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AULA - CIMENTO

Cimento Portland

Teórica

Cimento Portland é um material pulverulento, constituído de silicatos e aluminatos complexos


que, ao serem misturados com água, hidratam-se, resultando o endurecimento da massa, que
pode então oferecer elevada resistência mecânica.

Prática

Pó que misturado com certa proporção de água endurece e não se dissolve na presença da
mesma.

Histórico Mundial

Gregos e Romanos

• Pioneiros na utilização do cimento

Cimento

• Cal + Cinzas vulcânicas

Obras

• Panteão, Coliseu, Basílica de Constantino:

• Smeaton (1756) Reconstrução do Farol de Eddystone (Inglaterra):

Conhecimento da Época

2 partes de cal extinta + 1 parte de pozolana

Conhecimento Aplicado

1Cal Impura + 1 pozolana

• James Parker (1796):

1º Cimento hidráulico comercial cimento romano

Nódulos de calcários com argila queimados a alta temperatura (vitrificação) e


moídos

5 partes de pó + 2 partes de água

Endurecimento: 10 a 20 minutos
• 1824 - Patente do Cimento Portland: Similar a rocha calcária de Portland / Inglaterra

Joseph Aspdin

CALCÁRIO + ARGILA

(Calcinados)

Apesar do desenvolvimento tecnológico, o princípio básico de fabricação permaneceu o


mesmo:

Processos de Fabricação
Tipos de Cimento:

 Cimento Portland Comum CP I e CP I-S (NBR 5732)


 Cimento Portland CP II (NBR 11578)
 Cimento Portland CP II-Z (com adição de pozolâna)
 Cimento Portland Composto CP II-E (com adição de Escória Granulada de Alto Forno)
 Cimento Portland Composto CP II-F (com adição de material carbonático - fíler)
 Cimento Portland de Alto Forno CP III – (Com escória - NBR 5735)
 Cimento Portland CP IV – 32 (Pozolânico - NBR 5736)
 Cimento Portland CP V ARI - (Alta Resistência Inicial - NBR 5737)
 Cimento Portland CP (RS) - (Resistente a sulfatos - NBR 5733)
 Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) - (NBR 13116)
 Cimento Portland Branco (CPB) – (NBR 12989)

Adições:

CP II-F

Filer

Clínquer CP II-E ou CP III


+ +
Escória

CP II-Z ou CPIV

Pozolana
CP I ou CP
Propriedades

Determinação da Massa Especifica:

Determinar a massa especifica do cimento faz-se necessária em função de


praticamente todos os métodos de dosagem utilizá-la para cubicagem do concreto.

Sua determinação é realizada pela NBR NM 23 – Cimento Portland e outros materiais


em pó – Determinação da massa específica.
Determinação da finura do cimento por peneiramento.

A hidratação do grão do cimento em contato com a água se faz da superfície para o


interior e, deste modo, o grau de moagem ou finura influi sobre a rapidez da hidratação e,
conseqüentemente, sobre o desenvolvimento de calor, retração e aumento de resistência com
a idade

A determinação da finura por peneiramento é realizada conforme NBR 11579 –


Determinação da finura por meio da peneira nº 200 (0,075 mm)
Tempo de inicio e de fim de pega do cimento

Esta característica é importante, pois dá idéia do tempo disponível para misturar


transportar, lançar e adensar argamassa e concreto, bem como transitar sobre eles ou regá-los
para execução da cura.

A influencia da temperatura sobre a pega é muito importante pois em quando maior a


temperaturas menor será o tempo disponível para utilização e vice-versa.

A determinação desta característica é normalizada pelas NBR NM 43 e 65 –


Determinação da água de consistência Normal e Determinação do tempo de pega.
Determinação da Estabilidade de Volume dos cimento

Quando endurecido o cimento não deve apresentar variação de volume, não devendo
se expandir ou inchar.

Um cimento que apresenta alguns deste fenômenos pode parecer que suporte bem o
desenvolvimento de suas propriedades, mas depois de um certo tempo começará a apresentar
fissuras, trincas e desintegrações, provenientes de variação de volume, podendo até inutilizar
a obra.

A avaliação deste fenômeno é realizada conforme NBR 11582 – Determinação da


expansibilidade de Le Chatelier.

Determinação do Calor de Hidratação

O Calor de Hidratação é devido as reações exotérmicas de hidratação do cimento.

Em peças estruturais de grande volume de concreto é necessário um cuidado especial,


pois o calor liberado pela hidratação do cimento, eleva a temperatura a mais de 70 ºC e
durante o seu resfriamento pode ocorrer fissuras por retração térmica.

A avaliação deste fenômeno é realizada pelo método da garrafa de Langavant – NBR


12006/90.

Determinação dos esforços mecânicos

A necessidade de qualificar o cimento, do ponto de vista de sua resistência aos


esforços mecânicos, pode ser encarada de dois modos distintos: primeiro, para verificar,
considerando vários tipos de cimento, qual a ordem de qualidade entre eles, sem preocupação
com valores absolutos. O segundo, tendo em vista a utilização futura do aglomerante nas
argamassas e concretos, isto é, o conhecimento através de um ensaio prévio de
comportamento do cimento nas peças com ele fabricadas.
Sua determinação é realizada pela NBR 7215 – Determinação da Resistência a
Compressão.

CURVA DE ELOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA POR IDADE CURVA DE ELOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA POR IDADE

140 140 Log. (CP - I)


130 130 Log. (CP - II)
120 120 Log. (CP - III)
110 110 Log. (CP - IV)
100 100 Log. (CP - V)
90 90
RESISTÊNCIA ( % )

RESISTÊNCIA ( % )
80 80
70 70
60 60
Log. (CP - I) Log. (CP - II) Log. (CP - III)
50 50
40
40
30 Log. (CP - IV) Log. (CP - V)
30
20
20
10
10
0
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
1 10 100
IDADE ( dias )
IDADE ( dias )
Outras da Normalizações do Cimento

 NBR NM 11 – Análise química – Método optativo para determinação de óxidos


principais por complexometria.
 NBR NM 13 – Análise química – Determinação do Óxido de Cálcio Livre pelo etileno
glicol.
 NBR NM 15 – Análise química – Determinação do resíduo insolúvel.
 NBR NM 16 – Análise química – Determinação do Anidrido sulfúrico.
 NBR NM 17 – Análise química – Método de arbritagem para a determinação de óxidos
de sódio e óxido de potássio por fotometria de chama.
 NBR NM 18 – Análise Química Determinação da perda ao fogo.
 NBR NM 19 – Análise química – Determinação de Enxofre na forma de sulfeto.
 NBR NM 20 – Cimento Portland e suas matérias-primas – Análise Química –
Determinação do dióxido de carbono pro gasometria.
 NBR 14832 – Cimento Portland e Clínquer - Análise química – Determinação de cloreto
pelo método de íons seletivos – Método de ensaio.
 NBR 12826 – Cimento Portland e outros materiais em Pó – Determinação do índice de
finura por meio de peneirador aerodinâmico.
 NBR 5753 – Determinação da Pozolanicidade.
 NBR 5754 – Determinação do teor de escória granulada de alto forno por microscopia.
 NBR 13583 – Determinação da variação dimensional de barras de argamassa de
cimento portland expostas a solução de sulfato de sódio.
Requisitos
Inspeção

O cimento a ser ensaiado deverá ser amostrado de acordo com a metodologia


expressa na Norma NBR 5741 – Extração e Preparação de amostras. A amostra é composta
de dois exemplares, com aproximadamente 25 kg cada um, pré-homogeneizados

Lote

Considera-se um lote a quantidade máxima de 30 toneladas (600 sacos), referente ao


cimento oriundo de um mesmo fornecedor, entregue na mesma data e mantido nas mesmas
condições de armazenamento.

Curiosidades

O cimento branco é produzido pela pulverização de um clínquer de cimento Portland


branco. A cor cinza do clínquer do cimento Portland comum é geralmente devida a presença
de ferro. Portanto, diminuindo – se o teor de ferro do clínquer pode-se produzir cimento de
cores claras. Adicionando na moagem pigmentos de óxido de ferro da cor correspondente com
o clínquer branco, temos cimentos vermelho, amarelo, marrom ou preto. Oxido de Cromo e
Azul de Cobalto, temos cimentos verde e azul respectivamente.

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