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Turma de Eucaristia

14º Encontro
A MISSA
A missa é o culto mais sublime que oferecemos ao Senhor. Nós não vamos à missa
somente para pedir, mas também para louvar, agradecer e adorar a Deus.
A desculpa de que rezar em casa é a mesma coisa que ir à missa é por demais pretensiosa! É
querer fazer da reza particular algo melhor que a missa, que é celebrada por toda uma comunidade!
Assim, vamos à missa para ouvir a Palavra do Senhor e saber o que o Pai fala e propõe para a sua
família reunida. Não basta ouvir! Devemos pôr em prática a Palavra de Deus e acertarmos nossas
vidas. O fato de existir pessoas que frequentam a missa, mas não praticam a Palavra jamais deve ser
motivo de desculpa para nos esquivarmos de ir à missa; afinal, quem somos nós para julgarmos
alguém? Quem deve julgar é Deus! Ao invés de olharmos o que os outros fazem, devemos olhar
para o que Cristo faz! É com Ele que devemos nos comparar!
Posições do Corpo
Os gestos são importantes na liturgia. Nosso corpo também “fala” através dos gestos e
atitudes. Durante toda a celebração litúrgica nos gesticulamos, expressando um louvor visível não
só a Deus, mas também a todos os homens.
Quando estamos sentados, ficamos em uma posição confortável que favorece a catequese,
pois nos dá a satisfação de ouvir evitando o cansaço; também ajuda a meditar sobre a Palavra que
está sendo recebida. Quando ficamos de pé, demonstramos respeito e consideração, indicando
prontidão e disposição para obedecer.
Quando nos ajoelhamos ou inclinamos durante a missa, declaramos a nossa adoração sincera
a Deus todo-poderoso, indicando homenagem e, principalmente, total submissão a Ele e à sua
vontade. Ao juntarmos as mãos, mostramos confiança e fé em Deus.

A Divisão da Missa
A missa está dividida em quatro partes bem distintas:
1. Ritos Iniciais
Comentário Introdutório à missa do dia, Canto de Abertura, Acolhida, Antífona de Entrada, Ato
Penitencial, Hino de Louvor e Oração Coleta.
2. Rito da palavra
Primeira Leitura, Salmo Responsorial, Segunda Leitura, Aclamação ao Evangelho, Proclamação do
Evangelho, Homilia, Profissão de Fé e Oração da Comunidade (preces).
3. Rito Sacramental
1ª Parte – Oferendas:  Canto/Procissão das Oferendas, Orai Irmãos e Irmãs, e Oração Sobre as
Oferendas;
2ª Parte – Oração Eucarística: Prefácio, Santo, Consagração e Louvor Final;
3ª Parte – Comunhão: Pai Nosso, Abraço da Paz, Cordeiro de Deus, Canto/Distribuição da
Comunhão, Interiorização, Antífona da Comunhão e Oração após a Comunhão.
4. Ritos Finais
Mensagem, Comunicados da Comunidade, Canto de Ação de Graças e Bênção Final.

1. RITOS INICIAIS
Entrada do Celebrante
Vai começar a Celebração. É o nosso encontro com Deus, marcado pelo próprio Cristo. Jesus é o
orante máximo que assume a Liturgia oficial da Igreja e consigo a oferece ao Pai. Durante o canto
de entrada, o padre acompanhado dos ministros, dirige-se ao altar. O celebrante faz uma inclinação
e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira
do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade.
Saudação
O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz. Essa expressão "EM NOME DO PAI E DO
FILHO E DO ESPÍRITO SANTO", . Isto é iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa
ação nas mãos da Santíssima Trindade. O sinal da cruz, significa que estamos na presença do
Senhor e que compartilhamos de Sua autoridade e de Seu poder.
Ato Penitencial
Após saudar a assembleia presente, o sacerdote convida toda assembleia a, em um momento de
silêncio, reconhecer-se pecadora e necessitada da misericórdia de Deus. Após o reconhecimento da
necessidade da misericórdia divina, o povo a pede em forma de ato de contrição: “Confesso a Deus
Todo-Poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e
omissões, (batendo no peito) por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem
Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor. Ou,
em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende compaixão de nós… Ou em forma de ladainha:
Senhor, que viestes salvar… Após, segue-se a absolvição do sacerdote.
Hino de Louvor
Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e súplica, em que a
assembleia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. É proclamado nos
domingos – exceto os do tempo da quaresma e do advento – e em celebrações especiais, de caráter
mais solene.
Oração da Coleta
Encerra o rito de entrada e introduz a assembleia na celebração do dia.
“Após o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes, tomando
consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois o
sacerdote diz a oração que se costuma chamar de ‘coleta’, a qual a assembleia dá o seu assentimento
com o ‘Amém’ final”

2. O Rito da Palavra
A Liturgia da Palavra tem um conteúdo de maior importância, pois é nesta hora que Deus nos
fala solenemente. Iniciamos esta parte sentados, numa posição cômoda que facilita a instrução.
Normalmente são feitas três leituras extraídas da Bíblia: em geral um texto do Antigo Testamento,
um texto epistolar do Novo Testamento e um texto do Evangelho de Jesus Cristo, respectivamente.
Fixo mesmo, apenas o Evangelho, que será extraído do livro de Mateus, Marcos, Lucas ou João.
Salmo responsorial
Salmo Responsorial antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a Deus pelo que foi dito na
primeira leitura. Ajuda-nos a rezar e a meditar na Palavra acabada de proclamar. Pode ser cantado
ou recitado.
Canto de aclamação ao Evangelho
Terminada a Segunda Leitura, vem a Monição ao Evangelho, que é um breve comentário
convidando e motivando a Assembleia a ouvir o Evangelho. O canto de Aclamação é uma espécie
de aplauso para o Senhor que via nos falar.
Evangelho
Antes de iniciar a leitura do Evangelho, se estiver sendo feito uso de incenso, o sacerdote ou o
diácono (depende de quem for ler o texto), incensará a Bíblia e, logo a seguir, iniciará a leitura do
texto.
Para os católicos romanos, há um gesto rápido que geralmente passa despercebido antes da leitura
do Evangelho na Missa. É um “desenho” rápido da cruz, que contém muito simbolismo.
O Missal Romano estipula: “[depois de] ter anunciado o título do livro evangélico que será lido, o
sacerdote traça, com o polegar direito o sinal da cruz sobre o livro e três [cruzes] sobre si (sobre a
fronte, a boca e o peito).”
Os leigos que assistem à Missa são convidados a fazer uma oração e um gesto similar antes da
leitura do Evangelho. Se quiserem, podem rezar, interiormente, esta breve oração: “A Palavra do
Senhor esteja na minha mente, nos meus lábios e no meu coração”.
Ao encerrar a leitura do Evangelho, o sacerdote ou diácono profere a expressão: “Palavra da
Salvação!” e toda a comunidade glorifica ao Senhor, dizendo: “Glória a vós, Senhor!”. Neste
momento, o sacerdote ou diácono, em sinal de veneração à Palavra de Deus, beija a Bíblia (rezando
em silêncio: “Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados”) e todo o
povo pode voltar a se sentar.

Homilia
É a interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico. A Bíblia não é um livro de
sabedoria humana, mas de inspiração divina. Jesus tinha encerrado sua missão na terra. Havia
ensinado o povo e particularmente os discípulos. Tinha morrido e ressuscitado dos mortos. Missão
cumprida! Mas sua obra da Salvação não podia parar, devia continuar até o fim do mundo. Por isso
Jesus passou aos Apóstolos o seu poder recebido do pai e lhes deu ordem para que pregassem o
Evangelho a todos os povos. O sacerdote é esse "homem de Deus". Na homilia ele "atualiza o que
foi dito há dois mil anos e nos diz o que Deus está querendo nos dizer hoje".

Profissão de fé (Credo)
Encerrada a homilia, todos ficam de pé para recitar o Credo. Este nada mais é do que um resumo da
fé católica, que nos distingue das demais religiões. É como que um juramento público.

Oração da comunidade (Preces)


Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos
falou, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o
meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na grande oração da comunidade.
Assim se torna oração de toda a Igreja.
Cada prece deve terminar com expressões como: “Rezemos ao Senhor”, entre outras, para que a
comunidade possa responder com: “Senhor, escutai a nossa prece” ou “Ouvi-nos, Senhor”.

3. LITURGIA EUCARÍSTICA

Na liturgia eucarística atingimos o ponto alto da celebração. Durante ela a Igreja irá tornar
presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação. Não se trata de outro sacrifício, mas sim de
trazer à nossa realidade a salvação que Deus nos deu. Durante esta parte a Igreja eleva ao Pai, por
Cristo, sua oferta e Cristo dá-se como oferta por nós ao Pai, trazendo-nos graças e bênçãos para
nossas vidas.
Vem a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício da Cruz, agora
de maneira incruenta, isto é, sem dor e sem violência. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um
milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. É o
milagre da Transubstanciação, pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho (matéria)
mesmo que tenha desaparecido a substância subjacente (do pão e do vinho). Ou seja, a substância
agora é inteiramente a do Corpo, Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É durante a liturgia eucarística que podemos entender a missa como uma ceia, pois afinal de
contas nela podemos enxergar todos os elementos que compõem uma: temos a mesa – mais
propriamente a mesa da Palavra e a mesa do pão. Temos o pão e o vinho, ou seja, o alimento sólido
e líquido presentes em qualquer ceia. Tudo conforme o espírito da ceia pascal judaica, em que
Cristo instituiu a eucaristia.
A liturgia eucarística divide-se em: apresentação das oferendas, oração eucarística e rito da
Comunhão.

Preparação do altar
“Em primeiro lugar prepara-se o altar ou a mesa do Senhor, que é o centro de toda liturgia
eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o cálice e o missal, a não ser que se
prepare na credência”.

Procissão das oferendas


As principais ofertas são o pão e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas,
significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As demais ofertas
representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho
dos fiéis. O Sacerdote põe algumas gotas de água no vinho simboliza a união da natureza humana
com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus
e o Homem. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também
nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele. Também, o celebrante lava as
mãos, essa purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus.

O Orai Irmãos…
Agora o sacerdote convida toda assembléia a unir suas orações à ação de graças do sacerdote.

Oração sobre as Oferendas


Esta oração coleta os motivos da ação de graças e lança no que segue, ou seja, a oração eucarística.
Sempre muito rica, deve ser acompanhada com muita atenção e confirmada com o nosso amém!

Santo
Prefácio é um hino "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso o celebrante
convida a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo Corações ao alto"! É um hino que
proclama a Santidade de Deus e dá graças ao Senhor.
O final do Prefácio termina com a aclamação Santo, Santo, Santo... é tirado do livro do profeta
Isaías e a repetição é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade, embora sendo
pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor.
“Santo, Santo, Santo,Senhor Deus do universo.O céu e a terra proclamam a
Vossa glória.Hossana nas alturas.Bendito o que vem em nome do Senhor.
Hossana nas alturas.”

Consagração do pão e vinho


O celebrante estende as mãos sobre o pão e vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre
eles o Espírito Santo. Por ordem de Cristo e recordando o que o próprio Jesus fez na Ceia e
pronuncia estas palavras "TOMAI...O celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente
sobre o altar. Em seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e
o deu a seus discípulos dizendo: "TOMAI...... "FAZEI ISTO" aqui cumpre-se a vontade expressa de
Jesus, que mandou celebrar a Ceia."EIS O MISTÉRIO DA FÉ" Estamos diante do Mistério de
Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê.

Orações pela igreja


A Igreja está espalhada por toda a terra e além dos limites geográficos: está na terra, como Igreja
peregrina e militante; está no purgatório, como Igreja padecente; e está no céu como Igreja gloriosa
e triunfante.
Entre todos os membros dessa Igreja, que está no céu e na terra, existe a intercomunicação da graça
ou comunhão dos Santos. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande
Família de Deus. A primeira oração é pelo Papa e pelo bispo Diocesano, são os pastores do
rebanho, sua missão é ensinar, santificar e governar o Povo de deus. Por isso a comunidade precisa
orar muito por eles. Rezar pelos mortos é um ato de caridade, a Igreja é mais para interceder do que
para julgar, por isso na Missa rezamos pelos falecidos. Finalmente, pedimos por nós mesmos como
"povo santo e pecador".

RITO DA COMUNHÃO
Pai nosso
Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. É uma
oração de relacionamento e de entrega. Ao nos abrirmos ao Pai, uma profunda sensação de
integridade e descanso toma conta de nós. Como cristãos, fazer a vontade do Pai é tão importante
para nosso espírito quanto o alimento é para nosso corpo.
A paz
Após o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha
paz”. A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a terra. Vale mais que todas as receitas,
todos os remédios e todo o dinheiro do mundo. A paz foi o que Jesus deu aos seus Apóstolos como
presente de sua Ressurreição.
Fração do pão
O celebrante parte da hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que
representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão.
Cordeiro de Deus
O sacerdote e a assembléia se preparam em silêncio para a comunhão. Neste momento o padre
mergulha um pedaço do pão no vinho, representando a união de Cristo presente por inteiro nas duas
espécies. Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
A seguir todos reconhecem sua pequenez diante de Cristo e como o Centurião exclamam: Senhor,
eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo.
Cristo não nos dá apenas sua palavra, mas dá-se por amor a cada um de nós.

Comunhão
A Eucaristia é um tesouro que Jesus, o Rei imortal e eterno, deixou como Mistério da Salvação para
todos os que nele crêem. Comungar é receber Jesus Cristo, Reis dos Reis, para alimento de vida
eterna.
A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos uma só coisa em
Cristo. E sabemos que essa união com Cristo é o laço de caridade que nos une ao próximo. O fruto
de nossa Comunhão não será verdadeiro se não vemos melhorar a nossa compaixão, paciência e
compreensão para com os outros.
Durante esse momento a assembléia dirige-se à mesa eucarística. Aqueles que por um motivo ou
outro não comungam, por não se encontrarem devidamente preparados (estado de graça
santificante) é importante que façam desse momento também um momento de encontro com o
Cristo, no que chamamos de Comunhão Espiritual. Quem comunga recebendo a hóstia na mão deve
elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. O comungaste
imediatamente, pega a Hóstia com a direita e comunga ali mesmo na frente do padre ou ministro.
Pós comunhão
Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos tem,
poderíamos dizer, abraçados.
Oração após a comunhão
Esta oração liga-se ainda a liturgia eucarística, e é o seu fechamento, pedindo a Deus as graças
necessárias para se viver no dia-a-dia tudo que se manifestou perante a assembleia durante a
celebração.

Ritos Finais
“O rito de encerramento da Missa consta fundamentalmente de três elementos: a saudação do
sacerdote, a bênção, que em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela oração sobre o
povo, ou por outra forma mais solene, e a própria despedida, em que se despede a assembleia, afim
de que todos voltem ás suas atividades louvando e bendizendo o Senhor com suas boas obras”.

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