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ADR Módulo 13
ADR Módulo 13
AGRICULTURA E
DESENVOLVIMENTO RURAL
SUSTENTÁVEL
Ambiente e Desenvolvimento Rural
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Índice
Apresentação................................................................................................................2
Objetivos de Aprendizagem...........................................................................................2
5.1.Fundamentos.....................................................................................................16
5.3.Fertilização e rega..............................................................................................19
Bibliografia.................................................................................................................40
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Apresentação
Objetivos de Aprendizagem
Identificar soluções para uma boa gestão dos recursos naturais em meio rural,
tendo em vista a sua utilização na atividade turística;
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Ao longo dos séculos, a produção agrária tem desenhado paisagens de grande beleza e
contribuído para a preservação da biodiversidade através da utilização das terras de uma
forma adequada às condições naturais (agricultura tradicional).
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A atividade agrícola marca fortemente o território rural, e quanto maior for a sua
integração e interação com as dinâmicas do território, maior são as probabilidades de uma
competitividade sustentável e de uma maior coesão social.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
A produção, quer de bens quer de serviços, deve respeitar as leis ecológicas para que as
atividades económicas (nomeadamente a agricultura) e o ambiente estejam em harmonia.
Deste modo, pretende-se que o Homem seja mais consciente sobre a influência que as
suas ações provocam no ambiente, com especial relevo, atualmente, na paisagem e
biodiversidade dos meios rurais, e também nos recursos – água, solo e ar.
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No caso do sector agrário, por exemplo, a permanência dos agricultores nos meios rurais
é essencial para a proteção do ambiente e preservação da paisagem e seus recursos
naturais.
Para que isto se realize, a produção agrária, além de satisfazer a procura alimentar, deve
promover retornos apropriados para a família-exploração, minimizando a aversão de
riscos, reduzindo o uso de fatores de produção de origem externa, promovendo o uso
mais eficiente dos recursos disponíveis, conduzindo a sistemas autossuficientes e viáveis a
longo prazo.
A igualdade entre a sociedade deve ser promovida, essencialmente, para uma melhoria da
qualidade de vida.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
A degradação dos solos agrícolas está intimamente relacionada com as práticas a que está
sujeito, particularmente os sistemas produção adotados, as mobilizações praticadas e a
incorporação de resíduos efetuada.
Atualmente, o solo é utilizado para reciclar os nutrientes contidos numa grande variedade
de resíduos, muitos deles importados de outras atividades, que não a agricultura. Estão
neste caso, por exemplo, as lamas provenientes das estações de tratamento de esgotos e
os resíduos sólidos urbanos.
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O uso sustentado dos solos agrícolas, através da utilização de boas práticas, permite
reduzir ou minimizar o impacto das atividades agrícolas sobre a fertilidade do solo.
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De salientar que a prática da fertilização racional diz respeito à aplicação das quantidades
de nutrientes adequadas, na época própria e com a melhor técnica disponível, de modo a
minimizar as suas perdas para o meio envolvente.
A poluição das águas subterrâneas é particularmente grave, uma vez que a sua
recuperação é difícil, cara e, não raras vezes, impossível de levar a cabo.
A aplicação ao solo de fertilizantes contendo azoto deve ser efetuada tendo em conta a
forma em que se encontra o nutriente no fertilizante, as características do terreno e as
épocas de maior solicitação por parte da cultura, de modo a maximizar a sua eficiência.
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Conceito e objetivos
A agricultura biológica é um modo de produção agrícola que integra todo um conjunto de
técnicas agrícolas, visando a utilização racional do sistema formado pelo clima, água, solo,
microrganismos e plantas, de modo a privilegiar o equilíbrio dos ecossistemas agrícolas e a
torná-los sustentáveis a longo prazo.
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Valor nutritivo
Cultivados em solos equilibrados por fertilizantes naturais, os alimentos biológicos são
capazes de melhor qualidade quanto ao teor em vitaminas, minerais, hidratos de carbono
e proteínas, são capazes de saciar graças ao equilíbrio dos seus constituintes.
Biodiversidade
A diminuição da diversidade biológica é um dos principais problemas ambientais dos dias
de hoje. A Agricultura Biológica perpetua a diversidade das sementes e das variedades
locais, recusa os OGM que põem em perigo numerosas variedades de grande valor
nutritivo e cultural.
Sabor
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Harmonia
A Agricultura Biológica respeita o equilíbrio da Natureza e contribui para um ecossistema
saudável. O equilíbrio entre a agricultura e a floresta e as rotações das culturas permitem
a preservação de um espaço rural capaz de satisfazer as gerações vindouras.
Garantia de Saúde
Numerosos pesticidas proibidos em determinados países devido à sua toxicidade
continuam a ser utilizados, por vezes vendidos ilegalmente e obtidos por contrabando. Os
estudos toxicológicos reconhecem as relações existentes entre os pesticidas e certas
patologias, como o cancro, as alergias e a asma.
Comunidades Rurais
A Agricultura Biológica permite a revitalização da população rural e restitui aos agricultores
a verdadeira dignidade e o respeito que lhe são merecidos, da população em geral pelo
seu papel de guardião da paisagem e dos ecossistemas agrícolas
Água Pura
A prática de agricultura ecológica, que não utiliza produtos perigosos nem grandes
quantidades de azoto que contaminam os lençóis de água potável, é uma garantia
permanente da obtenção de água pura nos tempos futuros.
Educação
A Agricultura Biológica é uma grande escola prática de Educação Ambiental. Ela apresenta
um modelo de desenvolvimento sustentável no meio rural, deveras promissor para todos
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Certificação
Os produtores agro-biológicos seguem um caderno de normas rigoroso, controlado por
organismos de certificação segundo regras internacionais reconhecidas, hoje em dia, pelos
governos de inúmeros países.
Emprego
Graças à dimensão humana que estas explorações assumem, às práticas ecológicas e à
gestão adequada dos recursos locais. Os produtores agro-biológicos geram oportunidades
de criação de empregos permanentes e dignos.
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5.1.Fundamentos
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As intervenções químicas como meio de luta em proteção integrada devem ser reduzidas
ao mínimo, devendo ter lugar apenas quando atingido o nível económico de ataque ou,
quando este não for estabelecido a nível nacional, o técnico ou o agricultor o justifique
pela importância do inimigo a combater ou pela extensão dos estragos por ele causados.
Sempre que for necessário efetuar uma intervenção fitossanitária o técnico e o agricultor
devem selecionar de entre os produtos fitofarmacêuticos homologados os que apresentem
menores efeitos secundários em relação ao Homem, aos auxiliares e ao ambiente.
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5.3.Fertilização e rega
Fertilização
É com base nos resultados analíticos das amostras de terra e da produção esperada que é
feita a recomendação de fertilização a efetuar, envolvendo a aplicação de adubos e ou
corretivos.
Nos casos em que haja necessidade de corrigir o pH do solo e este apresente níveis de
magnésio muito baixos ou baixos, recomenda-se a aplicação de calcário magnesiano,
sempre que este se encontre disponível.
A aplicação dos corretivos orgânicos deve ser feita a lanço e incorporada no solo com o
terreno seco, com a intervenção mais adequada e com a maior antecipação possível, em
relação à instalação da cultura. Devem ser incorporados o mais rapidamente possível com
os trabalhos de mobilização do solo, de modo a evitar perdas por volatilização de alguns
elementos, nomeadamente de azoto.
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Rega
O sistema de rega a adotar deve ser adequado a cada situação, devendo ser tomadas as
medidas necessárias ao correto funcionamento do mesmo.
No entanto, qualquer que seja o sistema adotado, o seu dimensionamento deve garantir
uma perda mínima de água, principalmente em situações onde possa ocorrer o risco de
lixiviação de nutrientes, particularmente nitratos, passível de contaminar a camada freática
existente na região.
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Atividades:
Investigação e Conhecimento global da área rural:
Exposições
Colóquios
Palestras
Workshops
Observação local:
Paisagens
Formações geológicas
Flora
Fauna
Habitats
Os produtos locais, bem como a paisagem rural associada, são elementos centrais da
imagem de cada território. Desta forma, as construções tradicionais, os métodos
produtivos, o saber-fazer e as vivências associadas compõem-se pela conjunção de
patrimónios materiais e imateriais.
O património material, fácil de localizar, pode revestir variadas formas, tais como:
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Verifica-se cada vez mais uma crescente procura dos meios rurais no âmbito das
atividades de turismo e lazer, sendo a localização de serviços de animação turística uma
estratégia de desenvolvimento local para as áreas rurais economicamente desfavorecidas.
Atividades:
Degustação Gastronómica
Artesanato
Circuitos temáticos
Expedições
Compra de Produtos locais
Eventos tradicionais
Passeios (a pé, a cavalo, de bicicleta, de barco…)
Turismo ativo e desportos de natureza.
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Foram desta forma criados inúmeros museus locais, muitas vezes ligados a temas
específicos. Estes organismos assumiram-se como elementos de leitura do próprio
território, da sua paisagem, da sua história, dos seus modos de viver e da sua cultura.
Enquanto espaços de interação das comunidades locais com os novos visitantes, estes
equipamentos constituem-se como incontornáveis das políticas de desenvolvimento rural,
na medida em que potenciam:
A preservação de objetos e bens de cariz etnográfico ou histórico;
O reconhecimento do sentimento de pertença das comunidades;
A fixação de população;
A revitalização de atividades tradicionais;
O aumento do número de visitantes/ turistas;
A divulgação e a promoção da imagem do território;
A criação e manutenção de emprego qualificado;
O aumento da investigação e do conhecimento sobre a história local;
A dinamização de eventos locais.
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Para cumprir esta finalidade foram definidos três Objetivos Estratégicos, interligados e
diretamente vocacionados para o desenvolvimento rural, complementados com dois
desígnios nacionais, definidos como Objetivos Transversais, e para os quais aqueles
deverão contribuir e interagir de forma ativa.
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
Aumentar a competitividade dos sectores agrícola e florestal
Promover a sustentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais
Revitalizar económica e socialmente as zonas rurais
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OBJETIVOS TRANSVERSAIS
Reforçar a coesão territorial e social
Promover a eficácia da intervenção dos agentes públicos, privados e associativos
na gestão sectorial e territorial.
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Objetivo
Promover a aquisição de dimensão crítica das empresas, através do incentivo ao
desenvolvimento de processos de redimensionamento empresarial, por contratação ou
fusão, e incrementar a orientação das empresas para o mercado, através de incentivo à
cooperação empresarial.
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Objetivos
Promover uma rápida e uniforme implementação de normas exigentes baseadas
na legislação comunitária nos domínios do ambiente, da saúde pública, da
sanidade animal e fitossanidade, do bem-estar dos animais e da segurança no
trabalho.
Desta forma pretende-se contribuir parcialmente para os custos incorridos e
consequente perda de rendimento dos agricultores, que a partir de Dezembro de
2009 têm de proceder à identificação eletrónica dos ovinos e caprinos.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Esta medida tem como principal objetivo a promoção de uma gestão dos sistemas
agrícolas e florestais adequada à conservação de valores de biodiversidade e de
manutenção da paisagem em áreas designadas da Rede Natura e na Zona Demarcada do
Douro.
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Objetivos
Dinamização Económica dos Territórios Rurais, nomeadamente através da
Diversificação da Economia e Criação de Emprego e da Melhoria da Qualidade de
Vida nas Zonas Rurais;
Reforçar a Governança Local.
Objetivos
Preparação e implementação de uma Estratégia de Desenvolvimento Local;
Dotar os parceiros do GAL dos instrumentos e competências necessárias à
elaboração e dinamização de Estratégias de Desenvolvimento Local;
Divulgar a Estratégia de Desenvolvimento Local junto do público-alvo através de
ações de informação e animação local.
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Objetivos
Disponibilizar o acesso aos serviços de banda larga de nova geração à população e
aos agentes económicos rurais;
Aumentar a competitividade das empresas e a geração de emprego nas zonas
rurais, através da disponibilização de serviços inovadores, assentes nas Redes de
Banda Larga de Nova Geração;
Contribuir para o desenvolvimento socioeconómico das zonas rurais;
Combater a infoexclusão.
Objetivos
Promover o desenvolvimento da inovação através de práticas de cooperação entre
os diversos agentes das fileiras para obtenção de novos produtos, processos ou
tecnologias;
Aumentar a interligação entre o conhecimento científico e tecnológico e as
atividades produtivas, adequando-se às necessidades do sector à melhoria do
desempenho das empresas e à incorporação dos resultados nos produtos a
oferecer ao consumidor;
Incentivar a incorporação da inovação pelos agentes económicos nos processos
produtivos, potencializando e otimizando os apoios em áreas complementares
como a modernização produtiva, a qualificação ou os serviços prestados.
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PROGRAMA LEADER +
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Objetivos
O programa LEADER+ promove abordagens integradas, concebidas e postas em prática
por parcerias cativas que operem à escala local.
Os objetivos são incitar e apoiar os agentes rurais a refletir sobre o potencial dos
respetivos territórios numa perspetiva de mais longo prazo. A iniciativa visa incentivar a
aplicação de estratégias originais de desenvolvimento sustentável, integradas e de grande
qualidade, cujo objeto seja a experimentação de novas formas de:
Valorização do património natural e cultural;
Reforço do ambiente económico, no sentido de contribuir para a criação de postos
de trabalho;
Melhoria da capacidade organizacional das respetivas comunidades.
Vetores de Intervenção
A iniciativa LEADER+ articular-se-á em torno de três vetores:
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A Rede tem como objetivo reforçar o intercâmbio entre todos os atores dos territórios
rurais, favorecendo o conhecimento das boas práticas e do Know-how em coerência com
as orientações comunitárias e com o Plano Estratégico Nacional de Desenvolvimento
Rural.
A criação da Rede está formalmente prevista no artigo 68º do Regulamento (CE) 1698/05.
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Bibliografia
Cavaco, M.; Calouro, F., Requisitos mínimos para o exercício da produção integrada ,
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas – Direcção-Geral de
proteção das culturas, 2006
Webgrafia
Programa LEADER
http://www.leader.pt
Programa PRODER
http://www.proder.pt
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