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TEXTO 1

Colégio Estadual Thales de Azevedo ARTE

UNIDADE: I PROF: Maria Eugenia SÉRIE:1º TURMA: ______ DATA:___/___/___

A Arte na nossa vida

Você pode pensar que não conhece arte, que não convive com objetos artísticos,
mas estamos todos muito próximos da arte. Nossa vida está cercada dela por todos
os lados.
Ao acordar pela manhã, se você olhar um relógio para saber a hora, você poderá
ter o primeiro contato do dia com a arte. O relógio, qualquer que seja o seu
desenho, passou por um processo de produção que exigia planejamento visual.
Especialistas estudaram e aplicaram noções de arte. A forma do seu relógio é
resultado de uma longa história da imaginação humana e das suas preferências. A
cor, a forma, o volume, o material escolhido, tudo isso está testemunhando o
tempo e a transformação do gosto e da técnica. Ao observá-lo, você percebe se é
um objeto antigo ou moderno, você reconhece que quem o desenhou preferia
formar curvas ou retas, cores discretas ou fortes, metais, plásticos ou pedras
brilhantes.
Quem escolhe um relógio para comprar, decide com base em suas preferências
pessoais. Alguns preferem os mais elaborados, outros preferem os mais simples. É
o gosto pessoal que predomina, e este pode variar infinitamente. E, como diz a
sabedoria popular: “gosto não se discute”. Mas, quem sabe possamos discutir o
gosto?
Em outros objetos do seu quarto e de seu cotidiano você pode observar a presença
da arte: na estampa do seu lençol, no desenho da sua cama, no formato da sua
escova de dentes, no desenho da torneira e da pia do banheiro, na xícara que você
toma leite, nos talheres, no modelo dos carros na rua e no formato do telefone. Em
todos os objetos há um pouco de arte aplicada. Este esforço para produzir objetos
bonitos, agradáveis ao olhar, atraentes e harmoniosos, está presente em todas as
culturas, em todas as civilizações e em nosso dia-a-dia.
Andando pelas ruas de sua cidade, você passa por uma praça e vê uma escultura,
em um edifício vê um mural de mosaico, em uma igreja vê um painel de azulejos
ou um vitral colorido. Se você é um observador sensível, e tem tempo, com certeza
gosta de ficar olhando para tudo isso.
Essas formas, diferentemente dos objetos utilitários que você usa no dia-a-dia, têm
a função de encantar, de provocar a reflexão e a admiração, de proporcionar
momentos de prazer e emoção. Essas sensações são despertadas por um conjunto
de elementos: a imaginação do artista, a composição, a cor, a textura, a forma, a
harmonia e a qualidade da ideia. Nem todos os objetos artísticos têm uma utilidade
prática imediata, além de estimular o pensamento, a sensibilidade ou causar prazer
estético.
As obras de arte expressam um pensamento, uma visão de mundo e provocam
uma forma de inquietação no observador, uma sensação especial, uma vontade de
contemplar, uma admiração emocionada ou uma comunicação com a sensibilidade
do artista. A este conjunto de sensações chamamos de experiência estética.
Nem sempre essa experiência é ligada unicamente ao prazer, pois às vezes ficamos
inquietos, pensativos, tristes, emocionados, amedrontados ou assustados. O que
nos atrai é a sensibilidade do artista, sua imaginação, seu intelecto, sua percepção
especial da vida, mesmo quando apresenta aspectos negativos.
O gosto e a sensibilidade para apreciar a arte variam de pessoa para pessoa, de
idade para idade, de região para região, de sociedade para sociedade, de época
para época. Assim, as manifestações artísticas trazem a marca do tempo, do lugar
e dos artistas que as criaram, pois refletem essa variação no conceito de beleza e
na função do objeto artístico.
Em muitas sociedades, a arte é utilizada como forma de homenagear os deuses, ou
seja, está ligada à religião. Observe como as igrejas, os templos e os túmulos são
locais em que a arte se manifesta em todos os tempos. Indumentárias, objetos que
são usados em rituais, instrumentos musicais, adereços, imagens, completam os
cenários das cerimônias religiosas. Em outras culturas e épocas, a arte surge
independente da religião, unicamente como forma de expressão para quem produz,
e como oportunidade de experiência especial para quem aprecia.
Qualquer que seja sua direção, a arte está em toda parte e é um elemento
definidor da identidade de um povo, de um grupo social e de um indivíduo.
Linguagem....O artista pode se manifestar de diversas formas: pelo som
(música e canto), pela linguagem verbal oral ou escrita (literatura), pela linguagem
visual (pintura, desenho, escultura, gravura, fotografia, cinema, grafite) ou pela
linguagem cênica (teatro e dança). Ou pode ainda expressar-se pela mistura de
várias linguagens.
Quando você organiza seus objetos e quadros no seu quarto, ou enfeita o seu
caderno, ou coloca gravuras coladas no seu armário, ou quando escolhe suas
roupas de forma que combinem, você está usando o seu talento estético, o seu
gosto. Dizem “de artista, de médico e de louco todos temos um pouco”. Mas há
pessoas que têm a arte como profissão.

O artista é aquele que se realiza expressando-se por meio da criação, da


imaginação. Quem se dedica à arte pode ter diversos objetivos, como, entre
outros:

• provocar emoção;
• proporcionar prazer estético;
• comunicar aos outros seus pensamentos e sentimentos;
• sentir alegria ou satisfação durante o ato criativo;
• explorar novas formas de expressão;
• perpetuar sua existência no mundo;
• divulgar suas crenças;
• ocupar o tempo de forma criativa;
• documentar o seu tempo;
• homenagear alguém, algum fato ou algumas ideias.

Antigamente os artistas se formavam trabalhando nas oficinas de outros artistas,


como ajudantes. Hoje, algumas pessoas se formam em escolas ou universidades
especializadas em arte para se transformarem em artistas. Outros, sem qualquer
formação sistemática (chamados de autodidatas), começam a produzir arte e se
dedicam a essa ocupação durante a vida toda. Tomam a arte como profissão.
Alguns artistas conseguem tanto sucesso com o seu trabalho que ganham muito
dinheiro. Outros passam a vida tentando vender os seus trabalhos sem conseguir,
mas mesmo assim não abandonam a sua arte, pois o verdadeiro artista não pode
viver sem sua forma de expressão.

Texto baseado no livro “Explicando a Arte”, de Jô Oliveira e Lucília Garcez.

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