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2. Utilizando pedras
a)pedras que são preparadas de forma bitolada, com mesma espessura, normalmente são
em granito ou mármore. Os rodapés também vem preparados, com espessuras bitoladas, no
comprimento das placas e altura conforme projeto. As soleiras são medidas no local e
executadas conforme o vão, quando tem desníveis devem ter a ponta boleada para evitar
quebras nas pontas.
b)pedras que vem tanto em placas como em pedaços (cacos) com a superfície de cima
rústica porém normalmente plana mas com espessuras irregulares, chegando a ter mais de
2 cm de diferença de espessura umas das outras. Os rodapés são obtidos por cortes nas
alturas previstas e as soleiras de acordo com a necessidade do vão.
No caso das pedras como mármores e granitos que normalmente vem bitoladas, ou seja
com espessura definida e padronizada, as peças poderão ser assentadas com argamassa
convencional diretamente sobre o lastro ou a laje bem como poderão ser assentadas sobre
regularização curada com argamassa colante específica para tal, de alta aderência.
Normalmente a junta de assentamento será da ordem de 2 a 3mm. A argamassa que sobe
pelas juntas deve ser totalmente limpa durante o assentamento. O ideal é aguardar uns dias
antes de liberar o tráfego e o rejunte das peças. Após assentadas deverão ser limpas
novamente para receberem o rejunte. Deverão ser rejuntadas com material próprio,
normalmente uma massa plástica pigmentada na cor do piso. Após a limpeza deverão ser
protegidas.
A mão de obra deve ser especializada pois necessita de ferramentas e experiência para um
assentamento adequado. Sempre verificar se existe a possibilidade de ajustar as placas em
função das dimensões dos cômodos para evitar recortes e perdas.
No caso de obras térreas e áreas úmidas o contrapiso deve ser impermeabilizado evitando
contaminações. Para assentamento de granitos ou mármores brancos, a argamassa colante
deve ser branca para não alterarem a cor das peças pela absorção do cinza das
argamassas comuns.
No caso do uso de pedras rústicas, com espessuras variadas ou seja desbitoladas, como as
pedras do tipo mineira, São Tomé, Goiana amarela, Goiana verde e a pedra Luminária ,
bastante utilizadas em bordas de piscina e em áreas externas por serem antiderrapantes e
de cores claras o que favorece a pouca absorção de calor, o assentamento deverá ser
efetuado com argamassa convencional, feita na obra, direto sobre o lastro de concreto (
piso no nível do térreo) ou sobre a laje. Estas peças normalmente vem cortadas em
dimensões variadas (diz-se que as pedras serão serradas) bem como podem vir em forma
de cacos (pedaços com bordas totalmente irregulares provenientes de restos de placas
grandes ou quebras de material).
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Especificamente peças para bordas de piscina devem ter acabamento boleado na
pingadeira que contorna o lado interno da piscina, pois além de dar acabamento é
importante não deixar quinas que possam causar acidentes.
É essencial que a mão de obra seja especializada para que as peças sejam justapostas de
forma harmônica (combinação de maiores e menores encaixadas) e o resultado final fique
bom. Para assentamento das peças em “cacos” o cuidado é para que não fique muitos
espaços entre as peças ficando muito “rejunte” aparente.
-deverão ser executadas taliscas a cada 1,50m no nível do piso acabado (já prevendo as
espessuras das pedras). Se houver pequenos caimentos pode-se deixar já as taliscas com o
desnível necessário. As taliscas deverão ser feitas com cacos e argamassa do mesmo traço
da argamassa convencional de assentamento;
-a argamassa deverá ser preparada no traço 1:0,5:4 ( cimento: cal hidratada: areia média), e
deverá ser lançada sobre o lastro ou laje preparados com uma nata adesiva ou um aditivo
adesivo (bianco, por exemplo) passado com broxa ou trincha no instante anterior, para
auxiliar na adesão à base. A argamassa deverá ser esparramada entre as taliscas e as
pedras deverão ser batidas pressionando-as até o nível das taliscas. A espessura da
argamassa deverá ser de 2cm (mínimo) a 4 cm de espessura para compensar as diferenças
das espessuras das pedras, e as juntas de 2mm a 3 mm entre as pedras. Pedras muito
finas ou muito espessas devem ser descartadas. A argamassa que sobe pelas juntas deve
ser limpa na hora. Deverão ser previstas as juntas de movimento e respeitadas as
estruturais;
-com as pedras assentadas e secas, faz-se um rejunte com uma “aguada” (nata de cimento
e água) esparramada sobre as juntas de assentamento, limpando-se na sequência o
excesso;
-por fim fazer uma limpeza profunda para retirar o excesso de cimento e outras sujeiras
sobre a superfície das pedras;
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3. Utilizando madeiras
Não devem ser assentados em áreas úmidas, e quando estiverem em ambientes adjacentes
às áreas úmidas, prever soleiras em pedras para evitar que a umidade atinja-os.
3.1 Parquets e tacos normalmente serão colados com cola própria sobre regularização.
Deverão vir secos, tratados e imunizados. Normalmente requerem uma paginação para
assentamento, já que devem ser assentados com juntas desencontradas, tendo várias
possibilidades de lay out: dama, espinha de peixe, junta desencontrada, etc.
Para o acabamento devem ser lixados e as juntas entre as peças deverão ser calafetadas
com cola e pó da própria madeira, e, novamente lixados. Deve ser retirado todo o pós e
verificado se há falhas para serem calafetadas. Após a superfície estar perfeita, lixada e
calafetada, poderá receber cera, sinteko, verniz acrílico ou alguns dos variados materiais
que hoje dão acabamento e resistência aos pisos de madeira.
3.2 Assoalhos, que são tábuas maciças de madeiras de lei, normalmente de espessuras
entre 2 e 2,5cm, e larguras entre 10cm e 20cm, com comprimentos variados, só deverão ser
adquiridos com comprovante de tratamento (secagem e imunização). Quando o fornecedor
recomendar podem ser colados e parafusados diretamente nas regularizações. Os
parafusos deverão ter distâncias de no máximo 50cm ( ou até menos se o fornecedor
recomendar) e no caso de assoalhos com 15 e 20cm de largura deverão ter sempre 3
(alinhados na largura da régua) em cada tábua. Os parafusos deverão ter suas cabeças
rebaixadas para a colocação das cavilhas de madeira coladas sobre eles para esconderem
o metal e dar acabamento adequado. Deixar aclimatar o assoalho antes de proceder o
acabamento. Verificar com o fornecedor qual é o mínimo de tempo necessário ( x dias??)
para poder receber lixamento e calafetes nas juntas com o próprio pó da madeira misturado
a colas especiais. Quando a superfície receber a última lixa bem fina , deverá ser aspirado o
pó de toda a superfície e só então poderá ser encerado, sintekado ou outro tipo de
acabamento.
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Outra forma de assentamento dos assoalhos é quando são chumbados os granzepes (de
caibros chanfrados com pregos de ponta dupla para chumbá-los) a cada 50cm no máximo
no sentido transverso ao do assentamento de assoalho. Os granzepes deverão ser de
madeira de lei e imunizados. Entre eles poderá ser feita uma regularização com um nível
uma pouco mais baixo que o topo deles, ou rebaixar a regularização de 1 cm e colocar
folhas de isopor entre os granzepes o que amortecerá o atrito entre assoalho e piso. Os
assoalhos serão fixados nos granzepes por meio de parafusos que também deverão receber
as cavilhas para esconder suas cabeças. O resto do processo será o mesmo: lixamentos,
calafetagens e proteção final.
3.3 Laminados :
4. Pisos colados