário adquirido com as fases
anteriores, objetivando a descrição dos problemas enfrentados e as
suas possíveis soluções;
 Formalização: o modelo conceitual criado no estágio anterior é
transformado em um modelo formal, ou seja, é representado por meio
de uma linguagem formal;
 Integração: objetiva a integração da ontologia que se está construindo
às outras já existentes. Envolvendo assim, a busca por ontologias que
melhor se adequem a conceitualização utilizada;
 Implementação: o modelo conceitual gerado é implementado de forma
a ser computável;
 Avaliação: trata da avaliação em si da ontologia e deve considerar os
processos de verificação e validação;
 Documentação: auxilia na possível manutenção, e facilita uma de suas
vantagens, a reutilização. Compõe-se por alguns elementos, como
documentos de: especificação dos requisitos, alcançados após a
especificação da ontologia; aquisição de conhecimento; modelo
conceitual, obtido após a conceitualização; formalização e avaliação;
 Manutenção: constituem as alterações quando necessárias, para
possíveis melhorias ou correções.
“Observação: Está faltando organizar essas referências, tipo
colocá-las em ordem alfabética, não fiz ainda, pois tem
algumas referências pra entrar aqui.”

Referências bibliográficas

[Fernández et al., 1997] LÓPEZ, M. Fernández; GÓMEZ-PÉREZ, A.; JURINO,


N. “Methontology: From ontological art towards ontological engineering”.
Spring Symposium Series, pp. 33-40, Stanford, 1997.

[Falbo, 1998] FALBO, Ricardo A., Integração de Conhecimento em um


Ambiente de Desenvolvimento de Software. Tese de Doutorado,
COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil, 1998.

USCHOLD, M.; KING, M. Towards a Methodology for Building Ontologies.


1995. Disponível em: <http://citeseer.ist.psu.edu/uschold95toward.html>
Acesso em: 10 Novembro 2010.

Noy, N. F.; McGuiness, D. L. (2001). “Ontology development 101: A Guide to


Creating Your First Ontology.” Knowledge Systems Laboratory – Stanford
University, TR KSL-01-05, 2010.

Amanda Nascimento Varella, COOPRACTICE – COMUNIDADES DE


PRÁTICA VIRTUAIS APOIADAS POR ONTOLOGIAS

Fensel, D. Ontologies: a silver bullet for knwledge management e electronic


commerce. [S.L]: Springer, 2001.

BREITMAN, K. Web Semântica: A Internet do Futuro. São Paulo: Editora LTC, 2005.

FERNÁNDEZ, M. A.; GÓMEZ-PÉREZ, A.; JURISTO, N. Methontology: From


ontological art towards ontological engineering. In: PROCEEDINGS OF THE AAAI
SPRING SYMPOSIUM SERIES. P. 33-40. 1997.
ARAÚJO, Moysés de. Educação a Distância e Web Semântica: modelagem
ontológica de materiais e objetos de aprendizagem para a plataforma COL.
2003. 191 f. Tese (Doutorado em Engenharia) – Universidade de São Paulo.
São Paulo. 2003. Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3141/tde-22072005/ Acessado em:
maio de 2010 165858/publico/lastTese.pdf

[OWL, 2008] OWL. Web ontology language overview - w3c;. [Online].


Disponível: http://www.w3.org/TR/owl-features/ Acessado em: outubro de 2010.
[W3C, 2009] W3C. World Wide Web Consortium. [Online]. Disponível:
http://www.w3.org/ Acessado em: Novembro de 2010.

[PROTÉGÉ, 2008] Protégé. Protégé ontology editor. [Online]. Disponível:


http://protege.stanford.edu/doc/users.html
Acessado em: Outubro de 2009.

GRUBER, T. R., 1993, “Toward Principles for the Design of Ontologies Used for
Knowledge Sharing”. International Workshop on Formal Ontology.

Dissertação Ryan Ribeiro de Azevedo

Web semantica Graycielli Mendes, Ana Carolina Xaves, Jean Teixeira,


Fernanda Gomes
Página http://www.aedb.br/seacIV/SI/Poster/websemantica.pdf acessado em
29/09/2010
[FREITAS, 2003] Freitas, F. Ontologias e a web semântica. In: Renata Vieira;
Fernando Osório. (Org.). Anais do XXIII Congresso da Sociedade Brasileira de
Computação. Campinas: SBC, 2003. v. 8, p. 1-52.

W3C World Wide Web Consortium.


From http://www.w3c.org/
HAROLD, Elliotte Rusty. XML Bible. - 1. ED.- Chicago: IDG Books, 1999.

[FREITAS, 2003] Freitas, F. Ontologias e a web semântica. In: Renata Vieira;


Fernando Osório. (Org.). Anais do XXIII Congresso da Sociedade Brasileira de
Computação. Campinas: SBC, 2003. v. 8, p. 1-52.
ARAÚJO, M. de; FERREIRA, M. A. G. V. Construindo uma ontologia para
pesquisa de Materiais e Objetos de Aprendizagem Baseada na Web
Semântica. SBIE’2004 – aceito para publicação.

BERNARAS, A.; LARESGOITI, I.; CORERA, J. Building and Reusing Ontologies for Electrical Network
Applications. In: PROCEEDINGS OF THE EUROPEAN CONFERENCE ON ARTIFICIAL
INTELLIGENCE, ECAI/96, p. 298-302, 1996.

McGUINNESS, D. et al. DAML+OIL: An Ontology Language for the Semantic


Web. IEEE Inteligent Systems. v. 17, n. 5, p. 72-80, Set. 2002.

SURE, Y., STAAB, S., STUDER, R. Methodology for Development and


Employment of Ontology based Knowledge Management Applications.
SIGMOD Record, v. 31, n. 4, p. 18-23, dez. 2002.

REED, S.L.; LENAT, D.B. Mapping Ontologies into Cyc. 2002. Disponível em:
<http://www.cyc.com/doc/white_papers/mapping-ontologies-into-cyc_v31.pdf>.
Acesso em: 20 Abril 2010.

PROTÉGÉ. Protégé ontology editor. Disponível em:


<http://protege.stanford.edu/doc/users.html>. Acesso em: Setembro. 2010.

SMI. Stanford Medical Informatics. 2006. Disponível em:


<http://www.smi.stanford.edu>. Acesso em: 10 Set. 2010.

W3C. Semantic Web Activity. (2001). Disponível em:


<http://www.w3.org/2001/12/semweb-fin/w3cs>. Acesso em: 12 Ago. 2010.

W3C. Consórcio W3C – História. Disponível em:


<http://www.w3c.br/sobre/#history-head>. Acesso em: 12 Ago. 2010.

W3C. OWL Web Ontology Language Guide. 2004. Disponível em:


<http://www.w3.org/TR/2004/REC-owl-guide-20040210/ >. Acesso em: 03 Set.
2010.
Edison Andrade Martins Morais, Contextualização de Documentos em
Domínios Representados por Ontologias Utilizando Mineração de Textos.
2007. Disponível em: http://www.inf.ufg.br/this2/uploads/files/1/ds_Edison.pdf/
Acesso em: 14 Out. 2010.

GENESERETH, M. Knowledge interchange format. Disponível em


http://logic.stanford.edu/kif/kif.html, acessado em Mai/2010, 2006.

HAARSLEV, V.; MOLLER, R. Racer: A core inference engine for the Semantic
Web. In: Proceedings of the Second International Workshop on Evaluation
of Ontology-based Tools. (EON-2003), Sanibel Island, FL, 2003.

ANKOLEKAR, A.; BURSTEIN, M.; HOBBS, J.; LASSILA, O.; MARTIN, D.;
MCILRAITH, S.; NARAYANAN, S.; PAOLUCCI, M.; PAYNE, T.; SYCARA, K.;
ZENG, H. DAMLS: Semantic Markup for Web Services, Proceedings of the
First
Semantic Web Working Symposium (SWWS’01). California: Stanford
University,
USA, 2001. p. 411-430.

GENESERETH, M. R.; FIKES, R.E. Knowledge Interchange Format, version


3.0,
Reference Manual. Relatório Técnico, Stanford, v. 92, n. 1, 1992.

FIKES, R.; FARQUHAR, A. Distributed Repositories of Highly Expressive


Reusable
Ontologies. IEEE Intelligent Systems & their applications, v. 14, n. 2, p. 73-
79,
1999.

FENSEL, D.; HORROCKS, I.; VAN HARMELEN, F.; DECKER, S.; ERDMANN,
M.;
KLEIN, M. OIL in a Nutshell. WORKSHOP ON APPLICATIONS OF
ONTOLOGIES
E PROBLEM-SOLVING METHODS, 14th, EUROPEAN CONFERENCE ON
ARTIFICIAL INTELLIGENCE ECAI’00. Proceedings… Berlin, ago. 2000.

GIL, Y.; RATNAKAR, V. A Comparison of (Semantic) Markup Languages.


INTERNATIONAL FLAIRS CONFERENCE, SPECIAL TRACK ON SEMANTIC
WEB, 15th Proceedings… Pensacola, maio, 2002.

Você também pode gostar